Lembrai-vos

Lembrai-vos
Lembrai-Vos, ó piíssima Virgem Maria, que nunca se ouviu dizer que algum daqueles que têm recorrido à vossa proteção, implorado a vossa assistência, e reclamado o vosso socorro, fosse por Vós desamparado. Animado eu, pois, de igual confiança, a Vós, Virgem entre todas singular, como a Mãe recorro, de Vós me valho e, gemendo sob o peso dos meus pecados, me prostro aos Vossos pés. Não desprezeis as minhas súplicas, ó Mãe do Filho de Deus humanado, mas dignai-Vos de as ouvir propícia e de me alcançar o que Vos rogo. Amen.

16 Nov 2012

Vaticano, o hábito faz o monge.


Uma circular interna assinada pelo Cardeal Bertone convida a todos os eclesiásticos que trabalham na Santa Sé a usar a batina preta ou o “clergyman”.
Outubro de 2010: Dom Moacir Grechi, bispo emérito de Porto Velho, se apresenta à paisana em visita 'Ad Limina'.
Outubro de 2010: Dom Moacir Grechi, bispo emérito de Porto Velho, se apresenta à paisana em visita ‘Ad Limina’.
O hábito deve fazer o monge, ao menos no Vaticano. No último dia 15 de outubro, o Cardeal Tarcisio Bertone, Secretário de Estado, assinou uma circular enviada a todos os entes da cúria romana para enfatizar que os sacerdotes e religiosos devem se apresentar ao trabalho com a vestimenta adequada, isto é, o “clergyman” ou a batina preta. Nas ocasiões oficiais, sobretudo na presença do Papa, os monsenhores já não poderão deixar no armário as vestes de botões vermelhos e a faixa violeta.

Um chamado ao respeito às normas canônicas que representa um sinal preciso, que seguramente terá eco inclusive fora das fronteiras do menos estado do mundo: de fato, no Vaticano são raríssimos os religiosos que não se vestem como tal. E é provável que este chamado a uma apresentação fiel e impecável, formalmente, seja interpretado como um exemplo aos que vêm de fora do Vaticano, isto é, para os bispos ou sacerdotes de passagem por Roma. Uma forma de “dizer à sogra que entenda a nora”, como se diz em italiano.
O Código de Direito Canônico estabelece que “os clérigos devem portar um hábito eclesiástico digno”, segundo as normas emanadas pelas diferentes conferências episcopais. A Conferência da Itália, por exemplo, estabelece que “o clero, em público, deve usar a batina ou o ‘clergyman’”, isto é, o traje negro ou cinza com o colarinho branco. O nome em inglês revela a sua origem protestante, mas passou a fazer parte do vestuário dos eclesiásticos católicos, mesmo que no início tenha sido uma concessão aos que tinham de viajar.
A Congregação vaticana para o Clero explicava, em 1994, os motivos sociológicos do hábito dos sacerdotes: “Em uma sociedade secularizada e tendente ao materialismo”, é “particularmente necessário que o presbítero — homem de Deus, dispensador de seus mistérios — seja reconhecível aos olhos da comunidade”.
A circular de Bertone pede aos monsenhores que usem o hábito de botões vermelhos nos atos “em que esteja presente o Santo Padre”, assim como nas demais ocasiões oficiais. Um convite que também se estende aos bispos que assistem a uma audiência com o Papa, que, a partir de agora, deverão seguir rigorosamente a etiqueta.
O uso de vestes civis para o clero esteve relacionado, no passado, a situações particulares, como no caso da Turquia, durante os anos oitenta, ou do México, até há pouco tempo, onde os bispos estavam acostumados a sair de casa vestidos como empresários. Este costume foi se estendendo pouco a pouco pela Europa: não devemos esquecer as famosas imagens do jovem teólogo Joseph Ratzinger de palitó e gravata escura durante os anos do Concílio. Há anos, sobretudo entre os jovens sacerdotes, registra-se uma contracorrente. Uma mudança “clerical” que agora está formalizada em uma circular do Secretário de Estado.

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