Lembrai-vos

Lembrai-vos
Lembrai-Vos, ó piíssima Virgem Maria, que nunca se ouviu dizer que algum daqueles que têm recorrido à vossa proteção, implorado a vossa assistência, e reclamado o vosso socorro, fosse por Vós desamparado. Animado eu, pois, de igual confiança, a Vós, Virgem entre todas singular, como a Mãe recorro, de Vós me valho e, gemendo sob o peso dos meus pecados, me prostro aos Vossos pés. Não desprezeis as minhas súplicas, ó Mãe do Filho de Deus humanado, mas dignai-Vos de as ouvir propícia e de me alcançar o que Vos rogo. Amen.

4 Sept 2011

As Visões de Fanny Moisseiva - O Paraiso - Parte 2


Espacojames: As Visões de Fanny Moisseiva - Em 1928, aconteceu um fato extraordinário com uma russa de nome Fanny Moisseiva, que sendo hospitalizada foi dada por morta. Ela só não foi enterrada, porque um médico amigo percebeu que a temperatura do corpo dela não baixava. E assim ela permaneceu por nove dias em profundo sono letárgico. Durante este tempo, ela foi levada a visitar, o Céu, o Purgatório, o Inferno, e ainda teve a visão do Fim do Mundo, da Vinda Gloriosa de Jesus e do Juízo Universal, e deles faz a descrição.

Segue a segunda parte das revelações do Paraíso, por Fanny Moisseieva!


Capítulo VI

Assim entrei no Paraíso onde cada mínimo rumor de prece é como incenso nos ares. Que esplendoroso, amplo e luminoso era. Por todas as partes ardiam luzes, acesas pela própria mão do Criador. Os moradores, dignos do Paraíso, se estavam reunindo para a festa. Eu fiquei impressionada com a extraordinária beleza das flores e das grinaldas que adornavam os altares, diante dos quais se queimava incenso em honra ao Deus Criador.

 Que maravilhosa festa! Os formosos toucados estavam impregnados de aromas dulcíssimos, muito diferentes dos terrestres. Os vestidos não eram tecidos, porém havia árvores colossais que produziam grandes mantas, adequadas para cobrir-se. Eu tinha ouvido o rumor daquela folhagem que deixava cair no solo gotas de orvalho, e também vi outras plantas de folhas parecidas com asas de borboletas, gigantescas e multicores. Neste planeta os vestidos de cada um se reconheciam pela cor. Todos segundo seus próprios méritos: cada habitante do Paraíso tem suas cores, que se fixam e assim ficam para sempre. Há quem tenha amarelo, roxo, verde... 

Todas as coisas no Paraíso são multicores; assim, que cada um, segundo a sua cor, pertence a uma determinada categoria de almas. Estas podem vestir-se e adornar-se segundo esta categoria; se alguma destas almas quiser trocar seus esplêndidos vestidos com outro da mesma cor, porém não de outro matiz, podem fazer e então, o outro, deixado de lado, voa e se desfaz no ar. O efeito que se obtém é esplendidíssimo, e também as auréolas despendem chispas da várias cores.

Eu vi como iam chegando os anjos, com seus vestidos azuis a asas brancas que o vento movia. Que formosos eram em sua eterna juventude. Depois, a noite cobriu a abóbada celeste com véus escuros. Todos levantaram os olhos cheios de esperança e um coro dulcíssimo começou a cantar: Todos estão em Cristo e Cristo está em todos! O canto tinha uma harmonia que para descreve-la são inúteis as palavras. Todos esperavam em silêncio, imóveis, com os braços cruzados sobre o peito. Parece que algo os impedia de moverem-se; e a distância se ouvia o rumor de asas, enquanto se abriram milhares de novas flores e cantaram milhões de anjos. A mente, que vaga absorta em luminosos pensamentos compreende como se alguém o tivesse dito: Cristo Ressuscitou! e não pensa outra coisa. Todos choravam mansamente, tanto lhes havia comovido aquele doce canto.

