Lembrai-vos

Lembrai-vos
Lembrai-Vos, ó piíssima Virgem Maria, que nunca se ouviu dizer que algum daqueles que têm recorrido à vossa proteção, implorado a vossa assistência, e reclamado o vosso socorro, fosse por Vós desamparado. Animado eu, pois, de igual confiança, a Vós, Virgem entre todas singular, como a Mãe recorro, de Vós me valho e, gemendo sob o peso dos meus pecados, me prostro aos Vossos pés. Não desprezeis as minhas súplicas, ó Mãe do Filho de Deus humanado, mas dignai-Vos de as ouvir propícia e de me alcançar o que Vos rogo. Amen.

19 Oct 2011

MILAGRES EUCARÍSTICOS - Parte I

Relatamos aqui alguns dos numerosos milagres eucarísticos documentados e reconhecidos como autênticos pela Autoridade Eclesiástica


1-   A Hóstia transforma-Se em carne sangrenta – Roma (século VI – VII)

O milagre aconteceu num domingo, enquanto o Sumo Pontífice, São Gregório Magno, celebrava a Missa na Basílica de São Pedro (Itália).  No momento da comunhão, uma senhora romana de classe alta, aproximou-se do altar. O Papa ao colocar-lhe a Hóstia nos lábios, pronunciou as palavras do ritual: “O Corpo de Nosso Senhor Jesus Cristo te sirva para a remissão dos pecados e te conduza à vida eterna”. A expressão facial da senhora apareceu, porém, uma espécie de riso incrédulo. Então, São Gregório tirou-lhe a Hóstia e deu-A ao diácono, para que A colocasse no altar até ao fim da Comunhão dos fiéis.

Quando a celebração acabou, o Pontífice voltou-se com um ar sério para aquela senhora e disse-lhe: “Diz-me, o que te passou pela cabeça quando te riste, enquanto eu estava a dar-te a Sagrada Comunhão?”. A mulher respondeu: “O pão... o pão que me apresentava não era o mesmo que eu própria tinha preparado e trazido para a oblação? Não pude fazer mais nada senão rir quando Sua Santidade deu o nome de ‘Corpo de Cristo’ a um pão que eu própria tinha manipulado com minhas mãos”.

O Pontífice convidou então todos os presentes a rezar ao Senhor para vencer a incredulidade daquela senhora. Depois voltou para o altar. Naquele momento, perante a indescritível emoção geral, a Hóstia que o diácono tinha colocado sobre o altar, transformou-Se, aos olhos de todos, na carne de Cristo.

Quando a cética senhora constatou a presença real do Corpo do Senhor, a Hóstia voltou a assumir a aparência de pão, à exceção de uma pequena parte, a qual ficou manchada de sangue. Esta conserva-Se guardada ainda hoje, na vila de Andechs, na Baviera.

2-   O Milagre de Lanciano (século VIII)
 Em Lanciano (Itália), por volta do ano 750, Jesus quis dar prova da Sua presença real na Eucaristia. Os antigos documentos e a contínua tradição, relatam que no mosteiro de São Legonciano, onde habitavam os monges de São Basílio (hoje Igreja de São Francisco), vivia um monge não muito firme na fé que, embora letrado nas ciências do mundo, ignorava as de Deus. Dia após dia, andava cada vez mais incerto, se na Hóstia consagrada estava o verdadeiro Corpo de Cristo, assim como no vinho o verdadeiro Sangue de Cristo.



Todavia ele suplicava constantemente a Deus que lhe tirasse do coração aquela chaga que lhe estava envenenando a alma. O Pai de misericórdia comprazeu-Se em tirá-lo de tal obscuridade. Uma manhã, durante a celebração da Missa, depois de ter proferido as santíssimas palavras da consagração, o monge encontrava-se mais do que nunca mergulhado nas suas dúvidas. De repente, viu o pão transformar-se em Carne e o vinho em Sangue. Aterrorizado e confuso, ficou bastante tempo, como que em êxtase e, finalmente, com o rosto cheio de alegria, ainda banhado de lágrimas, virando-se para os circunstantes, disse: “O Bendito Deus, para confundir a minha incredulidade, quis desvelar-Se neste Santíssimo Sacramento e tornar-Se visível aos nossos olhos: Vinde irmãos, e contemplai. Eis a Carne e o Sangue do nosso diletíssimo Cristo!”

