Lembrai-vos

Lembrai-vos
Lembrai-Vos, ó piíssima Virgem Maria, que nunca se ouviu dizer que algum daqueles que têm recorrido à vossa proteção, implorado a vossa assistência, e reclamado o vosso socorro, fosse por Vós desamparado. Animado eu, pois, de igual confiança, a Vós, Virgem entre todas singular, como a Mãe recorro, de Vós me valho e, gemendo sob o peso dos meus pecados, me prostro aos Vossos pés. Não desprezeis as minhas súplicas, ó Mãe do Filho de Deus humanado, mas dignai-Vos de as ouvir propícia e de me alcançar o que Vos rogo. Amen.

18 Sept 2009

Livro para crianças chama Cristo de canalha e o apresenta como fantasia de São Paulo

17.09.2009 - LONDRES.- O escritor inglês Philip Pullman, que nos últimos anos ganhou fama e fortuna com romances anti-católicos para crianças, preparou suas baterias contra Jesus Cristo e anunciou o próximo lançamento de um novo livro no que apresenta o Senhor como um "canalha" e a São Paulo como um fantasioso que lhe adjudicou poderes sobrenaturais.
O livro, que será posto à venda na próxima Semana Santa, titula-se "Jesus o Bom Homem e o Cristo canalha" ("The Good Man Jesus and the Scoundrel Christ"). Seu argumento de fundo é que São Paulo transformou a personalidade do Jesus e, usando seu "fervente imaginação" adjudicou atributos divinos a um homem normal.

Pullman, que se proclama ateu e forma parte da Sociedade Nacional Secular, justificou seu insólito argumento alegando que "São Paulo começou a transformar a história de Jesus em algo distinto e extraordinário no tempo em que escreveram os Evangelhos e parte de sua versão influiu no que escreveram os evangelistas".
Para Pullman, "Paulo era um literato e um gênio da imaginação que teve mais influencia em seu mundo que qualquer outro, incluindo Jesus. Teve a grande habilidade de persuadir a outros e suas habilidades retóricas convenceram às pessoas por 2,000 anos".

O novelista, autor de "A bússola dourada", acrescenta que sua história parte da "tensão na natureza dual de Jesus Cristo" e tem partes de "história e partes de conto de fadas".
O Bispo Auxiliar de Birmingham, Dom David McGough, criticou o livro e em uma coluna do jornal The Catholic Herald, recordou que "não há evidência alguma de que São Paulo tenha influenciado os Evangelhos. Nenhum acadêmico respeitável poderia ter escrito algo sobre a teoria" de Pullman.

Fonte: ACI



14 Sept 2009

III – REVER A CATEQUESE

É SEMPRE BOM RECORDAR...



I - OS MANDAMENTOS DA LEI DE DEUS:
1) Amar a Deus sobre todas as coisas.
2) Não tomar o seu Santo Nome em vão.
3) Guardar domingos e festas.
4) Honrar pai e mãe.
5) Não matar.
6) Não pecar contra a castidade.
7) Não furtar.
8) Não levantar falso testemunho.
9) Não desejar a mulher do próximo.
10) Não cobiçar as coisas alheias.

“... Se guardares os meus mandamentos, sereis constantes no meu amor, como também eu guardei os mandamentos de meu Pai e persisto no seu Amor. Disse-vos essas coisas para que a minha alegria esteja em vós, e a vossa alegria seja completa...Vós sois meus amigos, se fazeis o que vos mando.” (Jo 15,10-11.14)

Sugestões para leitura:
A besta semelhante a uma pantera (Movimento Sacerdotal Mariano /pág. 636-637/16ª Edição).
Livreto: O grito lancinante de uma alma (3ª edição/Editora Correio da Rainha da Paz).
O livro da vida! Da Ilusão a Verdade. (Glória Pólo/ Aliança Missionária Eucarística Mariana/ Anápolis-GO).
As Revelações à Santa Catarina de Sena.

II – OS MANDAMENTOS DA IGREJA:

1) Participar ativa e devotamente da Santa Missa.
2) Confessar-se ao menos uma vez por mês ao leigo e aos religiosos uma vez por semana.
3) Comungar pela Páscoa da Ressurreição.
4) Jejuar e abster-se de carne, quando manda a Santa Igreja Católica.
5) Pagar o dízimo.

III – OS SACRAMENTOS:
Sacramento significa: ato religioso instituído por Deus para purificar e santificar as almas.
1. Batismo - significa iniciação.
2. Confirmação ou Crisma – confirma o batismo.
3. Eucaristia – sacramento em que o Corpo e o Sangue de Cristo. Estão presentes sob as espécies de pão e vinho.
4. Penitência ou Confissão – revelação dos pecados ao confessor com arrependimento na certeza da absolvição.
5. Unção dos Enfermos – (Epístola de São Tiago 5,14-15).
6. Ordem – sacerdócio ministerial com responsabilidades e deveres específicos do sacramento.
7. Matrimônio – sacramento que abençoa e consolida o amor dos cônjuges.

IV – OS DONS DO ESPÍRITO SANTO:

1- Sabedoria – prazer pelas coisas de Deus. Este dom comunica à alma certo gosto que a faz conhecer, sem se enganar, o divino e o humano. Este dom pertence à caridade. Distingue o bem verdadeiro do falso e aparente.
2- Entendimento – compreender as verdades. Ilumina a rudeza e tardança de nossa inteligência, para penetrar as coisas divinas. Este dom pertence à fé.
3- Conselho – escolha do que convém de si e de outro.Encaminha, dirige e detém a precipitação humana da imprudência. Pertence à virtude da prudência.
4- Fortaleza – tornar capaz de vencer as dificuldades. Expulsa o desordenado temor e conforta a fraqueza. Pertence à mesma virtude.
5- Ciência – luz divina indica o que se deve evitar. Penetra os mais obscuros e forma perfeitos mestres contra a ignorância. Este dom pertence à fé.
6- Piedade – amor aos mandamentos. Torna o coração benigno, tira-lhe a rudeza e o abranda. Pertence à virtude da religião.
7- Temor de Deus – excita a alma a recordar os castigos, a fim de evitar o pecado. Este dom afasta a soberba e comunica amorosa submissão. Pertence à humildade.

V – PECADOS CONTRA O ESPÍRITO SANTO:
1- Desespero da salvação.
2- Presunção de se salvar sem merecimento.
3- Negar a verdade conhecida como tal.
4- Ter inveja das graças que Deus concedeu a alguém.
5- Obstinação ao pecado.
6- Impenitência final.

Sugestão para leitura: (Mc. 3,20-30/ Mt. 12,22-37/ Lc. 11,14-26)

VI – VIRTUDES TEOLOGAIS

Teologia significa doutrina que trata das coisas divinas.
– confiança que nos inspiram a bondade e o poder de Deus; firmeza.
Esperança – ato de esperar, desejando confiança naquilo que se pertence.
Caridade – amar ao próximo.

VII – VIRTUDES CARDEAIS

Cardeal significa principal, fundamental.
Prudência – virtude que nos leva a conhecer os erros e os perigos; Há três gêneros de prudência:
1- A Prudência Política (é a que pondera tudo o que se deve fazer e de acordo com a razão nada a que não seja reto e bom);
2- A Prudência Purificativa (é a que propõe e abstrai de todo o visível, para dirigir o coração à divina contemplação e a tudo o que é celestial);
3- A Prudência do espírito purificado (visa o sumo bem e dirige a ele todo o afeto);

Na prudência estão contidas as virtudes:
- A docilidade (é a boa disposição da criatura para receber instrução dos mais sábios, não o sendo consigo mesma, nem se apoiando em seu próprio juízo e sabedoria);
- A razão (chamada de raciocínio, consiste em refletir com acerto, deduzindo de noções gerais, particulares razões ou conselhos para os atos virtuosos);
- A solércia (é a diligente atenção e aplicação a tudo o que sucede – como a docilidade ao que nos ensinam – para julgar e compor regras de bem agir);
- A circunspeção (é o julgamento e consideração das circunstâncias que deverão acompanhar a ação virtuosa, porquanto não basta a boa finalidade para torna-la louvável, se lhe faltarem as oportunas circunstâncias requeridas);
- A cautela ( é a discreta atenção com que se devem advertir e evitar perigos, impedimentos ou imprevistos que podem ocorrer, mesmo com aparência de virtude, para que não nos encontrem descuidados e desprevenidos).

Justiça – É a que mais serve à caridade de Deus e do próximo, e é a mais necessária para o convívio e relações humanas. É um hábito que inclina a vontade a dar a cada qual o que lhe é devido, consiste em atribuir a cada um aquilo que de direito lhe pertence.

Duas espécies de justiça:
- A justiça distributiva ( governa os atos com as quais se distribuem as coisas às pessoas particulares);
- A justiça comutativa (ensina guardar recíproca igualdade no dar e receber entre pessoas particulares, quer no valor, quer na quantidade).

