Os gays e lésbicas estão de luto. Morreu Andrea Gallo, o fundador e líder da Comunitá di San Benedetto al Porto di Genova tinha 85 anos. Defensor de uma “Igreja dos pobres e para os pobres”, mas também dos oprimidos, dos homossexuais, dos presos, das prostitutas, dos toxicodependentes e da liberalização das drogas leves, o autor da célebre frase “a homossexualidade é um dom de Deus” estava hospitalizado desde há várias semanas em Génova.
Padre salesiano, conhecido como “o pastor da rua e dos centros sociais”, Gallo dedicou-se à paróquia de San Benedetto al Porto, em Génova, onde fez nascer as comunidades de base abrindo as suas portas a todos sem exceção, italianos ou estrangeiros, toxicodependentes, prostitutas, alcóolicos, presos, sem-abrigo, homossexuais e transsexuais, dos quais era amigo.
O sacerdote pacifista que em 2006 foi encontrado na rua a fumar canábis numa ação de protesto contra a penalização das drogas leves em Itália, era advogado dos direitos dos homossexuais. Em agosto de 2011, recebeu o título de Personagem Gay do Ano, numa cerimónia organizada pela em Torre del Lago Puccini.
No passado mês de março, Gallo defendeu que “a Igreja Católica necessita de ter um Papa gay”.
Adrea Gallo, que afirmava que “o povo de Deus não importa ao Vaticano”, faleceu sem ver concretizado o seu sonho. Ou seja, a realização do Concílio Vaticano III, com os três temas que considerava fundamentais: “A pobreza da Igreja, a abolição da obrigatoriedade do celibato e a ordenação de mulheres”.
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Durante a Missa, o Cardeal Bagnasco, Arcebispo de Genova, foi vaiado pelos “discípulos” de don Gallo, conforme relata (inclusive com video) o jornal local (de Genova) “Il secolo XIX”.
Fratres
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