As pessoas que participavam na Missa, dando-se conta do milagroso acontecimento, começaram a verter lágrimas e suplicavam misericórdia. Rapidamente se difundiu por toda a cidade a fama de tão raro e singular milagre. O Bispo, percebendo a importância  desse fato prodigioso, ordenou que aquela Carne e aquele Sangue fossem escrupulosa e amavelmente guardados. Ainda hoje, passados quase 1300 anos, a Carne e o Sangue conservam-se incorruptos.

No ano 1970, o Bispo de Lanciano tomou a decisão de submeter estas “relíquias eucarísticas” a um exame científico. O delicado estudo foi confiado ao Prof. Linoli, livre-docente em Anatomia e Histologia Patológica e em Química e Microscopia Clínica, exercendo também o cargo de médico-chefe do hospital de Arezzo. As conclusões a que o Prof. Linoli chegou à sua laboriosa investigação, foram oferecidas  ao público no dia 4/4/1971.

Estas se podem resumir nos seguintes pontos:

1)      A Carne do Milagre Eucarístico é verdadeira carne e o Sangue é verdadeiro sangue;
2)      O Sangue e a Carne pertencem à espécie humana;
3)      A Carne é constituída por tecido muscular do coração (miocárdio);
4)      O grupo sanguíneo resultou idêntico tanto na Carne, como no Sangue (grupo AB);
5)      No Sangue demonstraram-se as proteínas fracionadas nas relações percentuais que apresentam aproximações ao traçado sérum-proteico do sangue fresco normal;
6)      No Sangue foram encontrados os minerais: fósforo, potássio, sódio, cloretos, cálcio e magnésio;

A conservação das proteínas e dos minerais é absolutamente excepcional. É sabido que o sangue tirado de um cadáver não pode ter as características encontradas no Sangue do Milagre de Lanciano.

No ano de 1973, a Organização Mundial de Saúde (OMS) nomeou uma comissão cientifica para verificar este estudo. As conclusões coincidiram completamente com as do prof. Linoli. Portanto, a Carne é um tecido vivo que pertence a um coração humano e o Sangue não é apenas incorrupto, mas é fresco, ou seja, apresenta as características do sangue de uma pessoa viva.


3-   O Milagre de Ferrara (ano 1171)

Em Ferrara (Itália), na Basílica de Santa Maria em Vado, conservam-se os traços do milagre do sangue jorrado por uma Hóstia consagrada, acontecido  no Domingo de Páscoa, no dia 28/03/1171.

Durante a Missa, jorrou da Hóstia fracionada, um jato de sangue que atingiu até as paredes em volta do Altar. Algumas testemunhas afirmaram ter visto  que a própria Hóstia assumia também uma cor sanguínea. Outras referiram ter visto a figura de uma criança no lugar da Hóstia. De qualquer modo, a presença de traços de sangue em cima e à volta do Altar é um fato inegável, como ainda hoje se pode observar no interior da Basílica de Santa Maria.


4-   O Milagre de Santo Antonio em Rímini (ano 1227)

Santo Antonio, durante uma pregação na cidade de Rímini (Itália) foi envolvido numa disputa com uns hereges, que negavam a presença real de Jesus na Eucaristia e que pretendiam ver uma prova irrefutável disso.

Um dos hereges, de nome Bonovillo, disse-me: “Não acredito que a Hóstia seja o Corpo de Cristo! Mas quero desafiar-te, ó frade: se a minha mula se ajoelhar diante da Hóstia, então acreditarei”.

“Aceito o desafio – respondeu-lhe Santo Antonio – Daqui a três dias, trarás a mula a esta mesma praça, diante do povo. Eu trarei a Eucaristia e o animal ajoelhar-se-á diante do Pão Consagrado”.

O herético aceitou, dizendo: “Está bem. Vou manter a mula fechada e em jejum por três dias. Depois trazê-la-ei aqui, à presença de todos os habitantes, e apresentar-lhe-ei a cevada. E tu apresentar-lhe-ás a Hóstia, que dizes que é o Corpo do Homem-Deus. Se a mula ignorar a cevada e ajoelhar-se diante da Hóstia, far-me-ei católico”.

