O Batismo é o primeiro dos três sacramentos da iniciação cristã: Batismo, Crisma e Eucaristia.
Pelo Batismo a pessoa torna-se verdadeiro filho de Deus e passa a fazer parte da família de Cristo: a Igreja.
Na Crisma há a confirmação do Batismo, através dela o cristão recebe o Espírito Santo de Deus.
Pela Eucaristia o cristão é alimentado no caminho da vida. O pão e o vinho, Corpo e Sangue do Cristo, dão sustento a todo seguidor de Jesus.
FUNDAMENTO BÍBLICO DO BATISMO
Quando Cristo enviou a seus Apóstolos por todo o mundo, disse-lhes: “Ide, pois, e fazei discípulos a todas as gentes, batizando-as em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” (Mateus 28,19). “O que crer e for batizado, será salvo; mas o que não crer, será condenado” (Marcos 16,16).
O QUE É O BATISMO?
O batismo é o sacramento instituído por Jesus Cristo.
A matéria deste sacramento é a água, e a forma são as palavras: “Eu te batizo em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo”.
Batismo, do grego Baptisma quer dizer imersão, banho. A palavra Batismo, portanto, quer dizer mergulho, banho. Por isso trata-se de uma purificação feita com água que lava do pecado original e dá ao batizado uma nova condição de existência. Confere uma vida nova.
POR QUE BATIZAR CRIANÇAS?
As crianças nascem já com a natureza humana marcada pelo pecado original, é necessário que recebam o batismo. Os pais cristãos não esperam que elas cresçam para receber as graças que o batismo confere, por isso, desde longa tradição as crianças recebem o batismo.
OS EFEITOS DO BATISMO
1. Remissão de todos os pecados: O Batismo apaga todos os pecados. O pecado original devido pela culpa de nossos primeiros pais. Os pecados atuais devidos por nossas próprias culpas, caso o batizado seja um adulto ele será totalmente purificado dos pecados cometidos até então.
2. Infusão da graça, dos dons do Espírito Santo e das Virtudes. O Batismo infunde na graça santificante que nos torna filhos adotivos de Deus e nos confere o direito da glória do Céu.
3. Impressão do Caráter. O Batismo grava na pessoa uma marca como um sinal permanente que nos diferenciará para sempre dos que não são batizados.
4. Incorpora a Jesus Cristo. O batismo nos une a Cristo como se unem os membros do corpo com a cabeça. Cristo é nossa Cabeça.
5. Incorpora à Igreja. Pelo batismo nos tornamos membros da Igreja, com direito a participar na Sagrada Eucaristia e a receber os demais sacramentos; sem ser batizado não se pode receber nenhum outro sacramento.
A CELEBRAÇÃO DO BATISMO
São quatro as partes principais do rito batismal:
1. Acolhida: manifestada pelo "sinal da cruz" traçado sobre a fronte do batizando;
2. Liturgia da Palavra: faz-se a leitura de textos bíblicos relativos ao Batismo. Em seguida faz-se a homilia (mensagem) e as preces; ocorre, depois, a oração "do exorcismo" e "a unção com o óleo dos catecúmenos" no peito da criança. Estes dois gestos recordam, respectivamente, a libertação do pecado original e a luta pelo bem contra o mal;
3. Liturgia Batismal: começa com a "bênção da água" e com o diálogo entre pais, padrinhos e toda a comunidade sobre a: RENÚNCIA A SATANÁS, repetindo-se três vezes o "renuncio" - PROFISSÃO DE FÉ, repetindo-se três vezes o "creio". Em seguida há a SOLICITAÇÃO EXPLÍCITA DO BATISMO E DO NOME a ser dado para a criança.
- INFUSÃO DA ÁGUA com a fórmula trinitária EU TE BATIZO EM NOME DO PAI, DO FILHO E DO ESPÍRITO SANTO, precedida do nome próprio.
Seguem-se então "os ritos pós-batismais":
- A UNÇÃO COM O ÓLEO DO CRISMA, sinal do sacerdócio real de todo crente e de sua participação no povo de Deus;
- a entrega da VESTE BRANCA e da VELA, que o pai ou o padrinho acende no círio pascal, sinais da integridade e da luz da fé a ser professada;
4. Ritos de conclusão: exprimem-se com a recitação comunitária do "Pai Nosso" e com a "bênção" sobre os pais, padrinhos e comunidade, a fim de que todos se sintam renovados no compromisso de crescer até a maturidade da vida em Cristo.
Revisando:
1. Quais os três sacramentos da iniciação cristã?
2. O que é o batismo?
3. Qual a matéria e a forma do sacramento?
4. Quais os sacramentos da iniciação cristã?
5. Por que batizamos crianças?
6. Quem instituiu o Batismo?
7. Por que o Batismo é importante?
8. Quais os efeitos do Batismo?
9. Quais as partes da celebração?
Fonte: http://www.catedraldecaxias.org.br/batismo_datas.php
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Subsídios para preparação de pais e padrinhos
A) Por que BATIZAR?
1) Recebemos o Dom do Espírito Santo.
2) Apaga a mancha do Pecado Original (permanece a concupiscência).
3) Torna-nos Co-herdeiros com Cristo dos Bens Eternos.
4) O Batismo é um novo nascimento (Jo 3,1ss).
5) O Batismo é uma passagem (trevas-luz/morte-vida).
6) Marca indelével (imprime caráter).
7) Somos associados à Cruz de Cristo (verticalidade-horizontalidade).
8) O Batismo é Dom e Graça (dado gratuitamente, mesmo a culpados).
9) O Batismo é Unção (múnus régio-sacerdotal-profético)
10) O Batismo é iluminação (luz da Graça de Deus)
11) O Batismo é Veste (cobre a vergonha do pecado)
B) O que quer dizer Batizar? (Baptizein) Imergir, mergulhar
C) É necessário batizar? (cristãos-não cristãos. Crianças que morrem sem o batismo)
D) Quem pode Batizar? (Ministro:Ordinário-Extra-ordinário).
E) Instituição do Batismo (Batismo de Jesus no Rio Jordão). O Batismo como Sacramento: Eficácia sacramental. Sinal e realidade (sinal visível-realidade invisível). Água: Sinal visível do Batismo. Graça batismal: realidade invisível.
F) Batismo e Fé. Sem Fé não há batismo. Pais e padrinhos devem suprir a falta de fé da criança. Padrinhos com fé madura. Importância da comunidade para o desabrochar da Fé.
G) O Batismo nos incorpora a Cristo. A verdadeira videira (enxerto espiritual) Jo 15,1ss
H) O Batismo nos introduz na Igreja Comunidade: Povo de Deus, Corpo Místico, Família de Deus. (Pai-Mãe-Irmãos). Instituição (Una-Santa-Católica-Apostólica). Direitos e deveres. Missa dominical. Vida de Fé e testemunho pessoal.
I) O Batismo é um início a ser completado. (figura da semente que morre ao ser colocada no solo para nascer a árvore).
J) O Batismo implica na renúncia ao mal. Por isso, a renovação das promessas do Batismo. Caminho estreito (cruz). Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida.
K) Corpo: Templo do Espírito Santo. Preservar a inocência das crianças
L) Rezar com as crianças (rezar junto ao berço)
M) Simbolismos:
- Cruz (associados à cruz, marca indelével, sinal de Cristo)
- Água (sinal de purificação, regeneração, banho de salvação).
- Vela (luz de Cristo-Fé). Deve permanecer acesa durante a vida toda.
- Veste branca (pureza, vida nova, nova criatura)
- Óleo do Crisma (Unção do Espírito Santo-força de Deus)
REFERÊNCIAS BÍBLICAS
Nova criatura (2cor 5,17; Gl 6,15. Banho de Regeneração: Tt 3,4-7. Sepultados com Cristo: Rm 6,3-4; Cl 2,12. Iluminação: Hb 10,32; 1Ts 5,5; Ef 5,8-9. Prefiguração: 1Pd 3,2-21. Instituição: Mt 3,13-15. Necessidade: Mc 16,15-17. Renascimento: Jo 3,1ss. Dom do Espírito: At 2,37-38.Ligado à Fé: At 2,41; 8,12-13; 16,15. Nos reveste de Cristo: Gl 3,27. Perdão dos pecados: At 2,38. Filiação divina: Ef 1,5;Gl 4,1-7. Co-herdeiros com Cristo: Gl 4,7. Templos do Espírito Santo: 1Cor 6,19-20. Corpo Místico de Cristo: 1Cor 12,12-13. Selo do Espírito: Ef 1,11-14;4,30;2Cor 1,21-22. Instituição promulgativa do Batismo: Mt 28,18-19; Mc 16,16.
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DIRETÓRIO DO SACRAMENTO DO BATISMO
Aspectos e definição do Sacramento:
1. "O Batismo, porta dos sacramentos, em realidade, ao menos em desejo, necessário para a salvação, e pelo qual os homens se libertam dos pecados, são de novo gerados como filhos de Deus e se incorporam à Igreja, configurados com Cristo por caráter indelével, só se administra validamente pela ablução com água verdadeira, juntamente com a devida forma verbal". (Cân. 849)
2. O Batismo é o fundamento de todos os sacramentos, e é um direito de todo ser humano, a não ser que um motivo grave o impeça (falta de garantia de continuidade no compromisso batismal).
3. O Batismo supõe a fé, pois a salvação vem da fé anunciada pela palavra selada pelo Batismo. Está claro que a criança não pode ter expressão pessoal de fé. Essa fé deve existir na pessoa dos pais e/ ou responsáveis. No que se refere ao Batismo, o sujeito que não possui o uso do juízo deve ser equiparado à criança.
4. Sacramento da santificação por excelência e da incorporação à Igreja, o Batismo seja normalmente celebrado no Domingo de modo solene, em horário apropriado e com o máximo de participação da comunidade, especialmente da família do batizado.
5. Em conseqüência, exceto em caso de necessidade (perigo de morte) da criança), o Batismo não seja administrado em casas particulares, a não ser que o Ordinário do lugar autorize em razão de causa grave. (Cân. 860, § 1)
6. Nas maternidades e hospitais infantis só pode ser ministrado o Batismo de emergência. Não havendo morte da criança, seja a família encaminhada à sua paróquia para complementação do ritual e registro.
7. Estabeleça, em cada paróquia, dias fixos para a administração do Batismo, proporcionando assim a inscrição e a preparação conveniente dos pais e padrinhos.
II - Quem pode receber o Batismo:
1. Em perigo de morte, a criança é licitamente batizada, mesmo contra a vontade dos pais. (Cân. 868, § 2)
2. Os pais têm obrigação de cuidar que as crianças sejam batizadas dentro das primeiras semanas de vida. Para isso, logo depois do nascimento, ou mesmo antes, dirijam-se ao pároco, a fim de pedirem o sacramento para o recém-nascido e serem eles mesmos devidamente preparados para o Batismo. (Cân. 867, § 1)
3. Para que uma criança seja licitamente batizada é necessário que:
a) Os pais, ou ao menos um deles, ou que legitimamente faz as suas vezes, consintam no Batismo;
b) Haja fundada esperança de que a criança será educada na religião católica; se essa esperança faltar de todo, o Batismo deve ser adiado, avisando-se os pais sobre o motivo do adiamento. (Cân. 868, § 2).
4. Só pode haver repetição de Batismo, sob condição, quando existe "dúvida prudente" sobre o fato de a pessoa ser ou não batizada ou sobre a validade do Batismo já conferido. Se for necessário repetir o Batismo, sob condição, o ministro católico deve explicar as razões que o levam a tanto e ao significado desse rito repetido.
5. Crianças com mais de sete anos, em princípio, deverão participar da programação da Iniciação Eucarística (dois anos de duração) e, serão batizadas antes da Comunhão Eucarística, propriamente dita.
6. Para que o adulto possa ser batizado requer-se:
a) Que tenha manifestado a vontade de receber o Batismo;
b) Que esteja suficientemente instruído sobre as verdade da fé e as obrigações cristãs;
c) Que tenha sido provado, por meio de catecumenato, na vida cristã;
d) Que seja também admoestado para que se arrependa de seus pecados (cf. Cân. 865, § 1);
e) Que seja seguido o rito próprio de Iniciação Cristã de Adultos.
7. O adulto que se encontra em perigo de morte pode ser batizado se, possuindo algum conhecimento das principais verdades da fé, manifesta de algum modo intenção de receber o Batismo e promete observar os mandamentos da religião cristã. (cf. Cân. 865, § 2)
8. Para adultos que desejam receber o Batismo seja feita também uma preparação para os sacramentos da Confirmação e da Comunhão. Observado o que está no Cân. 863, o pároco, ao batizar um adulto, deverá também conferir-lhe o Sacramento da Confirmação. Salvo necessidade, estes sacramentos devem ser administrados na Vigília Pascal;
9. Membros adultos de outras denominações cristãs, cujo batizado é válido, e que desejam ser admitidos na Igreja Católica, devem fazer a profissão de fé católica e ser registrado no Livro de Batismo, com a observação "profissão de fé" na margem.
III - Ministros do Batismo:
São ministros ordinários do Batismo: o Bispo, o Presbítero e o Diácono. Na ausência ou impedimento dos mesmos, os ministros extraordinários instituídos podem licitamente batizar. Em caso de perigo de morte, qualquer pessoa, movida por reta intenção, pode e deve fazê-lo (cf. Cân. 861, §). Usando a água pura que será derramada na cabeça do batizando, tendo a intenção de fazer o que faz a Igreja e repetindo as palavras "Eu te batizo, em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo", a pessoa batiza validamente, tendo cuidado de, caso o doente sobreviva, apresentá-lo à Igreja para fazer o registro da criança no livro de Batismo e complementar o Rito
IV - Escolha dos padrinhos:
1. Para alguém ser padrinho ou madrinha é necessário:
a) Ser designado pelo próprio batizado, se adulto, por seus pais, ou por quem lhes faz as vezes, na falta deles, pelo próprio pároco ou ministro, e ter aptidão e intenção de cumprir as obrigações desse encargo;
b) Ter completado dezesseis anos de idade.
c) Ser católico, confirmado, já tenha recebido o santíssimo sacramento da Eucaristia e leve uma vida de acordo com a Fé e o encargo que vai assumir.
d) Não tenha sido atingido por nenhuma pena canônica legitimamente declarada;
e) Não ser pai ou mãe do batizando. (cf. Cân. 874, § 1);
f) Participar de preparação feita em data antecedente à do Batismo.
2. Para evitar o modismo social e obedecer à preceituação canônica, não se admita mais de um casal para padrinho de Batismo.