Fortaleza – força moral; vigor. Serve para moderar as operações da paixão irascível, principalmente consigo mesmo.
Na virtude da fortaleza incluí a magnanimidade (seu equilíbrio consiste em controlar as energias nas grandes ações; inclui não ser ambicioso, nem interesseiro, nem amigo do mais útil, mas sim do mais honesto e elevado; não falar de si com jactância, ser parcimonioso em fazer coisas pequenas para se reservar às maiores; ser mais inclinado a dar, do que a receber );
E a magnificência (visa realizar grandes coisas, faz grandes coisas. Devem, contudo regular-se na prudência. A magnificência consiste em que tudo destinou para magnificamente ser gasto em benefício dos necessitados e para a honra e culto a Deus).

Vícios contrários à fortaleza: espírito de vã glória, gerados pela soberba e vaidade, discórdia, contendas, rixas, jactância, gritos, impaciência, mentira, pertinácia, hipocrisia, cobiça de vaidade, curiosidade, desejar a criatura parecer mais do que é, e não o que verdadeiramente lhe pertence por seus pecados e baixeza.

Temperança (modéstia) – moderado nas paixões. Na temperança estão compreendidas as virtudes da: abstinência e sobriedade (compreendendo o jejum); a castidade e pudor ( compreendendo a virgindade e continência); a clemência e mansidão ( a mansidão governa a ira, e a clemência modera o castigo).

Vícios contrários à temperança: gula na comida, embriaguez na bebida, luxúria, sensualidade, ira, crueldade humana ou bestial, soberba, presunção, avareza, vício da curiosidade, apetite desmedido nos exercícios físicos, jogos, divertimentos, dança, etc.


VIII – PECADOS CAPITAIS
Significa o que é referente à pena de morte. São eles:

1- Soberba – arrogante, presunção.
2- Avareza – apego desregrado ao dinheiro; acúmulo de riquezas.
3- Luxúria – sensualidade; libertinagem.
4- Ira – cólera; ódio; fúria; raiva.
5- Gula – gosto exagerado por comida.
6- Inveja – desgosto ante a prosperidade alheia; desejo de possuir os bens de outro.
7- Preguiça – negligente, que só quer moleza, tem aversão à trabalhar;

IX – PECADOS QUE BRADAM AO CÉU

1- Homicídio voluntário.
2- Pecado sensual contra natureza.
3- Oprimir os pobres, órfãos e viúvas.
4- Negar o salário aos que trabalham.

X – AS OBRAS DE MISERICÓRDIA

CORPORAIS:
1- Dar de comer a quem tem fome.
2- Dar de beber a quem tem sede.
3- Vestir os que estão nus.
4- Visitar os enfermos.
5- Dar pousada aos peregrinos.
6- Remir os cativos e oprimidos (visitar os presos).
7- Enterrar os mortos.

Sugestão para leitura: (Mt.: 25, 31-46).

ESPIRITUAIS:

1- Dar bons conselhos.
2- Ensinar os ignorantes.
3- Consolar os tristes.
4- Corrigir os que erram.
5- Perdoar as injúrias (pelo amor de Deus).
6- Sofrer com paciência as fraquezas do próximo.
7- Rogar a Deus pelos vivos e defuntos.

Sugestão para leitura: (Mt.: 7, 1-23; I Cor. 13,2 - 13).

XI – NOVÍSSIMO DO HOMEM
Novíssimo significa últimos destinos do homem.
Morte – a vida de todos os homens encerra-se com a morte; quando? Não se sabe.
Juízo – a Bíblia nos fala num particular e universal (o bem e mal praticado na vida).
Inferno – morada dos demônios; lugar destinado ao suplício eterno das almas dos condenados.
Paraíso – morada dos justos; bem-aventurança.

Sugestão para leitura:
(II Cor.: 5,10/ I Cor.: 4,5/ Lc.: 12,40).
As Revelações de Deus à Santa Catarina de Sena.

