Adora-me e ama-me, na minha Santa eucaristia. Vem receber-me, no meu sacrifício, como um cordeiro sem mancha. Deves vir a mim, puros.
Se, apenas te desses conta de como eu estou presente em corpo e sangue, com os quais eu conquistei a Redenção Eterna, para todos vós, iríeis aproximar-vos de mim sem mancha e com respeito.
Por meu amor infinito, eu me ofereci como perfeito sacrifício, para vos purificar a todos do pecado. Quero que todos compreendais plenamente este sacrifício. Sim, quero encorajar-vos a compreender aquilo que eu mesmo ofereço e, deste modo suscitar em vos uma resposta de amor.
Este sacrifício poderá conduzir-vos a santificação e à divindade.
Este sacrifício pode realizar em ti o meu designo e conduzir-te à perfeição eterna. Filhos bem-amados, o meu sacrifício é para a eternidade e tu, quem a minha alma ama, recebe-o todos os dias.
Naquele momento, o meu santuário enche-se de anjos de toda a ordem dispostos a encontrar-me, a mim, seu Deus. Prostados, eles adoram-me, consolam o meu coração; e vós, que vos preparais para me receber, não me adorareis? Não me prestareis culto? Tomai consciência da minha santa presença; não durmais na minha presença, não permitais ao vosso espírito que, na minha presença, esvoace por outro lado. Tereis sido capazes de adormecer se tivésseis estado aos pés da minha cruz, no Gólgota?
Meus bem-amados, como vós teríeis vos sentido se tivésseis estado presente na minha crucificação, no monte calvário?
Acaso teríeis consentido ao vosso espírito que se deixasse invadir por insignificantes acontecimentos de um banalíssimo dia? Ou teríeis caído, prostados aos pés da minha cruz, para me adorar a mim, vosso Deus?
Eu morri por vós, na cruz, indiferente aos sofrimentos que teria de suportar. E vós? Vós vos permitis, então, estar completamente distraídos e verdadeiramente negligentes, perante o meu sacrifício?
Eu estou presente no meu sacrário, tal como estava presente e cravado na minha cruz.
Vinde pois a mim, com plena consciência de quem recebeis e de quem é aquele que, assim, une-me a vós, para vos purificar, dando-vos a Vida Eterna.”
Esta é a Santa Missa descrita por Jesus. Teremos nós em nossas vidas, uma vez que fosse, tomado conhecimento da Magnitude de tal celebração?
Meditemos em silencio lenta e profundamente...Jesus nos quer fazer compreender o que Ele mesmo nos oferece...Quer suscitar em nós uma resposta de Amor...Estamos ali no Gólgota, assistindo ao terrível e eterno espetáculo de morte de ‘Deus-feito-homem’.
E Jesus diz, ao recordar a sua morte na cruz: “Vi os céus se abrirem e todos os anjos estavam petrificados e em silencio”. E em cada sacrifício da Missa, diz Jesus que o seu Santuário se enche de anjos de toda a ordem, dispostos e encontrá-lo, a Ele, seu Deus.
E continua: “Prostrados, eles me adoram, consolam o meu coração”.
Assim agem os anjos e como agimos nós? É Jesus quem pergunta: “Não me adorareis? Não me prestareis culto?”.
É ele a advertir para que tomemos consciência da sua presença, que não durmamos, que não deixemos nosso espírito esvoaçar para outro lado. É um momento extraordinário. E em que estaremos pensando, ali sentados, olhando sem ver, ouvindo sem escutar? Nos negócios a serem resolvidos no dia seguinte? Em um problema qualquer do nosso cotidiano?
Jesus, nos pergunta se acaso teríamos deixado nosso espírito ser invadido por ‘insignificantes acontecimentos de um banalíssimo dia’ se estivéssemos presentes em sua crucificação, no Monte Calvário.
Ele se queixa: “Vós vos permitis, então, estar completamente distraídos e verdadeiramente negligentes perante o meu sacrifício?”
Isto é a Santa Missa. Aquela missa a que assitimos tão indiferentes ao seu verdadeiro significado!
Entramos ali correndo e atrasados; Saímos dali correndo e adiantados. E em nenhum momento paramos para pensar: Jesus está aqui, morrendo por nós; os anjos estão aqui, à nossa volta, prostados diante de Deus. E nós? Fazemos o quê? Olhamos para o Altar e não vemos o Gólgota; Para a Hóstia e não vemos o corpo; Para o vinho e não vemos o sangue...O que fazemos nós ali?!
Atualizando Medjugorje
Boletim nº 84 – março/ 1995
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