3. Membros de Igreja ou comunidade eclesial não-católica não podem ser padrinhos no sentido litúrgico e canônico, mas, havendo justa causa (parentesco, amizade, etc), junto com um padrinho católico,
só podem ser admitidos como testemunhas do Batismo. Tais fatos deverão ser registrados nos Livros de Batismo. (cf. Cân. 874, § 2)
4. Basta apenas um padrinho ou madrinha. "Se não houver padrinho, aquele que administra o Batismo cuide que haja pelo menos uma testemunha, pela qual se possa provar a administração do Batismo". (Cân. 875)
Obs.: Pastoralmente falando, em caso de conflito, faça-se simplesmente o Batismo, não se considere os "padrinhos", não se escreva o nome deles nem na lembrança nem no livro de Registro. Tudo, porém, seja feito em clima de respeito e de caridade para com as pessoas interessadas. (Ver ainda nº VI, letra)
V - Batismo válido ou inválido:
1. Para que alguém seja validamente batizado é necessário que o Batismo seja realizado com água verdadeira, por infusão, imersão ou aspersão, usando-se a fórmula Trinitária e segundo a intenção da Igreja. O uso comum é por infusão. O uso por aspersão no entanto, está proibido pela disciplina da Igreja.
2. Validade ou não do Batismo conferido em comunidades não-católicas:
a) Diversas Igrejas batizam, sem dúvida, validamente; por esta razão, um cristão batizado numa delas não pode ser novamente rebatizado, nem sequer sob condição. Essas Igrejas são:
1) Igrejas Orientais ("Ortodoxas", que não estão em comunhão plena com a Igreja Católica-Romana, das quais, pelo menos seis, se encontram presentes no Brasil);
2) Igreja Vétero-Católica;
3) Igreja Episcopal do Brasil ("Anglicanos");
4) Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB);
5) Igreja Evangélica Luterana no Brasil (IELB);
6) Igreja Metodista.
b) Há diversas Igrejas em relação às quais não se justifica nenhuma reserva quanto ao rito batismal prescrito. Contudo, devido à concepção teológica que têm do Batismo (p. ex., que o Batismo não justifica e, por isso, não é necessário), alguns de seus pastores, segundo parece, não manifestam sempre urgência em batizar seus fiéis ou em seguir exatamente o rito batismal prescrito. Também nesses casos, quando há garantias de que a pessoa foi batizada segundo o rito prescrito por essas Igrejas, não se pode rebatizar, nem so condição. Essas Igrejas são:
1) Igrejas Presbiterianas;
2) Igrejas Batistas;
3) Igrejas Congregacionistas;
4) Igrejas Adventistas;
5) A maioria das Igrejas Pentecostais (Assembléia de Deus, Congregação Cristã do Brasil, Igreja do Evangelho Quadrangular, Igreja Deus é Amor, Igreja Evangélica Pentecostal "O Brasil para Cristo");
6) Exército da Salvação (este grupo não costuma batizar, mas, quando o faz, realiza-lo de modo válido quanto ao rito).
c) Há Igrejas de cujo Batismo se pode prudentemente duvidar e, por essa razão, requer-se como norma geral, a administração de um novo Batismo, sob condição. Tais Igrejas são:
1) Igreja Pentecostal Unida do Brasil (esta Igreja batiza apenas "em nome do Senhor Jesus", e não em nome da SS. Trindade);
2) "Igrejas Brasileiras" (embora não se possa levantar nenhuma objeção quanto à matéria ou à forma empregadas pelas "Igrejas Brasileiras", pode-se e deve-se duvidar da intenção de seus ministros);
3) Mórmons (negam a divindade de Cristo, no sentido autêntico, e, conseqüentemente, o seu papel redentor).
d) Com certeza batizam invalidamente:
1) Testemunhas de Jeová (negam a fé na Trindade);
2) Ciência Cristã (o rito que pratica, sob o nome de Batismo, tem matéria e forma certamente inválidas. Algo semelhante se pode dizer de certos ritos que, sob o nome de Batismo, são praticados por
alguns grupos religiosos não-cristãos, como a Umbanda). (Cf. Guia Ecumênico, Coleção Estudos da CNBB, n. 21)
3) Quando se tratar de comunidade ou Igreja que batiza validamente, a prova do Batismo dos acatólicos será feita mediante a certidão expedida pelo pastor ou ministro da respectiva Igreja ou comunidade.
VI - Registros do Batismo:
a) Para sublinhar a integração na própria paróquia, o Batismo deverá ser conferido em outra paróquia somente com a licença, por escrito, do pároco próprio.
b) O pároco do lugar onde se celebra o Batismo deve anotar, em livro próprio, cuidadosamente, e sem demora, o nome do batizado, fazendo menção do ministro, dos pais e padrinhos, indicando também
o lugar e dia do nascimento da criança ou do adulto. (cf. Cân. 877, § 1)
c) Na inscrição dos filhos adotivos constará não só o nome do adotante, mas também o nome dos pais naturais, sempre que assim conste no registro civil. (cf. Cân. 877, § 3)
d) Os livros de Batismo devem ser autenticados pelo Vigário Episcopal; as duplicatas deverão ser entregues à Cúria.
e) Os (as) secretários(a) paroquiais sejam orientados(as) claramente a respeito dessas normas e exijam a apresentação da certidão de nascimento das crianças e de algum comprovante de residência dos pais.
f) As certidões de Batismo sejam assinadas pelo pároco ou vigário paroquial e não por secretária ou outro(a) fiel leigo(a).
g) Por motivos pastorais, poderá haver dois tipos de lembranças de Batismo. Uma com os nomes dos pais e padrinhos, e outra só com o nome dos pais.
VII - Documentos para inscrição:
a) A inscrição para o Batismo deverá ser feita, se possível, com antecedência. Nessa oportunidade os pais deverão apresentar:
1) Certidão de nascimento da criança (conveniente, não essencial); cuidando para que haja coincidência dos dados.
2) Certidão de casamento religioso dos pais (se possível) e dos padrinhos (necessária) quando se tratar de pessoas casadas;
Obs.: Se os pais não estiverem unidos pelo sacramento do matrimônio, procure-se, na medida do possível, normalizar a situação, adiando a celebração, mas sem negar o Batismo à criança.
No caso de uniões que não podem ser regularizadas ou de mães solteiras, é necessário uma conveniente conscientização das pessoas que vão assumir a educação cristã dos filhos.
3) Comprovante da preparação dos pais e padrinhos, feita em datas anteriores à celebração do Batismo.
4) Certidão de Crisma dos padrinhos, se possível, ou testemunho de alguém sobre tal verdade.
5) Comprovante de residência dos pais, caso não participem da paróquia.
VIII - Preparação para receber o Sacramento:
a) É sumamente conveniente, que a paróquia tenha um grupo, uma equipe específica, para trabalhar na preparação do Batismo (Pastoral do Batismo). A Pastoral do Batismo tem por objetivo a inserção de novos membros na Igreja e na realidade da vida pastoral. No caso de Batismo de criança, os responsáveis diretos e imediatos são os pais; no caso de Batismo de adultos, eles mesmos também devem ser responsáveis pelo cumprimento das etapas de catecumenato, da preparação e da recepção do sacramento.
b) A preparação e/ ou os encontros, sob a responsabilidade do pároco, sejam realizados, preferencialmente, nas paróquias onde residem os pais e os padrinhos das crianças. Todo participante deverá receber um comprovante de "preparação", que lhe permitirá batizar seus filhos ou servir de padrinho ou madrinha por 2 (dois anos), em qualquer comunidade paroquial. As exceções, motivadas por razões pastorais, sejam compensadas por uma preparação acompanhada pelo pároco, que cuidará também dos casos extraordinários com zelo pastoral e compreensão.
c) São fundamentais a cordialidade e a atenção no acolhimento dos pais que procuram a Igreja para batizar seus filhos. Neste sentido devem ser bem instruídas as pessoas que os atendem, em especial os agentes da Pastoral do Batismo e, no que a eles concerne, os secretários das paróquias.
d) A preparação e/ ou os encontros com pais e padrinhos obedecerão às circunstâncias de cada paróquia quanto aos dias, hora e dinâmicas que não devem ser de caráter monótono e de mera exposição oral.
e) As pessoas que cultivam permanentemente a fé, por meio de reuniões de grupos, movimentos, grupos de reflexão, escolas de fé, etc; deverão apresentar um comprovante do pároco ou assistente eclesiástico que ateste sua participação e o direito em terem seus filhos(as) batizados(as) ou de serem padrinhos/ madrinhas sem participarem de cursos preparatórios.
IX - Conteúdo da preparação:
1) O conteúdo mínimo deve abordar:
a) A vida nova adquirida pelo Batismo: Sacramento da regeneração pela graça e da incorporação na Igreja; o Batismo como sacramento; Filiação divina;
b) A necessidade do Batismo para a salvação e as condições para se recebê-lo: ouvir e acolher o anúncio da Palavra de Deus, a conversão, a profissão da fé, explicitando-se os mistérios da fé:
Santíssima Trindade, Encarnação e Redenção por Jesus Cristo;
c) A responsabilidade dos pais e padrinhos pelo crescimento dos filhos na vida cristã, pela graça, sobretudo através do exemplo;
d) A descrição sumária dos ritos batismais e o seu significado: celebração e símbolos;
e) A importância da participação dos pais e padrinhos na comunidade eclesial: universal e local;
f) Igreja, comunhão na Trindade e comunidade.
X - Nova Evangelização, novos métodos:
Diante da densidade do Conteúdo da preparação, vê-se que apenas um dia, antecedente ao Batismo, é pouco tempo. Sendo assim, atendendo ao pedido do Santo Padre, o Papa João Paulo II, devemos partir para uma nova evangelização, que inclui a adoção de novos métodos, novo ardor e entusiasmo. Esta é também a indicação de nosso Sínodo Arquidiocesano.
Sendo assim, os presbíteros e as comissões paroquiais da Pastoral do Batismo são convidados, insistentemente, partir para novas modalidades de preparação. Tal preparação poderá durar vários meses e/ ou semanas.
1) Desde que a futura mãe saiba de sua gravidez, já poderá ser iniciada a preparação ao Batismo, através de várias iniciativas: reuniões nas casas, presididas por casais enviados pelo pároco; bênção das senhoras grávidas, dentro de alguma missa dominical; bênção de roupinhas, velas, etc; a serem usadas no dia do Batismo. E tudo feito com intervalos de tempo; em etapas.
2) Quanto maior for a antecedência, haverá mais tempo para se instruir sobre a escolha de nomes cristãos, e de padrinhos que estejam dentro do exigido pela Igreja; para melhor preparação espiritual na espera do nascimento natural e, a seguir, do nascimento espiritual. É claro que tais pais e padrinhos estarão dispensados de participar da preparação "mínima" em dia antecedente ao batizado.
3) Alguns dias poderão ser mais solenizados para reunir futuras mães ou senhoras que têm filhos relativamente recém-nascidos: 25 de março (Anunciação do Senhor; início da gravidez de Maria); 31 de maio (Visitação de Nossa Senhora a Santa Isabel; ambas grávidas); 24 de junho (Natividade de São João Batista); 8 de setembro (Natividade de Nossa Senhora); 8 de dezembro (Imaculada Conceição de Nossa Senhora; início da gestação de Sant´Ana, mãe de Maria); Novena de Natal e 25 de dezembro (recordação dos últimos dias de gravidez de Maria, Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo).
4) A utilização do novo Ritual do Batismo de Crianças será certamente de grande utilidade pastoral.
5) Para os que desejarem, a exemplo do que é feito na Vigília Pascal, em nossa Arquidiocese, o Sr. Arcebispo permite a possibilidade de se celebrar o Batismo de crianças em duas etapas. Na primeira etapa, realizam-se os Ritos de acolhida e Liturgia da Palavra, e na Segunda etapa, a Liturgia Sacramental e os ritos Complementares (cf. Apresentação do Ritual de Batismo de Crianças).
6) Sabendo que existem pessoas que preferem ficar apenas como o mínimo exigido, não se deixe de fazer, também, na mesma paróquia, a preparação mínima, ou seja a que se restringe a uma reunião em dia antecedente ao Batismo.
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BATISMO segundo o catecismo
B.2 BATISMO vide também: Sacramento(s)
B.2.1 Apóstolos e missão de batizar
§ 1223 Todas as prefigurações da antiga aliança encontram sua realização em Cristo Jesus. Ele começa sua vida pública depois de ter-se feito batizar por São João Batista no Jordão, e após sua ressurreição confere esta missão aos apóstolos: "Ide, pois, fazei que todos os povos se tornem meus discípulos, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, e ensinando-as a observar tudo quanto vos ordenei" (Mt 28,19-20).
§ 1276 "Ide, portanto, e fazei que todos os povos se tornem meus discípulos, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, e ensinando-os a observar tudo quanto vos ordenei" (Mt 28,19-20).
B.2.2 Batismo das crianças
§ 403 Na linha de São Paulo, a Igreja sempre ensinou que a imensa miséria que oprime os homens e sua inclinação para o mal e para a morte são incompreensíveis, a não ser referindo-se ao pecado de Adão e sem o fato de que este nos transmitiu um pecado que por nascença nos afeta a todos e é "morte da alma". Em razão desta certeza de fé, a Igreja ministra o batismo para a remissão dos pecados mesmo às crianças que não cometeram pecado pessoal.
§ 1231 Quando o Batismo das crianças se tornou amplamente a forma habitual da celebração deste sacramento, esta passou a ser um único ato que integra de maneira muito resumida as etapas prévias à iniciação cristã. Por sua própria natureza, o Batismo das crianças exige um catecumenato pós-batismal. Não se trata somente da necessidade de uma instrução posterior ao Batismo, mas do desabrochar necessário da graça batismal no crescimento da pessoa. E o lugar próprio do catecismo.
§ 1233 Hoje em dia, portanto, em todos os ritos latinos e orientais, a iniciação cristã dos adultos começa desde a entrada deles no catecumenato, para atingir seu ponto culminante em uma única celebração dos três sacramentos: Batismo, Confirmação e Eucaristia. Nos ritos orientais a iniciação cristã das crianças começa no Batismo, seguido imediatamente pela Confirmação e pela Eucaristia, ao passo que no rito romano ela prossegue durante os anos de catequese, para terminar mais tarde com a Confirmação e a Eucaristia, ápice de sua iniciação cristã.
§ 1250 Por nascerem com uma natureza humana decaída e manchada pelo pecado original, também as crianças precisam do novo nascimento no Batismo, a fim de serem libertadas do poder das trevas e serem transferidas para o domínio da liberdade dos filhos de Deus, para a qual todos os homens são chamados. A gratuidade pura da graça da salvação é particularmente manifesta no Batismo das crianças. A Igreja e os pais privariam então a criança da graça inestimável de tomar-se filho de Deus se não lhe conferissem o Batismo pouco depois do nascimento.
§ 1251 Os pais cristãos hão de reconhecer que esta prática corresponde também à sua função de alimentar a vida que Deus confiou a eles.
