Lembrai-vos

Lembrai-vos
Lembrai-Vos, ó piíssima Virgem Maria, que nunca se ouviu dizer que algum daqueles que têm recorrido à vossa proteção, implorado a vossa assistência, e reclamado o vosso socorro, fosse por Vós desamparado. Animado eu, pois, de igual confiança, a Vós, Virgem entre todas singular, como a Mãe recorro, de Vós me valho e, gemendo sob o peso dos meus pecados, me prostro aos Vossos pés. Não desprezeis as minhas súplicas, ó Mãe do Filho de Deus humanado, mas dignai-Vos de as ouvir propícia e de me alcançar o que Vos rogo. Amen.

21 Oct 2011

O Símbolo dos Apóstolos - ( O Credo explicado e ilustrado)



CREIO EM DEUS PAI TODO PODEROSO
 1. Deus pode falar aos homens, pois deu-lhes a faculdade de se entenderem.
2. Deus falou verdadeiramente aos homens; é o que se chama revelação.
3. Sem revelação não nos poderíamos salvar, visto ser impossível saber, por nós próprios, o que é preciso crer e fazer para obtermos a Salvação.
4. Distinguem-se três revelações: 1º a Revelação primitiva, feita por Deus a Adão e aos patriarcas; 2º a Revelação Mosaica, feita por Deus a Moisés; 3º a Revelação cristã que nos foi feita por Nosso Senhor Jesus Cristo.
O Símbolo dos Apóstolos
5. O Símbolo dos Apóstolos é uma profissão de Fé que os apóstolos nos deixaram e que, em doze artigos, encerra as verdades principais que devemos crer.
6. A primeira dessas verdades é que há um Deus, e um só, exclusivamente.
7. Cremos em Deus, porque Ele próprio nos revelou a sua existência.
8. Também a razão nos diz que há um Deus, porque, se não houvesse, o mundo não poderia existir. Com efeito, o mundo não poderia criar-se a si mesmo, como nem sequer pode criar-se uma casa ou um relógio.
9. Deus é um puro espírito, infinitamente perfeito, criador do Céu e da Terra, e soberano Senhor de todas as coisas.
10. Digo que deus é um puro espírito, porque não tem corpo, e não pode ser visto pelos nossos olhos, nem tocado pelas nossas mãos.
11. Digo que Deus é infinitamente perfeito, porque Ele possui todas as perfeições e as suas perfeições não tem limites.
12. Deus tem existido sempre; nunca teve princípio, e nunca há de ter fim.
13. Deus está no Céu, na terra, e em toda a parte.
14. Deus conhece todas as coisas, o passado, o presente, o futuro, e até os nossos pensamentos e desejos e vê-nos sempre, mesmo quando nos ocultamos para ofender.
O Mistério da Santíssima Trindade
15. Um mistério é uma verdade revelada por Deus, e que nós devemos acreditar, embora a não possamos compreender.
16. O mistério da Santíssima Trindade é o mistério de um só deus em três pessoas, a saber, o pai, o filho, e o Espírito Santo.
17. O Pai é Deus, o filho é Deus, o Espírito Santo é Deus. O Pai, o Filho e o Espírito Santo são um só e o mesmo Deus; são iguais em todas as coisas, porque tem uma só e a mesma substância, e portanto uma só e a mesma divindade.
Explicação da gravura
18. A Santíssima Trindade está representada no centro por um grande triângulo, no qual se vê Deus Pai sobre o globo do mundo, segurando os braços da cruz à qual está pregado Jesus Cristo, seu Filho; o Espírito Santo, sob a forma de uma pomba, derrama os seus raios de luz entre o Pai e o Filho, o que nos dá a entender que procede do Pai e do Filho.
19. Ao alto da gravura vê-se, à esquerda, Jesus Cristo, conferindo aos Apóstolos, antes de subir ao Céu, a missão de ensinar todas as nações e de as batizar em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo.
20. Vê-se à direita, o Batismo de Jesus Cristo, no qual se manifestaram as três pessoas divinas.
21. Em baixo, à esquerda, vemos Abraão recebendo a visita de três Anjos; Abraão viu os três, e apenas saudou a um, dizendo: “Senhor, se achei Graça diante dos teus olhos, não passarás sem visitar a casa do teu servo.”
22.à direita, vemos santo Agostinho e uma criança,-Um dia, o santo Bispo de Hipona passeava à beira-mar, querendo aprofundar o mistério da Santíssima Trindade. De súbito, vê uma criança entretida a encher uma pequena concha e a vazar a água numa cova que abria na areia. “Meu filho, que pretendes tu fazer?”- “Quero meter neste buraco toda água do mar.”-“Mas tu bem vês que este buraco é muito pequeno para tanta água.”-“Mais fácil me será meter o mar neste buraco, do que tu compreenderes o mistério da Santíssima Trindade.”- E dizendo isto, a criança desapareceu. Era um anjo que tomara aquela forma para advertir o santo de que o mistério da Santíssima Trindade era impenetrável a todos os espíritos criados.

CRIADOR DO CÉU E DA TERRA
 
A criação
 
1. Estas palavras do Símbolo “Criador do Céu e da Terra” significam que Deus tirou do nada o Céu e a Terra com tudo o que estes encerram.
2.Os homens não podem criar, porque para fazer alguma coisa do nada, é preciso ser-se onipotente. Só deus pode criar; porque só Deus é onipotente.
3. Deus não era obrigado a criar o mundo; criou-o porque assim o quis.
4. Deus criou o mundo pela sua palavra, isto é, por um só ato da sua vontade.
5. As mais perfeitas criaturas de Deus são os Anjos e os homens.
Os anjos
6. Os anjos são puros espíritos que Deus criou para o adorarem, e executarem suas ordens.
7. Deus criou-os em estado de Graça e de Santidade, mas nem todos perseveraram nesse estado; uma parte deles revoltou-se contra Deus, perdendo a Graça por causa do seu orgulho.
8. Deus recompensou a fidelidade dos Anjos bons, confirmando-se em graça e dando-lhes a posse da felicidade do Céu.
9. As funções dos Anjos bons são louvar a Deus e executar as suas ordens.
10. Os anjos bons, em especial os anjos da guarda, velam por nós e protegem-nos.
11. Devemos respeitar a presença do nosso Anjo da guarda, e invocá-lo nas tentações e nos perigos.
12. Deus castigou os anjos rebeldes, expulsando-os do Céu e condenando-os ao suplício do Inferno.
13. Os anjos maus procuram arrastar-nos ao mal, porque são inimigos da felicidade eterna que nos está prometida.
14. Deus criou o Céu e a terra em seis dias.
Explicação da gravura
 
15. Esta gravura representa a obra divina por meio de seis zonas circulares, cada uma das quais reproduz uma dos seis dias da Criação e a atitude de Deus realizando a sua obra.
16. A primeira zona representa a obra do primeiro dia, isto é, Deus criando a luz.
17. A segunda representa a obra do segundo dia, isto é, Deus criando o firmamento, e separando-o da Terra e dos Céus.
18.A terceira representa a obra do terceiro dia, isto é, Deus separando a terra das águas e mandando à terra que produzisse todas as espécies de plantas.
19. A quarta representa a obra do quarto dia, isto é, Deus criando o sol, a lua e as estrela.
20. A quinta representa a obra do quinto dia, isto é, Deus criando as aves no espaço e os peixes na água.
21. A sexta representa a obra do sexto dia, isto é, Deus criando os animais terrestres e fazendo o homem à sua imagem e semelhança.
22. No alto da gravura, Deus descansa ao sétimo dia e consagra-o ao seu serviço. Este descanso é simbolizado pelo sol velado e pelos astros que presidem à noite, a lua e as estrelas. O triângulo formado por uma nuvem e no qual Deus descansa, significa que as três pessoas divinas cooperam, todas elas, na obra da criação. É o que estas palavras nos revelam: “façamos o homem à nossa imagem e semelhança.”
O Homem
23. O homem é criatura racional, composta de alma e corpo.
24. A alma é um espírito criado à imagem de Deus pra ser unido a um corpo, e que jamais morrerá.
25. A nossa alma é criada à imagem de Deus no que esta é capaz de conhecer, amar e agir livremente.
26. É certo que a nossa alma é imortal, é por isso que, depois desta vida, Deus deve na sua Justiça recompensar a virtude ou punir o vício.
27. Deus criou o primeiro homem, formando o seu corpo com terra e unindo a esse corpo uma alma que tirou do nada.
28. Para criar a primeira mulher Deus mergulhou Adão num sono misterioso, e enquanto ele dormia tirou-lhe uma costela da qual formou a primeira mulher, unindo uma alma a esse corpo.
29. O primeiro homem chamou-se Adão e a primeira mulher Eva, e deles somos todos nós descendentes; por isso, os chamamos os nossos primeiros pais. Deus colocou Adão e Eva num lugar de delícias chamado o paraíso.
 
