Triste constatação: a obediência que se pede hoje não foi respeitada nos tempos de Pio XII pelos mentores do Vaticano II. Uma resposta do teólogo italiano dissidente Vito Mancuso em entrevista a Vatican Insider:
Portanto, a desobediência pode ser um caminho para renovar a Igreja?O próprio papa, na sua homilia, se perguntou se a desobediência é uma via para renovar a Igreja. A pergunta, obviamente, era retórica, porque, para ele, a resposta é um explícito “não”. A mim, parece que também pode ser “sim”, na medida em que a desobediência exterior tem como fim uma maior obediência interior à lógica evangélica que se diz como bem concreto dos indivíduos concretos. Sem a desobediência da teologia na primeira metade do século XX (um nome dentre todos, Teilhard de Chardin), não teríamos tido o Vaticano II e a reviravolta radical acerca da liberdade religiosa, ecumenismo, relação com os judeus e as outras religiões, apenas para citar as inovações mais marcantes. É preciso continuar nesse caminho profético.
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