PARÓQUIA SANTA ROSA DE LIMA
UBERLÂNDIA-MG
JUNHO/JULHO, 2008.
PARTES DA SANTA MISSA
O que é Liturgia?
Liturgia é o culto público que o povo presta a Deus. Podemos dizer que é um diálogo entre o povo e Deus. O povo celebra os mistérios de Deus. Deus se entrega como dom ao povo, e este, acolhendo o dom de Deus, responde a Deus com louvor, e canta as maravilhas.
A liturgia é obra de Cristo inteiro, cabeça e corpo. Dela participam não só os fiéis na terra, mas também os que estão no céu.
O ato litúrgico é o ponto alto para o qual se dirige toda a ação da Igreja, e é a fonte donde recebe toda a sua força, e ela é o lugar especial da catequese do povo de Deus. Nela o povo é formado pelas pregações e pelas orações, já que a doutrina está contida nas orações.
A importância do canto
O canto é um sinal de euforia do coração. Manifesta também a alegria em reunir a comunidade para juntos darmos graças ao Senhor pelo dom da vida, pelas conquistas, pela família e por tudo aquilo que de bom acontece em nossas vidas.
Gestos e posições do corpo
Os gestos e posturas têm objetivo ajudar a celebrar melhor o mistério. Há critérios básicos para tais posturas: ajudem a entender melhor o sentido de cada parte da celebração e a postura favoreça a participação plena no que celebramos.
As posturas concretas durante a missa são: de pé, sentados e ajoelhados.
De pé: significa a posição de Cristo ressuscitado. Simboliza prontidão para caminhar com Deus e com os irmãos. É também símbolo da dignidade humana; e sinal de respeito e de atenção para com os outros.
Sentados:é a atitude de quem ensina e também de quem ouve, medita e fala com Deus.
Ajoelhados: é a postura que melhor expressa a adoração.
OS RITOS INICIAIS
A finalidade dos ritos iniciais da Eucaristia é criar comunidade entre os fiéis, preparar seus ânimos para o que vão celebrar: a escuta da Palavra e a Eucaristia.
Canto de entrada
O canto de entrada tem como finalidade abrir a celebração, acompanhar a procissão de entrada do sacerdote e dos ministros, fomentar a união de todos os presentes, introduzir no ministério, segundo o tempo litúrgico ou festa que se celebra.
Saudação ao altar e ao povo reunido
Esta saudação à comunidade é dada pelo presidente da celebração. Ela está motivada numa dupla direção: uma cristológica e outra eclesiológica. A cristológica: manifesta à assembléia reunida à presença do Senhor, de Cristo ressuscitado, o que prometeu, sua presença na comunidade reunida em seu nome e a eclesiológica: exprimem o mistério da Igreja reunida.
Ato penitencial (Kyrie)
O Kyrie é um canto em que os fiéis aclamam o Senhor e imploram a sua misericórdia. Não é, primordialmente, penitencial, porém tem um tom de súplica, além do de aclamação.
Glória (hino de louvor)
Glória é um hino antiqüíssimo e venerável, pelo qual a Igreja, congregada no Espírito Santo, glorifica e suplica a Deus Pai e ao Cordeiro.
Oração do dia (coleta)
A oração coleta é o momento de apresentar a Deus as súplicas e intenções que trazemos na celebração.
LITURGIA DA PALAVRA
Através das leituras, Deus fala a seu povo, revela-lhe o mistério da redenção e salvação e oferece-lhe o alimento espiritual. Pela sua palavra, o próprio Cristo está presente no meio dos fiéis.
As leituras bíblicas
A primeira leitura é tirada do Antigo Testamento (com exceção do tempo pascal, que lemos o livro dos Atos dos apóstolos) e a segunda do Novo Testamento. O primeiro é a preparação do povo de Deus para a vinda do Messias e o segundo, já relata a formação das primeiras comunidades cristãs através das cartas paulinas.
Salmo responsorial
O salmo tem a finalidade de favorecer a meditação da Palavra de Deus.
Aclamação antes da proclamação do Evangelho
A aclamação tem função de mostrar que a assembléia dos fiéis acolhe o Senhor que lhe vai falar no Evangelho, e o povo saúda-o e professa sua fé pelo canto.
Homilia
A homilia é parte da liturgia e muita recomendada: é um elemento necessário para alimentar a vida cristã. Deve ser a explanação de algum aspecto das leituras da sagrada Escritura ou de algum texto do Ordinário ou do próprio da missa do dia, tendo sempre em conta o mistério que se celebra, bem como as necessidades peculiares dos ouvintes.