E EM JESUS CRISTO, SEU ÚNICO FILHO, NOSSO SENHOR
Promessa de um Redentor
1. Deus criou Adão e Eva, como os Anjos, num estado de inocência e de justiça em que não estavam sujeitos nem às dores, nem à morte.
2. O demônio, disfarçado de serpente, levou os nossos primeiros pais a desobedecerem a Deus, comendo do fruto proibido.
3. Em castigo da sua desobediência foram expulsos do paraíso terrestre, e condenados a comer o pão com o suor do seu rosto: ficaram sujeitos à ignorância, à concupiscência, à dor, à morte, e excluídos da felicidade do Céu.
4. O pecado de Adão transmitiu-se a todos os seus descendentes, de forma que estes nascem culpados do pecado dos seus primeiros pais e sujeitos às mesmas misérias.
5. O pecado de que todos os homens nascem réus chama-se pecado original, isto é, que vem da nossa origem.
6. A Santíssima Virgem foi isenta, por um privilégio especial, do pecado original, porque devia ser a Mãe do Filho de Deus.
7. Deus não abandonou o homem depois do seu pecado. Compadeceu-se dele, e prometeu-lhe um Salvador que se chamou o Messias.
8. Deus renovou aos patriarcas Abraão e Jacob a promessa dum Salvador.
9. Deus fez anunciar pelos profetas com muita antecipação a vinda do Salvador.
10. Os profetas predisseram a época da vinda do Messias, o seu nascimento de uma virgem em Belém, os seus milagres, a sua paixão, a sua morte, a sua Ressurreição, e finalmente o estabelecimento da sua religião por toda a Terra.
11. O Salvador prometido ao mundo é Nosso Senhor Jesus Cristo.
O Verbo Eterno
 12. São João, ao começar o seu Evangelho, descreve assim a geração eterna do Redentor: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Este estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por Ele e sem Ele nada foi feito. N’Ele estava a vida, e a vida era a luz dos homens. E a luz brilha nas trevas, e as trevas não a receberam. Apareceu um homem enviado por Deus que se chamava João. Veio como testemunha para dar testemunho da luz, a fim de que todos cressem por meio dele. Não era a luz, mas veio para dar testemunho da luz”.
O Verbo Encarnado
13. “O Verbo era a luz verdadeira que vindo a este mundo, ilumina todo o homem. Estava no mundo e o mundo foi feito por Ele, e o mundo não O conheceu. Veio para o que era Seu, e os Seus não O receberam. Mas a todos os que O receberam, àqueles que crêem no Seu nome, deu poder de se tornarem filhos de Deus: eles que não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus. E o Verbo fez-se carne, e habitou entre nós, e nós vimos a sua glória, glória como de Filho Unigênito do Pai, cheio de Graça e de verdade.” (João I, 1-14).
Testemunho do Precursor
14. “João dá testemunho d’Ele e clama: » Este era Aquele de Quem eu disse: O que há de vir depois de mim, é mais do que eu, porque era antes de mim. Todos nós participamos da Sua plenitude e recebemos Graça sobre Graça; porque a lei foi dada por Moisés, mas a Graça e a verdade foram trazidas por Jesus Cristo. Ninguém jamais viu a Deus; o Unigênito de Deus, que está no seio do Pai, Ele mesmo é que O deu a conhecer».” (João I, 15-18).
Explicação da gravura
15. Esta gravura representa o milagre da Transfiguração, no qual Deus Pai proclama Jesus Cristo seu Filho.
16. “Jesus Cristo tomou consigo Pedro, Tiago e João e levou-os à parte ao monte Tabor, e transfigurou-se diante deles. O seu rosto ficou como o sol e as Suas vestes tornaram-se luminosas de brancas que estavam. Eis que lhes apareceram Moisés e Elias falando com Ele. Pedro tomando a palavra, disse a Jesus: «Senhor que bom é nós estarmos aqui; se queres, farei aqui três tendas, uma para Ti, uma para Moisés, e outra para Elias». Estando ele ainda a falar eis que uma nuvem resplandecente os envolveu; e saiu da nuvem luminosa uma voz que dizia: «Este é o meu Filho muito amado, em quem pus toda a Minha complacência; ouvi-O». Ouvindo isto, os Apóstolos caíram de bruços, e tiveram grande medo”. (Mat. XVII, 1-9).
 
 
CONCEBIDO PELO PODER DO ESPÍRITO SANTO
O mistério da Encarnação
1. O mistério da Encarnação, contido no 2º e no 3º artigo do Símbolo, é o mistério do Filho de Deus feito homem.
2. O Filho de Deus fez-se homem tomando um corpo e uma alma semelhantes aos nossos no seio da bem-aventurada Virgem Maria, sua Mãe, por obra e Graça do Espírito Santo.
3. O Filho de Deus feito homem chama-se Jesus Cristo.
4. O nome de Jesus significa Salvador. «E lhe chamarão por nome Jesus, disse o anjo a São José, porque Ele salvará o seu povo dos seus pecados.»
5. Chamamos ainda a Jesus Cristo Nosso Senhor, isto é, nosso Mestre, porque Ele nos criou e nos resgatou com o Seu sangue.
6. Jesus Cristo é Deus e homem no todo, porque tem duas naturezas, a natureza divina e a natureza humana.
7. Só há em Jesus Cristo uma pessoa, que é a pessoa do Filho de Deus.
Explicação da gravura
8. Esta gravura representa o anjo Gabriel saudando a Santíssima Virgem, quando ela orava na sua casa de Nazaré, e anunciando-lhe que Deus a escolhera para ser a mãe do Salvador. No mesmo instante, o Espírito Santo operou em Maria, por um grande milagre, o mistério da Encarnação.
Damos a seguir a narração da Anunciação e da Visitação, segundo o Evangelho de São Lucas.
A Anunciação
9. “Estando Isabel no sexto mês, foi enviado por Deus o anjo Gabriel a uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré, a uma virgem desposada com um varão chamado José, da casa de David; o nome da virgem era Maria. Entrando o anjo onde ela estava, disse-lhe: «Salve, ó cheia de Graça; o Senhor é contigo».
Ela, ao ouvir estas palavras, perturbou-se e discorria pensativa que saudação seria esta. O anjo disse-lhe: «Não temas, Maria, pois achaste Graça diante de Deus; eis que conceberás no teu ventre, e darás à luz um filho, a Quem porás o nome de Jesus. Será grande e será chamado Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus Lhe dará o trono de Seu pai David; reinará sobre a casa de Jacob eternamente e o Seu Reino não terá fim».
10. Maria disse ao anjo: «Como se fará isso, pois eu não começo homem?» O anjo respondeu-lhe: «O Espírito Santo descerá sobre ti e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a Sua sombra; por isso mesmo, o Santo, que há de nascer de ti, será chamado Filho de Deus. Eis que também Isabel, tua parenta, concebeu um filho na sua velhice; e este é o sexto mês da que se dizia estéril; porque a Deus nada é impossível». Então Maria disse: «Eis aqui a escrava do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra». E o anjo retirou-se dela.” (Lucas I, 26).
Visitação
11. “Naqueles dias, levantando-se Maria, foi com pressa às montanhas, a uma cidade de Judá. Entrou em casa de Zacarias e saudou Isabel. Aconteceu que, logo que Isabel ouviu a saudação de Maria, o menino saltou-lhe no ventre, e Isabel ficou cheia do Espírito Santo; e exclamou em alta voz: «Bendita és tu entre as mulheres, e bendito é o fruto do teu ventre. Donde a mim esta dita, que venha ter comigo a mãe do seu Senhor? Porque, logo que a voz da tua saudação chegou aos meus ouvidos, o menino saltou de alegria no meu ventre. Bem-aventurada a que acreditou, porque se hão de cumprir as coisas que lhe foram ditas da parte do Senhor». Então Maria disse:
Cântico de Maria
“A minha alma glorifica o Senhor; e o meu espírito exulta de alegria em Deus meu Salvador, porque olhou para a humildade da Sua serva. Portanto, eis que, de hoje em diante, todas as gerações me chamarão ditosa, porque o Todo-poderoso fez em mim grandes coisas. O Seu nome é Santo, e a Sua misericórdia se estende de geração em geração sobre aqueles que O temem. Manifestou o poder do seu braço, dispersou os homens de coração soberbo. Depôs do trono os poderosos, elevou os humildes. Encheu de bens os famintos, e aos ricos despediu de mãos vazias. Tomou cuidado de Israel, Seu servo, lembrado da Sua misericórdia; conforme tinha prometido a nossos pais, a Abraão e à descendência para sempre».” (Lucas I, 39-56)
 