§ 1252 A prática de batizar as crianças é uma tradição imemorial da Igreja. É atestada explicitamente desde o século II. Mas é bem possível que desde o início da pregação apostólica, quando "casas" inteiras receberam o Batismo, também se tenha batizado as crianças.
§ 1282 Desde os tempos mais antigos, o Batismo é administrado às crianças, pois é uma graça e um dom de Deus que não supõe méritos humanos; as crianças são batizadas na fé da Igreja. A entrada na vida cristã dá acesso à verdadeira liberdade.
§ 1290 Nos primeiros séculos, a Confirmação constitui em geral uma só celebração com o Batismo, formando com este, segundo a expressão de São Cipriano, um "sacramento duplo". Entre outros motivos, a multiplicação dos batizados de crianças e isto ao longo do ano todo e a multiplicação das paróquias (rurais), (multiplicação) que amplia as dioceses, não permitem mais a presença do Bispo em todas as celebrações batismais. No Ocidente, visto que se deseja reservar ao Bispo a complementação do Batismo, se instaura a separação dos dois sacramentos em dois momentos distintos. O Oriente manteve juntos os dois sacramentos, tanto que a Confirmação é ministrada pelo presbítero que batiza. Todavia, este não o pode fazer senão com o "mýron" consagrado por um Bispo.
B.2.3 Batismo de adultos
§ 1247 Desde as origens da Igreja, o Batismo dos adultos é a situação mais normal nas terras onde o anúncio do Evangelho é ainda recente. O catecumenato (preparação para o Batismo) ocupa então um lugar importante. Sendo iniciação à fé e à vida cristã, deve dispor para o acolhimento do dom de Deus no Batismo, na Confirmação e na Eucaristia.
§ 1248 O catecumenato, ou formação dos catecúmenos, tem por finalidade permitir a estes últimos, em resposta à iniciativa divina e em união com uma comunidade eclesial, que levem a conversão e a fé à maturidade. Trata-se de uma "formação à vida crista integral (...) pela qual os discípulos são unidos a Cristo, seu mestre. Por isso, os catecúmenos devem ser iniciados (...) nos mistérios da salvação e na prática de uma vida evangélica, e introduzidos, mediante ritos sagrados celebrados em épocas sucessivas, na vida da fé, da liturgia e da caridade do povo de Deus".
§ 1249 Os catecúmenos "já estão unidos à Igreja, já pertencem à casa de Cristo, não sendo raro levarem uma vida de fé, esperança e caridade". "A mãe Igreja já os envolve como seus em seu amor, cercando-os de cuidados."
B.2.4 Batismo de Jesus
§ 535 A vida pública de Jesus tem início com seu Batismo por João no rio Jordão. João Batista proclamava "um batismo de arrependimento para a remissão dos pecados" (Lc 3,3). Uma multidão de pecadores, de publicanos e soldados, fariseus e saduceus e prostitutas vem fazer-se batizar por ele. Jesus aparece, o Batista hesita, mas Jesus insiste. E Ele recebe o Batismo. Então o Espírito Santo, sob forma de pomba, vem sobre Jesus, e a voz do céu proclama: "Este é o meu Filho bem-amado" (Mt 3,13-17). É a manifestação ("Epifania") de Jesus como Messias de Israel e Filho de Deus.
§ 536 O Batismo de Jesus é, da parte dele, a aceitação e a inauguração de sua missão de Servo sofredor. Deixa-se contar entre os pecadores; é, já, "o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo" (Jo 1,29), antecipa já o "Batismo" de sua morte sangrenta. Vem, já, "cumprir toda a justiça" (Mt 3,15), ou seja, submete-se por inteiro à vontade de seu Pai: aceita por amor este batismo de morte para a remissão de nossos pecados. A esta aceitação responde a voz do Pai, que coloca toda a sua complacência em seu Filho. O Espírito que Jesus possui em plenitude desde a sua concepção vem "repousar" sobre Ele. Jesus ser a fonte do Espírito para toda a humanidade. No Batismo de Jesus, "abriram-se os Céus" (Mt 3,16) que o pecado de Adão havia fechado; e as águas são santificadas pela descida de Jesus e do Espírito, prelúdio da nova criação.
§ 537 Pelo Batismo, o cristão é sacramentalmente assimilado a Jesus, que antecipa em seu Batismo a sua Morte e a sua Ressurreição; deve entrar neste mistério de rebaixamento humilde e de arrependimento, descer à água com Jesus para subir novamente com ele, renascer da água e do Espírito para tornar-se, no Filho, filho bem-amado do Pai e "viver em uma vida nova" (Rm 6,4):
Sepultemo-nos com Cristo pelo Batismo, para ressuscitar com Ele; desçamos com Ele, para ser elevados com Ele; subamos novamente com Ele, para ser glorificados nele.
Tudo o que aconteceu com Cristo dá-nos a conhecer que, depois da imersão na água, o Espírito Santo voa sobre nós do alto do Céu e que, adotados pela Voz do Pai, nos tornamos filhos de Deus.
§ 556 No limiar da vida pública, o Batismo; no limiar da Páscoa, a Transfiguração. Pelo Batismo de Jesus "declaratum fuit mysterium primae regenerationis - foi manifestado o mistério da primeira regeneração": o nosso Batismo; a Transfiguração "est sacramentum secundae regenerationis - é o sacramento da segunda regeneração": a nossa própria ressurreição. Desde já participamos da Ressurreição do Senhor pelo Espírito Santo que age nos sacramentos do Corpo de Cristo A Transfiguração dá-nos um antegozo da vinda gloriosa do Cristo, "que transfigurar nosso corpo humilhado, conformando-o ao seu corpo glorioso" (Fl 3,21). Mas ela nos lembra também "que é preciso passarmos por muitas tribulações para entrarmos no Reino de Deus" (At 14,22):
Pedro ainda não tinha compreendido isso ao desejar viver com Cristo sobre a montanha. Ele reservou-te isto, Pedro, para depois da morte. Mas agora Ele mesmo diz: Desce para sofrer na terra, para servir na terra, para ser desprezado, crucificado na terra. A Vida desce para fazer-se matar; o Pão desce para ter fome; o Caminho desce para cansar-se da caminhada; a Fonte desce para ter sede; e tu recusas Sofrer?
§ 565 Desde o início de sua vida pública, em seu Batismo, Jesus é o "Servo", inteiramente consagrado à obra redentora que se realizará pelo "Batismo" de sua paixão.
§ 608 Depois de ter aceitado dar-lhe o Batismo junto com os pecadores, João Batista viu e mostrou em Jesus o "Cordeiro de Deus, que tira os pecados do mundo". Manifesta, assim que Jesus é ao mesmo tempo o Servo Sofredor que se deixa levar silencioso ao matadouro e carrega o pecado das multidões e o cordeiro pascal, símbolo da redenção de Israel por ocasião da primeira Páscoa Toda a vida de Cristo exprime sua missão: "Servir e dar sua vida em resgate por muitos".
§ 701 A pomba. No fim do dilúvio (cujo simbolismo está ligado ao batismo), a pomba solta por Noé volta com um ramo novo de oliveira no bico, sinal de que a terra é de novo habitável. Quando Cristo volta a subir da água de seu batismo, o Espírito Santo, em forma de uma pomba, desce sobre Ele e sobre Ele permanece. O Espírito desce e repousa no coração purificado dos batizados. Em certas igrejas, a santa Reserva eucarística é conservada em um recipiente metálico em forma de pomba (o columbarium) suspenso acima do altar. O símbolo da pomba para sugerir o Espírito Santo é tradicional na iconografia cristã.
§ 1223 Todas as prefigurações da antiga aliança encontram sua realização em Cristo Jesus. Ele começa sua vida pública depois de ter-se feito batizar por São João Batista no Jordão, e após sua ressurreição confere esta missão aos apóstolos: "Ide, pois, fazei que todos os povos se tornem meus discípulos, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, e ensinando-as a observar tudo quanto vos ordenei" (Mt 28,19-20).
§ 1224 Nosso Senhor submeteu-se voluntariamente ao Batismo de São João, destinado aos pecadores, para "cumprir toda a justiça (Cf Mt 3,15)". Este gesto de Jesus é uma manifestação de seu "aniquilamento". O Espírito que pairava sobre as águas da primeira criação desce então sobre Cristo, preludiando a nova criação, e o Pai manifesta Jesus como seu "filho amado".
§ 1225 Foi em sua Páscoa que Cristo abriu a todos os homens as fontes do Batismo. Com efeito, já tinha falado da paixão que iria sofrer em Jerusalém como de um "batismo" com o qual devia ser batizado. O sangue e a água que escorreram do lado traspassado de Jesus crucificado são tipos do Batismo e da Eucaristia, sacramentos da vida nova: desde então é possível "nascer da água e do Espírito" para entrar no Reino de Deus (Jo 3,5).
Vê, quando és batizado, donde vem o Batismo, se não da cruz de Cristo, da morte de Cristo. Lá está todo o mistério: ele sofreu por ti. E nele que és redimido, é nele que és salvo e, por tua vez, te tornas salvador.
§ 1286 No Antigo Testamento os profetas anunciaram que o Espírito do Senhor repousaria sobre o Messias esperado em vista de sua missão salvífica. A descida do Espírito Santo sobre Jesus por ocasião de seu Batismo por João Batista foi o sinal de que era Ele quem devia vir, que Ele era o Messias; o Filho de Deus. Concebido do Espírito Santo, toda a sua vida e toda a sua missão se realizam em uma comunhão total com o mesmo Espírito, que o Pai lhe dá "sem medida" (Jo 3,34).
B.2.5 Batismo de João Batista
§ 523 São João Batista é o precursor imediato do Senhor, enviado para preparar-lhe o caminho. "Profeta do Altíssimo" (Lc; 1,76), ele supera todos os profetas, deles é o último, inaugura o Evangelho; saúda a vinda de Cristo desde o seio de sua mãe e encontra sua alegria em ser "o amigo do esposo" (Jo 3,29), que designa como "o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo" (Jo 1,29). Precedendo a Jesus "com o espírito e o poder de Elias" (Lc 1,17), dá-lhe testemunho por sua pregação, seu batismo de conversão e, finalmente, seu martírio.
§ 720 Finalmente, com João Batista o Espírito Santo inaugura, prefigurando-o, o que realizará com e em Cristo: restituirá ao homem "a semelhança" divina. O Batismo de João era para o arrependimento, o Batismo da água e no Espírito será um novo nascimento
B.2.6 Batismo de sangue
§ 1258 Desde sempre, a Igreja mantém a firme convicção de que as pessoas que morrem em razão da fé, sem terem recebido o Batismo, são batizadas por sua morte por e com Cristo. Este Batismo de sangue, como o desejo do Batismo, acarreta os frutos do Batismo, sem ser sacramento.
B.2.7 Batismo e castidade
§ 2345 A castidade é uma virtude moral. É também um dom de Deus, uma graça, um fruto da obra espiritual. O Espírito Santo concede o dom de imitar a pureza de Cristo àquele que foi regenerado pela água do Batismo.
§ 2348 Todo batizado é chamado à castidade. O cristão "se vestiu de Cristo", modelo de toda castidade. Todos os fiéis de Cristo são chamados a levar uma vida casta segundo seu específico estado de vida. No momento do Batismo, o cristão se comprometeu a viver sua afetividade na castidade.
§ 2355 A prostituição vai contra a dignidade da pessoa que se prostitui, reduzida, assim, ao prazer venéreo que dela se obtém. Aquele que paga peca gravemente contra si mesmo; viola a castidade à qual se comprometeu em seu Batismo e mancha seu corpo, templo do Espírito Santo. A prostituição é um flagelo social. Envolve comumente mulheres, mas homens, crianças ou adolescentes (nestes dois últimos casos, ao pecado soma-se um escândalo). Se é sempre gravemente pecaminoso entregar-se à prostituição, a miséria, a chantagem e a pressão social podem atenuar a imputabilidade da falta.
B.2.8 Batismo sacramento da fé
§ 1236 O anúncio da Palavra de Deus ilumina com a verdade revelada os candidatos e a assembléia, e suscita a resposta da fé, inseparável do Batismo. Com efeito, o Batismo é de maneira especial "o sacramento da fé", uma vez que é a entrada sacramental na vida de fé.
§ 1253 O batismo é o sacramento da fé. Mas a fé tem necessidade da comunidade dos crentes. Cada um dos fiéis só pode crer dentro da fé da Igreja. A fé que se requer para o Batismo não é uma fé perfeita e madura, mas um começo, que deve desenvolver-se. Ao catecúmeno ou a seu padrinho é feita a pergunta: "Que pedis à Igreja de Deus?". E ele responde: "A fé!".
B.2.9 Catecúmenos mortos sem Batismo e salvação
§ 1259 Para os catecúmenos que morrem antes de seu Batismo, seu desejo explícito de recebê-lo, juntamente com o arrependimento de seus pecados e a caridade, garante-lhes a salvação que não puderam receber pelo sacramento.
§ 1281 Os que morrem por causa da fé, os catecúmenos e todos os homens que, sob o impulso da graça, sem conhecerem a Igreja, procuram com sinceridade a Deus e se esforçam por cumprir a vontade dele podem ser salvos, mesmo que não tenham recebido o Batismo.
B.2.10 Catecúmenos instrução e Batismo
§ 281 É por isso que as leituras da Vigília Pascal, celebração da criação nova em Cristo, começam pelo relato da criação; da mesma forma, na liturgia bizantina, o relato da criação constitui sempre a primeira leitura das vigílias das grandes festas do Senhor. Segundo o testemunho dos antigos, a instrução dos catecúmenos para o batismo segue o mesmo caminho.
B.2.11 Consagração religiosa e Batismo
§ 916 O estado da vida consagrada aparece, portanto, como uma das maneiras de conhecer uma consagração "mais íntima", que se radica no Batismo e se dedica totalmente a Deus. Na vida consagrada, os fiéis de Cristo se propõem, sob a moção do Espírito Santo, seguir a Cristo mais de perto, doar-se a Deus amado acima de tudo e, procurando alcançar a perfeição da caridade a serviço do Reino, significar e anunciar na Igreja a glória do mundo futuro.
§ 931 Entregue a Deus supremamente amado, aquele que pelo Batismo já estava consagrado a ele é assim consagrado mais intimamente ao serviço divino e dedicado ao bem da Igreja. Pelo estado de consagração a Deus, a Igreja manifesta Cristo e mostra corno o Espírito Santo age nela de maneira admirável. Os que professam os conselhos evangélicos têm, pois, por missão primeiramente viver sua consagração. Mas "enquanto dedicados, em virtude da própria consagração, ao serviço da Igreja têm obrigação de se entregar, de maneira especial, à ação missionária no modo próprio de seu instituto".