II – HISTÓRIA DA IGREJA - Parte II

B.3) A IGREJA E O ORIENTE
Enquanto no Ocidente o cristianismo progredia admiravelmente; o Oriente sofreu o combate de novos hereges. Os imperadores gregos em Constantinopla não se queriam sujeitar às decisões do Supremo Pontífice e rejeitaram-lhe a supremacia. Grande número de sacerdotes e bispos seguiu o exemplo dos príncipes, induzindo também o povo ao CISMA, isto é, continuaram cristãos sem prestarem obediência ao Papa.
O MAOMETANISMO – Foi fundado por Maomé ( 570-632). Mas uma manifestação do Anticristo. Ao 12 anos teve um encontro com um monge cristão, que lhe ensinou a crença num Deus único. Aos 25 anos, casado e comerciante bem sucedido, começa a ter sonhos esquisitos, convulsões e arroubos místicos.
Refugia-se nas montanhas onde, afirma ele, teve uma visão do arcanjo São Gabriel que lhe anunciou ser ele o Profeta de Alá. Por volta de 612 inicia publicamente sua pregação, insistindo na caridade, na igualdade, numa vida de solidariedade contra toda a usura. Como a classe dominante vivesse de prazeres, ganância e lucros extorquidos, Maomé foi perseguido e seus adeptos torturados.
O profeta se refugia no deserto, de onde é buscado por alguns chefes políticos. Fixa-se em Medina (que quer dizer cidade do Profeta) e se torna o líder religioso, político, chefe militar e legislador ao mesmo tempo. Morta sua primeira esposa, casa-se outras 11 vezes e teve inúmeras concubinas. Tendo boa base militar, inicia o que chamou de “guerra perpétua” contra os não-maometanos.
Intimamente ligados à conquista política pela guerra e pela força, os maometanos (também chamados muçulmanos, que quer dizer “aquele que se submete à vontade de Deus”; ou islamitas) se espalharam pela Arábia, África, Oriente e a Indonésia. Muitas batalhas foram travadas para que não dominasse a Europa.
Na Espanha conseguiram penetrar em 711 e lá ficaram por 500 anos, deixando profunda influência na arte, na literatura e até mesmo na liturgia católica. Hoje são 400 milhões que seguem a doutrina de Maomé, que está condensada no livro chamado Alcorão.
Maomé ensina a existência de um Deus único, criador, onipotente, misericordioso e juiz de todos. Nega a Santíssima Trindade. Acredita em anjos e demônios, céu e inferno, na ressurreição dos mortos e num juízo final. Para Maomé Cristo não é Deus, apenas um profeta. Sua doutrina é uma síntese do judaísmo, cristianismo, crenças árabes, preceitos morais e sociais.
AS CRUZADAS – Os lugares da Terra Santa, onde Jesus viveu 33 anos e por fim terminou a obra da Redenção pela sua Paixão e morte, eram, desde remota data, objeto de veneração dos cristãos, que os visitavam freqüentemente. Grande foi, por isso, sua aflição, quando no século VII os maometanos e mais tarde, no século XI, os turcos se apoderaram desse país. Pedro d’Amiens, piedoso peregrino, ao voltar da Terra Santa, foi ter com o Papa Urbano II, a fim de descrever-lhe os vexames dos cristãos na Palestina e a profanação dos lugares santos pelos infiéis. O Papa convocou o concílio de Clermont (1095), ao qual compareceram muitos príncipes do Ocidente.
Lá compareceu também Pedro d’Amiens e expôs com tal emoção a triste situação do país de Cristo que todos os circunstantes, banhados em lágrimas, romperam num grito uníssono de fé e coragem: “Deus o quer! Deus o quer!”. O Ocidente em peso pôs-se em movimento para libertar do poder dos turcos a Terra Santa
Em sete grandes expedições, que se chamaram cruzadas, os príncipes cristãos esforçaram-se para alcançar esse objetivo. A primeira cruzada (1096-1099) era chefiada por Godofredo de Bouillon que, depois de renhidas batalhas, tomou posse de Jerusalém. Por causa de sua piedade e coragem, os chefes dos exércitos o elegeram rei de Jerusalém. Conduziram-no à Igreja do santo sepulcro, onde o aclamaram solenemente.
Quando, porém, lhe ofereceram a coroa real, o piedoso duque recusou aceitá-la e disse: “Não permita Deus que eu cinja um diadema de ouro no mesmo local em que o Rei dos reis foi coroado de espinhos”. O novo reino, porém, subsistiu apenas 100 anos. Intrigas e rivalidades entre os príncipes cristãos fizeram recair os santos lugares sob o poder dos infiéis.
Foram organizadas ainda várias cruzadas, em que, porém, os cristãos não conseguiam re-apoderar-se completamente da Terra Santa. Desde São Francisco de Assis (1180-1226) os franciscanos cuidam com carinho dos templos que recordam os principais fatos da vida de Jesus Cristo.
Os cristãos do mundo inteiro ajudam essa manutenção com esmolas, sobretudo através dos Comissários da Terra Santa (no Brasil pode fornecer informações o Convento de Santo Antônio do Pari, Caixa Postal 50490, SP).
B.4) AS ORDENS RELIGIOSAS
As cruzadas excitaram em todo o Oriente nova vida religiosa. Devido às invasões dos povos bárbaros, as ciências por longo tempo se haviam refugiado nos conventos; mas, aos poucos, começaram a se espalhar entre o povo.
Fundaram-se universidades e escolas, como em Paris e Colônia, cujas cátedras eram ocupadas por homens distintos e de vasto saber: Santo Anselmo, 1109; Alexandre de Hales,  1245; S.Alberto Magno,  1280; S. Tomás de Aquino, padroeiro das escolas católicas,  1274; S. Boaventura,  1274; Venerável Duns Escoto, o “doutor franciscano”,  1308.
Em toda parte floresceu a santa religião. Os fiéis construíram catedrais magníficas, que ainda hoje causam admiração, e a fundação de muitas novas ordens religiosas deram à Igreja um brilho especial. As principais ordens monásticas fundadas nessa época são: a dos camaldulenses, por São Romualdo,  1037; dos cartuxos, por São Bento,  1101; dos premonstratenses, por São Norbeto,  1134; dos cistercienses, por S. Roberto e S. Bernardo,  1153; dos carmelitas, pelo B. Alberto,  1214; dos dominicanos, por São Domingos,  1221 e dos franciscanos, por São Francisco de Assis,  1226. Grande é o número de santos que estas ordens contam em seu grêmio. A toda as partes do mundo enviaram seus missionários, para pregarem o Evangelho.
C) A IGREJA NOS TEMPOS MODERNOS
C.1) A IGREJA E A REFORMA
REFORMAS EQUIVOCADAS – Ao lado da boa semente crescia também no campo de Deus a cizânia. Havia hostilidades e guerras, crimes e violências, escândalos e heresias.
Quando, no século XI, o imperador Henrique IV não só entregava, mas até vendia bispados e abadias a pessoas indignas, e o Papa corajosamente enfrentava tais abusos, começou aquela longa peleja conhecida pelo nome de investidura, de que o Papa saiu vencedor.
Levantaram-se em seguida heresias, que primeiro moveram guerra à Igreja e mais tarde à autoridade civil: na França, os albigenses; na Inglaterra, os sectários de Wiclef; na Boêmia, os hussitas.
Impelidos por zelo incansável, missionários apostólicos, como São Vicente Ferrer (+1419) e São João Capistrano, percorreram diversos países, pregando penitência aos príncipes e aos povos. O fogo da rebeldia, porém, continuava a arder debaixo das cinzas, nutrido por várias inconveniências.
Os príncipes atacaram a Igreja, apoderando-se de seus bens. Os Papas se viram forçados a residir na França (Avignon), onde viviam dependentes dos reis. Houve, em conseqüência disso, grave divergência entre os cardeais italianos e os franceses, de que resultou, depois da morte de Gregório XI, que tinha restabelecido a Santa Sé em Roma, a dualidade dos Papas: Urbano VI, legitimamente eleito e residente em Roma, e Clemente VII, que morava em Avinhão.
Entre as reformas equivocadas, a principal foi o protestantismo, nascido no século XVI (16).
Quem deu início ao movimento foi MARTINHO LUTERO (1483-1546). Embora de origem humilde, teve boa formação universitária. Segundo ele mesmo conta, fez-se monge agostiniano depois que escapou de morrer por um raio. Ordenou-se padre e doutorou-se em teologia. Foi professor da Sagrada Escritura. Profundamente marcado pelo sentimento de pecado, quase se desesperava à procura de arrependimento e de penitência.
O clero do tempo, em grande parte, era mal instruído. Os bispados, muitas vezes, eram negociados. Houve bispos (como o Cardeal d’Este, arcebispo de Milão) que nunca visitou seu bispado, apesar de ter sido bispo durante 30 anos.
Outros bispos cumulavam várias dioceses e altos cargos nas cortes. A vida religiosa nos mosteiros e conventos se tornara medíocre. Por toda parte havia um mal-estar entre o povo e um sincero desejo de reforma dos costumes. Era também o tempo das grandes descobertas (América) e a economia passava por largas mudanças. Nesse tempo, o Papa estava construindo a grandiosa basílica de São Pedro e oferecia uma indulgência plenária ( isto é, o perdão das penas dos pecados) a quem, depois de confessado, desse uma boa esmola ou uma doação para as obras. Vários bispos fizeram a mesma coisa para terem fundos e construírem as catedrais.
LUTERO, que tanto sofrera dentro de si para se ver livre do pecado e conseguir a misericórdia de Deus, viu nas indulgências um grave abuso e uma afronta a Deus. Começou a pregar contra e a discutir publicamente o assunto. Outros temas religiosos entraram em questão, e Lutero acabou sendo acusado de herege. Lutero abandonou o sacerdócio, casou-se e fez-se líder de uma nova teologia que procurava reformar a Igreja e que acabou produzindo a IGREJA PROTESTANTE. Lutero foi excomungado.
Entre outras coisas, Lutero ensinava :
- que só havia o sacerdócio universal, isto é, todos os batizados seriam sacerdotes;
- que só havia dois (02) sacramentos válidos: o BATISMO e a EUCARISTIA;
- que só a fé pode justificar alguém e não a ABSOLVIÇÃO ou a indulgência ou as boas obras ou algum mérito pessoal;
- que só a Bíblia tem autoridade e não a TRADIÇÃO DA IGREJA;
- insistia na separação entre Estado e Igreja.
Este último ponto fez com que o assunto ultrapassasse a esfera religiosa e alcançasse a política. Os príncipes, que governavam regiões, começaram a se guerrear por causa de Lutero e se apegaram a ele para negar impostos e benfeitorias às dioceses e à cúria romana.
Três outros nomes precisam ser lembrados:
ZWINGLIO (1484-1531), sacerdote suíço, que levou as idéias de Lutero ao radicalismo, negou:
- o caráter sacrificial da MISSA;
- a INTERCESSÃO dos santos;
- o purgatório;
- a possibilidade de salvação por boas obras;
- a presença EUCARÍSTICA e o valor dos religiosos.
CALVINO (1509-1564), desenvolveu sua pregação sobretudo em Genebra, na Suíça. Também era padre. Calvino ensinava:
- que todo homem está condenado e é incapaz de fazer alguma coisa por sua salvação;
- que Cristo o salva sozinho, mas salva a quem quer e condena a quem quer;
- que Deus tem seus privilegiados, e os que não o são se condenam inapelavelmente e não podem sequer se queixar de seu desgraçado destino.
HENRIQUE VIII (1509-1547), rei da Inglaterra. Porque o Papa não quis anular seu casamento, rompeu com Roma, introduziu o protestantismo na Inglaterra como religião oficial e se fez rei e papa ao mesmo tempo. A religião que daí nasceu tomou o nome de Anglicanismo (esta Igreja permiti o casamento de homossexuais).
LUTERO, ZWINGLIO e CALVINO não se entenderam. Como também não se entenderam seus sucessores. Ao longo do tempo as igrejas se esfacelaram em inúmeras seitas.
Como não têm uma autoridade central, se torna difícil uma unidade de doutrina. Hoje mais de 250 igrejas protestantes diferentes estão unidas no Conselho Mundial de Igrejas, fundado em 1948, hoje com sede em Genebra.
O Concílio Vaticano II apoiou o ECUMENISMO, que procura a aproximação das igrejas entre si, o mútuo apoio nas obras de caridade e de assistência. Procura ressaltar os pontos em comum para diminuir as divergências.
REFORMAS VERDADEIRAS - A Igreja condenou as heresias protestantes no concílio de Trento, em 1545, e expôs em termos claros a doutrina de Jesus Cristo, principalmente a respeito da Sagrada Escritura e da Tradição, do pecado original, da justificação, dos sete (07) sacramentos e do culto aos santos.
Editou-se o catecismo de Trento, admirável compêndio da doutrina cristã. Deus, que prometeu à Igreja sua assistência até à consumação dos séculos, deu-lhe verdadeira consolação pela fundação de novas ordens religiosas. Com o fim de restituir ao clero sua primitiva pureza, fundou São Caetano a congregação dos teatinos (clérigos regulares).
Em 1464 surgiu a congregação dos oratorianos, fundada por São Filipe Néri, dedicada à instrução religiosa do Povo. Em 1530 Constituiu-se a dos barnabitas, que se consagravam às missões e ao ensino. Com o fim de embargar a marcha do protestantismo e reparar os estragos ocasionados por sua falsa reforma, Santo Inácio de Loiola fundou a Companhia de Jesus ou os jesuítas. Sua missão particular é: combater o erro por meio de uma vasta e profunda erudição; cuidar da instrução e da educação da mocidade (São Luís,Santo Estanislau e São João Berchmans, padroeiros da mocidade).
São João de Deus fundou uma ordem para servir os doentes, principalmente os alienados. Santa Teresa reformou a ordem das carmelitas, Santa Ângela fundou para a educação das moças a congregação das ursulinas, São João Calasans instituiu as escolas pias.
Entre os Papas dessa época distinguiram-se São Pio V, a quem a cristandade deve a vitória dos cristãos sobre os turcos, em Lepanto; Gregório XIII, que reformou o calendário; e Gregório XV, que enviou missionários para todo o mundo conhecido.

