Lembrai-vos

Lembrai-vos
Lembrai-Vos, ó piíssima Virgem Maria, que nunca se ouviu dizer que algum daqueles que têm recorrido à vossa proteção, implorado a vossa assistência, e reclamado o vosso socorro, fosse por Vós desamparado. Animado eu, pois, de igual confiança, a Vós, Virgem entre todas singular, como a Mãe recorro, de Vós me valho e, gemendo sob o peso dos meus pecados, me prostro aos Vossos pés. Não desprezeis as minhas súplicas, ó Mãe do Filho de Deus humanado, mas dignai-Vos de as ouvir propícia e de me alcançar o que Vos rogo. Amen.

13 Sept 2007

A VIRGEM MARIA


Autor: Papa João Paulo II - 58 pontos de Catequese sobre Nossa Senhora


A ORAÇÃO A MARIA


- Desde o século XIV, a Ave-Maria é a oração à Virgem mais comum entre os cristãos.
- A tradicional oração do Ângelus convida a meditar o mistério da Encarnação, fazendo-nos reviver o grande evento da história da humanidade, a Encarnação do Verbo.
- O Rosário assumiu um lugar de relevo que, através da repetição das Ave-Marias, leva-nos a contemplar os mistérios da nossa fé. Também esta oração simples, alimenta-nos o amor do povo cristão para com a Mãe de Deus e nossa.



A PRESENÇA DE MARIA NA ORIGEM DA IGREJA

- Ler Atos 1,12-14
- A presença de Maria na comunidade, evoca a parte que ela teve na Encarnação do Filho de Deus, por obra do Espírito Santo.
- Quando Lucas diz “Maria, mãe de Jesus”, ele quer sugerir que algo da presença do Filho, permanece na presença da mãe. Ela recorda aos discípulos o rosto de Jesus e, é com a sua presença no meio da comunidade, o sinal da fidelidade da Igreja a Cristo Senhor.
- Maria exerce a sua maternidade para com a comunidade dos crentes, não só orando, mas educando, os discípulos do Senhor para a constante comunhão com Deus.



O TÍTULO DE MÃE DE DEUS


- A maternidade divina de Maria é proclamada no Concílio de Eféso, no ano 431 quando Nestório pôs dúvida ao título de Mãe de Deus.
- Trata-se de um título que não aparece explicitamente nos textos evangélicos, embora eles recordem a Mãe de Jesus e afirmem que Ele é Deus (Jô 20,28; cf. 5,18; 10,30.33). Em todo o caso, Maria é apresentada como Mãe do Emanuel, que significa Deus conosco (cf. Mt 1,22-23 e Is 7,14).
- Como é possível que uma criatura humana gere Deus? A resposta da fé da Igreja é clara: a maternidade divina de Maria refere-se só à geração humana do Filho de Deus e não, ao contrário, à sua geração divina. O Filho de Deus foi desde sempre gerado por Deus Pai e é-lhe consubstancial. Nesta geração eterna, Maria não desempenha, evidentemente, nenhum papel. O Filho de Deus, porém, há dois mil anos, assumiu a nossa natureza humana e foi então concebido e dado à luz por Maria. Proclamando Maria Mãe de Deus, a Igreja quer, portanto, afirmar que Ela é a “Mãe do Verbo encarnado, que é Deus” . Por isso, a sua maternidade não se refere a toda a Trindade, mas unicamente á segunda pessoa, ao Filho que, ao encarnar-se, assumiu dela a natureza humana.
- A maternidade é relação entre pessoa e pessoa: uma mãe não é mãe apenas do corpo ou da criatura física saída do seu seio, mas da pessoa que ela gera. Maria, portanto, tendo gerado segundo a natureza humana a pessoa de Jesus, que é pessoa divina, é Mãe de Deus.



MARIA NA EXPERIÊNCIA ESPIRITUAL DA IGREJA


- A reflexão Mariológica e do culto á Virgem no decorrer dos séculos contribuiu para fazer aparecer cada vez melhor o rosto mariano da Igreja.
- Maria está inteiramente relacionada com Cristo, fundamento da fé e da experiência eclesial, e a Ele conduz.
- Os cristãos veneraram, amaram e suplicaram Maria de maneira particular e intensa.
- Não se trata de um sentimento superficial, mas de um vínculo afetivo, profundo e consciente, arraigado na fé, que impele os cristãos de ontem e de hoje a recorrerem habitualmente a Maria, para entrarem em comunhão mais íntima com Cristo.
- Na Igreja de hoje, como na comunidade à espera de Pentecostes, a oração com Maria estimula muitos cristãos ao apostolado e ao serviço dos irmãos.