§ 945 Entregue a Deus supremamente amado, aquele que pelo Batismo já havia sido destinado a Ele encontra-se, no estado de vida consagrada, mais intimamente votado ao serviço divino e dedicado ao bem de toda a Igreja.
B.2.12 Conversão e Batismo
§ 1427 Jesus convida à conversão. Este apelo é parte essencial do anúncio do Reino: "Cumpriu-se o tempo e o Reino de Deus está próximo. Arrependei-vos e crede no Evangelho" (Mc 1,15). Na pregação da Igreja este apelo é feito em primeiro lugar aos que ainda não conhecem a Cristo e seu Evangelho. Além disso, o Batismo é o principal lugar da primeira e fundamental conversão. É pela fé na Boa Nova e pelo Batismo que se renuncia ao mal e se adquire a salvação, isto é, a remissão de todos os pecados e o dom da nova vida.
§ 1428 Ora, o apelo de Cristo à conversão continua a soar na vida dos cristãos. Esta segunda conversão é uma tarefa ininterrupta para toda a Igreja, que "reúne em seu próprio seio os pecadores" e que "e ao mesmo tempo santa e sempre, na necessidade de purificar-se, busca sem cessar a penitência e a renovação". Este esforço de conversão não é apenas uma obra humana. E o movimento do "coração contrito" atraído e movido pela graça a responder ao amor misericordioso de Deus que nos amou primeiro.
§ 1429 Comprova-o a conversão de 5. Pedro após a tríplice negação de seu mestre. O olhar de infinita misericórdia de Jesus provoca lágrimas de arrependimento e, depois da ressurreição do Senhor, a afirmação, três vezes reiterada, de seu amor por e1e. A segunda conversão também possui uma dimensão comunitária. Isto aparece no apelo do Senhor a toda uma Igreja: "Converte-te!" (Ap 2,5.16).
Santo Ambrósio, referindo-se às duas conversões, diz que na Igreja "existem a água e as lágrimas: a água do Batismo e as lágrimas da penitência".
B.2.13 Crianças mortas sem o Batismo
§ 1261 Quanto às crianças mortas sem Batismo, a Igreja só pode confiá-las à misericórdia de Deus, como o faz no rito das exéquias por elas. Com efeito, a grande misericórdia de Deus, "que quer que todos os homens se salvem" (1Tm 2,4), e a ternura de Jesus para com as crianças, que o levou a dizer: "Deixai as crianças virem a mim, não as impeçais" (Mc 10,14), nos permitem esperar que haja um caminho de salvação para as crianças mortas sem Batismo. Eis por que é tão premente o apelo da Igreja de não impedir as crianças de virem a Cristo pelo dom do santo Batismo.
§ 1283 Quanto às crianças mortas sem Batismo, a liturgia da Igreja convida-nos a ter confiança na misericórdia divina e a orar pela salvação delas.
B.2.14 Desejo do Batismo
§ 1258 Desde sempre, a Igreja mantém a firme convicção de que as pessoas que morrem em razão da fé, sem terem recebido o Batismo, são batizadas por sua morte por e com Cristo. Este Batismo de sangue, como o desejo do Batismo, acarreta os frutos do Batismo, sem ser sacramento.
§ 1259 Para os catecúmenos que morrem antes de seu Batismo, seu desejo explícito de recebê-lo, juntamente com o arrependimento de seus pecados e a caridade, garante-lhes a salvação que não puderam receber pelo sacramento.
§ 1260 "Sendo que Cristo morreu por todos e que a vocação última do homem é realmente uma só, a saber, divina, devemos sustentar que o Espírito Santo oferece a todos, sob forma que só Deus conhece, a possibilidade de se associarem ao Mistério Pascal." Todo homem que, desconhecendo o Evangelho de Cristo e sua Igreja, procura a verdade e pratica a vontade de Deus segundo seu conhecimento dela pode ser salvo. Pode-se supor que tais pessoas teriam desejado explicitamente o Batismo se tivessem tido conhecimento da necessidade dele.
§ 1280 O Batismo imprime na alma um sinal espiritual indelével, o caráter, que consagra o batizado ao culto da religião cristã. Em razão do caráter, o Batismo não pode ser reiterado.
B.2.15 Espírito Santo e Batismo
§ 691 "Espírito Santo", este é o nome próprio daquele que adoramos e glorificamos com o Pai e o Filho. A Igreja o recebeu do Senhor e o professa no Batismo de seus novos filhos.
O termo "Espírito" traduz o termo hebraico "Ruah", o qual em seu sentido primeiro, significa sopro, ar, vento. Jesus utiliza justamente a imagem sensível do vento para sugerir a Nicodemos a nossa novidade transcendente daquele que é pessoalmente o Sopro de Deus, o Espírito divino. Por outro lado, Espírito e Santo são atributos divinos comuns às três Pessoas Divinas. Mas ao juntar os dois termos, a Escritura, a Liturgia e a linguagem teológica designam a Pessoa inefável do Espírito Santo, sem equívoco possível com os outros empregos dos termos "espírito" e "santo".
§ 694 A água. O simbolismo da água é significativo da ação do Espírito Santo no Batismo, pois após a invocação do Espírito Santo ela se torna a sinal sacramental eficaz do novo nascimento: assim como a gestação de nosso primeiro nascimento se operou na água, da mesma forma também a água batismal significa realmente que nosso nascimento para, a vida divina nos é dado no Espírito Santo Mas "batizados em um só Espírito" também "bebemos de um só Espírito" (1Cor 12,13): o Espírito é, pois também pessoalmente a água viva que jorra de Cristo crucificado como de sua fonte e que em nós jorra em Vida Eterna.
§ 698 O selo é um símbolo próximo ao da unção. Com efeito, é Cristo que "Deus marcou com seu selo" (Jo 6,27) e é nele que também o Pai nos marca com seu selo. Por indicar o efeito indelével da unção do Espírito Santo nos sacramentos do batismo, da confirmação e da ordem, a imagem do selo ("sphragis") tem sido utilizada em certas tradições teológicas para exprimir o "caráter" indelével impresso por estes três sacramentos que não podem ser reiterados.
§ 701 A pomba. No fim do dilúvio (cujo simbolismo está ligado ao batismo), a pomba solta por Noé volta com um ramo novo de oliveira no bico, sinal de que a terra é de novo habitável. Quando Cristo volta a subir da água de seu batismo, o Espírito Santo, em forma de uma pomba, desce sobre Ele e sobre Ele permanece. O Espírito desce e repousa no coração purificado dos batizados. Em certas igrejas, a santa Reserva eucarística é conservada em um recipiente metálico em forma de pomba (o columbarium) suspenso acima do altar. O símbolo da pomba para sugerir o Espírito Santo é tradicional na iconografia cristã.
§ 798 O Espírito Santo é "o Princípio de toda ação vital e verdadeiramente salutar em cada uma das diversas partes do Corpo". Ele opera de múltiplas maneiras a edificação do Corpo inteiro na caridade: pela Palavra de Deus, "que tem o poder de edificar" (At 20,32); pelo Batismo, por meio do qual forma o Corpo de Cristo; pelos sacramentos, que proporcionam crescimento e cura aos membros de Cristo; pela "graça concedida aos apóstolos, que ocupa o primeiro lugar entre seus dons"; pelas virtudes, que fazem agir segundo o bem; e, enfim, pelas múltiplas graças especiais (chamadas de "carismas"), por meio das quais "torna os fiéis aptos e prontos a tomarem sobre si os vários trabalhos e ofícios que contribuem para a renovação e maior incremento da Igreja".
§ 1274 O "selo do Senhor" ("Dominicus character") é o selo com o qual o Espírito Santo nos marcou "para o dia da redenção" (Ef 4,30). "O Batismo, com efeito, é o selo da vida eterna." O fiel que tiver "guardado o selo" até o fim, isto é, que tiver permanecido fiel às exigências de seu Batismo, poderá caminhar "marcado pelo sinal da fé", com a fé de seu Batismo, à espera da visão feliz de Deus - consumação da fé - e na esperança da ressurreição.
§ 2017 A graça do Espírito Santo nos dá a justiça de Deus. Unindo-nos pela fé e pelo Batismo à Paixão e à Ressurreição de Cristo, o Espírito nos faz participar de sua vida.
§ 2670 "Ninguém pode dizer 'Jesus é Senhor' a não ser no Espírito Santo" (1 Cor 12,3). Cada vez que começamos a orar a Jesus, é o Espírito Santo que, por sua graça proveniente, nos atrai ao caminho da oração. Se Ele nos ensina a orar recordando-nos Cristo, como não orar a Ele mesmo? Por isso, a Igreja nos convida a implorar cada dia o Espírito Santo, sobretudo no início e no fim de toda ação importante.
Se o Espírito não deve ser adorado, como é que Ele me diviniza pelo Batismo? E se Ele deve ser adorado, não deve ser o objeto de um culto particular?
B.2.16 Fé e Batismo
§ 172 Há séculos, mediante tantas línguas, culturas, povos e nações, a Igreja não cessa de confessar sua única fé, recebida de só Senhor, transmitida por um único batismo, enraizada na convicção de que todos os homens têm um só Deus e Pai, São Irineu de Lião, testemunha desta fé, declara:
§ 1226 A partir do dia de Pentecostes, a Igreja celebrou e administrou o santo Batismo. Com efeito, São Pedro declara à multidão impressionada com sua pregação: "Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para a remissão de vossos pecados. Então recebereis o dom do Espírito Santo" (At 2,38). Os Apóstolos e seus colaboradores oferecem o Batismo a todo aquele que crer em Jesus: judeus, tementes a Deus, pagãos. O Batismo aparece sempre ligado à fé: "Crê no Senhor e serás salvo, tu e a tua casa", declara São Paulo a seu carcereiro de Filipos. O relato prossegue: "E imediatamente [o carcereiro recebeu o Batismo, ele e todos os seus" (At 16,31-33).
§ 1236 O anúncio da Palavra de Deus ilumina com a verdade revelada os candidatos e a assembléia, e suscita a resposta da fé, inseparável do Batismo. Com efeito, o Batismo é de maneira especial "o sacramento da fé", uma vez que é a entrada sacramental na vida de fé.
§ 1253 O batismo é o sacramento da fé. Mas a fé tem necessidade da comunidade dos crentes. Cada um dos fiéis só pode crer dentro da fé da Igreja. A fé que se requer para o Batismo não é uma fé perfeita e madura, mas um começo, que deve desenvolver-se. Ao catecúmeno ou a seu padrinho é feita a pergunta: "Que pedis à Igreja de Deus?". E ele responde: "A fé!".
§ 1254 Em todos os batizados, crianças ou adultos, a fé deve crescer após o Batismo. E por isso que a Igreja celebra cada ano, na noite pascal, a renovação das promessas batismais. A preparação para o Batismo leva apenas ao limiar da vida nova. O Batismo é a fonte da vida nova em Cristo, fonte esta da qual brota toda a vida cristã.
§ 1255 Para que a graça batismal possa desenvolver-se, é importante a ajuda dos pais. Este é também o papel do padrinho ou da madrinha, que devem ser cristãos firmes, capazes e prontos a ajudar o novo batizado, criança ou adulto, em sua caminhada na vida cristã. A tarefa deles é uma verdadeira função eclesial ("officium"). A comunidade eclesial inteira tem uma parcela de responsabilidade no desenvolvimento e na conservação da graça recebida no Batismo.
B.2.17 Graça de Cristo e Batismo
§ 1255 Para que a graça batismal possa desenvolver-se, é importante a ajuda dos pais. Este é também o papel do padrinho ou da madrinha, que devem ser cristãos firmes, capazes e prontos a ajudar o novo batizado, criança ou adulto, em sua caminhada na vida cristã. A tarefa deles é uma verdadeira função eclesial ("officium"). A comunidade eclesial inteira tem uma parcela de responsabilidade no desenvolvimento e na conservação da graça recebida no Batismo.
§ 1262 Os diferentes efeitos do Batismo são significados pelos elementos sensíveis do rito sacramental. O mergulho na água faz apelo ao simbolismo da morte e da purificação, mas também da regeneração e da renovação. Os dois efeitos principais são, pois, a purificação dos pecados e o novo nascimento no Espírito Santo.
§ 1263 PARA A REMISSÃO DOS PECADOS...
Pelo Batismo, todos os pecados são perdoados: o pecado original e todos os pecados pessoais, bem como todas as penas do pecado. Com efeito, naqueles que foram regenerados não resta nada que os impeça de entrar no Reino de Deus: nem o pecado de Adão, nem o pecado pessoal, nem as seqüelas do pecado, das quais a mais grave é a separação de Deus.
§1264 No batizado, porém, certas conseqüências temporais do pecado permanecem, tais como os sofrimentos, a doença, a morte ou as fragilidades inerentes à vida, como as fraquezas de caráter etc., assim como a propensão ao pecado, que a Tradição chama de concupiscência ou, metaforicamente, o "incentivo do pecado" (fomes peccati"): "Deixada para os nossos combates, a concupiscência não é capaz de prejudicar aqueles que, não consentindo nela, resistem com coragem pela graça de Cristo. Mais ainda: 'um atleta não recebe a coroa se não lutou segundo as regras' (2Tm 2,5).
§1265 UMA CRIATURA NOVA
O Batismo não somente purifica de todos os pecados, mas também faz do neófito "uma criatura nova", um filho adotivo de Deus que se tornou "participante da natureza divina", membro de Cristo e co-herdeiro com ele, templo do Espírito Santo.
§1266 A Santíssima Trindade dá ao batizado a graça santificante, a graça da justificação, a qual
torna-o capaz de crer em Deus, de esperar nele e de amá-lo por meio das virtudes teologais;
concede-lhe o poder de viver e agir sob a moção do Espírito Santo por seus dons;
permite-lhe crescer no bem pelas virtudes morais.
Assim, todo o organismo da vida sobrenatural do cristão tem sua raiz no santo Batismo.
§1267 INCORPORADOS À IGREJA, CORPO DE CRISTO
O Batismo faz-nos membros do Corpo de Cristo. "Somos membros uns dos outros" (Ef 4,25). O Batismo incorpora à Igreja. Das fontes batismais nasce o único povo de Deus da nova aliança, que supera todos os limites naturais ou humanos das nações, das culturas, das raças e dos sexos: "Fomos todos batizados num só Espírito para sermos um só corpo" (1Cor 12,13).
§1268 Os batizados tornaram-se "pedras vivas" para a "construção de um edifício espiritual, para um sacerdócio santo" (1 Pd 2,5). Pelo Batismo, participam do sacerdócio de Cristo, de sua missão profética e régia; "sois a raça eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo de sua particular propriedade, a fim de que proclameis as excelências daquele que vos chamou das trevas para sua luz maravilhosa" (1Pd 2,9). O Batismo faz participar do sacerdócio comum dos fiéis.