NASCEU DA MARIA VIRGEM
Explicação da gravura
1. Ao centro, o Menino Jesus nasce no estábulo de Belém, cercado dos cuidados de Maria, sua Mãe, e de São José, seu pai adotivo. Perto da manjedoura onde o Menino repousa, um boi e um jumento, animais que, segundo a Tradição, lá se encontravam.
2. Os pastores vêm adorá-lO e no Céu os anjos entoam o alegre cântico: «Glória a Deus nas alturas, e paz na terra aos homens de boa vontade».
Nascimento de Jesus Cristo
3. “Naqueles dias, saiu um édito de César Augusto, prescrevendo o recenseamento de toda a terra. Este recenseamento foi feito por Quirino, governador da Síria. Iam todos recensear-se, cada um à sua cidade. José foi também da Galiléia, da cidade de Nazaré, à Judéia, à cidade de David, que se chamava Belém, porque era da casa e família de David, para se recensear juntamente com Maria, sua esposa, que estava grávida. Ora, estando ali, aconteceu completarem-se os dias em que ela devia dar à luz, e deu à luz o seu Filho primogênito, e O enfaixou e O reclinou numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na hospedaria” (Lucas II, 1-7).
Vida oculta de Jesus
4. Guiados por uma estrela milagrosa, os Magos, em número de três, vieram adorar o Menino Jesus, e ofereceram-lhe ouro como a um rei, incenso como a um Deus e mirra como a um homem mortal, visto que a mirra era empregada para embalsamar os mortos.
5. Nosso Senhor foi apresentado no templo quarenta dias depois do seu nascimento, no segundo dia de fevereiro. A Santíssima Virgem cumpriu nesse dia a cerimônia da purificação, prescrita pela lei de Moisés.
6. Depois da apresentação no templo, os pais de Jesus levaram-no para o Egito, afim de escapar à perseguição de Herodes, que o queria mandar matar.
7. Para conseguir o seu fim, Herodes mandou degolar todas as crianças até a idade de dois anos em Belém e seus arredores. Estas crianças são os chamados Santos Inocentes.
8. Morto Herodes, o Menino Jesus voltou para Nazaré, na Galiléia, onde permaneceu até à idade de trinta anos.
9. A vida de Jesus em Nazaré foi uma vida ignorada, pobre e de trabalho.
10. Ensina-nos o Evangelho que durante este tempo Jesus Cristo freqüentava o templo nos dias de festa, era obediente e seus pais, e à medida que ia crescendo em idade, mais dava provas de sabedoria e santidade.
Vida pública de Jesus
11. Com a idade de trinta anos, Jesus Cristo recebeu o batismo das mãos de São João Baptista, nas águas do Jordão. (Mat. IV, 13-17)
12. E retirou-se em seguida para o deserto onde jejuou durante quarenta dias permitindo ao demônio que O tentasse, para nos ensinar como devemos resistir às tentações. (Mat. IV, 1-11)
13. Saindo do deserto, Jesus Cristo escolheu os Seus doze Apóstolos, e começou a pregar o Evangelho na Judéia.
14. Nosso Senhor tomou para Seus Apóstolos uns pobres pescadores que não tinham nenhuma instrução e viviam do seu trabalho.
15. São os seus nomes: Simão chamado Pedro, e seu irmão; Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão; Filipe e Bartolomeu, Tomé, Mateus o publicano, Tiago, filho de Alfeu, e Tadeu, Simão Cananeu e Judas Iscariotes, o traidor.
16. A palavra “Evangelho” quer dizer boa nova. A boa nova, que Jesus Cristo anunciava, era ser Ele Filho de Deus, o Messias ou Salvador prometido desde o princípio do mundo.
17. Jesus Cristo reforçava a sua doutrina coma prática de numerosos milagres. Fez o primeiro a pedido da sua Santíssima Mãe, mudando a água em vinho nas bodas de Cana, na Galiléia. (Jo. II, 1-11)
18. Para testemunhar o seu amor às crianças, Jesus acariciava-as com as mãos, abraçava-as e abençoava-as dizendo: «Deixai vir a mim as crianças, porque dos que são como elas é o Reino de Deus». (Marcos X, 13-17)
19. Falando aos infelizes, Jesus dizia: «Vinde a mim, todos os que estais fatigados, e eu vos aliviarei». (Mat. XI, 28)
20.Jesus recebia os pecadores com bondade, e dizia: «Eu não vim chamar os justos, mas os pecadores à penitência». (Lucas V, 31).
 
PADECEU, FOI CRUCIFICADO, MORTO E SEPULTADO
O mistério da Redenção
1. O mistério da Redenção é o mistério do Filho de Deus morto na Cruz para resgatar todos os homens.
2. Estas palavras, “Padeceu sob o poder de Pôncio Pilatos”, significam que durante o governo de Pôncio Pilatos na Judéia foi que Jesus Cristo sofreu as maiores dores na sua alma e no seu corpo.
3. Na sua alma Jesus sofreu o desconforto, o pavor, uma tristeza mortal: «A minha alma, dizia, está triste até a morte».
4. No seu corpo Jesus Cristo sofreu tais tormentos que o profeta Isaías o chamava “Homem de dores”, “Homem ferido por Deus”, e “despedaçado por causa dos nossos pecados”.
5. Não eram necessários tantos sofrimentos para a nossa redenção, pois que teria bastado a Jesus Cristo derramar uma só gota de sangue, pelo seu merecimento infinito, para a obra da redenção.
6. Quis Nosso Senhor sofrer assim para nos mostrar bem o seu amor e para nos inspirar um maior horror pelo pecado que foi a causa da nossa morte.
7. Jesus Cristo sofreu: 1º no jardim das Oliveiras; 2º em casa de Caifás; 3º em casa de Herodes; 4º em casa de Pilatos; 5º no Calvário.
8. No jardim das Oliveiras Jesus Cristo sofreu as dores da agonia, tão grandes que o fizerem suar um suor de sangue. Foi nesse jardim que Judas, um dos seus Apóstolos, o entregou aos seus inimigos, dando-lhe um beijo.
9. Em casa de Caifás,Jesus foi negado três vezes por São Pedro, esbofeteado, coberto de opróbios, declarado réu de morte por dizer-se Filho de Deus.
10.Em casa de Herodes, Tetrarca da Galiléia, vindo a Jerusalém para celebrar a Páscoa, vestiram a Jesus uma túnica branca, por escárnio, tratando-O como a um louco.
11. Em casa de Pilatos, açoitaram Jesus Cristo, coroaram-n’O de espinhos e condenaram-n’O a morrer na Cruz, embora o juiz tivesse reconhecido a sua inocência.
12. No Calvário, deram a beber a Jesus Cristo fel e vinagre e crucificaram-n’O entre dois ladrões. Pregado na Cruz, pediu ao seu Pai que perdoasse aos algozes; prometeu o paraíso ao bom ladrão; recomendou a sua Mãe a São João e deu São João por filho à sua Mãe, e depois de ter dito que tudo estava consumado, entregou o espírito nas mãos do Seu Pai.
13. Estas palavras do Símbolo “foi morto” significam que a alma de Jesus Cristo se separou de seu corpo, mas a divindade permaneceu unida à Sua alma e ao Seu corpo.
14. Jesus Cristo morreu na Sexta-Feira Santa, perto das três horas da tarde.
15. Quando Jesus cristo morreu, o sol eclipsou-se, a terra tremeu, as rochas abriram-se, o véu do templo rasgou-se de alto a baixo, e muitos mortos ressuscitaram.
16. Após a morte de Jesus, um soldado rasgou-lhe o lado com uma lança, saindo da ferida sangue e água.
17. Nosso Senhor permitiu que lhe fizessem esta ferida para mostrar: 1º que nos tinha amado em extremo, vertendo por nós até à última gota do Seu sangue; 2º que o Seu coração permaneceria sempre aberto para derramar sobre nós a abundância de Suas graças.
18. As palavras do Símbolo “e sepultado” significam que depois de morto, o corpo de Jesus Cristo foi despregado da Cruz e metido no túmulo.
19. Depois de sepultado Jesus, taparam a entrada do sepulcro com uma grande pedra, que Pilatos mandou selar, encarregando soldados de guardarem o túmulo.
20. Os Judeus tomaram estas precauções para impedir que fosse roubado o corpo de Jesus, e Deus permitiu-as para tornar mais manifesta a sua Ressurreição.
Via sacra
21. A Igreja recomenda aos fiéis o piedoso exercício chamado “Via sacra”, que lhes recorda em 14 estações a Paixão do Salvador. Concede numerosas indulgências a quem rezar a Via sacra com sincera devoção e contrição.
Explicação da gravura
22. A gravura representa a condenação de Jesus por Pilatos, Jesus açoitado, Jesus pregado na Cruz e colocado entre dois ladrões, e a sepultura de Jesus.
 
