Lembrai-vos

Lembrai-vos
Lembrai-Vos, ó piíssima Virgem Maria, que nunca se ouviu dizer que algum daqueles que têm recorrido à vossa proteção, implorado a vossa assistência, e reclamado o vosso socorro, fosse por Vós desamparado. Animado eu, pois, de igual confiança, a Vós, Virgem entre todas singular, como a Mãe recorro, de Vós me valho e, gemendo sob o peso dos meus pecados, me prostro aos Vossos pés. Não desprezeis as minhas súplicas, ó Mãe do Filho de Deus humanado, mas dignai-Vos de as ouvir propícia e de me alcançar o que Vos rogo. Amen.

15 Nov 2012

Essa estranha missa que o Papa não quer.



É a missa segundo o rito do Caminho Neocatecumenal. Bento XVI ordenou à Congregação para a Doutrina da Fé que a examine a fundo. Sua condenação parece certa.
Por Sandro Magister | Tradução: Fratres in Unum.com
Roma, 11 de abril de 2012 – Com uma carta assinada ao Cardeal William J. Levada, Bento XVI ordenou à Congregação para a Doutrina da Fé se examine as missas neocatecumenais estão ou não de acordo com a doutrina católica e a praxe litúrgica da Igreja Católica.
Um “problema” que o Papa julga ser de “grande urgência” para toda a Igreja.
Há tempos Bento XVI está preocupado com as modalidades particulares com que as comunidades do Caminho Neocatecumenal celebram suas missas, no sábado à noite, em locais separados.
Sua preocupação aumentou também pela trama feita às suas costas na cúria no inverno passado, sobre a qual informou www.chiesa nos seguintes artigos:
Ocorreu que o Pontifício Conselho para os Leigos, presidido pelo Cardeal Stanislaw Rylko [ndr: que também promoveu a aprovação da Canção Nova...] , havia preparado um texto de um decreto de aprovação global de todas as celebrações litúrgicas e para-litúrgicas do Caminho Neocatecumenal, que devia ser publicado em 20 de janeiro por ocasião de um encontro previsto do Papa com o Caminho.

O decreto havia sido redigido por indicação da Congregação para o Culto Divino, presidida pelo Cardeal Antonio Cañizares Llovera. Os fundadores e líderes do Caminho, Francisco “Kiko” Argüello e Carmen Hernández, foram informados disso e, felizes, anteciparam a seus seguidores a iminente aprovação.
Tudo sem o conhecimento do Papa.
Bento XVI tomou ciência do texto do decreto poucos dias antes do encontro de 20 de janeiro.
E o achou incoerente e equivocado. Ordenou que fosse anulado e reescrito segundo as suas indicações.
De fato, em 20 de janeiro, o decreto publicado se limitou a aprovar as cerimônias para-litúrgicas que marcam as etapas catequéticas do Caminho.
Em seu discurso, o Papa enfatizou que somente elas haviam sido convalidadas, enquanto deu aos neocatecumenais uma verdadeira e própria lição sobre a missa — quando um ultimato — sobre como celebrá-la em plena fidelidade às normas litúrgicas e em efetiva comunhão com a Igreja.
Nestes mesmos dias, Bento XVI recebeu em audiência o arcebispo de Berlim, Rainer Maria Woelki, homem de sua confiança, que logo seria feito cardeal. Woelki lhe falou, entre outras coisas, precisamente das dificuldades que os neocatecumenais criavam em sua diocese, com suas missas separadas no sábado à noite, oficiadas por uns trinta sacerdotes do movimento.
O Papa pediu a Woelki que lhe fizesse uma nota escrita sobre o tema. Em 31 de janeiro, Woelki enviou a ele uma carta com informações mais detalhadas.
Dias mais tarde, em 11 de fevereiro, o Papa enviou uma cópia desta carta à Congregação para a Doutrina da Fé, junto com um pedido seu de examinar o quanto antes a questão, que “não concerne somente à arquidiocese de Berlim”.
Segundo as indicações do Papa, a comissão de exame presidida pela Congregação para a Doutrina da Fé tinha de ter a colaboração de outros dois dicastérios vaticanos: a Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos e o Pontifício Conselho para os Leigos.
E assim foi. Em 26 de março, no Palácio do Santo Ofício, sob a presidência do Secretário da Congregação para a Doutrina da Fé, o Arcebispo Luis Francisco Ladaria Ferrer, jesuíta, se reuniram para um primeiro exame da questão os Secretários dos outros dois dicastérios — o Arcebispo Augustine J. Di Noia, dominicano, do Culto Divino, e o bispo Josef Clemens, do [Conselho] para os leigos — e quatro peritos por eles designados. Um quinto perito, ausente, Dom Cassiano Folson, prior do mosteiro de São Bento em Nursia, enviou sua opinião por escrito.
Os juízos exprimidos sobre a missa dos neocatecumenais foram todos críticos. Muito severo foi também o que a própria Congregação para a Doutrina da Fé havia pedido, antes da reunião, ao teólogo e cardeal Karl J. Becker, jesuíta, professor emérito da Pontifícia Universidade Gregoriana e consultor do dicastério.
O dossiê fornecido para a reunião pela Congregação para a Doutrina da Fé incluía a carta do Papa de 11 de fevereiro, a carta do Cardeal Woelki ao Papa no original alemão e em versão inglesa, o parecer do Cardeal Becker e um guia à discussão no qual se colocava, de maneira explícita, a conformidade com a doutrina e a praxe litúrgica da Igreja Católica do art. 13 § 2 do estatuto dos neocatecumenais, com o qual eles justificam suas missas separadas no sábado à noite.
Na realidade, o perigo temido por Bento XVI e muitos outros bispos — como se conclui das numerosas denúncias que chegam ao Vaticano — é que as modalidades particulares com que as comunidades neocatecumenais de todo o mundo celebram suas missas introduzam, de fato, na liturgia latina, um novo “rito”, composto de forma artificial pelos fundadores do Caminho, estranho à tradição litúrgica, cheio de ambiguidades doutrinais e causa de divisão nas comunidades dos fiéis.
O Papa confiou à comissão por ele desejada a tarefa de averiguar o fundamento destes temores, em vista das conseqüentes decisões.
Os juízos elaborados pela comissão serão examinados em uma próxima reunião plenária da Congregação para a Doutrina da Fé, uma quarta-feira — uma “feria quarta” — da segunda metade de abril.

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