II – HISTÓRIA DA IGREJA - Parte I

TEMPOS PÓS-APOSTÓLICOS
A) A IGREJA E AS PERSEGUIÇÕES
A Igreja sofreu, desde seu berço, cruéis perseguições. Insurgiram-se contra ela inimigos externos – os judeus e os pagãos – inimigos internos – os hereges e os apóstatas.
A.1) OS INIMIGOS EXTERNOS DA IGREJA
OS JUDEUS – A doutrina de Jesus Cristo achou fraco apoio entre os judeus, porque estes ansiavam por um Messias que, como chefe da nação, movesse guerra libertadora aos opressores do povo de Deus, e por isso não se queriam conformar com um Cristo pobre e ultrajado.
Como tinham perseguido o Mestre, assim perseguiram também seus discípulos. No ano 70 os romanos invadiram Jerusalém, arrasaram a cidade e do templo não sobrou pedra sobre pedra. Os judeus se dispersaram pelo mundo todo. Muitos prosperaram. Mas muitos sofreram perseguições. Só durante a última guerra mundial, 6 milhões de judeus foram massacrados e centenas de milhares ficaram sem lar.
Em 1948 conseguiram criar um país independente, o Estado de Israel. A Igreja sempre teve grande preocupação pelos Lugares Santos. Os principais santuários são cuidados pelos franciscanos, com ajuda dos cristãos do mundo inteiro.
OS PAGÃOS – Alarmados, observavam os romanos a difusão rápida do cristianismo, que por suas máximas condenava a vida pecaminosa e culto dos deuses. Os imperadores tiveram medo que fosse um movimento político capaz de modificar a segurança e a ordem do império.
Para ter o povo de seu lado, os imperadores acusaram os cristãos de desobediência às leis do Estado e aos deuses de Roma. Mediante dez (10) terríveis perseguições, o governo romano tentou exterminar os cristãos. Mas debalde. Verificou-se a frase de Tertuliano: “O sangue dos mártires é sempre de cristãos”.
CATACUMBAS – Em tais circunstâncias, os cristãos refugiaram-se nas catacumbas, onde celebravam os santos mistérios e instruíam os catecúmenos.
Nesses lugares subterrâneos, sepultaram também seus irmãos, principalmente aqueles que perderam sua vida em defesa da fé. Enfim, foram o asilo habitual dos primeiros fiéis, durante os 300 anos em que quase ininterruptamente as dez perseguições dizimaram a cristandade, dando à santa Igreja milhares e milhares de mártires.
VITÓRIA DA IGREJA SOBRE SEUS INIMIGOS – Tendo-se patenteado, por experiência assaz longa, que o reino de Jesus, a Igreja, para assentar seu domínio, não necessitava de socorro humano, nem de proteção das autoridades deste mundo.
Deus convidou também os soberanos para se tornarem protetores da sua Igreja. O imperador Constantino foi o primeiro a quem Deus dirigiu tal convite. Ainda pagão, marchou à frente de seu exército contra Maxêncio, que lhe disputava a coroa imperial.
Mas o exército inimigo era muito superior ao seu. Nesta situação angustiosa, dirigiu-se a oração fervorosa ao Deus dos cristãos, pedindo seu auxílio. E eis que, à vista de todo o exército, apareceu no céu uma cruz luminosa, ao redor da qual se lia este lema: “In hoc signo vinces”: por este sinal vencerás.
Na noite seguinte, Jesus Cristo apareceu, com o mesmo sinal, a Constantino, ordenando-lhe que fizesse um estandarte segundo o modelo dessa cruz. Constantino obedeceu. O novo estandarte, que trazia estampada, além do monograma de Cristo, a imagem do imperador e de seus filhos, tinha o nome de lábaro.
Os soldados, com o lábaro à frente, atacaram corajosamente os inimigos e os derrotaram completamente. Maxêncio, vencido, quis refugiar-se em Roma; mas, ao atravessar o rio Tigre, afogou-se.
Roma então abriu suas portas ao vencedor; o novo imperador publicou em 313 o famoso edito de Milão, a favor da religião cristã. Ele mesmo recebeu o batismo, pela mão do Papa Silvestre. Muitos nobres imitaram seu exemplo e em pouco tempo o cristianismo se propagava em todo o império romano.
A.2) OS INIMIGOS INTERNOS DA IGREJA
OS HEREGES E OS APÓSTATAS – Apenas a Igreja se vira livre de seus inimigos externos, levantaram-se contra ela inimigos internos. Eram os hereges e os apóstatas.
ARIO - ousava negar a divindade de Nosso Senhor, considerando Jesus a criatura mais excelente saída das mãos de Deus. Seguindo, os exemplos dos apóstolos, que nos primeiros tempos da Igreja se reuniram em Jerusalém, sob a presidência de São Pedro (concílio dos apóstolos), assim fizeram então os bispos católicos sucessores dos apóstolos, sob a presidência do papa, sucessor de São Pedro, no concílio geral de Nicéia.
Nessa assembléia, que se realizou no ano 325, tomaram parte 318 bispos. Foi declarado solenemente como dogma da doutrina cristã que Jesus Cristo, a segunda pessoa da Santíssima Trindade, é verdadeiro Deus, da mesma natureza divina que Deus Pai. Ário não quis sujeitar-se e por isso foi expulso do grêmio da Igreja (excomungado).
JULIANO, o apóstata, pretendeu restabelecer o paganismo no Oriente. Para arruinar a religião cristã, tentou desmentir Cristo, reedificando o templo de Jerusalém. Todas as vezes, porém, que os trabalhadores começavam, irrompiam da terra chamas que os obrigavam a desistir da empresa. Este milagre enfureceu tanto o imperador apóstata que jurou vingar-se de Jesus Cristo. Mortalmente ferido, porém, num combate e espumando de raiva, lançou contra o céu um punhado de sangue de sua ferida, exclamando: “Venceste, Galileu!”.
NESTÓRIO atacou Maria Santíssima, negando-lhe o título de Mãe de Deus. Foi condenado pelo concílio de Éfeso, em 431.
ÊUTIQUES negou as duas naturezas de Jesus Cristo, dando-lhe um só corpo humano aparente. O concílio de Calcedônia em 451 condenou sua heresia.
PELÁGIO não quis aceitar a doutrina da Igreja sobre o pecado original.
MACEDÔNIO negava a divindade do Espírito Santo.
A.3 - OS DEFENSORES DA VERDADEIRA FÉ
Por muito tempo esses hereges procuravam divulgar suas doutrinas falsas entre os cristãos; a Igreja, porém, tendo a promessa de Jesus Cristo de que as portas do inferno não prevalecerão contra ela, venceu, enfim, todas essas heresias, conservando e ensinando sempre a verdadeira doutrina do Filho de Deus.
Como defensores, surgiram os doutores da Igreja, que sustentaram os dogmas da fé tanto em suas práticas como em seus escritos. Entre eles se distinguiram:
Na Igreja Grega: Santo Atanásio, São Basílio, São Gregório Nazianzeno e São João Crisóstomo.
Na Igreja Latina: Santo Hilário, Santo Ambrósio, São Jerônimo, célebre pela tradução da sagrada Escritura, da língua hebraica para a latina (Vulgata), e Santo Agostinho, o maior pensador cristão.
Enquanto os doutores da Igreja brilhavam por seu gênio e sua ciência, davam os eremitas e monges exemplos de penitência e virtudes.
Obedientes às palavras do Evangelho: “Se quereis ser perfeitos, vendei tudo quanto possuís, dai o valor aos pobres e segui-me”, cristãos piedosos calcaram aos pés as riquezas e dignidades mundanas e procuraram a solidão para se santificarem com a oração e a penitência.
Uma caverna lhes servia de habitáculo; a terra nua ou coberta de alguma palha era sua cama; raízes e ervas constituíam seu alimento; e a água das fontes, sua bebida.
O indicador da vida eremita foi São Paulo, que passou seus dias no deserto da Tebaida; imitaram-no Santo Antão, São Pacômio, Santo Hilarião e muitos outros.
Essa vida eremítica transformou-se mais tarde na vida monástica.
Como primeiro patriarca das ordens religiosas no Ocidente pode ser considerado São Bento, o fundador dos beneditinos, morreu no ano 543. O berço de sua ordem foi o célebre mosteiro de Monte Cassino, no reino de Nápoles, destruído durante a última guerra mundial. Seus primeiros discípulos foram: São Plácido e Santo Amaro.
B) A IGREJA NA IDADE MÉDIA
B.1) A IGREJA E OS POVOS BÁRBAROS
EMIGRAÇÃO DOS POVOS BÁRBAROS – Novos perigos ameaçavam a Igreja pela emigração dos povos bárbaros, principalmente dos vândalos. Hordas numerosas, comandadas por chefes experimentados, como Átila, rei dos hunos, e Alarico, rei dos visigodos, invadiram o império romano, assolando-o por toda parte.
Apoderaram-se das mais belas províncias, trucidando os habitantes e armando suas tendas sobre as ruínas de cidades e palácios. Duas vezes, o Papa Leão I preservou Roma da completa destruição, dirigindo-se pessoalmente ao acampamento de Átila e conseguindo que o temido rei deixasse com suas hordas a Átila.
CONVERSÃO DOS POVOS BÁRBAROS – Quis Deus também dar entrada em sua Igreja a esses povos bárbaros.
Enviou-lhes seus mensageiros, os missionários, para os evangelizar.
SÃO PATRÍCIO levou a doutrina de Jesus Cristo para a Irlanda. O efeito de suas pregações foi tão admirável que antes de sua morte teve a consolação de ver quase toda a Irlanda adorar o verdadeiro Deus (Ilha dos santos).
SANTO AGOSTINHO, prior de um convento dos beneditinos, foi enviado por São Gregório I Magno, com 40 missionários para a Inglaterra, tornando-se apóstolo desse país.
SÃO REMÍGIO pregou o Evangelho aos francos e batizou solenemente seu rei Clóvis. Era este então o único soberano católico. O Papa Anastácio felicitou-o e concedeu-lhe o título de rei cristianíssimo e à sua nação o de filha primogênita da Igreja.
Toda Alemanha se converteu, à voz de S. Bonifácio. Em todos estes países, os filhos de São Bento fundaram mosteiros e escolas, contribuindo assim poderosamente em seus países as artes e ciências. Os imperadores dos francos e alemães consideravam o Papa, não só como chefe da Igreja, mas também como pai. De sua mão recebiam a sagração, o cetro e a coroa.
Tornaram-se defensores da Igreja e propagadores das escolas cristãs. O mais famoso foi Carlos Magno (742-814). Coroado solenemente no ano 800 pelo Papa, preocupou-se muito com a criação de escolas junto dos mosteiros e do próprio palácio real.
B.2) O PATRIMÔNIO DE SÃO PEDRO
Desde os tempos do imperador Constantino, muitas famílias ilustres da Itália legavam bens terrestres ao Papa, como sucessor de São Pedro. Os fiéis queriam desta maneira tornar o chefe da Igreja independente de qualquer poder secular.
Em meados do século VII, Pepino, rei dos francos, fez ao Papa a doação de uma grande parte da Itália Central. Seu filho, Carlos Magno, confirmou essa doação e aumentou-a mais tarde. Esse território recebeu o nome de patrimônio de São Pedro. Seu chefe e rei era o Papa.
A Possessão de um reino próprio era de grande utilidade para os Sumos Pontífices. Com suas rendas podiam prover às despesas necessárias ao governo da Igreja, como o sustento dos cardeais e legados apostólicos, a propagação da fé. Além disso, a independência do Papa, de qualquer nação, habilitava-o a ter franca comunicação com toda a cristandade.
O Povo católico, compreendendo nitidamente esta situação, sempre respeitou e defendeu o patrimônio de São Pedro. Os inimigos da Igreja, porém, muitas vezes devastaram Roma e o território do Sumo Pontífice.
Nos tempos modernos, Napoleão I, imperador da França, apoderou-se em 1809 do patrimônio de São Pedro. Mandou seqüestrar de seu palácio Pio VII e levá-lo com uma escolta a Savona, onde passou três anos sem comunicação alguma com os cardeais e a Igreja.
O congresso de Viena, em 1815, depois da derrota de Napoleão na Rússia, forçou-o a dar liberdade ao chefe da Igreja e restituir-lhe o território roubado.
Revolucionários, pagos pela maçonaria, combateram o patrimônio de São Pedro em 1848. O Papa Pio IX viu-se obrigado a fugir de Roma e passar algum tempo em Gaeta. Em 1860, os piemontenses, chefiados por Gialdini, invadiram de novo o território do Sumo Pontífice apossando-se de Ancona, das Marcas e da Úmbria.
Pio IX protestou e lançou a excomunhão contra os usurpadores dos bens eclesiásticos. No ano 1870, o rei Vítor Emanuel apoderou-se também da cidade de Roma, fixando sua residência no Quirinal, o palácio do Papa.
Desde aquela data Roma e todo o patrimônio de São Pedro ficaram sob o domínio do rei da Itália. O Papa retirou-se para o Vaticano, onde passou a vida dum verdadeiro prisioneiro.
No dia 11/02/1929, o cardeal Gasparri, secretário de estado do Vaticano, e o Sr. Benito Mussolini, chefe do Governo italiano, assinaram o acordo entre o papado e o reino. A nova concordata restabeleceu a harmonia entre o papado e a Itália, concedendo à Santa Sé, entre outras cláusulas, um território próprio para a composição do governo da Igreja.
É o pequeno Estado do Vaticano, ou Santa Sé, com apenas 0,44 Km2. O Papa vive das esmolas dos cristãos do mundo inteiro, conhecidas como Óbulo de São Pedro.