 
E DESCEU AOS INFERNOS
1. As palavras “e desceu aos infernos” significam que, morto Jesus Cristo, a Sua alma desceu aos infernos, onde se demorou todo o tempo que o Seu corpo permaneceu no sepulcro, e ainda que a mesma pessoa de Jesus Cristo esteve ao mesmo tempo nos infernos e no sepulcro. Não deve isso parecer estranho, pois que, embora a alma de Jesus Cristo se separasse do Seu corpo, todavia a divindade ficou sempre unida à Sua alma e ao Seu corpo.
2. Deve entender-se pela palavra “Inferno” os lugares ocultos, os depósitos em que são retidas, como prisioneiras, as almas que não podem gozar logo da beatitude eterna. Neste sentido a Sagrada Escritura emprega esta palavra em muitas passagens. Foi ainda neste sentido que São Paulo disse que em nome de Jesus Cristo todos os joelhos se dobram no Céu, na terra e nos infernos.
3. Não obstante designados todos pelo nome de infernos, estes lugares não são iguais. Um deles é como que uma prisão escuríssima e horrível, onde as almas dos condenados estão continuamente atormentadas pelos demônios com um fogo que se não pode extinguir. Denomina-se este lugar a Geena, o abismo, ou mais comumente, o Inferno.
4. No segundo destes lugares encontra-se o fogo do Purgatório. As almas dos que morreram em estado de Graça permaneceram aí durante um certo tempo, até se purificarem de todo, e poderem entrar na pátria eterna, onde não se pode ter guarida nem haver sombra de pecado.
5. Ao terceiro destes lugares chama-se limbo, e neste eram recebidas, antes da vinda de Jesus Cristo, as almas dos santos, que ficavam aí em descanso, sem nenhum sentimento de dor, na esperança da sua redenção. E foram as almas destes santos que esperavam o seu Salvador no seio de Abraão, que Nosso Senhor libertou quando desceu aos infernos.
6. É um erro supor que Jesus Cristo desceu a estes lugares apenas para fazer brilhar aí o seu poder. Devemos acreditar firmemente que a sua alma desceu com efeito aos infernos e que aí se fez realmente presente, como expressamente o indicam estas palavras de David: «Não deixareis a minha alma nos infernos.»
7. Esta descida de Jesus Cristo aos infernos em nada diminuiu o seu poder e majestade, e as trevas destes lugares não ofuscaram no mundo o brilho da sua glória. Pelo contrário, devemos ver neste fato, não só que era rigorosamente verdadeiro tudo o que se dissera da santidade de Jesus Cristo, como também que Este era Filho de Deus, como já o tinha provado pelos seus milagres.
8. Isto se compreenderá facilmente se compararmos as razões que levaram Jesus a descer aos infernos, com as razões que obrigam os outros homens a encontrar-se ali. Os homens tinham descido ali como cativos, ao passo que Jesus Cristo desceu como Aquele que, sendo o único livre entre os mortos e o único vitorioso, ia afugentar os demônios que os retinham ali tão severamente encerrados por causa das suas culpas.
9. E desceu não apenas para arrebatar ao demônio os seus próprios despojos, libertando deste cativeiro as almas dos santos Patriarcas e os outros Judeus ali detidos, como ainda para entrar triunfalmente no Céu em sua companhia, o que fez de um modo admirável e glorioso, porque a sua presença derramou uma luz brilhantíssima neste lugar onde estavam os felizes cativos, dilatando-lhes os corações com uma inconcebível alegria e fazendo-os gozar da suprema beatitude, que consiste na união com Deus.
Explicação da gravura
10. Esta gravura representa a alma de Jesus Cristo aparecendo no limbo. Figuram, em primeiro plano, Adão e Eva de joelhos; seguem-se à esquerda, Abraão brandindo o gládio contra Isaac; Jacob com seu cajado na mão; David com sua Lyra, etc., à direita, Moisés de cuja fronte irradiam raios de luz; Aarão com a sua vara; São José segurando uma açucena. Nosso Senhor permaneceu na companhia deles até à sua Ressurreição.
11. No plano superior, vê-se o Inferno onde ardem os demônios e os condenados; Jesus Cristo não desceu a este abismo de dores, nem ao Purgatório; fez todavia sentir aos condenados a sua ação, dando-lhes a conhecer a sua divindade, e às almas do Purgatório dando-lhes a esperança da glória.
 
 
 
AO TERCEIRO DIA RESSUSCITOU DOS MORTOS
1. Estas palavras “ao terceiro dia ressuscitou dos mortos” significam que Jesus Cristo, ao terceiro dia após a sua morte, reuniu a sua alma ao seu corpo pela sua onipotência e saiu do túmulo vivo e glorioso.
2. O corpo de Nosso Senhor esteve no túmulo durante três dias no todo ou em parte, a saber: uma parte da Sexta-Feira, todo o Sábado, e uma parte do Domingo.
3. Torna-se preciso saber que Jesus Cristo não quis retardar a sua Ressurreição até o fim do mundo, afim de dar uma prova da sua divindade; mas não quis também ressuscitar imediatamente depois da sua morte, mas só três dias depois, para dar a conhecer que era verdadeiro Homem e que morrera com efeito. Aquele lapso de tempo era suficiente para provar a verdade da sua morte.
Aparições
4. Sabemos que Jesus Cristo ressuscitou pelo testemunho dos Apóstolos e dos discípulos a quem Ele se mostrou muitas vezes depois da Ressurreição.
5. No dia da Ressurreição, Jesus Cristo mostrou-se aos Apóstolos reunidos no cenáculo e deu-lhes o poder de perdoar os pecados.
6. Algum tempo depois, Jesus Cristo mostrou-se a muitos Apóstolos que estavam pescando no mar de Galiléia. Foi nesta aparição que o Redentor elevou São Pedro à dignidade de pastor supremo da Igreja.
7. Antes de subir ao Céu, Jesus Cristo mostrou-se ainda uma vez aos Apóstolos, ordenando-lhes que pregassem o Evangelho a todas as nações.
8. Devemos acreditar no testemunho dos Apóstolos em favor da Ressurreição de Jesus, porque estes deram a vida para testar que tinham visto Jesus Cristo ressuscitado. Não podiam ser impostores os homens que se deixavam matar para confirmação do seu testemunho.
Qualidades dos corpos ressuscitados
9. O corpo de Jesus Cristo ressuscitado tinha todas as qualidades dos corpos gloriosos, a saber: impassibilidade, esplendor, agilidade e subtileza.
10. Por “impassibilidade” entendo que o corpo de Jesus Cristo não podia sofrer nem morrer.
11. Por “esplendor” entendo que o corpo de Nosso Senhor era brilhante como o sol; Jesus porém não quis aparecer assim antes da sua Ascenção.
12. Por “agilidade” entendo que o corpo de Jesus Cristo ser podia transportar a grandes distâncias, até da Terra ao Céu, com a rapidez do relâmpago.
13. Por “subtileza” entendo que o corpo de Jesus Cristo podia atravessar sem dificuldade os corpos mais rijos. Foi assim que Ele saiu do túmulo sem remover a pedra que tapava a entrada.
14. Reunindo a sua alma ao seu corpo Jesus Cristo fez desaparecer a maior parte das chagas que recebera durante a paixão. Apenas conservou as das mãos, dos pés e do lado.
15. E conservou-as: 1º para as mostrar aos Apóstolos em testemunho da sua Ressurreição; 2º para as apresentar a seu Pai intercedendo por nós; 3º para confundir os pecadores no dia do Juízo, fazendo-lhes ver que tanto sofreu por eles como pelos justos.
16. Foi necessário que Jesus ressuscitasse, a fim de fazer brilhar a justiça de Deus, pois era um ato absolutamente digno da sua justiça elevar Aquele que, para Lhe obedecer, fora desprezado e coberto dos maiores opróbios. São Paulo refere esta razão na sua epístola aos Filipenses: “Humilhou-se a si mesmo, feito obediente até à morte e morte na Cruz, pelo que Deus também o exaltou, e lhe deu um nome que está acima de todos os nomes.” (Fil. II, 7-9)
Explicação da gravura
17. A gravura representa a “Ressurreição do Salvador”. As numerosas mulheres que vemos à esquerda vinham com o fim de embalsamar o corpo de Jesus, quando de repente se sentiu um grande tremor de terra. Um anjo veio arredar a pedra do sepulcro e sentou-se nele. Os guardas, tomados de assombro, ficaram como mortos. Quando entraram no santo Sepulcro as santas mulheres ficaram cheias de temor ao verem o anjo. Mas ele lhes disse: «Não temais; buscais Jesus de Nazaré que foi crucificado. Não está aqui; vede o lugar onde o tinham posto.»
 
 
 
 
 
SUBIU AOS CÉUS
1. Estas palavras “Subiu aos Céus” significam que Jesus Cristo se elevou ao Céu pelo seu próprio poder e em presença de um grande número de discípulos, no quadragésimo dia depois da sua Ressurreição.
2. Jesus Cristo subiu ao Céu no dia da Ascensão.
3. Antes da Ascensão, Jesus Cristo estava no Céu como Deus, não como homem. Depois da Ascensão está no Céu como Deus e como homem.
4. Nosso Senhor subiu ao Céu: 1º para tomar posse da glória que lhe era devida; 2º para nos preparar aí um lugar; 3º para interceder por nós junto do seu Pai; 4º para nos enviar o Espírito Santo.
5. A Ascensão de Nosso Senhor é contada assim: “No meu primeiro livro, ó Teófilo, falei de todas as coisas que Jesus fez e ensinou, desde o princípio até ao dia em que, tendo dado as duas instruções por meio do Espírito Santo aos Apóstolos que tinha escolhidos, subiu aos Céus. Aos quais também se manifestou vivo depois da Sua Paixão, com muitas provas, aparecendo-lhes durante quarenta dias e falando-lhes do reino de Deus. Estando a mesa com eles, ordenou-lhes que não se afastassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai «que ouvistes – disse Ele – da minha boca; porque João, na verdade, batizou em água, mas vós sereis batizados no Espírito Santo daqui a poucos dias». Então, os que se tinham congregado, interrogavam-n’O: «Senhor, porventura, chegou o tempo em que vais restaurar o reino de Israel?» Ele disse-lhes: «Não vos pertence a vós saber os tempos nem os momentos que o Pai reservou ao seu poder; mas recebereis a virtude do Espírito Santo que descerá sobre vós, e sereis Minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia na Samaria e até aos confins do mundo». E tendo dito isto, elevou-se a vista deles e uma nuvem O ocultou aos seus olhos. Como estivessem olhando para o Céu quando Ele ia subindo, eis que se apresentaram junto deles dois personagens vestidos de branco, que disseram: «Homens da Galiléia, porque estais aí parados olhando para o Céu? Esse Jesus que, separando-Se de vós, subiu ao Céu, virá do mesmo modo que O vistes ir para o Céu».” (Actos I, 1-11)
6. Jesus Cristo subiu ao Céu por sua própria virtude, sem ser arrebatado por qualquer força estranha, como aconteceu a Elias, por exemplo, que para lá, foi transportado num carro de fogo, ou como o profeta Habacuc ou ainda o diácono Filipe que, sustentados nos ares pela força divina, assim percorreram consideráveis distâncias.
7. Jesus Cristo subiu ao Céu não somente por efeito desta virtude onipotente que lhe dava a Sua divindade, mas ainda pela que possuía como homem.
8. Semelhante prodígio ultrapassava as forças da natureza humana, mas esta virtude de que era dotada a alma bem-aventurada do salvador podia transportar o Seu corpo para onde Ele quisesse. Por outro lado, o corpo assim em estado de glória, obedecia facilmente às ordens da alma quando esta lhe imprimia o movimento.
9. Os outros artigos do símbolo que se aplicam a Nosso Senhor mostram-nos a Sua humildade e as Suas prodigiosas humilhações. Nada se pode imaginar, com efeito, de mais baixo e abjeto para o Filho de Deus que haver tomado a nossa natureza com todas as suas fraquezas, e ter querido sofrer e morrer por nós. Mas ao mesmo tempo, ao proclamar no artigo procedente que Ele ressuscitou dos mortos, e neste artigo que subiu ao Céu e está sentado à direita de Deus Pai, nada mais admirável e magnífico podemos dizer para celebrar a Sua glória e a Sua majestade divina.
Explicação da gravura
10. A gravura representa a Ascensão de Jesus Cristo sobre o monte das Oliveiras. Esta montanha tem três cumes, e foi do cume central que Nosso Senhor subiu ao Céu na presença das santas mulheres e dos Seus discípulos, e deixando, diz-se, o sinal do Seu pé esquerdo gravado na rocha.
11. Quando Jesus Cristo desaparecia na nuvem luminosa aos olhos dos seus discípulos, três anjos lhes surgiram, dizendo: «Homens da Galiléia, porque estais aí parados olhando para o Céu? Esse Jesus que, separando-Se de vós, subiu ao Céu, virá do mesmo modo que O vistes ir para o Céu». (Atos I, 1-11).
 
