Lembrai-vos

Lembrai-vos
Lembrai-Vos, ó piíssima Virgem Maria, que nunca se ouviu dizer que algum daqueles que têm recorrido à vossa proteção, implorado a vossa assistência, e reclamado o vosso socorro, fosse por Vós desamparado. Animado eu, pois, de igual confiança, a Vós, Virgem entre todas singular, como a Mãe recorro, de Vós me valho e, gemendo sob o peso dos meus pecados, me prostro aos Vossos pés. Não desprezeis as minhas súplicas, ó Mãe do Filho de Deus humanado, mas dignai-Vos de as ouvir propícia e de me alcançar o que Vos rogo. Amen.

26 Jan 2012

Chamados a profetizar

Encontro com o Bispo
Artigo de Dom Antonio Rossi Keller: Jesus é o Santo de Deus 

25.01.2012 - A primeira leitura deste domingo apresenta uma série de  normas inspiradas na revelação divina e que regulamentavam o culto, os  sacrifícios, as festas, as instituições e a vida social e civil do povo  de Deus do Antigo Testamento.
 O trecho de hoje faz parte deste código e se destina à regulamentação  da instituição e do serviço profético. A profecia é um dom de Deus, uma vocação e, consequentemente, um serviço aos demais irmãos. É Deus quem  faz surgir os profetas para o seu povo. 

O profeta sempre será um homem escolhido por Deus, tirado do  meio dos irmãos, sem compromissos com ninguém e com nenhuma espécie de  poder, para assim poder realizar plenamente a sua vocação, servindo  exclusivamente a Deus seu Senhor e ao povo para o qual ele foi enviado. O profeta sempre foi uma espécie de mediador entre Deus e os homens. 


Por não ter compromissos com ninguém além de Deus, o profeta  fala abertamente, denunciando as injustiças, gritando contra a opressão  dos pequenos, apontando as falsidades dos corações dos homens,  chamando a atenção dos poderosos e convidando todos indistintamente para  a conversão, mostrando-lhes a bondade e a misericórdia de Deus. Ele sempre foi uma pessoa incômoda para homens do seu tempo.  Como aquilo que ele anuncia ou denuncia é sempre vindo de Deus e revela  a sua vontade, ainda que não agrade, deve ser seguido e acolhido com  carinho, pois Deus nos pedirá contas de tudo quanto os seus profetas nos anunciam em seu nome. 

Ainda que estejamos acostumados a pensar que vocação profética é coisa  do passado, temos que saber que pelo nosso batismo, todos nos tornamos  participantes por direito e por dever da missão sacerdotal, real e  profética do Cristo. Pela graça do Espírito Santo que nos foi derramada  no batismo, todos fomos colocados em condição de ser estes mensageiros de Deus entre os homens. Todos estamos envolvidos nesta árdua missão e para cumpri-la com dignidade, precisamos ser homens e mulheres de Deus. 

Não podemos nos comprometer com nenhuma pessoa ou com algum tipo de  poder humano, mas permanecer livres de qualquer compromisso para  podermos servir somente a Deus e o seu plano salvífico em favor dos  homens filhos seus. Temos que ter consciência de que no exercício desta  nossa participação na missão profética de Cristo, seremos amados por  poucos e odiados por muitos. Seremos mal vistos, mal falados,  maltratados e perseguidos. 
  
Nada poderá nos assustar ou diminuir a força  do nosso testemunho, pois é muito mais seguro permanecer fiel a Deus, do  que se comprometer com os homens e seus pecados. Devemos temer somente ao juízo divino que é eterno e absolutamente justo e não àquele dos homens, que é passageiro, limitado, leviano e muitas vezes, completamente injusto. 

 O Evangelho nos apresenta Jesus em pleno exercício de sua missão  profética. Ele é o profeta por excelência, pois não somente anuncia,  mas  realiza o plano do Pai. Ele é o próprio Deus e tudo quanto anuncia, se  realiza, pois com Ele chegou a plenitude dos tempos e o momento oportuno  para a plena realização de todas as promessas de Deus em favor dos seus  filhos. 