Profissão de fé (credo)
A profissão de fé tem por objetivo levar todo o povo reunido a responder à Palavra de Deus, que foi explicada pela homilia. Serve, também, para a comunidade recordar e professar os grandes mistérios da fé e os confessar antes de iniciar a parte sacramental da Eucaristia.
Oração universal (oração da assembléia, oração dos fiéis)
Com a oração universal, conclui-se a primeira parte da celebração, a liturgia da Palavra. Ela contém algumas finalidades teológicas e espirituais: o povo responde, de certo modo, à palavra de Deus acolhida na fé; o povo exerce seu sacerdócio batismal e, como tais sacerdotes ou mediadores, eleva preces a Deus pela salvação de todos; esses pedidos, normalmente, referem-se à santa Igreja, aos governantes, aos que sofrem necessidades, aos seres humanos e à salvação do mundo inteiro.
LITURGIA EUCARÍSTICA
Na última ceia, Cristo instituiu o sacrifício e as ceias pascais, que tornem continuamente presente na Igreja o sacrifício da cruz, quando o sacerdote, representante do Cristo Senhor, realiza aquilo mesmo que o Senhor fez e entregou aos discípulos para que o fizessem em sua memória.
A Igreja dispôs toda a celebração da liturgia eucarística em partes que correspondem às palavras e gestos de Cristo. São levados para o altar os mesmos elementos que Cristo tomou em suas mãos: pão e vinho com água.
As quatro ações de Cristo correspondem, segundo este número, às quatro partes da celebração eucarística. Cristo a) tomou o pão e o cálice, b) deu graças, c) partiu-o e d) deu-o a seus discípulos. Agora, a comunidade a) prepara o pão e o vinho no ofertório, b) na oração eucarística dá graças a Deus, c) logo parte-se o pão e d) convida-se à comunhão.
Preparação dos dons
A preparação dos dons, ou seja, toda a parte do ofertório, é descrita como o momento em que são levados ao altar as oferendas que se converterão no corpo e no sangue de Cristo. Neste momento, é preparado o altar ou a mesa do Senhor, que é o centro de toda a liturgia eucarística.
PÃO significa união, alimento, vida. Como o alimento se torna um com o homem Deus quer unir-se ao homem.
VINHO é bebida. Mas não bebida que apenas mata a sede. É bebida que alegra, inebria, faz transbordar de felicidade. Assim, Deus constitui a felicidade do homem, a saciedade do homem.
PÃO E VINHO representam nossa vida e todas as coisas criadas por Deus. Toda a criação constitui objeto de ação de graças a Deus. É o homem como rei da criação. Em segundo lugar, o pão e o vinho significam o trabalho, a capacidade de criar do homem, sendo também nisto semelhante a Deus. Em terceiro lugar, o pão e o vinho significam nossa comunidade de vida com Deus, onde Cristo se torna comida e bebida no Banquete Eucarístico. Deus vem ao encontro do homem no seu desejo de comunhão de vida com Ele.
AS GOTAS DE ÁGUA no vinho simbolizam o cristão que se oferece juntamente com o Cristo.
O LAVABO tem um sentido simbólico que exprime o desejo de purificação interior. As mãos são símbolos da lida humana, e os sacerdotes necessitam da pureza interior para representar o Cristo nesta segunda parte da Eucaristia.
O rito das ofertas conclui com a ORAÇÃO SOBRE AS OFERENDAS, que expressa nosso pedido a Deus sobre o futuro próximo dos dons que trouxemos ao altar. , e assim preparamos, imediatamente, a oração eucarística.
Oração eucarística
A oração eucarística é o centro de toda a celebração, uma oração de ação de graças e de consagração, uma oração que o sacerdote, convidando o povo a associar-se a ele, dirige a Deus Pai, por Cristo, no Espírito Santo, em nome de toda a comunidade. O sentido desta oração é que toda a assembléia se uma com Cristo na proclamação das maravilhas de Deus e na oblação do sacrifício.
Santo
É o momento em que as duas igrejas celeste e terrena entoam um único canto de louvor a Deus pelo maravilhoso acontecimento que Ele nos deu. O Alimento do Corpo e do Sangue de Cristo.
Epiclese
A epiclese, na qual a Igreja implora por meio de invocações especiais a força do Espírito Santo para que os dons oferecidos pelo ser humano sejam consagrados, isto é, se tornem o corpo e sangue de Cristo, e que a hóstia imaculada se torne a salvação daqueles que vão recebe-la em comunhão.