 
 
 
    
 
 
 
 
 
 
 
 
ESTÁ SENTADO À DIREITA DE DEUS PAI TODO PODEROSO
1. O símbolo diz-nos que Jesus Cristo “está sentado”, para dar-nos a entender que Ele descansa e goza no Céu duma felicidade que não terá fim.
2. Jesus está sentado no Céu como um rei no seu trono e como um juiz no seu tribunal. Nesta dupla qualidade exerce o poder legislativo e judicial de que falava, quando se exprimia assim antes de deixar o mundo: «Todo o poder me foi dado no Céu e sobre a terra.»
3. Acrescenta o símbolo que Jesus Cristo está sentado à “direita de Deus Pai”. Não quer isso dizer que Deus tenha mão esquerda e mão direita. Como o lugar de honra é à direita, estas palavras significam que Jesus Cristo, igual ao seu Pai como Deus, está acima de todas as criaturas como homem.
4. Embora devamos a nossa salvação e redenção à paixão de Jesus Cristo, cujos merecimentos abriram aos justos as portas do Céu, contudo é preciso não ver na Ascensão apenas um modelo posto diante dos nossos olhos para nos ensinar a elevar os pensamentos e a subir ao Céu em espírito. A Ascensão comunica-nos também uma força divina para atingir este fim: sublima os merecimentos da nossa Fé, purifica a nossa esperança, e aponta-nos o Céu ao amor do nosso coração.
5. A Ascensão sublima os merecimentos da nossa Fé, porque a Fé tem por objeto as coisas que se não vêem e que estão acima da razão e da inteligência dos homens. Logo, se Nosso Senhor não nos tivesse deixado, a nossa Fé perderia o seu merecimento, pois que o próprio Jesus Cristo proclamou felizes aqueles que creram sem ter visto.
6. E é muito apropriado a fortificar a esperança nos nossos corações. Crendo que Jesus Cristo, como homem, subiu ao Céu, e que tomou a natureza humana à direita do seu Pai, temos um motivo forte para esperar que nós, que somos seus membros, também um dia subiremos ao Céu para nos reunirmos ao nosso Chefe, sobretudo depois que o mesmo Senhor nos assegurou essa união nos seguintes termos: «Pai, quero que, onde Eu estou, estejam também comigo aqueles que Me deste, para que contemplem a Minha glória.» (Jo. XVII, 24)
7. Uma das maiores vantagens que esta nos concede ainda é apontar-nos o Céu ao amor do nosso coração, e tê-lo inflamado com as chamas do Espírito divino. Tem-se dito com toda a verdade que onde está o nosso tesouro ai está o nosso coração. Sem dúvida, pois que, se Jesus continuasse permanecendo conosco, limitaríamos todos os nossos pensamentos a conhecê-lo de vista e a gozar do seu trato; só veríamos n’Ele o homem que nos encheu de benefícios, sentindo por Ele apenas uma espécie de afeto muito natural.
8. Subindo ao Céu, Jesus Cristo espiritualizou o nosso amor, e como, por via da sua ausência, só pelo pensamento o podemos atingir, achando-nos por isso mesmo facilmente dispostos a adorá-LO e a amá-LO como Deus. É o que por um lado nos ensina o exemplo dos Apóstolos. Enquanto o Salvador permaneceu com eles, pareciam consagrar-lhe sentimentos apenas humanos. E por outro lado é o que nos confirma o próprio testemunho de Nosso Senhor quando diz: «É bom para vós que Eu me vá».Com efeito, esse amor imperfeito com que o amavam os Apóstolos enquanto o tinham junto de si, necessitava de ser aperfeiçoado pelo amor divino, isto é, pela descida do Espírito Santo. E por isso acrescentou logo: «Se eu me não vou, o Paráclito não descerá sobre vós».
9. A Ascensão foi o início duma nova expansão para a Igreja, esta verdadeira casa de Jesus Cristo, cuja direção e governo iam ser confiados à virtude do Espírito Santo. Até então e para O representar junto dos homens, Jesus colocara Pedro à frente da Igreja como seu primeiro pastor e supremo sacerdote. Daí em diante, e além dos doze, Jesus não cessou de escolher outros a uns dos quais fez Apóstolos, outros profetas, outros evangelistas, outros pastores e doutores, continuando, do lugar onde está sentado à direita de Deus Pai, a distribuir a cada qual os dons que lhe convêm, porque o Apóstolo nos afirma que a Graça é dada a cada um de nós segundo a medida do dom de Jesus Cristo.
Explicação da gravura
10. A gravura representa Jesus sentado à direita de Deus Pai. Cercam-n’O os Anjos e os santos.
 
DONDE HÁ-DE VIR PARA JULGAR OS VIVOS E OS MORTOS
 1. Ensinam-nos estas palavras “donde há de vir a julgar os vivos e os mortos” que Jesus Cristo virá no fim do mundo com toda a majestade e de um modo visível, julgar todos os homens e dar a cada um segundo as suas obras.
2. Pela expressão “vivos”, entende-se: 1º os bons ou os justos; 2º aqueles que estiverem ainda com vida quando aparecer Jesus Cristo, mas que morrerão e ressuscitarão num instante.
3. Por “mortos” entende-se: 1º os maus ou condenados; 2º os que tiverem morrido desde o princípio do mundo, mas que ressuscitarão afim de serem julgados.
4. Seremos julgados pelo bem ou pelo mal que tivermos praticado por pensamentos, palavras, ações e omissões. Este julgamento será tão rigoroso que Jesus Cristo declara no Evangelho que teremos de dar conta de todas as palavras ociosas, isto é, de todas as palavras inúteis ou para nós ou para o nosso próximo.
5. Sabemos que o Juízo Final se realizará quando acabar o mundo, mas ignoramos quando o mundo deixará de existir. Deus não no-lo quis revelar para estarmos sempre preparados.
6. Anunciarão a chegada próxima do Supremo Juiz muitos sinais de que nos fala o Evangelho: Escurecerá o sol, a lua deixará de dar claridade, cairão as estrelas do Céu, haverá tremores de terra e as ondas do mar farão ouvir um ruído horrível.
7. São Marcos narra-o nos seguintes termos: “Naqueles dias haverá tribulações como não houve desde o princípio do mundo que Deus criou, até agora, nem haverá mais. E se o Senhor não abreviasse aqueles dias, nenhuma pessoa se salvaria; mas Ele os abreviou em atenção aos eleitos que escolheu. Então se alguém vos disser: Eis aqui está o Cristo, ou, ei-l’O acolá, não lhe deis crédito; porque se levantarão falsos cristos e falsos profetas, e farão prodígios e milagres para enganarem, se fosse possível, até os escolhidos. Estai, pois, de sobreaviso; eis que Eu vos predisse tudo. Naqueles dias, depois daquela tribulação, o sol escurecer-se-á e a lua não dará o seu claridade, e as estrelas cairão do céu e as potestades que estão nos céus serão abaladas. Então verão o Filho do Homem vir sobre as nuvens, com grande poder e glória. E enviará os Seus anjos e juntará os Seus escolhidos dos quatro ventos, desde a extremidade da terra até à extremidade do Céu. Ouvi uma comparação tirada da figueira; quando os seus ramos estão perto o Verão; assim também quando virdes acontecer estas coisas sabei que ele está perto, às portas. Na verdade vos digo que não passará esta geração sem que se cumpram todas estas coisas. Passarão o céu e a terra, mas as Minhas palavras não hão de passar. A respeito porém desse dia ou dessa hora, ninguém sabe, nem os anjos nos Céus, nem o Filho, mas só o Pai. Estai de sobreaviso, vigiai e orai, porque não sabeis quando será o momento. Será como um homem que, empreendendo uma viagem, deixou a sua casa e delegou a autoridade aos seus servos, indicando a cada um a sua tarefa, e ordenou ao porteiro que estivesse vigilante. Vigiai, pois, visto que não sabeis quando virá o senhor da casa, se de tarde, se à meia-noite, se ao cantar do galo, se pela manhã; para que, vindo de repente, não vos encontre a dormir. O que vos digo a vós digo-o a todos: «Vigiai!»” (Marcos XIII, 19-31)
8. Além do Juízo Final, há o Juízo particular, que acontece logo quando morremos. No Juízo particular a alma comparece sozinha diante apenas de Deus; no Juízo Final a alma reunida ao corpo será julgada diante de todos os homens.
9. O Juízo Final não modificará a sentença proferida no Juízo particular, mas servirá para fazer brilhar diante de todos a justiça de Deus, a divindade de Jesus Cristo, a glória dos bons, a confusão dos maus.