Num dia de sábado, dia dedicado ao Senhor Deus, Jesus entra no templo e  começa a ensinar. Ele não se limita a ler as escrituras como qualquer  outro homem do seu povo, mas ensina, isto é, interpreta, aplica, dá vida  à Palavra de Deus lida no templo, pois tudo o que era lido no templo  sob forma de oração e que era apresentado ao povo sob a forma de  promessa da parte de Deus, encontrava em Jesus a sua plena realização.  
  
Diversamente do que ensinavam os doutores da Lei, o ensinamento de Jesus  era oferecido com autoridade e causava a admiração de todos os  ouvintes. Jesus não se perdia nos infinitos detalhes que foram criados  pelos doutores do templo, mas ensinava o povo a ver com profundidade o  que era essencial na Lei, a vontade do Pai, garantia de vida e salvação  para todos os filhos de Deus. 

Tudo aquilo que Jesus anunciava era confirmado pelo Pai. Ele foi o  único que em tudo e sempre cumpriu a vontade do Pai, por isto, tudo o  que ele anunciava se cumpria. Aquilo que Jesus anunciava era tão  verdadeiro e de acordo com o desejo do Pai, que até mesmo o demônio,  maior inimigo dos filhos de Deus e do seu Reino, lhe obedecia e ficava  completamente impotente. 

 Deste modo de fazer de Jesus, podemos tirar algumas conclusões práticas  para a nossa vida de filhos: Jesus já venceu o demônio e todo o mal.  Aqueles que são seus, também caminham para isto e um dia, todos terão  vencido o demonio, o mal e todas as suas consequências. Porém, enquanto  estamos no caminho desta vida, seremos sempre tentados pelo demonio que  nos quer ver longe do cumprimento da vontade de Deus. 
  
As vezes até  caímos em suas ciladas, mas temos modos para nos livrarmos delas, como  nos ensina Jesus hoje. O caminho mais seguro é escutar a sua  Palavra  salvífica, seguir o seu Evangelho e, seguindo o seu exemplo,  permanecermos fiéis ao Pai em tudo até o fim. No coração de todo aquele  que guarda as palavras de Jesus e procura fazer a vontade do Pai, não  sobra espaço para a ação do demonio. 
Com a chegada de Jesus entre nós, chegou-nos a salvação e o mal não tem  mais poder sobre os filhos de Deus. Basta que enchamos nossas vidas de  Deus, das suas palavras e nenhum mal nos acontecerá. 

 Finalmente, o evangelho de hoje nos traz um forte questionamento a  respeito do testemunho que damos da nossa fé em Jesus. O espírito mal  que havia possuído aquele homem, reconhece e proclama publicamente que  Jesus é o Santo de Deus, o Messias esperado e enviado por Deus. Ao  contrário, nós que somos os filhos de Deus e que tudo recebemos Dele,  somos acomodados, medrosos e muito fracos no nosso testemunho de Jesus e  do seu evangelho. 

Portanto, hoje devemos nos perguntar com toda  sinceridade: o que há em nossos corações que muitas vezes nos faz tão  frios e duros, diante de um Deus que é tão bom e misericordioso para  conosco? A nossa participação na missão profética do Cristo exige que  sejamos anunciadores e incansáv eis testemunhas da pessoa e da obra de  Jesus, pois Nele realizou-se tudo o que o Pai havia prometido ao longo  dos tempos, em favor dos homens, filhos seus. 

Dom Antonio Carlos Rossi Keller  -   Bispo de Frederico Westphalen (RS) 
Fonte: http://acrkeller.blogspot.com/ 
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OBS > Assim, nós não precisamos temer nada, porque estamos cumprindo com toda fidelidade possível aquilo que Dom Antonio expõe com tanta clareza. Nem que isso significa ser perseguido, porque sempre o será quem fala a verdade. Nem que isso signifique ter que bater de frente com alguns maus pastores, que cegamente não percebem seus erros, e com eles conduzem as ovelhas ao mau caminho. 

RECADOS AARÃO

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