4. Perguntas e Respostas Sobre a Bíblia

4.1. O QUE É A BÍBLIA?
• O que significa a palavra “Bíblia”?
Bíblia é uma palavra da língua grega, no plural, que quer dizer livros.
• Que é Bíblia?
É uma coleção de 73 livros, chamados livros sagrados, escritos por inspiração de Deus, e que trazem a palavra de Deus revelada.
• Quem escreveu a Bíblia?
Foi Deus quem escreveu a Bíblia.
• Como Deus escreveu a Bíblia?
Deus quis se servir de homens, que ele foi escolhendo, ao longo da história da salvação, para escrever aquilo que ele queria que fosse escrito, e somente aquilo que ele queria revelar.
• Como se chamam esses homens escolhidos por Deus?
Chamam-se autores sagrados, ou hagiógrafos. São como que instrumentos, mas instrumentos humanos, nas mãos de Deus.
• Quantos são esses autores sagrados da Bíblia?
São mais de 50 pessoas, de que Deus se serviu para escrever sua revelação, à medida que o tempo ia passando.
• Onde foi escrita a Bíblia Sagrada?
Na Palestina, ou terra de Canaã, e suas imediações e em outras regiões do Antigo e do Novo Testamento.
• Em que língua foi escrita a Bíblia?
Foi escrita em hebraico, parte em aramaico e parte em grego.
• A Bíblia foi escrita de uma só vez?
Não. Foi escrita num período de aproximadamente 1300 anos. De Moisés até São João Apóstolo.
• Qual é o conteúdo da Bíblia?
A Bíblia não é um livro de ciências mas um livro que traz a revelação de Deus ao mundo e a história da salvação.
4.2. DIVISÃO DA BÍBLIA
• Como se divide a Bíblia?
A principal divisão da Bíblia é: Antigo Testamento e Novo Testamento
• Por que se chama Testamento ou Aliança?
Porque Deus fez um trato, ou uma Aliança com os homens, para libertá-los e salvá-los. Esta aliança foi cumprida, definitivamente, em Jesus Cristo.
• O Antigo Testamento trata de quê?
O Antigo Testamento trata a respeito do mundo, do homem, da fidelidade e infIdelidade do povo de Israel, da promessa do Salvador.
• O Novo Testamento trata de quê?
O Novo Testamento nos apresenta Jesus Cristo, na sua vida, nos seus ensinamentos, nos seus milagres, no seu Evangelho, na pregação dos Apóstolos, e na vida dos primeiros cristãos.
• Qual é o centro da Bíblia?
O núcleo central da Bíblia é Jesus Cristo. Tudo na Bíblia fala dele. O Antigo Testamento prepara sua vinda. E o Novo Testamento é ele mesmo, ao vivo.
4.3. O POVO DE DEUS
• Como se chama o povo escolhido por Deus?
Chama-se povo hebreu, ou israelita. É o povo descendente de Abraão, do qual deveria nascer o Messias, isto é, o Cristo.
• Deus fez uma aliança com esse povo?
Sim. Javé (Deus) seria o seu Deus e o povo israelita seria o povo de Javé, isto é, de Deus.
• Como começa essa história do povo eleito de Deus?
Passado muito tempo, desde a criação do homem, da história do primeiro pecado, da promessa que Deus fez de mandar um Salvador, Deus chama um homem de nome Abraão. Abraão é a raiz do povo eleito.
• Qual foi a principal missão deste povo?
Foi conservar a fidelidade ao Deus único e verdadeiro, e ser o berço do Redentor.
• Como Deus se manifesta a esse povo?
Através da lei dada a Moisés, no monte Sinai, e através dos profetas, que falavam em nome de Deus.
• Qual é a parte mais importante da Lei?
É o decálogo, ou seja, os 10 mandamentos.
• E qual é a parte mais importante dos Profetas?
Eles enxergaram e viveram os acontecimentos à luz da fé, e ajudaram o povo a fazer o mesmo. Deste modo. Deste modo, toda a vida e deles foi um anúncio de Jesus Cristo, o maior dos Profetas.
• O que era a Bíblia para o povo eleito?
Era como um código de vida e de leis. Deus queria que fosse assim.
• A salvação foi prometida somente ao povo eleito?
Não. Deus quer que todos os homens se salvem e cheguem ao conhecimento da verdade. Mas, a salvação veio dos judeus.
• Quer dizer que Jesus Cristo nasceu deste povo escolhido?
Sim. E esse povo foi preparado para dele nascer o Cristo.
4.4. A HISTÓRIA DA SALVAÇÃO
• Por que a história do povo israelita é chamada história da salvação?
Porque foi através da vida desse povo, que Deus foi revelando ao mundo seu plano de salvação.
• Quando foi que se realizou, definitivamente, o plano de Deus?
Foi quando veio Jesus Cristo, na plenitude dos tempos. Nele se realizou todo o plano de Deus, toda promessa.
• Como se pode resumir a história do povo israelita?
a) Escolha e vocação de Abraão, começo da Aliança;
b) Libertação da escravidão do Egito, formação de um povo, tendo Moisés à frente;
c) Entrega da terra ao povo sob o comando de Josué;
d) Monarquia em nome de Deus;
e) Purificação e verdadeiro ideal religioso, sua descoberta com o auxílio dos profetas.
• Quando aconteceu esta história?
Do ano 1800, antes de Cristo, até o nascimento de Jesus, e no primeiro século da era cristã.
• Como se chama esta história?
Chama-se Antigo Testamento ou Antiga Aliança, porque é a história da aliança entre um povo, muitas vezes, infiel e Deus, sempre fiel às suas promessas.
• Quais são os 05 primeiros livros da Bíblia?
São: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio.
• Como se chamam esses 05 livros juntos?
Esses 05 livros juntos têm o nome de Pentateuco, palavra que quer dizer, justamente, 05 livros. Trazem a lei.
• Que significa Gênesis?
Gênesis significa origem. Esse livro fala da origem do povo israelita e de suas primeiras reflexões sobre o mundo, o homem, o pecado, e a promessa de um salvador.
• Que significa Êxodo?
Significa saída, partida. Esse livro lembra a saída do povo israelita para chegar à terra prometida por Deus.
• É importante esse livro na história do povo de Deus?
É importantíssimo, porque narra o fato mais importante da história do povo de Deus. Sua libertação. E essa libertação É essa libertação é celebrada anualmente na Páscoa.
4.5. LIVROS DO ANTIGO TESTAMENTO
• Quantos são os livros que compõem o Antigo Testamento?
São 46 livros.
• Como podemos dividir esses 46 livros?
Podemos dividi-los em históricos, didáticos e proféticos.
• Quais são os livros históricos do Antigo Testamento?
São 21: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio, Josué, Juízes, Rute, 1º Samuel, 2º Samuel, 1º Reis, 2º Reis, 1º Crônicas, 2º Crônicas, Esdras, Neemias, Tobias, Judite, Ester, 1º Macabeus, 2º Macabeus, são portanto 21 livros, chamados históricos.
• Quais são os livros didáticos do Antigo Testamento?
São 07: Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes, Cântico dos Cânticos, Sabedoria, Eclesiástico.
• Quais são os livros proféticos do Antigo Testamento?
São 18: Isaías, Jeremias, Lamentações, Baruc, Ezequiel, Daniel, Oséias, Joel, Amós, Abdias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuc, Sofonias, Ageu, Zacarias, Malaquias.
• Destes livros podemos destacar alguns mais importantes?
Podemos sim. Alguns se destacam mais pelo seu conteúdo de revelação, como: Gênesis, Êxodo, Salmos, Isaías, Amós.
• Esta lista de 46 livros do Antigo Testamento sempre foi aceita pelos judeus?
Não. Porque no ano 100, depois da morte de Cristo, os fariseus, chefes do povo de Israel, resolveram tirar 7 livros da coleção; entretanto os Apóstolos de Cristo os aceitaram, como inspirados por Deus.
• Quais são esses 07 livros do Antigo Testamento que os judeus resolveram tirar da coleção?
São os seguintes: Tobias, Baruc, Judite, Sabedoria, Eclesiástico, 1º e 2º livros dos Macabeus.
• Por que os fariseus resolveram tirar da lista esses 7 livros?
Diziam que Deus só podia inspirar em hebraico, dentro das fronteiras da Palestina, e somente até o tempo de Esdras. Como esses 7 livros mencionados foram escritos, ou em grego, ou fora da Palestina, ou depois de Esdras, não foram aceitos por eles como inspirados.
• Qual outro motivo por que os fariseus fizeram isso?
Porque os Apóstolos ensinavam que Deus quer que todos se salvem, e não só os judeus. Também porque os fariseus queriam combater a Igreja de Cristo, e os Apóstolos aceitavam esta coleção de 46 livros , mais os livros do Novo Testamento, escritos em grego.
• Quantos livros tem, então, a Bíblia dos judeus?
Apenas 39 livros, porque não aceitam esses 7, e não aceitam também o Novo Testamento.
• Qual é a lista que a Igreja Católica, desde o tempo dos Apóstolos, aceita?
É a coleção completa dos 46 livros. A verdadeira Igreja é apostólica, isto é, vem do tempo dos Apóstolos.
• E a Bíblia protestante é diferente? Ou é igual à nossa?
Não é igual à nossa, é diferente. Eles também não aceitam os 7 livros. Principalmente a partir do século passado, as edições protestantes da Bíblia seguiram a lista aceita pelos judeus. A Bíblia protestante não traz esses 7 livros.
4.6. NOVO TESTAMENTO
• Há uma ligação entre o Antigo e o Novo Testamento?