Explicação da gravura
10. Representa a gravura o Juízo Final. Jesus está sentado sobre nuvens, cercado pelos anjos e santos, precedido da Cruz. A Virgem está à sua direita, e Jesus diz aos eleitos: «Vinde, benditos de meu Pai, possuir o reino que vos tinha preparado desde a criação do mundo.» (Mat.XXV, 34)
11. O anjo vingador está à esquerda, arremessando os condenados para o Inferno, depois do Supremo Juiz lhes ter feito ouvir a terrível sentença: «Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o demônio e os seus anjos.» (Mat. XXV, 41)
 
 
 
 
     CREIO NO ESPÍRITO SANTO
1. O Espírito Santo é a terceira pessoa da Santíssima Trindade, que procede do Pai e do Filho.
2. O Espírito Santo é Deus; a Igreja definiu esta verdade, dizendo nos seus símbolos que o Espírito Santo deve ser adorado conjuntamente com o Pai e o Filho.
3. A mesma verdade nos ensina também a Sagrada Escritura, que dá ao Espírito Santo o nome de Deus. Quando São Pedro repreendeu Ananias e Safira por terem mentido ao Espírito Santo, exprimiu-se nestes termos: «Não mentiste a homens, mas a Deus». (Atos, V,1-11)
4. As seguintes palavras de Nosso Senhor ensinam-nos que o Espírito Santo procede do Pai e do Filho: «Quando vier o Consolador, esse Espírito de verdade que procede do Pai, e que eu vos enviarei da parte de meu Pai, Ele dará testemunho de mim».
5. O Espírito Santo é pois igual em tudo ao Pai e ao Filho; é como eles todo poderoso, eterno, de uma perfeição, grandeza e sabedoria infinitas.
6. Chama-se ordinariamente ao Espírito Santo: 1º Dom de Deus, porque é o dom mais precioso que Deus tem concedido aos homens; 2º Consolador, porque nos consola em nossas aflições; 3º Espírito de oração, porque nos ajuda a orar.
7. Chama-se “Santo”, porque é santo por sua natureza e porque é Ele que nos santifica.
8. A santidade do Espírito Santo difere da santidade dos santos que nós honramos com o nosso culto: 1º o Espírito Santo é santo por si mesmo e por sua natureza, enquanto os santos se tornaram tais pela Graça de Deus; 2º o Espírito Santo é infinitamente santo, enquanto os santos apenas o são em certo grau.
9. O Espírito Santo desceu muitas vezes sobre a terra de um modo visível. Desceu em forma de pomba sobre Nosso Senhor Jesus Cristo no dia de seu Batismo e sobre os Apóstolos e discípulos em forma de línguas de fogo no dia de Pentecostes.
10. “No dia de Pentecostes, diz a Sagrada Escritura, de repente, veio do Céu um estrondo, como o de vento que sopra impetuoso, que encheu toda a casa onde estavam os Apóstolos. E apareceram-lhes repartidas umas como línguas de fogo, das quais pousou uma sobre cada um deles. Ficaram todos cheios do Espírito Santo, e começaram a falar várias línguas” (Atos II, 1-4).
11. Depois de terem recebido o Espírito Santo, os Apóstolos foram pregar o Evangelho a todas as nações.
12. Antes da pregação dos Apóstolos, todos os povos da terra, à exceção dos Judeus, adoravam criaturas.
13. Da pregação dos Apóstolos resultou a conversão duma multidão imensa de Judeus e pagãos, que abraçaram a religião cristã.
14. A religião cristã não se estabeleceu sem obstáculos; foi combatida durante trezentos anos, e milhões de cristãos sofreram toda a espécie de torturas e a própria morte em nome de Jesus Cristo.
15. A destruição das falsas religiões, na maior parte do mundo conhecido, foi o maior milagre que o Espírito Santo operou por meio dos Apóstolos, bastando por si só para provar a divindade do cristianismo.
16. O Espírito Santo também se nos manifesta de modo invisível pelas graças que derrama nas nossas almas a fim de as santificar.
17. O Espírito Santo habita em nós, quando nos achamos em estado de Graça; por isso São Paulo diz que somos templos do Espírito Santo.
18. O Espírito Santo governa a Igreja, dando-lhe força para resistir aos seus inimigos e preservando-a de qualquer erro no seu ensino.
19. O Espírito Santo dá ainda à Igreja todas as graças e todos os dons necessários à sua conservação, como o dom dos milagres e o dom de profecia.
20. Devemos orar muitas vezes ao Espírito Santo porque, sem o seu auxílio, nada podemos fazer de útil para a nossa salvação.
21. Devemos evitar afastar o Espírito Santo da nossa alma pelo pecado mortal, e contristá-lo pelo pecado venial.
Explicação da gravura
22. Esta gravura representa o Cenáculo onde os Apóstolos e discípulos se reuniram depois da Ascensão do Senhor, aguardando a descida do Espírito Santo e orando em companhia da Santíssima Virgem e de muitas santas mulheres.
 
 
 
 
 
 
 
     CREIO NA SANTA IGREJA CATÓLICA – CONSTITUIÇÃO DA IGREJA
Constituição da Igreja
1. A Igreja é a sociedade dos fiéis que professam a religião de Nosso Senhor Jesus Cristo sob a direção do Papa e dos bispos.
2. Entende-se por fiéis, aqueles que, estando batizados, crêem tudo o que a Igreja ensina, submetendo-se aos pastores legítimos.
3. O Papa é o vigário de Jesus Cristo, o sucessor de São Pedro, o chefe visível e o doutor de toda a Igreja, e pai comum dos pastores e dos fiéis.
4. O primeiro Papa foi São Pedro, que Jesus Cristo nomeou chefe da Igreja universal.
5. O Papa é sucessor de São Pedro porque é Bispo de Roma, e foi em Roma que São Pedro estabeleceu a sua residência e sofreu o martírio.
6. Os pastores legítimos da Igreja são, com o Papa, os bispos, que Jesus Cristo encarregou de instruir e governar a sua Igreja.
7. Os bispos são sucessores dos Apóstolos, encarregados de governar as dioceses, sob a autoridade do Papa.
8. Os Párocos são padres que os Bispos escolhem para estarem à frente das paróquias.
9. Os membros da Igreja são os indivíduos batizados e que acreditam o que a Igreja ensina, estando sujeitos ao nosso Santo Padre o Papa, e ao seu Bispo.
10. Não fazem parte da Igreja os infiéis, os hereges, os cismáticos, os apóstatas e os excomungados.
11. Um infiel é o indivíduo não batizado e que não crê em Jesus Cristo.
12. Um herege é o indivíduo batizado que recusa obstinadamente crer uma ou mais verdades reveladas por Deus, e que a Igreja ensina como artigo de Fé.
13. Um cismático é o indivíduo batizado que se separa da Igreja negando-se a reconhecer os pastores legítimos, e a obedecer-lhes.
14. Um apóstata é o indivíduo batizado que renega a Fé de Jesus Cristo depois de a ter professado.
15. Um excomungado é o indivíduo batizado que a Igreja eliminou do seu seio por causa dos seus crimes.
16.Os pecadores são membros da Igreja, mas são membros mortos.
17. É uma grande desgraça não pertencer à Igreja, porque não podem ser salvos aqueles que voluntariamente e por sua culpa estão fora do grêmio da Igreja.
Caracteres da verdadeira Igreja
18. Há uma só Igreja verdadeira, porque uma só foi fundada por Jesus Cristo. São quatro os caracteres ou sinais para a reconhecer: é uma, santa, católica e apostólica.
19. A verdadeira Igreja é a Igreja romana, que tem por chefe o Papa, Bispo de Roma e sucessor de São Pedro.
20. A Igreja romana é uma, porque todos os seus membros crêem as mesmas verdades e obedecem ao mesmo chefe visível, que é o Papa.
21. É santa, porque nos oferece todo os meios para nos santificarmos, e sempre tem formado santos.
22. É católica ou universal, porque está espalhada por toda a terra e sempre tem subsistido desde Jesus Cristo.
23. É apostólica, porque foi fundada pelos Apóstolos, é governada pelos seus sucessores, e crê e ensina a sua doutrina.
Explicação da gravura
24. Ao alto, Jesus Cristo institui São Pedro chefe visível da Igreja. Entregando-lhe o báculo pastoral, dá-lhe a missão de apascentar os seus cordeiros e as suas ovelhas, isto é, de governar os pastores e os fiéis de que se compõe a Igreja e que constituem o rebanho de Nosso Senhor Jesus Cristo.
25. Em baixo vê-se: 1º o Papa, vestido de hábitos brancos e tendo na cabeça uma tiara; 2º de ambos os lados do Papa vêem-se os cardeais; 3º em frente do papa um Arcebispo com o pálio; um Bispo com a mitra e o báculo, e numerosos prelados, religiosos e religiosas; 4º mais acima e à direita, um padre ministrando a sagrada comunhão, um outro pregando o Evangelho aos fiéis, e um missionário que de crucifixo na mão anuncia Jesus Cristo aos infiéis.
26. A Igreja durará até ao fim do mundo, e triunfará de todas as perseguições, segundo a promessa de seu divino fundador, Jesus Cristo.
 