EDUCADORA DO FILHO DE DEUS


- A maternidade de Maria não se limitou apenas ao processo biológico do gerar, mas, como ocorre para qualquer outra mãe, deu também uma contribuição essencial para o crescimento e o desenvolvimento do Filho.
- Mãe é não só a mulher que dá a luz um filho, mas aquela que o cria e o educa.
- O crescimento de Jesus, da infância até á idade adulta, precisou da ação educativa dos pais.
- O Evangelho de Lucas, narra que Jesus em Nazaré era submisso a José e a Maria (Lc 2,51). Essa dependência mostra-nos Jesus na disposição a receber, aberto á obra educativa de sua mãe e de José.
- Mesmo que Jesus possuía em Si a plenitude da divindade, ele teve necessidade de educadores, pois o mistério da Encarnação revela-nos que o Filho de Deus veio ao mundo numa condição humana em tudo semelhante á nossa, exceto no pecado (Hb 4,15).
- A experiência educadora de Maria constitui um ponto de referência seguro para os pais cristãos hoje.


AS BODAS DE CANÁ


- Ler Jo 2,1-11
- O papel discreto e, ao mundo tempo, eficaz da Mãe que, com a sua palavra, leva o Filho ao primeiro milagre, exercendo sua influência materna.
- Jesus acolhendo a intervenção de sua Mãe, oferece-lhe a possibilidade de participar da obra messiânica.
- Quando Jesus chama ela de Mulher, não significa que ele está desprezando-a. O título Mulher apresenta Maria como a nova Eva, Mãe de todos os crentes na fé.
- Maria se compadeceu pela situação dos esposos e dos convidados, passou na frente, e sugeriu que Jesus interferisse com o seu poder messiânico. E atendendo ao pedido da mãe, Jesus demonstra que responde as expectativas humanas e quanto pode o amor de uma Mãe.
- Assim como Maria intercedeu pelos esposos em Caná, hoje mais do que nunca, ela pede a Jesus que intervenha em favor de toda união matrimonial, libertando dos perigos da infidelidade, da incompreensão e das divisões.
- Em Caná Maria inicia o caminho da fé da Igreja, antecedendo os discípulos e orientando para Cristo a atenção dos servos.
- A sua perseverante intercessão encoraja, aqueles que às vezes se encontram diante da expectativa do silêncio de Deus.



MULHER, EIS AÍ O TEU FILHO/ EIS AÍ A TUA MÃE!
(Jo 19,26-27)


- Com estas palavras, Jesus estabelece novas relações de amor entre Maria e os cristãos.
- Jesus revela a Maria o vértice da sua maternidade: enquanto Mãe do salvador, Ela é a mãe também dos remidos, de todos os membros do corpo Místico do Filho.
- “Eis aí a tua mãe” exprimem a intenção de Jesus de suscitar nos discípulos uma atitude de amor e confiança para com Maria, conduzindo-os a reconhecer Nela a própria mãe, a mãe de todos os crentes.
- Em Jo 19,27: a hora do acolhimento é a da realização da obra de salvação, tendo início a maternidade espiritual de Maria e a primeira manifestação da nova ligação entre Ela e os discípulos do Senhor.
- Possamos a exemplo de João, receber Maria em nossa casa, dar-lhe espaço na própria existência quotidiana, reconhecendo o seu papel providencial no caminho da salvação.



COOPERADORA DA REDENÇÃO


- A Igreja a partir do século XV ensinou e continua ensinando a diferença entre a Mãe e o Filho na obra da salvação. Em união com Cristo e submetida a Ele, colaborou para obter a graça da salvação à humanidade inteira.
- Percebemos na Cruz dois altares: um no coração de Maria, o outro no corpo de Cristo. Cristo imolava a sua carne, Maria imolava a sua alma em profunda comunhão com Cristo e suplicando pela salvação do mundo: “Aquilo que a mãe pede, o Filho aprova e o Pai concede”.
- Com a sua participação na obra redentora, é também reconhecida a maternidade espiritual e universal de Maria.
- Maria é a primeira remida e resgatada por Cristo, da maneira mais sublime na sua imaculada Conceição e cheia da graça do Espírito Santo.




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