Sim. O Antigo Testamento é uma preparação para tudo aquilo que haveria de acontecer no Novo Testamento. O Novo Testamento é uma realização e um aperfeiçoamento do Antigo Testamento.
• Qual é o ponto de ligação entre o Antigo e o Novo Testamento?
É a pessoa, a mensagem, a doutrina de Jesus Cristo.
• Quantos são os livros do Novo Testamento?
Ao todo são 27 livros do Novo Testamento.
• Como se dividem eles?
Também eles se dividem em históricos, didáticos e proféticos.
• Quais são os livros históricos do Novo Testamento?
São os 4 Evangelhos: Mateus, Marcos, Lucas e João, e ainda o livro, chamado Atos dos Apóstolos. 5 livros históricos.
• Quais são os livros didáticos do Novo Testamento?
São as 14 cartas atribuídas a são Paulo, e as 7 cartas chamadas católicas. São: Cartas de são Paulo: Romanos, 1ª e 2ª Coríntios, Gálatas, Efésios, Filipenses, Colossenses, 1ª e 2ª Tessalonicences, 1ª e 2ª Timóteo, Tito, Filêmon, Hebreus. Cartas de outros Apóstolos: Tiago, 1ª e 2ª Pedro, 1ª , 2ª e 3ª João, Judas. Ao todo são 21 livros didáticos.
• Quantos e quais são os livros proféticos do Novo Testamento?
Embora todo o Novo Testamento seja profético, só um livro costuma ser chamado assim. É o Apocalipse, o último livro da Bíblia.
• Quais são os livros mais importantes do Novo Testamento?
São os 04 Evangelhos. Aliás, propriamente falando, não são 4, mas um só. O Evangelho de Jesus Cristo, que foi narrado de maneira diferente por 4 Evangelistas. Cada um procurou enfocar determinados aspectos da vida, da mensagem, dos milagres de Jesus.
• Como são simbolizados os 04 Evangelistas?
De acordo com a profecia de Ezequiel, 1,10-14, os 4 Evangelistas são simbolizados pelas seguintes figuras:
a) MATEUS, pelo HOMEM, porque começou a narrativa do Evangelho com a genealogia de Jesus.
b) MARCOS, pelo LEÃO, por ter começado sua narrativa pelo deserto, onde habita o leão.
c) LUCAS, pelo TOURO, por ter iniciado sua narração pelo Templo, onde se oferecem os sacrifícios de touros e carneiros.
d) JOÃO, pela ÁGUIA, por descrever no seu Evangelho o mistério da divindade de Jesus. Como que paira nas alturas, onde as águias costumam voar.
• O livro dos Atos dos Apóstolos traz o quê?
Traz um pouco da vida, dos ensinamentos, e das atividades dos Apóstolos, logo depois que Jesus voltou para junto do Pai. Traz também a vida das primeiras comunidades cristãs.
• As cartas dos Apóstolos trazem o quê?
Trazem a doutrina cristã, pregada, transmitida pelos Apóstolos às comunidades cristãs primitivas. As cartas dos Apóstolos são como que um catecismo do Evangelho.
• E o Apocalipse?
O Apocalipse significa revelação, foi escrito por são João Apóstolo e Evangelista. Desejava ele sustentar a fé e a esperança dos cristãos perseguidos, no início do cristianismo. Anuncia ele a derrota dos perseguidores e a vitória final dos cristãos perseguidos. Por meio de visões e quadros fantásticos, fala da glória e da parusia, ou seja, do céu. Fala também do nosso tempo de hoje, da ação de satanás por meio das 03 feras: dragão vermelho (potência de comunicação social), a pantera (maçonaria) e um cordeiro (maçonaria eclesiástica infiltrada dentro da Igreja), fala da luta entre Maria e satanás, fala do anticristo (Maitréya) e o seu plano para perseguir os cristãos, através da marcação na fronte e na mão das pessoas, sendo que essa marcação será com se fosse uma identificação para se adquirir ou vender qualquer coisa, mas será uma farsa, pois quem for marcado estará levando a marca da besta na alma, que é 666 , e não terá salvação eterna, isto é, não terá vida eterna. Fala também da derrota de satanás para sempre por Jesus Cristo e fala da nova vida aqui na terra que será de: paz, amor, felicidade, etc.
4.7. COMO A BÍBLIA CHEGOU ATÉ NÓS
• Como Deus se revelou a nós?
Deus se revelou a nós por meio de sua Palavra.
• Por meio de quem Deus se revelou?
No Antigo Testamento, por meio dos Patriarcas e dos Profetas. No Novo Testamento, Deus falou por meio do seu Filho, Jesus Cristo (Hb 1,1s).
• Como chegou até nós a Palavra de Deus?
Primeiro por via oral, isto é, pela palavra falada. Depois, por escrito. A Palavra de Deus, antes de ser escrita, foi falada.
• Como se chama esta transmissão da Palavra de Deus por via oral?
Chama-se Tradição. A Tradição Apostólica é fonte genuína da revelação.
• Qual foi o primeiro escrito do Novo Testamento?
Foi à carta de são Paulo aos Tessalonicences, escrita lá pelo ano 52 da era cristã. Data em que a Igreja já tinha uns 20 anos de existência.
• Como se conservou a mensagem do Evangelho, antes de ser escrita?
Pela pregação dos Apóstolos e vivenciada pelas primeiras comunidades cristãs.
• O Antigo Testamento já estava escrito antes de Cristo?
Sim. Inclusive os Apóstolos citavam textos bíblicos do Antigo Testamento para confirmar sua pregação.
• Quem apareceu primeiro, a Igreja ou a Bíblia?
O Antigo Testamento é anterior à Igreja. O Novo Testamento apareceu depois que a Igreja já existia.
• Por que Cristo instituiu a Igreja?
Para dar continuidade a sua obra redentora, salvadora e libertadora. Jesus deu à Igreja a missão de anunciar o Evangelho do Reino.
• Quem pode interpretar a Bíblia para ensinar?
A Igreja instituída por Cristo para isso. A Igreja recebeu a Bíblia como auxiliar de sua pregação oral. O magistério da Igreja se apóia na Tradição oral e na Bíblia.
4.8. COMO LER E ENTENDER A BÍBLIA
• A Bíblia – é um livro como os outros?
Não! Ela é um livro diferente dos outros livros, porque Deus é o seu autor. A Bíblia é a Palavra de Deus.
• Como Deus escreveu a Bíblia?
Deus escreveu a Bíblia por meio de homens, que ele escolheu e inspirou para escreverem o que ele queria que fosse escrito.
• Que é inspiração bíblica?
É uma iluminação do entendimento, uma moção da vontade para levar o escritor sagrado a escrever o que Deus queria e somente aquilo.
• Qual é a conseqüência disso?
É que o autor humano é como um instrumento na mão de Deus. Mas é um instrumento humano, que coloca também suas aptidões a serviço da inspiração de Deus. Há diferença, no modo de escrever, de um livro para outro.
• A Bíblia tem erro?
Deus é seu autor principal; por isso, a Bíblia apresenta, sem erro, a verdade, que nela está escrita para a nossa salvação.
• Como se chama a ausência de erro na Bíblia?
Chama-se inerrância.
• A Bíblia é um livro de ciência?
A finalidade da Bíblia é revelar o plano de Salvação para os homens. Deus quer nos salvar.
• Qual é a linguagem da Bíblia?
Deus usa a linguagem simples do povo.
• Que é hermenêutica bíblica?
É a maneira de interpretar a Bíblia. É a gente procurar o sentido ou a verdade que Deus quis revelar, por meio do autor humano.
• Quais os sentidos que podemos encontrar na Bíblia?
a) sentido literal é o sentido que a palavra evoca, dentro do contexto religioso da Bíblia;
b) sentido típico, quando fatos ou pessoas do Antigo Testamento simbolizam os mistérios ou pessoas do Novo Testamento;
c) sentido adaptável, quando a gente aplica um texto bíblico a um acontecimento diferente daquele que o autor sagrado quis significar.
4.9. COMO DEVEMOS LER A BÍBLIA
Devemos ler a Bíblia, tal como ela é, não como PALAVRA DE HOMENS, MAS COMO PALAVRA DE DEUS ( 1Ts 2,13). Devemos fazer isso, com humildade, pois Deus se revela aos pequenos e humildes. “Estas coisas estão escondidas aos sábios e foram reveladas aos pequeninos” ( Mt 11.25).
A Bíblia não deve ser lida por curiosidade, porém como coisa útil para a vida. “Tu, porém, persevera nas coisas que aprendeste, e que te foram confiadas, sabendo de quem as aprendeste, e que desde a infância foste educado nas Sagradas letras”.
Elas te podem instruir para a salvação pela fé que há em Jesus Cristo. Toda Escritura, divinamente inspirada, é útil para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e apto para todo obra boa” ( 2Tm 3,14-17).
4.10. JESUS CRISTO, SALVADOR E LIBERTADOR
• Quem é Jesus Cristo?
É o Filho de Deus, feito homem para salvar todos os que crêem nele. É o grande Profeta do Pai. Ler Jo 3,16.
• Quem afirmou que Jesus é o Filho de Deus?
O Pai do céu declarou isso, os contemporâneos de Jesus também disseram, pelo que viram, e ele mesmo demonstrou ser o Filho de Deus. Ler Lc 1,31-32; 2,11;22,70/Mt3,17/
Jo 4,25-26; 17,3.
• Para que Jesus veio ao mundo?
Para nos salvar. É para isso que nos revelou o Pai e o mistério da Trindade.
• O que Jesus fez para nos salvar?
Anunciou a boa-nova do Reino, o Evangelho, instituiu a Igreja, deu sua vida, ressuscitou, deixou-nos a Eucaristia, e enviou-nos o Espírito Santo. Ler Mt 16,18/1Cor 11,22/Mc 14,22/ Rm 14,9/Jo 14,16.
• A salvação trazida por Jesus é para todos?
É para todos. Porque Deus quer que todos se salvem e cheguem ao conhecimento da verdade ( 1Tm 2,4).