     NA COMUNHÃO DOS SANTOS
1. Estas palavras, “Creio na Comunhão dos Santos”, significam que os bens espirituais da Igreja são comuns a todos os seus membros unidos entre si como os membros de uma mesma família ou de um mesmo corpo.
2. A palavra “comunhão” quer dizer aqui comunidade. Assim, como há comunidade de bens entre todos os membros de uma mesma família, assim também, há na Igreja comunidade de bens espirituais entre todos aqueles que a compõem.
3. Dá-se o nome de “Santos”, não só aos bem-aventurados que estão no Céu e às almas do Purgatório, como ainda aos fiéis da terra, porque foram santificados pelo Batismo e são chamados a viver uma vida santa.
4. Os bens espirituais da Igreja são: os merecimentos de Nosso Senhor Jesus Cristo, da Santíssima Virgem e dos Santos, os Sacramentos, o Santo Sacrifício da Missa, as orações e as boas obras.
5. A Comunhão dos Santos não existe apenas entre os fiéis que vivem sobre a terra, mas ainda entre a Igreja triunfante, a Igreja militante e a Igreja padecente.
6. A igreja triunfante é a reunião dos santos que triunfam com Jesus Cristo no Céu.
7. A Igreja militante é a reunião dos fiéis que combatem na terra contra os inimigos da Salvação.
8. A Igreja padecente é a reunião das almas dos justos que acabam de expiar as suas culpas nas penas do Purgatório.
9. O Purgatório é este lugar de sofrimentos onde as almas dos justos acabam de expiar as suas culpas antes de entrar no Céu.
10. Estão no Purgatório aqueles que morreram em estado de Graça, não se achando todavia completamente isentos de pecados veniais ou que não satisfizeram ainda inteiramente à justiça de Deus.
11. A existência do Purgatório é certa. Com efeito Jesus Cristo diz no Evangelho que as blasfêmias contra o Espírito Santo não serão perdoadas neste mundo nem no outro. Nosso Senhor dá-nos assim a entender que outros pecados serão perdoados depois desta vida. Ora não o podem ser no Céu, onde não entra o pecado, nem no Inferno, onde não há perdão. Portanto sê-lo-ão no Purgatório.
12. Encontramo-nos em comunhão com os santos que estão no Céu enquanto oramos por eles, e eles intercedem por nós.
13. Estamos em comunhão com as almas do Purgatório, enquanto as aliviamos com as nossas orações, as nossas boas obras, pelas indulgências, e sobretudo pelo Santo Sacrifício da Missa.
14. As orações que ordinariamente se rezam para as almas do Purgatório são: o ofício dos mortos, o salmo “De profundis”, e a invocação: “Que as almas dos fiéis defuntos descansem em paz pela misericórdia de Deus”.
15. Os fiéis da terra estão em comunhão entre si enquanto cada um deles aproveita das orações e boas obras que se fazem em toda a Igreja.
16. Nem todos participamos destes bens no mesmo grau, que é maior ou menor segundo os nossos merecimentos.
17. Os próprios pecadores têm alguma parte nesta comunhão de bens espirituais, de que lhes advêm graças, que podem aproveitar para se converterem.
18. Não participam de modo algum, dos bens espirituais da Igreja aqueles que não são membros dela, como os hereges, cismáticos, e excomungados.
19. Por estas palavras “Fora da Igreja não há salvação”, devemos entender que é absolutamente impossível a salvação aqueles que voluntariamente e de má fé se conservam fora da verdadeira Igreja.
Explicação da gravura
20. Esta gravura representa a comunicação dos santos na multidão dos Santos e dos Anjos que estão no Céu, nos fiéis da Terra e nas almas do Purgatório.
21. Na parte superior da gravura os Anjos e os Santos adoram as três pessoas da Santíssima Trindade, rogando-lhes pelos fiéis que vivem sobre a terra.
22. Ao centro, estes fiéis assistem ao Santo Sacrifício da Missa, invocando os Santos do Céu, orando uns pelos outros e pedindo a libertação das almas do Purgatório.
23. O plano inferior representa o Purgatório. As águas refrescantes que os dois anjos derramam sobre as almas simbolizam o alívio que se lhes obtém pelo Santo Sacrifício da Missa.
CREIO NA REMISSÃO DOS PECADOS
1. Cremos por este artigo: 1º que podemos alcançar de Deus a remissão dos nossos pecados; 2º que Jesus cristo deixou à sua Igreja o remédio para perdoar todo tipo de pecado.
2. Podemos alcançar perdão de todos os pecados, por muito graves que sejam.
3. Deus perdoa os pecados por meio dos ministros da Igreja a quem Jesus Cristo conferiu esse poder. Esses ministros são os bispos e os sacerdotes.
4. Recebemos o perdão dos pecados principalmente pelos sacramentos do Batismo e da Penitência. O pecado original é nos perdoado pelo Batismo e os pecados mortais pelo sacramento da Penitência e também pela contrição perfeita acompanhada do voto de nos confessarmos.
5. Os pecados veniais podem ser perdoados sem o mistério exterior da Igreja; além dos sacramentos, as orações, as esmolas e outras boas obras podem obter a remissão deles.
6. Os pecados são perdoados pelos merecimentos de Jesus Cristo.
7. O Benefício da Remissão dos pecados é uma obra não inferior à criação do mundo, e ao ressuscitar dos mortos.
8. Só Deus é que pode perdoar os pecados. Sendo Jesus Cristo Deus, tinha também aquele poder; tinha-o também como homem, porque a natureza humana estava unida n’Ele à divindade, e vemos no Evangelho que usou muitas vezes daquele poder. Como primeiro exemplo está a cura do paralítico.
“Um dia entrou Jesus outra vez em Cafarnaum, e soube-se que Ele estava em casa, juntou-se muita gente, de modo que não se cabia, nem mesmo à porta. Nisto chegaram alguns conduzindo um paralítico que era transportado por quatro homens. Como não pudessem levá-lo junto d’Ele por causa da multidão, descobriram o teto na parte debaixo do qual estava Jesus e, tendo feito uma abertura, desceram o leito em que jazia o paralítico. Vendo a Fé daqueles homens, disse ao paralítico: “São-te perdoados os pecados”. Estava ali sentados alguns escribas que diziam nos seus corações: “como é que Ele fala assim? Ele blasfema. Quem pode perdoar pecados senão Deus?” Jesus conhecendo logo no seu espírito que eles pensavam desta maneira dentro de si, disse-lhes: “porque pensais isto nos vossos corações? O que é mais fácil dizer ao paralítico: São-te perdoados os pecados ou dizer: Levanta-te, toma o teu leito e anda? Ora, para que saibas que o Filho do Homem tem na terra poder de perdoar os pecados,- disse ao paralítico-: “Eu te ordeno: levanta-te, toma o teu leito e vai para tua casa”. Imediatamente ele se levantou e, tomando o leito, retirou-se à vista de todos, de maneira que se admiraram e glorificaram a Deus, dizendo: “ Nunca vimos coisa semelhante”. (Marcos II, 3-13)
9. Na sua infinita bondade, Nosso Senhor comunicou esse poder a São Pedro, e de seguida, no mesmo dia da sua ressurreição, a todos os Apóstolos e por eles a todos os seus sucessores legítimos.
“Tendo chegado à região de Cesaréia de Filipe, Jesus interrogou os discípulos, dizendo: “Quem dizem os homens que é o Filho do Homem?” E eles responderam: “Uns dizem que é João Baptista, outros que é Elias, outros que é Jeremias ou algum dos profetas”. Jesus disse-lhes: “E Vós quem dizeis que Eu sou?” Respondendo Simão Pedro, disse: “Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo”. Respondendo Jesus, disse-lhe: “Bem-aventurado és, Simão, filho de João, porque não foi a carne e o sangue que to revelaram, mas meu Pai que está nos Céus. E eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a Minha Igreja e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Eu te darei as chaves do Reino dos Céus; e tudo o que ligares sobre a terra será ligado também nos Céus e tudo o que desatares sobre a terra, será desatado também nos Céus”. (Mateus XVI, 13-19).
Chegada a tarde daquele dia (da ressurreição) e estando fechadas as portas da casa onde os discípulos estavam juntos, por medo dos Judeus, foi Jesus, colocou-se no meio deles e disse-lhes: “A paz esteja convosco. Assim como o Pai me enviou, também vos envio a vós”. Tendo dito estas palavras soprou sobre eles, e disse-lhes: “Recebi o Espírito Santo: àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados, àqueles a quem os retiverdes, ser-lhe-ão retidos”. (João XX, 19-23).
Explicação da gravura
 