Santo Antonio retirou-se para o convento e durante aqueles três dias dirigiu-se ao Senhor com a oração e o jejum. No dia estabelecido, Santo Antonio apresentou-se com o Santíssimo Sacramento. À vista do Santo que avançava, um profundo silencio estendeu-se por toda aquela multidão.

Então Santo Antonio, em voz alta, ordenou à mula: “Em nome do Criador, que trago vivo, verdadeiro, real e substancial nas minhas mãos, embora indignamente, ordeno-te, ó mula, que venhas já ajoelhar-te d’Ele, a fim de que estes hereges reconheçam que toda a criação é submissa e obediente ao Cordeiro que Se imola sobre os nossos altares”.

O herético suava frio, gritando com a besta e tentando-a com o seu alimento preferido. Mas, o animal, recusando a cevada do patrão, aproximou-se docilmente do religioso: dobrou as patas anteriores diante da Hóstia e assim ficou.

O herético veio então lançar-se aos pés de Santo Antonio, confessando publicamente o seu erro e, a partir daquele dia, tornou-se um dos mais zelosos colaboradores do Santo. Toda a sua família entrou também com ele no seio da verdadeira Igreja e ele, no ardor do seu reconhecimento para com Deus, fundou com o seu dinheiro uma Igreja dedicada ao Príncipe dos Apóstolos, São Pedro.


5-   O Milagre de Alatri (ano 1228)

Na vila italiana de Alatri, na Basílica de São Paulo Apóstolo, conserva-se ainda hoje a relíquia do milagre eucarístico dito “da Hóstia Encarnada”, acontecido e, 1228.

A história do prodigioso acontecimento foi-nos transmitida por um documento de grande autoridade: a Bula Papal “Fraternitatis tuae”, de 13/04/1228, de Gregório IX: “Gregório, Bispo, servo dos servos de Deus, ao venerável Irmão Bispo de Alatri, saúde e benção apostólica. Recebemos a tua carta, irmão caríssimo, que nos informava de uma certa jovem que, sugestionada pelo mau conselho de uma senhora maléfica, depois de ter recebido das mãos do Sacerdote o Sacratíssimo Corpo de Cristo, O reteve na boca até o momento em que, achava a ocasião favorável, O pôde esconder num pano. Passados três dias, encontrou o mesmo Corpo, que tinha recebido em forma de pão, transformado em carne, como ainda hoje podemos constatar com os nossos próprios olhos”.

6-   O Milagre de Santa Clara de Assis (ano 1240)

Os Serracenos, tropas mulçumanas mercenárias, ao serviço do Imperador Frederico II, tinham cercado a cidade de Assis (Itália). Estes soldados eram gente de má índole, sedentos de sangue cristão e capazes dos crimes mais horríveis. Fora das muralhas de Assis, encontrava-se o mosteiro de São Damião, onde morava Santa Clara com as suas irmãs.

As tropas mulçumanas invadiram o terreno do mosteiro, até ao ponto de penetrarem no próprio claustro. O coração das irmãs apertou-se de medo e foram a correr aterrorizadas chamar Clara. Ela, que jazia enferma, permaneceu serena. Fez-se conduzir à porta, em frente dos inimigos, precedida da Custódia de prata contendo a Hóstia Consagrada.

Depois, prostrando-se em oração, implorou a Cristo, dizendo: “Ó Meu Senhor, vais permitir que sejam entregues às mãos do inimigo estas tuas filhas indefesas, que no teu amor criei? Suplico-Te, ó Senhor, protege estas tuas servas que eu não estou em condições de as poder defender”.

Subitamente, da Custódia, ouviu-se como que uma voz de criança que lhe dizia: “Eu sempre vos defenderei”. “Meu Senhor – acrescentou Clara – se é do teu agrado, protege também esta cidade que por teu amor nos sustenta”. Ao que Cristo respondeu: “Sofrerá muitas tribulações, mas com a minha proteção será defendida”. Então Clara, levantando o rosto, confortou as irmãs que choravam, dizendo-lhes: “Filhinhas, garanto-vos que nenhum mal vos acontecerá, basta para tanto que confieis em Cristo!”

Milagrosamente os Serracenos fugiram e a cidade de Assis não foi atingida.

Fonte: Trecho do livro 'Pequeno Catecismo Eucarístico' - Direitos reservados por Serviço de Animação Eucarística Mariana.

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