3. Introdução Particular aos Livros do Novo Testamento - LIVRO PROFÉTICO - NT

3.3. LIVRO PROFÉTICO - NT
APOCALIPSE – Palavra grega que significa revelação é obra do apóstolo João, que escreveu no fim de sua vida, mais ou menos no ano 100, sob a forma de uma carta dirigida às Igrejas da Ásia Menor.
Esse livro é considerado pela maioria dos leitores como o mais difícil de compreender e o mais misterioso de toda a Bíblia. Ele é bastante enigmático.
A situação dos cristãos da Ásia era das mais críticas. As perseguições já tinham começado. Muitos cristãos, que esperavam uma próxima libertação pelo retorno glorioso do Cristo, verificavam com tristeza que esse retorno demorava. Tomados de angústia começavam a perder a esperança de encontrar um dia a independência religiosa.
O apóstolo João, fazendo do seu livro uma mensagem de reconforto e de encorajamento, e ao mesmo tempo um manifesto contra o paganismo reinante, quer anunciar aos seus leitores a inevitável oposição do mal e do bem sobre a terra, e prediz a vitória de Deus, decisiva e certa, embora realizada no sofrimento e na morte.
Para esse fim, ele lança mão de um recurso literário muito usado entre os judeus desde os dois séculos, do qual se pode ver um exemplo no livro de Daniel. Esse gênero literário foi chamado gênero apocalíptico, porque apresenta aos olhos do leitor uma série de visões, ou revelações muito simbólicas, tendo um sentido oculto.
Mas sua interpretação pode tornar-se mais clara, se utilizarmos o livro do Movimento Sacerdotal Mariano, que contém as revelações dadas por Nossa Senhora sobre esses enigmas.
Então, tire da cabeça a idéia de que é um livro impossível de compreender, pois Deus está nos concedendo cada vez mais o entendimento desse livro. Ele nos fala de acontecimentos que estamos vivendo e que muito em breve a Igreja e a humanidade vão vivenciar.
Sua leitura será menos desconcertante, se desde o começo for indicado o simbolismo de várias dessas imagens empregadas, por exemplo:
- A mulher revestida de sol simboliza Nossa Senhora (Ap 12,1)
- O dragão vermelho simboliza o ateísmo marxista, (Ap 12, 3)
- A fera semelhante a uma pantera simboliza a maçonaria (a besta negra), (Ap 13,2);
- A fera semelhante a um cordeiro simboliza a maçonaria eclesiástica (padres, bispos maçons), (Ap 13,11);
- Nova Jerusalém simboliza renovação total que Jesus fará em nós por meio do Espírito Santo. Então nós seremos uma Igreja renovada, e nós somos a Igreja por Deus vive em nós e Ele pode ser Rei na Cidade.(Ap 21).