§1269 Feito membro da Igreja, o batizado não pertence mais a si mesmo, mas àquele que morreu e ressuscitou por nós. Logo, é chamado a submeter-se aos outros, a servi-los na comunhão da Igreja, a ser "obediente e dócil" aos chefes da Igreja e a considerá-los com respeito e afeição. Assim como o Batismo é a fonte de responsabilidades e de deveres, o batizado também goza de direitos dentro da Igreja: de receber os sacramentos, de ser alimentado com a Palavra de Deus e de ser sustentado pelos outros auxílios espirituais da Igreja.
§1270 "Tornados filhos de Deus pela regeneração (batismal], (os batizados) são obrigados a professar diante dos homens a fé que pela Igreja receberam de Deus" e a participar da atividade apostólica e missionária do povo de Deus.
§1271 O VÍNCULO SACRAMENTAL DA UNIDADE DOS CRISTÃOS
O Batismo constitui o fundamento da comunhão entre todos os cristãos, também com os que ainda não estão em comunhão plena com a Igreja católica: "Com efeito, aqueles que crêem em Cristo e foram validamente batizados acham-se em certa comunhão, embora não perfeita, com a Igreja católica. (...) Justificados pela fé no Batismo, são incorporados a Cristo e, por isso, com razão, são honrados com o nome de cristãos e merecidamente reconhecidos pelos filhos da Igreja católica como irmãos no Senhor". "O Batismo, pois, constitui o vínculo sacramental da unidade que liga todos os que foram regenerados por ele."
§1272 UM SINAL ESPIRITUAL INDELÉVEL...
Incorporado em Cristo pelo Batismo, o batizado é configurado a Cristo. O Batismo sela o cristão com um sinal espiritual indelével ("character") de sua pertença a Cristo. Pecado algum apaga esta marca, se bem que possa impedir o Batismo de produzir frutos de salvação. Dado uma vez por todas, o Batismo não pode ser reiterado.
§1273 Incorporados à Igreja pelo Batismo, os fiéis receberam o caráter sacramental que os consagra para o culto religioso cristão. O selo batismal capacita e compromete os cristãos a servirem a Deus em uma participação viva na sagrada liturgia da Igreja e a exercerem seu sacerdócio batismal pelo testemunho de uma vida santa e de uma caridade eficaz.
§ 1274 O "selo do Senhor" ("Dominicus character") é o selo com o qual o Espírito Santo nos marcou "para o dia da redenção" (Ef 4,30). "O Batismo, com efeito, é o selo da vida eterna." O fiel que tiver "guardado o selo" até o fim, isto é, que tiver permanecido fiel às exigências de seu Batismo, poderá caminhar "marcado pelo sinal da fé", com a fé de seu Batismo, à espera da visão feliz de Deus - consumação da fé - e na esperança da ressurreição.
§ 1279 O fruto do Batismo ou graça batismal é uma realidade rica que comporta: a remissão do pecado original e de todos os pecados pessoais; o nascimento para a vida nova, pelo qual o homem se torna filho adotivo do Pai, membro de Cristo, templo do Espírito Santo Com isto mesmo, o batizado é incorporado à Igreja, corpo de Cristo, e se torna participante do sacerdócio de Cristo.
§ 1997 A graça é uma participação na vida divina; introduz-nos na intimidade da vida trinitária. Pelo Batismo, o cristão tem parte na graça de Cristo, cabeça da Igreja. Como "filho adotivo", pode doravante chamar a Deus de "Pai", em união com o Filho único. Recebe a vida do Espírito, que nele infunde a caridade e forma a Igreja.
§ 1999 A graça de Cristo é o dom gratuito que Deus nos faz de sua vida infundida pelo Espírito Santo em nossa alma, para curá-la do pecado e santificá-la; trata-se da graça santificante ou deificante, recebida no Batismo. Em nós, ela é a fonte da obra santificadora:
Se alguém está em Cristo, é nova criatura. Passaram-se as coisas antigas; eis que se fez uma realidade nova. Tudo isto vem de Deus, que nos reconciliou consigo por Cristo (2Cor 5,17-18).
B.2.18 Graça do Batismo
§ 1262 A graça do Batismo
Os diferentes efeitos do Batismo são significados pelos elementos sensíveis do rito sacramental. O mergulho na água faz apelo ao simbolismo da morte e da purificação, mas também da regeneração e da renovação. Os dois efeitos principais são, pois, a purificação dos pecados e o novo nascimento no Espírito Santo.
§ 1263 PARA A REMISSÃO DOS PECADOS...
Pelo Batismo, todos os pecados são perdoados: o pecado original e todos os pecados pessoais, bem como todas as penas do pecado. Com efeito, naqueles que foram regenerados não resta nada que os impeça de entrar no Reino de Deus: nem o pecado de Adão, nem o pecado pessoal, nem as seqüelas do pecado, das quais a mais grave é a separação de Deus.
§ 1264 No batizado, porém, certas conseqüências temporais do pecado permanecem, tais como os sofrimentos, a doença, a morte ou as fragilidades inerentes à vida, como as fraquezas de caráter etc., assim como a propensão ao pecado, que a Tradição chama de concupiscência ou, metaforicamente, o "incentivo do pecado" (fomes peccati"): "Deixada para os nossos combates, a concupiscência não é capaz de prejudicar aqueles que, não consentindo nela, resistem com coragem pela graça de Cristo. Mais ainda: 'um atleta não recebe a coroa se não lutou segundo as regras' (2Tm 2,5).
§ 1265 UMA CRIATURA NOVA
O Batismo não somente purifica de todos os pecados, mas também faz do neófito "uma criatura nova", um filho adotivo de Deus que se tornou "participante da natureza divina", membro de Cristo e co-herdeiro com ele, templo do Espírito Santo.
§ 1266 A Santíssima Trindade dá ao batizado a graça santificante, a graça da justificação, a qual
torna-o capaz de crer em Deus, de esperar nele e de amá-lo por meio das virtudes teologais;
concede-lhe o poder de viver e agir sob a moção do Espírito Santo por seus dons;
permite-lhe crescer no bem pelas virtudes morais.
Assim, todo o organismo da vida sobrenatural do cristão tem sua raiz no santo Batismo.
§ 1308 Se às vezes se fala da Confirmação como o "sacramento da maturidade cristã", nem por isso se deve confundir a idade adulta da fé com a idade adulta do crescimento natural, nem esquecer que a graça batismal é uma graça de eleição gratuita e imerecida que não precisa de uma "ratificação" para tornar-se efetiva. Santo Tomás recorda isto:
A idade do corpo não constitui um prejuízo para a alma. Assim, mesmo na infância, o homem pode receber a perfeição da idade espiritual da qual fala o livro da Sabedoria (4,8): "Velhice venerável não é longevidade, nem é medida pelo número de anos". Assim é que muitas crianças, graças à força do Espírito Santo que haviam recebido, lutaram corajosamente e até o sangue por Cristo.
B.2.19 Igreja e Batismo
§ 846 Como entender esta afirmação, com freqüência repetida pelos Padres da Igreja? Formulada de maneira positiva, ela significa que toda salvação vem de Cristo-Cabeça por meio da Igreja, que é seu Corpo:
Apoiado na Sagrada Escritura e na Tradição, [o Concílio] ensina que esta Igreja peregrina é necessária para a salvação. O único mediador e caminho da salvação é Cristo, que se nos torna presente em seu Corpo, que é a Igreja. Ele, porém, inculcando com palavras expressas a necessidade da fé e do batismo, ao mesmo tempo confirmou a necessidade da Igreja, na qual os homens entram pelo Batismo, como que por uma porta. Por isso não podem salvar-se aqueles que, sabendo que a Igreja católica foi fundada por Deus por meio de Jesus Cristo como instituição necessária, apesar disso não quiserem nela entrar ou nela perseverar.
§ 866 A Igreja é una: tem um só Senhor, confessa uma só fé, nasce de um só Batismo, forma um só Corpo, vivificado por um só Espírito, em vista de uma única esperança, no fim da qual serão superadas todas as divisões.
§ 1226 O BATISMO NA IGREJA
A partir do dia de Pentecostes, a Igreja celebrou e administrou o santo Batismo. Com efeito, São Pedro declara à multidão impressionada com sua pregação: "Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para a remissão de vossos pecados. Então recebereis o dom do Espírito Santo" (At 2,38). Os Apóstolos e seus colaboradores oferecem o Batismo a todo aquele que crer em Jesus: judeus, tementes a Deus, pagãos. O Batismo aparece sempre ligado à fé: "Crê no Senhor e serás salvo, tu e a tua casa", declara São Paulo a seu carcereiro de Filipos. O relato prossegue: "E imediatamente [o carcereiro recebeu o Batismo, ele e todos os seus" (At 16,31-33).
§ 1227 Segundo o apóstolo São Paulo, pelo Batismo o crente comunga na morte de Cristo; é sepultado e ressuscita com ele:
Batizados em Cristo Jesus, em sua morte é que fomos batizados. Portanto, pelo Batismo fomos sepultados com ele na morte para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também nós vivamos vida nova (Rm 6,3-4). Os batizados "vestiram-se de Cristo". Pelo Espírito Santo, o Batismo é um banho que purifica, santifica e justifica.
§ 1228 O Batismo é, pois, um banho de água no qual "a semente incorruptível" da Palavra de Deus produz seu efeito vivificante. Santo Agostinho dirá do Batismo: "Accedit verbum ad elementum, et fit Sacramentum - Une-se a palavra ao elemento, e acontece o sacramento".
§ 1267 O Batismo faz-nos membros do Corpo de Cristo. "Somos membros uns dos outros" (Ef 4,25). O Batismo incorpora à Igreja. Das fontes batismais nasce o único povo de Deus da nova aliança, que supera todos os limites naturais ou humanos das nações, das culturas, das raças e dos sexos: "Fomos todos batizados num só Espírito para sermos um só corpo" (1Cor 12,13).
B.2.20 Necessidade do Batismo
§ 846 Como entender esta afirmação, com freqüência repetida pelos Padres da Igreja? Formulada de maneira positiva, ela significa que toda salvação vem de Cristo-Cabeça por meio da Igreja, que é seu Corpo:
Apoiado na Sagrada Escritura e na Tradição, [o Concílio] ensina que esta Igreja peregrina é necessária para a salvação. O único mediador e caminho da salvação é Cristo, que se nos torna presente em seu Corpo, que é a Igreja. Ele, porém, inculcando com palavras expressas a necessidade da fé e do batismo, ao mesmo tempo confirmou a necessidade da Igreja, na qual os homens entram pelo Batismo, como que por uma porta. Por isso não podem salvar-se aqueles que, sabendo que a Igreja católica foi fundada por Deus por meio de Jesus Cristo como instituição necessária, apesar disso não quiserem nela entrar ou nela perseverar.
§ 1257 O Senhor mesmo afirma que o Batismo é necessário para a salvação. Também ordenou a seus discípulos que anunciassem o Evangelho e batizassem todas a nações. O Batismo é necessário, para a salvação, para aqueles aos quais o Evangelho foi anunciado e que tiveram a possibilidade de pedir este sacramento. A Igreja não conhece outro meio senão o Batismo para garantir a entrada na bem-aventurança eterna; é por isso que cuida de não negligenciar a missão que recebeu do Senhor, de fazer "renascer da água e do Espírito" todos aqueles que podeis ser batizados. Deus vinculou a salvação ao sacramento do Batismo, mas ele mesmo não está vinculado a seus sacramentos.
§ 1258 Desde sempre, a Igreja mantém a firme convicção de que as pessoas que morrem em razão da fé, sem terem recebido o Batismo, são batizadas por sua morte por e com Cristo. Este Batismo de sangue, como o desejo do Batismo, acarreta os frutos do Batismo, sem ser sacramento.
§ 1259 Para os catecúmenos que morrem antes de seu Batismo, seu desejo explícito de recebê-lo, juntamente com o arrependimento de seus pecados e a caridade, garante-lhes a salvação que não puderam receber pelo sacramento.
§ 1260 "Sendo que Cristo morreu por todos e que a vocação última do homem é realmente uma só, a saber, divina, devemos sustentar que o Espírito Santo oferece a todos, sob forma que só Deus conhece, a possibilidade de se associarem ao Mistério Pascal." Todo homem que, desconhecendo o Evangelho de Cristo e sua Igreja, procura a verdade e pratica a vontade de Deus segundo seu conhecimento dela pode ser salvo. Pode-se supor que tais pessoas teriam desejado explicitamente o Batismo se tivessem tido conhecimento da necessidade dele.
§ 1261 Quanto às crianças mortas sem Batismo, a Igreja só pode confiá-las à misericórdia de Deus, como o faz no rito das exéquias por elas. Com efeito, a grande misericórdia de Deus, "que quer que todos os homens se salvem" (1Tm 2,4), e a ternura de Jesus para com as crianças, que o levou a dizer: "Deixai as crianças virem a mim, não as impeçais" (Mc 10,14), nos permitem esperar que haja um caminho de salvação para as crianças mortas sem Batismo. Eis por que é tão premente o apelo da Igreja de não impedir as crianças de virem a Cristo pelo dom do santo Batismo.
§ 1277 O Batismo constitui o nascimento para a vida nova em Cristo. Segundo a vontade do Senhor, ele é necessário para a salvação, como a própria Igreja, na qual o Batismo introduz.
B.2.21 Nome cristão e Batismo
§ 2156 O sacramento do Batismo é conferido "em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo" (Mt 28,19). No Batismo, o nome do Senhor santifica o homem, e o cristão recebe seu próprio nome na Igreja. Este pode ser o de um santo, isto é, de um discípulo que viveu uma vida de fidelidade exemplar a seu Senhor. O "nome de Batismo" pode também exprimir um mistério cristão ou uma virtude cristã. "Cuidem os pais, os padrinhos e o pároco para que não se imponham nomes alheios ao senso cristão."
§ 2165 No Batismo, o cristão recebe seu nome na Igreja. Os pais, os padrinhos e o pároco cuidarão para que lhe seja dado um nome cristão. O patrocínio de um santo oferece um modelo de caridade e um intercessor seguro.
B.2.22 Nomes do Batismo
§ 1214 . Como é chamado este sacramento?
Ele é denominado Batismo com base no rito central pelo qual é realizado: batizar ("baptizem", em grego) significa "mergulhar", "imergir"; o "mergulho" na água simboliza o sepultamento do catecúmeno na morte de Cristo, da qual com Ele ressuscita como "nova criatura" (2Cor 5,17; Gl 6,15).
§ 1215 Este sacramento é também chamado "o banho da regeneração e da renovação no Espírito Santo" (Tt 3,5), pois ele significa e realiza este nascimento a partir da água e do Espírito, sem o qual "ninguém pode entrar no Reino de Deus" (Jo 3,5).