Narrativa da ceia (consagração)
Quando pelas palavras e ações de Cristo se realiza o sacrifício que ele instituiu na última ceia, ao oferecer o seu corpo e sangue sob as espécies de pão e vinho, e ao entrega-lo aos apóstolos como comida e bebida dando-lhes a ordem de perpetuar este mistério.
Anammese
Pela qual, cumprindo a ordem recebida do Cristo Senhor através dos apóstolos, a Igreja faz memória do próprio Cristo, relembrando principalmente a sua bem-aventurada paixão, a gloriosa ressurreição e a ascensão aos céus.
Oblação
Pela qual a Igreja em particular a assembléia atualmente reunida, realizando esta memória, oferece ao Pai, no Espírito Santo, a hóstia imaculada, ela deseja, porém, que os fiéis não apenas ofereçam a hóstia imaculada, mas aprendem a oferecer-se a si próprios e se aperfeiçoem, cada vez mais, pela mediação do Cristo, na união com Deus e com o próximo, para que finalmente Deus seja tudo em todos.
Intercessões
Pelas quais se exprime que a Eucaristia é celebrada em comunhão com toda a Igreja, tanto celeste como terrestre, que a oblação é feita por ela e por todos os seus membros vivos e defuntos, que foram chamados a participar da redenção e da salvação obtida pelo corpo e sangue de Cristo.
Doxologia
Exprime a glorificação de Deus, e é confirmada e concluída pela aclamação Amém do povo.
Rito da comunhão
O rito da comunhão é o ponto de referência de toda a celebração: tudo nela tende que os fiéis cheguem à comunhão com o Senhor devidamente disposto. É o que pretendem, de modo especial, os três momentos da preparação imediata: o pai-nosso, o gesto de paz e a ação simbólica da fração do pão.
Pai-nosso
Com o pai-nosso pede-se a purificação dos pecados, a fim de que as coisas santas sejam verdadeiramente dadas aos santos. Um outro sentido evidente do pai-nosso como preparação à comunhão: ao pedir a Deus que nos perdoe como nós perdoamos, expressamos nossa atitude de reconciliação fraterna, antes de participar, juntos, na mesa do Senhor.
Rito da paz
O rito da paz prepara-nos, também, para a comunhão pedindo a paz e a unidade para si mesma e para toda a família humana, e expressando a comunhão eclesial e a mútua caridade, antes de comungar do sacramento.
Fração do pão
Este gesto significa que muitos fiéis, pela comunhão no único pão da vida, que é o Cristo, morto e ressuscitado pela salvação do mundo, formam um só corpo. Este gesto simboliza também, partilha.
Comunhão
O rito da comunhão é o momento em que todos irão participar do banquete de Cristo, recebendo o seu corpo e sangue. A fila serve para organizar a distribuição da comunhão e, sobretudo significa que nós enquanto irmãos estamos indo buscar o mesmo Cristo.
O canto que acompanha a comunhão deve expressar, pela unidade das vozes, a união espiritual dos comungantes, demonstrando a alegria dos corações e realçando mais a índole comunitária da comunhão eucarística.
Oração pós-comunhão
A finalidade da pós-comunhão é implorar os frutos do mistério celebrado. Pedimos que a missa, não termine aqui, mas que em casa continuemos vivendo com Jesus, fazendo o que ele nos ensinou na celebração.
RITOS FINAIS
São ritos que concluem a celebração.
Avisos
São coisas práticas sobre a vida da comunidade. Todos precisamos prestar atenção para saber o que está acontecendo em nossa Igreja (paróquia, comunidade) e descobrir em que podemos ajudar.
Benção
Recebemos a benção pedindo a Deus que nos ajude na caminhada cotidiana.
Despedida
O padre despede da comunidade e recorda que todos devem viver em paz, acompanhados pelo Senhor. Agora, é hora de partir para a missão. Viver a missa nas nossas casas, no nosso trabalho, enfim, em qualquer lugar em que estivermos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AQUINO, Felipe. Para entender e celebrar a liturgia. Lorena: Cléofas, 2004.
BECKHAUSER, Alberto. Símbolos litúrgicos. 18ªed. Petrópolis: Vozes, 2004.
CHIQUIM, Carlos; OLIVEIRA, Paulo Eduardo de. Coroinha a serviço da comunidade. 8ªed. São Paulo: Loyola, 1999.
INSTRUÇÃO DO MISSAL ROMANO. Trad. Antônio Francisco Lelo. 3ª ed. São Paulo: Paulinas, 2007.
CONTRIBUIÇÃO: Seminarista Guilherme Miranda Stort
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