O canto era cada vez mais forte, recordando o Calvário de Cristo: o Sagrado Templo do Universo ressoava de hinos sagrados. De repente todos se calaram de emoção: pressentia-se a presença de Cristo! Os pássaros haviam deixado de cantar e os anjos haviam parado de falar. Quieto também estava o bosque, até a pouco tão loquaz. Toda a natureza estava imóvel sentindo a festa de seu Senhor. Os anjos, na espera de Cristo, continham até a respiração. Foi então que do alto chegaram sons alegres coros, cantados somente por maravilhosos querubins. Estes tinham asinhas resplandecentes de ouro, todas tensas como as pétalas de uma flor, enquanto suas cabeças se inclinavam delicadamente. Ligeiras e suaves estas cabecinhas rodeavam a Cristo, e seu canto era sobre-humanamente doce. Eram miríades, e suas asas se moviam sem tréguas.

O esplendor do céu, entretanto as tornava ainda mais formosas: e as auréolas irisadas que os rodeava entrelaçavam-se entre si produzindo um efeito dos mais extraordinários; aumentavam as vibrações da música encantadora, aumentavam os acordes do jogo de luzes, aumentava a alegria das almas e uma onda de emoção invadia a intimidade da alma. Não podem ser encontradas as palavras exatas para descrever a imensidão daquela alegria e daquela felicidade. Esta alegria, e esta felicidade, não são como as conhecidas na terra: são eflúvios que fazem vibrar todo o ser, como se nos transportasse a um êxtase sublime. A alma, em tal momento é como se quisesse chorar e também cantar.

Reluzia Cristo, infinitas vezes mais que o esplendor do sol e ante a Luz que Dele emanava, tudo o mais se escurecia. Ao Seu redor, os querubins cantavam docemente: A natureza se adorna do Senhor! E vinham em direção Dele, com as mãozinhas debaixo das asas, e desapareciam em Sua luz. Na amplidão do etéreo caminho estavam esparzidas flores em profusão, e rosas, em memória da ressurreição. Em torno de Cristo havia uma auréola que igualava em esplendor à soma da auréola de todas as criaturas. Seus olhos reluziam de amor: a cor de suas pupilas era a cor do Céu e suas vestes estavam entrelaçadas de claros raios.

O Espírito do Altíssimo brilhava em Seu rosto. Ele Se alegrou com todos os justos pela vitória sobre o inimigo e todas as almas tiverem um só alento junto de Cristo. E em seus rostos floresceram sorrisos ao ouvir a saudação: Glória ao Senhor! O som da música celeste, perfeita em seus acordes e ressonâncias, mesclava-se com a perfeita harmonia, tão diferente da música terrena que é impossível descrevê-la!

Há, nas notas, completamente desconhecidas aos ouvidos dos mortais, como que doçura e santidade. Esta música das esferas celestiais desperta nas almas dos ouvintes uma alegria tão luminosa e pura, que tudo o mais se esquece e se apaga; um único desejo toma todas as almas: render honra e glória continuamente ao Senhor! Cantaram logo em resposta, e apenas se calava um coro, ouro começava o mesmo canto.

Então se levantou a Virgem Maria e se pôs aos pés do Senhor, porém distante, resplandecendo no fulgor de seus raios, enquanto na parte oposta se ergueu o Arcanjo São Gabriel, que levantando uma fugida Cruz anunciou: Cristo Ressuscitou! E milhões de almas responderam: Em verdade, Ele ressuscitou!

Junto de mim passou um santo, e sua face me pareceu com a de alguém que eu não via ha muito tempo. Tremendo de emoção, eu escutava o grito sempre crescente da multidão: Cristo ressuscitou! Cristo ressuscitou! E ao redor Dele havia muitíssimos cristãos, de todas as partes e seu amor igualmente animava a todos. Os querubins voavam por todos os lados, alegres, cantando louvores pela vida eterna. Seu canto punha a alma em êxtase, e os justos sabem bem que mil anos de feliz Paraíso passam como um só dia. Suave se ouvia um som de lira e o divino mundo estava impregnado daquela melodia encantadora. A cada passo aumentava a alegria e cada vez mais alto ressoava a oração. E eu vi como o irmão se encontrava com a irmã. Havia chegado a hora da data festiva e as almas voavam uma para a outra.