10. A gravura representa São Pedro recebendo de Nosso Senhor as chaves, com o poder de fechar e abrir, de ligar e desligar, isto é de perdoar ou não os pecados.
CREIO NA RESSURREIÇÃO DA CARNE
1. Este artigo ensina-nos que, no Fim do Mundo, todos os homens hão de ressuscitar tomando cada um o mesmo corpo que dantes tinha.
2. Isso é possível pela onipotência divina, à qual nada é impossível.
3. Dizemos “Ressurreição da Carne” e não do homem todo, para denotar que a alma não morre, mas só o corpo, e por isso deve ressurgir somente a carne.
4.Os corpos hão de ressuscitar para terem parte no prêmio ou na pena, já que tiveram parte no bem ou no mal durante a vida.
5.Todos os homens ressuscitarão, tanto os bons como os maus, mas com esta diferença: que os escolhidos terão os dotes dos corpos gloriosos, e não assim os condenados.
6. Os dotes dos corpos gloriosos são: impassibilidade, que é a isenção de toda a dor e miséria; a claridade, que é o resplendor da alma redundando no corpo; a agilidade, que é a isenção do peso que hoje subjuga o corpo; a subtileza que designa a perfeita submissão do corpo ao comando da alma.
7. Os corpos dos condenados não terão esses dotes e serão susceptíveis de toda a espécie de sofrimentos.
8. A Ressurreição será no Fim do Mundo, antes do Juízo Final. Ouvida a sentença do Juízo Final, os ressuscitados hão de ficar no mesmo lugar onde Deus puser, os bons na bem-aventurança eterna em companhia de Jesus Cristo e dos Anjos; os condenados, no Inferno para sempre em companhia dos Demônios.
9. Milagre de Jesus ressuscitando Lázaro, no Evangelho de São João: “Tendo, pois, ouvido que Lázaro estava doente, ficou ainda dois dias no lugar onde Se encontrava. Depois disto, disse aos seus discípulos:”Voltemos para a Judéia”. Os discípulos disseram-lhe: “Mestre, ainda há pouco os judeus te quiseram apedrejar, e Tu vais novamente para lá?”. Jesus respondeu: “Não são doze as horas do dia? Aquele que caminhar de dia, não tropeça, porque vê a luz deste mundo; porém, o que andar de noite tropeça, porque lhe falta a luz”. Assim falou, depois disse-lhes: “Nosso amigo Lázaro dorme; mas vou despertá-lo. Os seus discípulos disseram-lhe: “Senhor, se ele dorme, também se há-de levantar”. Mas Jesus falava da sua morte; e eles julgavam que falava do repouso do sono. Jesus disse-lhes então claramente: “Lázaro morreu, e Eu, por vossa causa, estou contente por não ter estado lá, para que acrediteis: mas vamos ter com ele. Tomé, chamado Dídimo, disse então aos outros discípulos: “Vamos nós também, para morrer com Ele”. Chegou Jesus, e encontrou-o já há quatro dias no sepulcro, Betânia distava de Jerusalém cerca de quinze estádios (três kilômetros). Muitos judeus tinham ido ter com Marta e Maria, para as consolarem pela morte de seu irmão. Marta, pois, logo que ouviu que vinha Jesus, saiu-lhe ao encontro: E Maria ficou sentada em casa. Marta disse então a Jesus:”Senhor, se estivesses cá, meu irmão irmão não teria morrido. Mas também sei agora que tudo o que pedires a Deus to concederá”. Jesus disse-lhe: “Teu irmão há-de ressuscitar”. Marta disse-lhe: “Eu sei que há-de ressuscitar na Ressurreição do último dia”. Jesus disse-lhe: “Eu sou a Ressurreição e a Vida: aquele que crê em Mim, ainda que esteja morto, viverá: e todo aquele que vive e crê em Mim, não morrerá eternamente. Crês nisto? Ela respondeu: “Sim, Senhor, eu creio que tu és o Cristo, o Filho de Deus, que vieste a este mundo”. Dito isto, retirou-se, e foi chamar em segredo sua irmã Maria, dizendo: “O Mestre está cá e chama-te”. Ela, logo que ouviu isto, levantou-se rapidamente, e foi ter com Ele. Jesus ainda não tinha entrado na aldeia, mas estava ainda naquele lugar onde Marta saíra ao seu encontro. Então os judeus, que estavam com ela em casa e a consolavam, vendo que Maria se tinha levantado tão depressa e tinha saído, seguiram-na, julgando que ia chorar ao sepulcro. Maria, porém, tendo chegado onde Jesus estava, logo que o viu, lançou-se aos seus pés e disse-lhe: “Senhor, se tivesses aqui, meu irmão não teria morrido. Jesus, vendo-a chorar, a ela e aos judeus que tinham ido com ela, comoveu-se profundamente e emocionou-se: depois perguntou: “Onde o pusestes?. Eles responderam: “Senhor vem ver”. Jesus chorou. Os Judeus, por isso, disseram:” Vede como Ele o amava. Porém, alguns deles disseram: “Este, que abriu os olhos ao que era cego de nascença, não podia fazer que este não morresse?”.”Jesus, pois, novamente emocionado no seu interior, foi ao sepulcro. Era este uma gruta com uma pedra colocada à entrada. Jesus disse: “Tirai a pedra a pedra.” Marta, irmã do defunto, disse-lhe:”Senhor, ele já cheira mal, porque está aí há quatro dias”. Jesus disse-lhe: “Não te disse se creres, verás a glória de Deus?”. Tiraram, pois a pedra. Jesus, levantando os olhos ao Céu, disse: “Pai, dou-te graças por me teres ouvido. Eu bem sabia que me ouves sempre, mas falei assim por causa do povo que está em volta de Mim, para que acreditem que tu me enviastes”. Tendo dito estas palavras, bradou em voz forte:”Lázaro, sai para fora!”. E saiu o que estivera morto, ligado de pés e mãos, com as ataduras, e o seu rosto envolto num sudário.Jesus disse-lhes: “Desligai-o e deixai-o ir”. Então muitos dos judeus que tinham ido visitar Maria e Marta, vendo o que Jesus fizera, acreditaram n’ele.” (S. João XI, 1-46)
CREIO NA VIDA ETERNA
1. Devemos ver neste artigo que depois desta vida há-de haver outra vida que há-de durar para sempre, os bons com a glória eterna no Céu, e os maus com as penas eternas no Inferno.
2. Sabemos que há-de haver outra vida depois desta, porque Deus no-lo revelou, e que uma outra vida é necessária para o prémio dos bons e o castigo dos maus.
O Céu
3. O Céu ou paraíso é um lugar de delícias, no qual os Anjos e os Santos gozam duma felicidade eterna e perfeita pela vista e posse de Deus.
4.Os que vão para o Céu são aqueles que, tendo morrido em estado de Graça, satisfizeram inteiramente a justiça de Deus.
5.Nem todos os bem-aventurados gozarão do mesmo prémio; todos verão a Deus, mas a felicitado será em proporção dos seus merecimentos.
6. Sabemos que os santos vêem Deus no Céu, pelas palavras de Nosso Senhor dizendo: «Bem-aventurados os de coração puro, porque verão a Deus.»
7. A felicidade dos Céus é tão grande, que não podemos compreendê-la cá na Terra, onde nada pode dar-nos uma idéia do que é o Céu. São Paulo diz: «Os olhos do homem não viram, nem os ouvidos ouviram, nem jamais veio ao coração do homem o que Deus tem preparado para aqueles que O amam.»
8. A felicidade eterna consiste, dizem os santos Padres, na ausência de todo o mal e na posse de todo o bem. No que diz respeito ao mal, lemos no Apocalipse (XXI,4) de São João: “Os bem-aventurados não terão fome nem sede jamais, nem cairá sobre eles o sol nem ardor algum. Deus enxugar-lhes-á todas as lágrimas dos seus olhos, e não haverá mais morte, nem mais choro, nem mais gritos, nem mais dor, porque as primeiras coisas são passadas.” No que diz respeito aos bens, a glória dos escolhidos será imensa, possuirão ao mesmo tempo todos os gozos, todas as delícias, porque possuirão a Deus, fonte da infinita felicidade.
9. Actualmente, os santos estão no Céu só em alma; os seus corpos não entrarão ali senão depois da ressurreição e do Juízo Final.
10. Os bem-aventurados hão-de contemplar Deus eternamente, e esse dom, o mais excelente e admirável de todos, torna-los-á participantes da natureza mesmo de Deus e dar-lhes-á a posse completa e definitiva da verdadeira felicidade.
Explicação da gravura
11. Esta gravura representa o Céu. Ao centro estão as três Pessoas divinas assentadas num triângulo sobre um trono de glória, cercado pelos anjos. Muitos deles tocam instrumentos diversos, outros queimam incenso em turíbulos. A Virgem Santíssima, sua Rainha, está à frente deles, à direita de Jesus Cristo seu filho e num trono inferior ao trono de Deus mas superior a tudo o que não é Deus.
12. No segundo plano, figuram, à direita, São João Baptista, Moisés, David, Abraão e outros santos do Antigo Testamento; à esquerda, São José, São Pedro e os outros Apóstolos, um Evangelista com um livro, e muitos santos do Novo Testamento.
13. No terceiro plano vêem-se outros santos, entre os quais alguns mártires como Santo Estêvão; santos Pontífices, um santo Rei, virgem santas e mártires, como Santa Cecília e Santa Catarina e santas mulheres, como Santa Marta Madalena.
14. Santo Estêvão segura na mão uma pedra, porque sofreu o martírio do apedrejamento.
15. Santa Cecília tem uma harpa, porque cantava louvores a Deus ao som dos instrumentos musicais.
16. Santa Catarina tem aos pés um roda quebrada, porque a condenaram à morte por meio de uma roda armada de instrumentos cortantes, mas a roda quebrou-se, mal a puseram em movimento.
17. Santa Maria Madalena segura um vaso, porque derramou um dia sobre a cabeça de Nosso Senhor um vaso cheio de precioso perfume.

AMÉM


Fonte: Últimas Misericórdias; repórter de Cristo

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