§ 1216 "Este banho é chamado iluminação, porque aqueles que recebem este ensinamento [catequético] têm o espírito iluminado..." Depois de receber no Batismo o Verbo, "a luz verdadeira que ilumina todo homem" (Jo 1,9), o batizado, "após ter sido iluminado", se converte em "filho da luz" e em "luz" ele mesmo (Ef 5,8):
O Batismo é o mais belo e o mais magnífico dom de Deus. (...) chamamo-lo de dom, graça, unção, iluminação, veste de incorruptibilidade, banho de regeneração, selo, e tudo o que existe de mais precioso. Dom, porque é conferido àqueles que nada trazem; graça, porque é dado até a culpados; Batismo, porque o pecado é sepultado na água; unção, porque é sagrado e régio (tais são os que são ungidos); iluminação, porque é luz resplandecente; veste, porque cobre nossa vergonha; banho, porque lava; selo, porque nos guarda e é o sinal do senhorio de Deus.
B.2.23 Paixão de Cristo e Batismo - Paixão e cruz de Cristo fonte do Batismo
§ 565 Desde o início de sua vida pública, em seu Batismo, Jesus é o "Servo", inteiramente consagrado à obra redentora que se realizará pelo "Batismo" de sua paixão.
§ 1225 Foi em sua Páscoa que Cristo abriu a todos os homens as fontes do Batismo. Com efeito, já tinha falado da paixão que iria sofrer em Jerusalém como de um "batismo" com o qual devia ser batizado. O sangue e a água que escorreram do lado traspassado de Jesus crucificado são tipos do Batismo e da Eucaristia, sacramentos da vida nova: desde então é possível "nascer da água e do Espírito" para entrar no Reino de Deus (Jo 3,5).
Vê, quando és batizado, donde vem o Batismo, se não da cruz de Cristo, da morte de Cristo. Lá está todo o mistério: ele sofreu por ti. E nele que és redimido, é nele que és salvo e, por tua vez, te tornas salvador.
B.2.24 Prefigurações do Batismo -
§ 117 O sentido espiritual. Graças à unidade do projeto de Deus, não somente o texto da Escritura, mas também as realidades e os acontecimentos de que ele fala, podem ser sinais.
1. O sentido alegórico. Podemos adquirir uma compreensão mais profunda dos acontecimentos reconhecendo a significação deles em Cristo; assim, a travessia do Mar Vermelho é um sinal da vitória de Cristo, e também do Batismo
2. O sentido moral. Os acontecimentos relatados na Escritura devem conduzir-nos a um justo agir. Eles foram escritos "para nossa instrução" (1Cor 10,11)
3. O sentido anagógico. Podemos ver realidades e acontecimentos em sua significação eterna, conduzindo-nos (em grego: "anagogé"; pronuncie "anagogué") à nossa Pátria. Assim, a Igreja na terra é sinal da Jerusalém celeste.
§ 527 A circuncisão de Jesus, no oitavo dia depois de seu nascimento, é sinal de sua inserção na descendência de Abraão, no povo da Aliança, de sua submissão à Lei e de capacitação para o culto de Israel, do qual participará durante sua toda a vida. Este sinal prefigura "a circuncisão de Cristo", que é o Batismo.
§ 1094 É em tomo desta harmonia dos dois Testamentos que se articula a catequese pascal do Senhor, e posteriormente a dos Apóstolos e dos Padres da Igreja. Esta catequese desvenda O que permanecia escondido sob a letra do Antigo Testamento: o mistério de Cristo. Ela é denominada "tipológica" porque revela a novidade de Cristo a partir das "figuras" (tipos) que a anunciavam nos fatos, nas palavras e nos símbolos da primeira aliança. Por esta releitura no Espírito de verdade a partir de Cristo, as figuras são desveladas. Assim, o dilúvio e a arca de Noé prefiguravam a salvação pelo Batismo, o mesmo acontecendo com a nuvem e a travessia do Mar Vermelho, e a água do rochedo era a figura dos dons espirituais de Cristo; o maná do deserto prefigurava a Eucaristia, "o verdadeiro Pão do Céu" (Jo 6,32).
§ 1217 Na liturgia da noite pascal, quando da bênção da água batismal, a Igreja faz solenemente memória dos grandes acontecimentos da história da salvação que já prefiguravam o mistério do Batismo:
Ó Deus, pelos sinais visíveis dos sacramentos realizais maravilhas invisíveis. Ao longo da história da salvação, vós vos servistes da água para fazer-nos conhecer a graça do Batismo.
§ 1218 Desde a origem do mundo, a água, esta criatura humilde e admirável, é a fonte da vida e da fecundidade. A Sagrada Escritura a vê como "incubada" pelo Espírito de Deus:
Já na origem do mundo, vosso Espírito pairava sobre as águas para que elas recebessem a força de santificar.
§ 1219 A Igreja viu na arca de Noé uma prefiguração da salvação pelo Batismo. Por ela, com efeito, "poucas pessoas, isto é, oito foram salvas da água" (1Pd 3,20):
Nas próprias águas do dilúvio prefigurastes o nascimento da nova humanidade de modo que a mesma água sepultasse os vícios e fizesse nascer a santidade.
§ 1220 Se a água de fonte simboliza a vida, a água do mar é um símbolo da morte, razão pela qual o mar podia prefigurar o mistério da cruz. Por este simbolismo, o Batismo significa a comunhão com a morte de Cristo.
§ 1221 É sobretudo a travessia do Mar Vermelho, verdadeira libertação de Israel da escravidão do Egito, que anuncia a libertação operada pelo Batismo:
Concedestes aos filhos de Abraão atravessar o Mar Vermelho a pé enxuto, para que, livres da escravidão, prefigurassem o povo nascido na água do Batismo.
§ 1222 Finalmente, o Batismo é prefigurado na travessia do Jordão, pela qual o povo de Deus recebe o dom da terra prometida à descendência de Abraão, imagem da vida eterna. A promessa desta herança bem-aventurada realiza-se na nova aliança.
B.2.25 Profissão de fé e Batismo
§ 14 Os que pela fé e pelo Batismo pertencem a Cristo devem confessar sua fé batismal diante dos homens. Por isso, o Catecismo começa por expor em que consiste a Revelação, pela qual Deus se dirige e se doa ao homem, bem como a fé, pela qual o homem responde a Deus (Seção 1). O Símbolo da fé resume os dons que Deus outorga ao homem como Autor de todo bem, como Redentor, como Santificador, e os articula em tomo dos "três capítulos" de nosso Batismo a fé em um só Deus: o Pai Todo-Poderoso, o Criador, Jesus Cristo, seu Filho, nosso Senhor e Salvador, e o Espírito Santo, na Santa Igreja (Seção II).
§ 167 "Eu creio": esta é a fé da Igreja, professada pessoalmente por todo crente, principalmente pelo batismo. "Nós cremos": esta é a fé da Igreja confessada pelos bispos reunidos em Concílio ou, mais comumente, pela assembléia litúrgica dos crentes. "Eu creio" é também a Igreja, nossa Mãe, que responde a Deus com sua fé e que nos ensina a dizer: "eu creio", "nós cremos".
§ 189 A primeira "profissão de fé" é feita por ocasião do Batismo. O "símbolo da fé" é inicialmente o símbolo batismal. Uma vez que o Batismo é dado "em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo" (Mt 28,19), as verdades de fé professadas por ocasião do Batismo estão articuladas segundo sua referência às três pessoas da Santíssima Trindade.
§ 1064 O "amém" final do Credo retoma e confirma, portanto, suas duas primeiras palavras: "eu creio". Crer é dizer "amém" às palavras, às promessas, aos mandamentos de Deus, ê confiar totalmente naquele que é o "Amém" de infinito amor e de fidelidade perfeita. A vida cristã de cada dia será, então, o "amém" ao "eu creio" da profissão de fé de nosso Batismo:
O teu Símbolo seja para ti como um espelho. Olha-te nele para veres se crês tudo o que declaras crer e alegra-te cada dia por tua fé.
B.2.26 Promessas do Batismo
§ 1185 O congraçamento do povo de Deus começa pelo Batismo; por isso, a igreja deve ter um lugar para a celebração do Batismo (batistério) e fazer com que o povo lembre as promessas feitas na celebração do Batismo. (O persignar-se com água benta faz lembrar o Batismo.)
A renovação da vida batismal exige a penitência. Por isso, a Igreja deve prestar-se à expressão do arrependimento e ao recebimento do perdão, o que exige um lugar apropriado para acolher os penitentes.
A igreja deve também ser um espaço que convide ao recolhimento e à oração silenciosa, que prolongue e interiorize a grande oração da Eucaristia.
§ 1254 Em todos os batizados, crianças ou adultos, a fé deve crescer após o Batismo. E por isso que a Igreja celebra cada ano, na noite pascal, a renovação das promessas batismais. A preparação para o Batismo leva apenas ao limiar da vida nova. O Batismo é a fonte da vida nova em Cristo, fonte esta da qual brota toda a vida cristã.
§ 2101 Em várias circunstâncias, o cristão é convidado a fazer promessas a Deus. O Batismo e a Confirmação, o Matrimônio e a Ordenação sempre as contêm. Por devoção pessoal, o cristão pode também prometer a Deus este ou aquele ato, oração, esmola, peregrinação etc. A fidelidade às promessas feitas a Deus é uma manifestação do respeito devido à majestade divina e do amor para com o Deus fiel.
§ 2340 Aquele que quer permanecer fiel às promessas do Batismo e resistir às tentações empenhar-se-á em usar os meios: o conhecimento de si, a prática de uma ascese adaptada às situações em que se encontra, a obediência aos mandamentos divinos, a prática das virtudes morais e a fidelidade à oração. "A castidade nos recompõe, reconduzindo-nos a esta unidade que tínhamos perdido do quando nos dispersamos na multiplicidade."
B.2.27 Significação do Batismo
§ 628 O Batismo, cujo sinal original e pleno é a imersão, significa eficazmente a descida ao túmulo do cristão que morre para o pecado com Cristo em vista de uma vida nova: "Pelo Batismo nós fomos sepultados com Cristo na morte, a fim de que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também nós vivamos vida nova" (Rm 6,4).
§ 950 A comunhão dos sacramentos. "O fruto de todos os sacramentos pertence a todos os fiéis. Com efeito, os sacramentos, e sobretudo o Batismo, que é a porta pela qual se entra na Igreja, são igualmente vínculos sagrados que os unem a todos e os incorporam a Jesus Cristo. A comunhão dos santos é a comunhão operada pelos sacramentos... O nome comunhão pode ser aplicado a cada sacramento, pois todos eles nos unem a Deus... Contudo, mais do que a qualquer outro, este nome convém à Eucaristia, porque é principalmente ela que consuma esta comunhão."
§ 1213 O santo Batismo é o fundamento de toda a vida cristã, a porta da vida no Espírito ("vitae spiritualis janua") e a porta que abre o acesso aos demais sacramentos. Pelo Batismo somos libertados do pecado e regenerados como filhos de Deus, tornamo-os membros de Cristo, somos incorporados à Igreja e feitos participantes de sua missão: "Baptismus está sacramentum regenerationis per aquam in verbo O Batismo é o sacramento da regeneração pela água na Palavra"
§ 1214 I. Como é chamado este sacramento?
Ele é denominado Batismo com base no rito central pelo qual é realizado: batizar ("baptizem", em grego) significa "mergulhar", "imergir"; o "mergulho" na água simboliza o sepultamento do catecúmeno na morte de Cristo, da qual com Ele ressuscita como "nova criatura" (2Cor 5,17; Gl 6,15).
§ 1220 Se a água de fonte simboliza a vida, a água do mar é um símbolo da morte, razão pela qual o mar podia prefigurar o mistério da cruz. Por este simbolismo, o Batismo significa a comunhão com a morte de Cristo.
§ 1227 Segundo o apóstolo São Paulo, pelo Batismo o crente comunga na morte de Cristo; é sepultado e ressuscita com ele:
Batizados em Cristo Jesus, em sua morte é que fomos batizados. Portanto, pelo Batismo fomos sepultados com ele na morte para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também nós vivamos vida nova (Rm 6,3-4). Os batizados "vestiram-se de Cristo". Pelo Espírito Santo, o Batismo é um banho que purifica, santifica e justifica.
§ 1228 O Batismo é, pois, um banho de água no qual "a semente incorruptível" da Palavra de Deus produz seu efeito vivificante. Santo Agostinho dirá do Batismo: "Accedit verbum ad elementum, et fit Sacramentum - Une-se a palavra ao elemento, e acontece o sacramento".
§ 1234 O significado e a graça do sacramento do Batismo aparecem com clareza nos ritos de sua celebração. É acompanhando, com uma participação atenta, os gestos e as palavras desta celebração que os fiéis são iniciados nas riquezas que este sacramento significa e realiza em cada novo batizado.
§ 1235 O sinal-da-cruz no limiar da celebração, assinala a marca de Cristo naquele que vai pertencer-lhe e significa a graça da redenção que Cristo nos proporcionou por sua cruz.
§ 1236 O anúncio da Palavra de Deus ilumina com a verdade revelada os candidatos e a assembléia, e suscita a resposta da fé, inseparável do Batismo. Com efeito, o Batismo é de maneira especial "o sacramento da fé", uma vez que é a entrada sacramental na vida de fé.
§ 1237 Visto que o Batismo significa a libertação do pecado e de seu instigador, o Diabo, pronuncia-se um (ou vários) exorcismo(s) sobre o candidato. Este é ungido com o óleo dos catecúmenos ou então o celebrante impõe-lhe a mão, e o candidato renuncia explicitamente a satanás. Assim preparado, ele pode confessar a fé da Igreja, à qual será "confiado" pelo Batismo.
§ 1238 A água batismal é então consagrada por uma oração de epiclese (seja no próprio momento, seja na noite pascal). A Igreja pede a Deus que, por seu Filho, o poder do Espírito Santo desça sobre esta água, para que os que forem batizados nela "nasçam da água e do Espírito" (Jo 3,5).
§ 1239 Segue então o rito essencial do sacramento: o Batismo propriamente dito, que significa e realiza a morte ao pecado e a entrada na vida da Santíssima Trindade por meio da configuração ao mistério pascal de Cristo. O Batismo é realizado da maneira mais significativa pela tríplice imersão na água batismal. Mas desde a antigüidade ele pode também ser conferido derramando-se, por três vezes, a água sobre a cabeça do candidato.
§ 1240 Na Igreja latina, esta tríplice infusão é acompanhada das palavras do ministro: "N..., eu te batizo em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo". Nas liturgias orientais, estando o catecúmeno voltado para o nascente, o ministro diz: "O servo de Deus, N..., é batizado em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo". E à invocação de cada pessoa da Santíssima Trindade o ministro mergulha o candidato na água e o retira dela.