Não era uma reunião como as que estamos acostumados a ver aqui em nosso mísero mundo terreno. Ali as almas estão privadas de seus corpos, não têm necessidade de expressões exteriores para manifestar seu afeto, pelo que interagem apenas com um movimento da parte sensitiva da alma. E como todo o Paraíso está como que impregnado de amor, e tanto o ar do espaço está saturado dele, que por eles se transmite o amor, por meio de vibrações. Não há necessidade de falar: cada alma é transparente ao pensamento dos outros e nada se pode esconder.

Assim, quando se encontram os entes queridos que se amam, sua auréola cintilante irradia muitas vezes mais, pela alegria do encontro. Porém, ao mesmo tempo nunca se esquecem, por primeiro de tudo, de amar ao Senhor. E assim eu vi encontrar-se homens e mulheres muito diferentes, que haviam vivido em épocas distintas, porém todos se sentiam unidos ao Senhor. Ao redor, todo o firmamento despendia raios de luz vivíssima, como uma formidável expressão do Amor Universal.

Que outra alegria pode comparar-se a esta ternura infinita? Deus concedeu aqui o dom do Amor, e aqui não se fala mais que de amor, porém um amor santo, enlevado e não terreno. Aqui são desconhecidos os sofrimentos do amor terreno.

Depois que duas almas se haviam encontrado, entoando um hino, elas voavam ar afora em um êxtase amoroso. E eu disse a meu companheiro: Sem o amor, o Paraíso não seria perfeito! Pelo eu ele me disse: Aqueles que tenham amado em vida permanecem unidos no amor também depois da morte!

Tu me havias prometido – disse eu ao meu companheiro – me mostrar o dia de festa de meus pais. Porém, como, não os viste? Não, disse eu surpreendida! E ele falou: talvez não os tenhas reconhecido, mas entrementes, passaste precisamente junto deles. Nos dias de festa, quando os justos vêem a este planeta, é concedido a todos os parentes unir-se, gozando juntos a alegria do encontro. Eu te havia prometido uma coisa e a mantenho! Olha, estão aqui! Então eu os vi e verdadeiramente e reconheci a meus falecidos pais: e experimentei um infinito sentimento de amor, de ternura e de emoção. Porém eles desapareceram em seguida!

Olhando ao redor vi que todos tinham o mesmo aspecto inteligente e feliz, assim que ninguém necessitava de conselhos e ajudas, porque cada espírito já havia entendido tudo aquilo que Deus concede compreender as suas criaturas. E é tal que, se o Senhor oferecesse a quem tenha sido na terra um pobre mendigo, o voltar a vida terrena como um imperador, ou rei deste mundo, ele choraria suas mais cálidas e sinceras lágrimas, rogando ao Senhor que não o privasse nunca das alegrias celestiais. Ó, que doce é a vida no Paraíso!

Então, Cristo começou a conversar com todos. E a Ele subiam louvores e bênçãos, mas ninguém ousava achegar-se perto de sua Sagrada Pessoa.

Capítulo VII

E naquele momento a Virgem dirigiu uma ardente oração a Cristo. .
O homem é livre, gloriosamente livre, até para escolher o inferno por morada eterna. E ninguém, nenhum ser humano, por mais idiota que seja, ou por mais culto e douto, poderá um dia dizer que foi enganado, que não sabia, que não imaginava, que não pensava que o inferno existisse, que o demônio fosse tão mau: nada disso! TODOS sabem claramente, pois a Lei de Deus é impressa nas almas: somente os que a sufocam decidida e livremente é que se perdem eternamente! São os que aceitam o convite de satanás, e que vão, dia após dia, com seu cínico e descarado proceder, apagando todas as luzes de Deus de seu firmamento: o final é as trevas eternas! E enquanto restar uma luz, por mínima que seja, sempre Deus estará aguardado a conversão e a volta para Ele. Eis que o remorso eterno pelas chances desperdiçadas será o grande castigo dos maus!

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