3. Introdução Particular aos Livros do Novo Testamento - LIVROS DIDÁTICOS -NT

3.2. LIVROS DIDÁTICOS -NT
AS EPÍSTOLAS DE SÃO PAULO – São cartas que o apóstolo enviou às comunidades que ele mesmo iniciou e consolidou, complementando com elas, a distância, o seu trabalho. Para compreender as cartas, é preciso colocá-las em sua ordem cronológica:
AS DUAS AOS TESSALONICENSES – São as mais antigas. Devem ter sido escritas por volta do ano 50 d.C.
- (I Tes 1 e 2) – Paulo lembra aos fiéis de Tessalônicas com que desinteresse lhes pregou o Evangelho;
- (I Tes 3) – fala da fidelidade e da esperança que eles devem manter;
- (I Tes 4 e 5) – convida-os a serem firmes e corajosos;
- (II Tes 1 e 2) – previne contra as falsas idéias relativas a 2ª vinda de Jesus;
- (II Tes 3) – convida os fiéis a confiar em Deus e procura ajudá-los a evitar a ociosidade (não gastar o tempo inutilmente/preguiça).
EPÍSTOLA AOS GÁLATAS – O motivo desta carta foi o seguinte: alguns judeus cristãos queriam obrigar os pagãos recém convertidos a se conformarem à antiga lei religiosa judaica. Paulo protesta contra esse particularismo. Vejamos alguns capítulos:
- (cap. 1 e 2) – aqui ele conta a sua conversão e afirma que só há um Evangelho autêntico;
- (cap. 3 e 4) – a conformidade de sua doutrina com as promessas do Deus de Abraão, que foi justificado pela fé;
- (cap. 5 e 6) – expõe o que é liberdade cristã e a vida fiel sob a conduta do Espírito Santo.
EPÍSTOLA AOS ROMANOS – Escrita no ano 57 d.C. Desenvolve um comentário doutrinal, cujas idéias são:
- (cap. 1 a 3) – o estado de pecado em que se encontram os homens e a impossibilidade de se salvarem com seu próprio mérito;
- (cap. 4 a 6) – a salvação que Deus pela fé em Jesus Cristo;
- (cap. 7 e 8) – a transformação que Deus opera no fiel pelo poder do Espírito Santo e o dom que ele dá aos homens por amor;
- (cap. 9 a 11) – exame da missão do infiel à sua vocação;
- (cap. 12 a 15) – expõe os fundamentos de uma vida moral cristã, descrevendo os deveres dos cristãos para com seus adversários, as autoridades; recomenda a tolerância e mútua caridade.
EPÍSTOLA AOS CORÍNTIOS - Dirigida aos fiéis de uma comunidade onde reinavam disputas e abusos. Escrita em Éfeso, por volta do ano 55.
- (cap. 1 a 3) – prega a união, sobre a humildade;
- (cap. 4) – lembra seus direitos à afeição dos fiéis de Corinto;
- (cap. 5 a 7) – protesta contra os escândalos sobrevindos na comunidade;
- (cap. 8 a 10) – examina o que se deve fazer com as carnes provenientes dos sacrifícios pagãos aos ídolos;
- (cap. 11) – trata do traje das mulheres na Igreja e da celebração da comunhão;
- (cap. 12 a 14) – dá conselhos a respeito dos dons espirituais;
- (cap. 15) – apela para a generosidade de seus leitores em favor da comunidade de Jerusalém.
EPÍSTOLA AOS EFÉSIOS, AOS FILIPENSES E AOS COLOSSENSES – São chamadas “epístola do cativeiro” porque foram escritas durante uma detenção que sofreu o apóstolo em Éfeso e em Roma em 60-62.
As Epístola aos Efésios Paulo trata do “mistério do Cristo na Igreja”, e junta uma série de conselhos morais dirigidos aos fiéis que vivem a nova vida de Jesus Cristo. A Epístola aos Filipenses, que tem um caráter mais pessoal, é notável pelas múltiplas expressões de alegria que contém.
A Epístola aos Filêmon, é mais um bilhete que uma carta, e dirige-se a um rico cristão de Colossos, cujo escravo fugitivo viera buscar proteção junto ao apóstolo. Este implora do senhor irritado o perdão para o escravo arrependido.
AS DUAS EPÍSTOLAS A TIMÓTEO – Timóteo, oriundo de Listra, na Licaônica, é filho de pai grego e de mãe judia. É discípulo de Paulo e seu companheiro de viagem.
A primeira é uma carta que visa a lembrar conselhos já recebidos e propor um programa de vida concernente aos homens, às mulheres, aos bispos e aos diáconos (é o primeiro índice histórico que temos de uma hierarquia na Igreja).
Enfim, a segunda é uma carta em que o apóstolo, novamente prisioneiro e pressentindo já o martírio, dá aos seus discípulos suas últimas recomendações. É quase um adeus; tudo respira uma profunda emoção nessa carta.
EPÍSTOLA A TITO – É também um grego colaborador de Paulo. Este lhe escreve para lhe dar conselhos sobre a organização das comunidades da ilha de Creta. Esses conselhos são semelhantes aos da Primeira Epístola a Timóteo.
EPÍSTOLA AOS HEBREUS – Embora reflita as idéias mestras de Paulo, ela não parece ter sido escrita por sua mão, tão diferente é o seu estilo das outras.
A carta é dirigida a uma parte dos judeus convertidos que sofriam por terem de abandonar o culto do templo e da sinagoga, ao se tornarem cristãos.
Ela estabelece uma sólida argumentação, partindo da lei de Moisés, que o Evangelho não somente contém toda a substância do culto israelita, mas que também é a realização efetiva daquilo que esse culto só possuía em imagem:
- (cap. 1 a 4) – Jesus é Filho na casa de Deus, onde Moisés não passava de servo;
- (cap. 5) – Jesus foi um sacerdote maior que Aarão;
- (cap. 6 e 7) – Jesus é maior que Melquisedeque;
- (cap. 8) – o céu em que Jesus nos introduz é incomparável ao templo do antigo culto;
- (cap. 9 e 10; 6) – Jesus, oferecendo-se a Deus em seu sacrifício sangrento, torna inúteis todos os sacrifícios do culto mosaico;
- (cap. 11) – os heróis do Antigo Testamento não obtiveram de Deus o cumprimento de todas as promessas;
- (cap. 12) – nós é que seremos os verdadeiros beneficiários dessas promessas, contanto que sigamos as pisadas de Jesus.
AS EPÍSTOLAS CATÓLICAS – É o nome que se dá aos 7 escritos que se apresentam sob forma de cartas, dirigidas não a uma comunidade particular, mas a um conjunto de Igrejas.
EPÍSTOLA DE TIAGO – É obra de Tiago, “irmão do Senhor”, do qual Paulo fala na Epístola aos Gálatas (2,6-12) e que presidia, como bispo de Jerusalém, a importante reunião dos apóstolos em Jerusalém no ano 49.
Sua carta é toda penetrada do espírito do Sermão da Montanha: ela só contém conselhos para a vida moral: piedade, justiça e caridade. É um verdadeiro guia de virtudes para o cristão fervoroso.
AS DUAS EPÍSTOLAS DE PEDRO – A primeira é uma carta que se supõe redigida por Silvano, discípulo de Paulo, que se tornara colaborador de Pedro, e que é mencionado nessa carta, no cap. 5,12. É notável pelo seu ensinamento sobre:
- (cap. 1 e 2) - a alegria do cristão batizado e a união dos cristãos em Jesus Cristo;
- (cap. 3) – dirigida a cristãos que sofrem por sua fé, lembrando-lhes o exemplo da Paixão de Cristo, exortando-os à santidade e à prática de todas as virtudes correspondentes aos seus estados.
A segunda, parece ter sido redigida por outro secretário do apóstolo aproximando muito da Epístola de Judas.
Esses dois escritos têm por principal objeto a refutação de falsas doutrinas que alguns falsos profetas de vida dissoluta começavam a semear.
AS TRÊS EPÍSTOLAS DE SÃO JOÃO – Datam do fim do primeiro século, e têm por autor o apóstolo que Jesus amava.
A idéia central da primeira é: Deus é amor e luz. Em conseqüência, o cristão deve conduzir-se como filho da luz: fugir da concupiscência (desejos da carne), guardar os mandamentos, sobretudo o da caridade, e arrepender-se sinceramente dos pecados.
As duas outras cartas (antes bilhetes) são dirigidas: a primeira, a uma comunidade da Ásia (velada sob nome misterioso de Kyria, “a eleita”); e a outra, a Gaio; tratam ambas de questões mais particulares.
Esta carta nos dá a certeza da Salvação. Certeza de que temos a Vida Eterna. E essa certeza permanece em nós pelo único fato de acreditarmos e confiarmos em Jesus, o Filho de Deus.
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

Imagem do Vulcão Merapi - "Montanha do fogo" Ilha de Java/Indonésia em erupção. Sem palavras...

Imagem do Vulcão Merapi - "Montanha do fogo" Ilha de Java/Indonésia em erupção. Sem palavras...
"Ai de mim, se não evangelizar'! "Se eu me calar, até as pedras falarão"...

glitters