§ 1241 A unção com o santo crisma, óleo perfumado consagrado pelo Bispo, significa o dom do Espírito Santo ao novo batizado. Este tornou-se um cristão, isto é, "ungido" do Espírito Santo, incorporado a Cristo, que é ungido sacerdote, profeta e rei.
§ 1242 Na liturgia das Igrejas do Oriente, a unção pós-batismal é o sacramento da Crisma (Confirmação). Na liturgia romana, porém, esta primeira unção anuncia outra, a do santo Crisma, que será feita pelo Bispo: o sacramento da Confirmação, que, por assim dizer, "confirma" e encerra a unção batismal.
§ 1243 A veste branca simboliza que o batizado "vestiu-se de Cristo": ressuscitou com Cristo. A vela, acesa no círio pascal, significa que Cristo iluminou o neófito. Em Cristo, os batizados são "a luz do mundo" (Mt 5,14). O novo batizado é agora filho de Deus no Filho único. Pode rezar a oração dos filhos de Deus: o Pai-Nosso.
§ 1244 A primeira comunhão eucarística. Uma vez feito filho de Deus, revestido da veste nupcial, o neófito é admitido "ao festim das bodas do Cordeiro" e recebe o alimento da vida nova, o Corpo e o Sangue de Cristo. As Igrejas orientais mantêm uma consciência viva da unidade da iniciação cristã dando a Santa comunhão a todos os novos batizados e confirmados, mesmo às crianças, lembrando-se da palavra do Senhor: "Deixai vir a mim as crianças, não as impeçais" (Mc 10,14). A Igreja latina, que reserva a Santa comunhão aos que atingiram a idade da razão, exprime a abertura do Batismo para a Eucaristia aproximando do altar a criança recém-batizada para a oração do Pai-Nosso.
§ 1245 A bênção solene conclui a celebração do Batismo. Por ocasião do batismo de recém-nascidos, a bênção da mãe ocupa um lugar especial.
§ 1262 Os diferentes efeitos do Batismo são significados pelos elementos sensíveis do rito sacramental. O mergulho na água faz apelo ao simbolismo da morte e da purificação, mas também da regeneração e da renovação. Os dois efeitos principais são, pois, a purificação dos pecados e o novo nascimento no Espírito Santo.
§ 1617 Toda a vida cristã traz a marca do amor esponsal de Cristo e da Igreja. Já o Batismo, entrada no Povo de Deus, é um mistério nupcial: é, por assim dizer, o banho das núpcias que precede o banquete de núpcias, a Eucaristia. O Matrimônio cristão se torna, por sua vez, sinal eficaz, sacramento da aliança de Cristo e da Igreja. O Matrimônio entre batizados é um verdadeiro sacramento da nova aliança, pois significa e comunica a graça.
B.2.28 Sujeito do Batismo
§ 1246 "É capaz de receber o Batismo toda pessoa ainda não batizada, e somente ela."
§ 1247 O BATISMO DOS ADULTOS
Desde as origens da Igreja, o Batismo dos adultos é a situação mais normal nas terras onde o anúncio do Evangelho é ainda recente. O catecumenato (preparação para o Batismo) ocupa então um lugar importante. Sendo iniciação à fé e à vida cristã, deve dispor para o acolhimento do dom de Deus no Batismo, na Confirmação e na Eucaristia.
B.2.29 Unidade dos Cristãos e Batismo
§ 855 A missão da Igreja exige o esforço rumo à unidade dos cristãos. Efetivamente, "as divisões entre cristãos impedem a Igreja de realizar a plenitude da catolicidade que lhe é própria naqueles filhos que, embora lhe pertençam pelo batismo, estão separados da plena comunhão com ela. Não só isso, mas também para a própria Igreja se torna tanto mais difícil exprimir, na realidade de sua plena catolicidade sob todos os aspectos"
§ 1271 O Batismo constitui o fundamento da comunhão entre todos os cristãos, também com os que ainda não estão em comunhão plena com a Igreja católica: "Com efeito, aqueles que crêem em Cristo e foram validamente batizados acham-se em certa comunhão, embora não perfeita, com a Igreja católica. (...) Justificados pela fé no Batismo, são incorporados a Cristo e, por isso, com razão, são honrados com o nome de cristãos e merecidamente reconhecidos pelos filhos da Igreja católica como irmãos no Senhor". "O Batismo, pois, constitui o vínculo sacramental da unidade que liga todos os que foram regenerados por ele."
B.2.30 Vida cristã enraizada no Batismo .
§ 1266 A Santíssima Trindade dá ao batizado a graça santificante, a graça da justificação, a qual
torna-o capaz de crer em Deus, de esperar nele e de amá-lo por meio das virtudes teologais;
concede-lhe o poder de viver e agir sob a moção do Espírito Santo por seus dons;
permite-lhe crescer no bem pelas virtudes morais.
Assim, todo o organismo da vida sobrenatural do cristão tem sua raiz no santo Batismo.
B.2.31 Administração e rito do Batismo
B.2.31.1 "Entrega" da oração do Senhor no Batismo
§ 2769 No Batismo e na Confirmação, a entrega ["traditio"] da Oração do Senhor significa o novo nascimento para a vida divina. Já que a oração cristã consiste em falar a Deus com a própria Palavra de Deus, os que são "regenerados mediante a Palavra do Deus vivo" (l Pd 1,23) aprendem a invocar seu Pai mediante a única Palavra que ele sempre atende. E já podem invocá-lo desde agora, pois o Selo da Unção do Espírito Santo foi-lhes gravado, indelevelmente, sobre o coração, os ouvidos, os lábios, sobre todo o seu ser filial. É por isso que a maioria dos comentários patrísticos do Pai-Nosso são dirigidos aos catecúmenos e aos neófitos. Quando a Igreja reza a Oração do Senhor, é sempre o povo dos "renascidos" que reza e obtém misericórdia.
B.2.31.2 Água e seu poder simbólico no Batismo
§ 694 A água. O simbolismo da água é significativo da ação do Espírito Santo no Batismo, pois após a invocação do Espírito Santo ela se torna a sinal sacramental eficaz do novo nascimento: assim como a gestação de nosso primeiro nascimento se operou na água, da mesma forma também a água batismal significa realmente que nosso nascimento para, a vida divina nos é dado no Espírito Santo Mas "batizados em um só Espírito" também "bebemos de um só Espírito" (1Cor 12,13): o Espírito é, pois também pessoalmente a água viva que jorra de Cristo crucificado como de sua fonte e que em nós jorra em Vida Eterna.
§ 1214 Ele é denominado Batismo com base no rito central pelo qual é realizado: batizar ("baptizem", em grego) significa "mergulhar", "imergir"; o "mergulho" na água simboliza o sepultamento do catecúmeno na morte de Cristo, da qual com Ele ressuscita como "nova criatura" (2Cor 5,17; Gl 6,15).
§ 1217 Na liturgia da noite pascal, quando da bênção da água batismal, a Igreja faz solenemente memória dos grandes acontecimentos da história da salvação que já prefiguravam o mistério do Batismo:
Ó Deus, pelos sinais visíveis dos sacramentos realizais maravilhas invisíveis. Ao longo da história da salvação, vós vos servistes da água para fazer-nos conhecer a graça do Batismo.
B.2.31.3 Exorcismo na celebração do Batismo
§ 1673 Quando a Igreja exige publicamente e com autoridade, em nome de Jesus Cristo, que uma pessoa ou objeto seja protegido contra a influência do maligno e subtraído a seu domínio, fala-se de exorcismo. Jesus o praticou, é dele que a Igreja recebeu o poder e o encargo de exorcizar. Sob uma forma simples, o exorcismo é praticado durante a celebração do Batismo. O exorcismo solene, chamado "grande exorcismo", só pode ser praticado por um sacerdote, com a permissão do bispo. Nele é necessário proceder com prudência, observando estritamente as regras estabelecidas pela Igreja. O exorcismo visa expulsar os demônios ou livrar da influência demoníaca, e isto pela autoridade espiritual que Jesus confiou à sua Igreja. Bem diferente é o caso de doenças, sobretudo psíquicas, cujo tratamento depende da ciência médica. É importante, pois, verificar antes de celebrar o exorcismo se se trata de uma presença do maligno ou de uma doença.
B.2.31.4 Faculdade dos leigos para administrar o Batismo
§ 903 Se tiverem as qualidades exigidas os leigos podem ser admitidos de maneira estável aos ministérios' de leitores e de acólitos. "Onde a necessidade da Igreja o aconselhar, podem também os leigos, na falta de ministros mesmo não sendo leitores ou acólitos, suprir alguns de seus ofícios a saber exercer o ministério da palavra, presidir às orações litúrgicas administrar o Batismo e distribuir a sagrada Comunhão de acordo com as prescrições do direito."
B.2.31.5 Ministros do Batismo
§ 1256 São ministros ordinários do Batismo o Bispo e o presbítero e, na Igreja latina, também o diácono. Em caso de necessidade, qualquer pessoa, mesmo não batizada, que tenha a intenção exigida, pode batizar, utilizando a fórmula batismal trinitária. A intenção requerida é querer fazer o que a Igreja faz quando batiza. A Igreja vê a razão desta possibilidade na vontade salvífica universal de Deus e na necessidade do Batismo para a salvação.
§ 1284 Em caso de necessidade, qualquer pessoa pode batizar, desde que tenha a intenção de fazer o que faz a Igreja, e que derrame água sobre a cabeça do candidato dizendo: "Eu te batizo em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo".
B.2.31.6 Padrinho madrinha pais e Batismo
§ 1255 Para que a graça batismal possa desenvolver-se, é importante a ajuda dos pais. Este é também o papel do padrinho ou da madrinha, que devem ser cristãos firmes, capazes e prontos a ajudar o novo batizado, criança ou adulto, em sua caminhada na vida cristã. A tarefa deles é uma verdadeira função eclesial ("officium"). A comunidade eclesial inteira tem uma parcela de responsabilidade no desenvolvimento e na conservação da graça recebida no Batismo.
§ 1311 Para a Confirmação, como para o Batismo, convém que os candidatos procurem a ajuda espiritual de um padrinho ou de uma madrinha. Convém que seja o mesmo do Batismo, a fim de marcar bem a unidade dos dois sacramentos.
B.2.31.7 Rito de Batismo
§ 1185 O congraçamento do povo de Deus começa pelo Batismo; por isso, a igreja deve ter um lugar para a celebração do Batismo (batistério) e fazer com que o povo lembre as promessas feitas na celebração do Batismo. (O persignar-se com água benta faz lembrar o Batismo.)
A renovação da vida batismal exige a penitência. Por isso, a Igreja deve prestar-se à expressão do arrependimento e ao recebimento do perdão, o que exige um lugar apropriado para acolher os penitentes.
A igreja deve também ser um espaço que convide ao recolhimento e à oração silenciosa, que prolongue e interiorize a grande oração da Eucaristia.
§ 1278 O rito essencial do Batismo consiste em mergulhar na água o candidato ou em derramar água sobre sua cabeça, pronunciando a invocação da Santíssima Trindade, isto é, do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
§ 1229 Tornar-se cristão, eis algo que se realiza desde os tempos dos apóstolos por um itinerário e uma iniciação que passa por várias etapas. Este itinerário pode ser percorrido com rapidez ou lentamente. Dever sempre comportar alguns elementos essenciais: o anúncio da Palavra, o acolhimento do Evangelho acarretando uma conversão, a profissão de fé, o Batismo, a efusão do Espírito Santo, o acesso à Comunhão Eucarística.
§ 1230 Esta iniciação tem variado muito ao longo dos séculos e de acordo com as circunstâncias. Nos primeiros séculos da Igreja a iniciação cristã conheceu um grande desenvolvimento com um longo período de catecumenato e uma seqüência de ritos preparatórios que balizavam liturgicamente a caminhada da preparação catecumenal e que desembocavam na celebração dos sacramentos da iniciação cristã.
§ 1231 Quando o Batismo das crianças se tornou amplamente a forma habitual da celebração deste sacramento, esta passou a ser um único ato que integra de maneira muito resumida as etapas prévias à iniciação cristã. Por sua própria natureza, o Batismo das crianças exige um catecumenato pós-batismal. Não se trata somente da necessidade de uma instrução posterior ao Batismo, mas do desabrochar necessário da graça batismal no crescimento da pessoa. E o lugar próprio do catecismo.
§ 1232 O Concílio Vaticano II restaurou, para a Igreja latina, "o catecumenato dos adultos, distribuído em várias etapas". Encontram-se tais ritos no Ordo initiationis christianae adultorum (Ritual da iniciação cristã dos adultos). O Concílio por sua vez permitiu que, "além dos elementos de iniciação fornecidos pela tradição cristã", fossem admitidos "em terras de missão estes outros elementos de iniciação cristã, cuja prática constatamos em cada povo, na medida em que possam ser adaptados ao rito cristão".
§ 1233 Hoje em dia, portanto, em todos os ritos latinos e orientais, a iniciação cristã dos adultos começa desde a entrada deles no catecumenato, para atingir seu ponto culminante em uma única celebração dos três sacramentos: Batismo, Confirmação e Eucaristia. Nos ritos orientais a iniciação cristã das crianças começa no Batismo, seguido imediatamente pela Confirmação e pela Eucaristia, ao passo que no rito romano ela prossegue durante os anos de catequese, para terminar mais tarde com a Confirmação e a Eucaristia, ápice de sua iniciação cristã.
§ 1234 O significado e a graça do sacramento do Batismo aparecem com clareza nos ritos de sua celebração. É acompanhando, com uma participação atenta, os gestos e as palavras desta celebração que os fiéis são iniciados nas riquezas que este sacramento significa e realiza em cada novo batizado.
§ 1235 O sinal-da-cruz no limiar da celebração, assinala a marca de Cristo naquele que vai pertencer-lhe e significa a graça da redenção que Cristo nos proporcionou por sua cruz.
§ 1236 O anúncio da Palavra de Deus ilumina com a verdade revelada os candidatos e a assembléia, e suscita a resposta da fé, inseparável do Batismo. Com efeito, o Batismo é de maneira especial "o sacramento da fé", uma vez que é a entrada sacramental na vida de fé.
§ 1237 Visto que o Batismo significa a libertação do pecado e de seu instigador, o Diabo, pronuncia-se um (ou vários) exorcismo(s) sobre o candidato. Este é ungido com o óleo dos catecúmenos ou então o celebrante impõe-lhe a mão, e o candidato renuncia explicitamente a satanás. Assim preparado, ele pode confessar a fé da Igreja, à qual será "confiado" pelo Batismo.
§ 1238 A água batismal é então consagrada por uma oração de epiclese (seja no próprio momento, seja na noite pascal). A Igreja pede a Deus que, por seu Filho, o poder do Espírito Santo desça sobre esta água, para que os que forem batizados nela "nasçam da água e do Espírito" (Jo 3,5).
§ 1239 Segue então o rito essencial do sacramento: o Batismo propriamente dito, que significa e realiza a morte ao pecado e a entrada na vida da Santíssima Trindade por meio da configuração ao mistério pascal de Cristo. O Batismo é realizado da maneira mais significativa pela tríplice imersão na água batismal. Mas desde a antigüidade ele pode também ser conferido derramando-se, por três vezes, a água sobre a cabeça do candidato.
§ 1240 Na Igreja latina, esta tríplice infusão é acompanhada das palavras do ministro: "N..., eu te batizo em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo". Nas liturgias orientais, estando o catecúmeno voltado para o nascente, o ministro diz: "O servo de Deus, N..., é batizado em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo". E à invocação de cada pessoa da Santíssima Trindade o ministro mergulha o candidato na água e o retira dela.
§ 1241 A unção com o santo crisma, óleo perfumado consagrado pelo Bispo, significa o dom do Espírito Santo ao novo batizado. Este tornou-se um cristão, isto é, "ungido" do Espírito Santo, incorporado a Cristo, que é ungido sacerdote, profeta e rei.
§ 1242 Na liturgia das Igrejas do Oriente, a unção pós-batismal é o sacramento da Crisma (Confirmação). Na liturgia romana, porém, esta primeira unção anuncia outra, a do santo Crisma, que será feita pelo Bispo: o sacramento da Confirmação, que, por assim dizer, "confirma" e encerra a unção batismal.
§ 1243 A veste branca simboliza que o batizado "vestiu-se de Cristo": ressuscitou com Cristo. A vela, acesa no círio pascal, significa que Cristo iluminou o neófito. Em Cristo, os batizados são "a luz do mundo" (Mt 5,14). O novo batizado é agora filho de Deus no Filho único. Pode rezar a oração dos filhos de Deus: o Pai-Nosso.
§1244 A primeira comunhão eucarística. Uma vez feito filho de Deus, revestido da veste nupcial, o neófito é admitido "ao festim das bodas do Cordeiro" e recebe o alimento da vida nova, o Corpo e o Sangue de Cristo. As Igrejas orientais mantêm uma consciência viva da unidade da iniciação cristã dando a Santa comunhão a todos os novos batizados e confirmados, mesmo às crianças, lembrando-se da palavra do Senhor: "Deixai vir a mim as crianças, não as impeçais" (Mc 10,14). A Igreja latina, que reserva a Santa comunhão aos que atingiram a idade da razão, exprime a abertura do Batismo para a Eucaristia aproximando do altar a criança recém-batizada para a oração do Pai-Nosso.
§ 1245 A bênção solene conclui a celebração do Batismo. Por ocasião do batismo de recém-nascidos, a bênção da mãe ocupa um lugar especial.
§ 2769 No Batismo e na Confirmação, a entrega ["traditio"] da Oração do Senhor significa o novo nascimento para a vida divina. Já que a oração cristã consiste em falar a Deus com a própria Palavra de Deus, os que são "regenerados mediante a Palavra do Deus vivo" (l Pd 1,23) aprendem a invocar seu Pai mediante a única Palavra que ele sempre atende. E já podem invocá-lo desde agora, pois o Selo da Unção do Espírito Santo foi-lhes gravado, indelevelmente, sobre o coração, os ouvidos, os lábios, sobre todo o seu ser filial. É por isso que a maioria dos comentários patrísticos do Pai-Nosso são dirigidos aos catecúmenos e aos neófitos. Quando a Igreja reza a Oração do Senhor, é sempre o povo dos "renascidos" que reza e obtém misericórdia.
B.2.31.8 Unção do Óleo e Batismo
§ 1294 Todos esses significados da unção com óleo voltam a encontrar-se na vida sacramental. A unção, antes do Batismo, com o óleo dos catecúmenos significa purificação e fortalecimento; a unção dos enfermos exprime a cura e o reconforto. A unção com o santo crisma depois do Batismo, na Confirmação e na Ordenação, é o sinal de uma consagração. Pela Confirmação, os cristãos, isto é, os que são ungidos, participam mais intensamente da missão de Jesus e da plenitude do Espírito Santo, de que Jesus é cumulado, a fim de que toda a vida deles exale "o bom odor de Cristo"
B.2.32 Batismo e Sacramentos
§ 1113 Toda a vida litúrgica da Igreja gravita em tomo do sacrifício eucarístico e dos sacramentos. Há na Igreja sete sacramentos: o Batismo, a Confirmação ou Crisma, a Eucaristia, a Penitência, a Unção dos Enfermos, a Ordem, o Matrimônio. No presente artigo trataremos daquilo que é comum, do ponto de vista doutrinal, aos sete sacramentos da Igreja. O que lhes é comum sob o aspecto da celebração será exposto no Capítulo II, e o que é próprio de cada um deles será objeto da Seção II.
§ 1210 Os sacramentos da nova lei foram instituídos por Cristo e são sete, a saber: o Batismo, a Confirmação, a Eucaristia, a Penitência, a Unção dos Enfermos, a Ordem e o Matrimônio. Os sete sacramentos atingem todas as etapas e todos os momentos importantes da vida do cristão: dão à vida de fé do cristão origem e crescimento, cura e missão. Nisto existe certa semelhança entre as etapas da vida natural e as da vida espiritual.
§ 1535 Nesses sacramentos, os que já foram consagrados pelo Batismo e pela Confirmação para o sacerdócio comum de todos os fiéis podem receber consagrações específicas. Os que recebem o sacramento da Ordem são consagrados para ser, em nome de Cristo, "pela palavra e pela graça de Deus, os pastores da Igreja". Por sua vez, "os esposos cristãos, para cumprir dignamente os deveres de seu estado, são fortalecidos e como que consagrados por um sacramento especial".
B.2.32.1 Confirmação do Batismo
§ 1288 "Desde então, os apóstolos, para cumprir a vontade de Cristo, comunicaram aos neófitos, pela imposição das mãos, o dom do Espírito que leva a graça do Batismo à sua consumação. E por isso que na Epístola aos Hebreus ocupa um lugar, entre os elementos da primeira instrução cristã, a doutrina sobre os batismos e também sobre a imposição das mãos. A imposição das mãos é com razão reconhecida pela tradição católica como a origem do sacramento da Confirmação que perpétua, de certo modo, na Igreja, a graça de Pentecostes."
§ 1289 Bem cedo, para melhor significar o dom do Espírito Santo, acrescentou-se à imposição das mãos uma unção com óleo perfumado (crisma). Esta unção ilustra o nome de "cristão", que significa "ungido" e que deriva a sua origem do próprio nome de Cristo, ele que "Deus ungiu com o Espírito Santo" (At 10,38). E este rito de unção existe até os nossos dias, tanto no Oriente como no Ocidente. Por isso, no Oriente, este sacramento é chamado Crismação, unção com crisma, ou mýron, que significa "crisma". No Ocidente, o termo Confirmação sugere que este sacramento, ao mesmo tempo, confirma o Batismo e consolida a graça batismal.
§ 1290 Nos primeiros séculos, a Confirmação constitui em geral uma só celebração com o Batismo, formando com este, segundo a expressão de São Cipriano, um "sacramento duplo". Entre outros motivos, a multiplicação dos batizados de crianças e isto ao longo do ano todo e a multiplicação das paróquias (rurais), (multiplicação) que amplia as dioceses, não permitem mais a presença do Bispo em todas as celebrações batismais. No Ocidente, visto que se deseja reservar ao Bispo a complementação do Batismo, se instaura a separação dos dois sacramentos em dois momentos distintos. O Oriente manteve juntos os dois sacramentos, tanto que a Confirmação é ministrada pelo presbítero que batiza. Todavia, este não o pode fazer senão com o "mýron" consagrado por um Bispo.
§ 1291 Um costume da Igreja de Roma facilitou o desenvolvimento da prática ocidental graças a uma dupla unção com o santo crisma depois do Batismo: realizada já pelo presbítero sobre o neófito, ao sair este do banho batismal, ela é terminada por uma segunda unção, feita pelo Bispo na fronte de cada um dos novos batizados. A primeira unção com o santo crisma, a que é dada pelo presbítero, permaneceu ligada ao rito batismal; ela significa a participação do batizado nas funções profética, sacerdotal e régia de Cristo. Se o Batismo é conferido a um adulto, há uma só unção pós-batismal, a da Confirmação.
§ 1298 Quando a Confirmação é celebrada em separado do Batismo, como ocorre no rito romano, a liturgia do sacramento começa com a renovação das promessas do Batismo e com a profissão de fé dos confirmandos. Assim aparece com clareza que a Confirmação se situa na seqüência do Batismo. Quando um adulto é batizado, recebe imediatamente a Confirmação e participa da Eucaristia [Cf CIC cânone 866].
§ 1304 Como o Batismo, do qual é consumação, a Confirmação é dada uma só vez, pois imprime na alma uma marca espiritual indelével, o "caráter", que é o sinal de que Jesus Cristo assinalou um cristão com o selo de seu Espírito, revestindo-o da força do alto para ser sua testemunha.
§ 1305 O "caráter" aperfeiçoa o sacerdócio comum dos fiéis, recebido no Batismo, e "o confirmado recebe o poder de confessar a fé de Cristo publicamente, e como que em virtude de um ofício (quasi ex ofício)".
§13 06 Todo batizado ainda não confirmado pode e deve receber o sacramento da Confirmação. Pelo fato de o Batismo, a Confirmação e a Eucaristia formarem uma unidade, segue-se que "os fiéis têm a obrigação de receber tempestivamente esse sacramento", pois sem a Confirmação e a Eucaristia, o sacramento do Batismo é sem dúvida válido e eficaz, mas a iniciação cristã permanece inacabada.
§ 1312 O ministro originário da Confirmação é ó Bispo. No Oriente, é normalmente o presbítero batizante que também ministra imediatamente a Confirmação em uma única e mesma celebração. Mas o faz com o santo crisma consagrado pelo patriarca ou pelo Bispo, o que exprime a unidade apostólica da Igreja, cujos vínculos são reforçados pelo sacramento da Confirmação. Na Igreja latina aplica-se a mesma disciplina nos batizados de adultos, ou quando se admite à comunhão plena com a Igreja um batizado de outra comunidade cristã que não recebeu validamente o sacramento da Confirmação.
§ 1313 No rito latino, o ministro ordinário da confirmação é o Bispo. Embora o Bispo possa, quando houver necessidade, conceder aos presbíteros a faculdade de administrar a Confirmação, é conveniente que ele mesmo o confira, não esquecendo que é por este motivo que a celebração da Confirmação foi separada temporalmente do Batismo. Os Bispos são os sucessores dos Apóstolos, receberam a plenitude do sacramento da Ordem. A administração deste sacramento pelos Bispos marca bem que ele tem como efeito unir aqueles que o receberam mais intimamente à Igreja, às suas origens apostólicas e à sua missão de dar testemunho de Cristo.
B.2.32.2 Eucaristia e Batismo
§ 1244 A primeira comunhão eucarística. Uma vez feito filho de Deus, revestido da veste nupcial, o neófito é admitido "ao festim das bodas do Cordeiro" e recebe o alimento da vida nova, o Corpo e o Sangue de Cristo. As Igrejas orientais mantêm uma consciência viva da unidade da iniciação cristã dando a Santa comunhão a todos os novos batizados e confirmados, mesmo às crianças, lembrando-se da palavra do Senhor: "Deixai vir a mim as crianças, não as impeçais" (Mc 10,14). A Igreja latina, que reserva a Santa comunhão aos que atingiram a idade da razão, exprime a abertura do Batismo para a Eucaristia aproximando do altar a criança recém-batizada para a oração do Pai-Nosso.
§ 1392 O que o alimento material produz em nossa vida corporal, a comunhão o realiza de maneira admirável em nossa vida espiritual. A comunhão da Carne de Cristo ressuscitado, "vivificado pelo Espírito Santo e vivificante", conserva, aumenta e renova a vida da graça recebida no Batismo. Este crescimento da vida cristã precisa ser alimentado pela Comunhão Eucarística, pão da nossa peregrinação, até o momento da morte, quando nos ser dado como viático.
§ 1396 A unidade do corpo místico: a Eucaristia faz a Igreja. Os que recebem a Eucaristia estão unidos mais intimamente a Cristo. Por isso mesmo, Cristo os une a todos os fiéis em um só corpo, a Igreja. A comunhão renova, fortalece, aprofunda esta incorporação à Igreja, realizada já pelo Batismo. No Batismo fomos chamados a constituir um só corpo. A Eucaristia realiza este apelo: "O cálice de bênção que abençoamos não é comunhão com o Sangue de Cristo? O pão que partimos não é comunhão com o Corpo de Cristo? Já que há um único pão, nós, embora muitos, somos um só corpo, visto que todos participamos desse único pão" (1Cor 10,16-17).
Se sois o corpo e os membros de Cristo, é o vosso sacramento que é colocado sobre a mesa do Senhor, recebeis o vosso sacramento. Respondeis "Amém" ("sim, é verdade!") àquilo que recebeis, e subscreveis ao responder. Ouvis esta palavra: "o Corpo de Cristo", e respondeis: "Amém". Sede, pois, um membro de Cristo, para que o vosso Amém seja verdadeiro.
B.2.32.3 Iniciação cristã e Batismo
§ 1212 Pelos sacramentos da iniciação cristã; Batismo, Confirmação e Eucaristia são lançados os fundamentos de toda vida cristã. "A participação na natureza divina, que os homens recebem como dom mediante a graça de Cristo, apresenta certa analogia com a origem, o desenvolvimento e a sustentação da vida natural. Os fiéis, de fato, renascidos no Batismo, são fortalecidos pelo sacramento da Confirmação e, depois, nutridos com o alimento da vida eterna na Eucaristia. Assim, por efeito destes sacramentos da iniciação cristã, estão em condições de saborear cada vez mais os tesouros da vida divina e de progredir até alcançar a perfeição da caridade."
§ 1229 Tornar-se cristão, eis algo que se realiza desde os tempos dos apóstolos por um itinerário e uma iniciação que passa por várias etapas. Este itinerário pode ser percorrido com rapidez ou lentamente. Dever sempre comportar alguns elementos essenciais: o anúncio da Palavra, o acolhimento do Evangelho acarretando uma conversão, a profissão de fé, o Batismo, a efusão do Espírito Santo, o acesso à Comunhão Eucarística.
§ 1230 Esta iniciação tem variado muito ao longo dos séculos e de acordo com as circunstâncias. Nos primeiros séculos da Igreja a iniciação cristã conheceu um grande desenvolvimento com um longo período de catecumenato e uma seqüência de ritos preparatórios que balizavam liturgicamente a caminhada da preparação catecumenal e que desembocavam na celebração dos sacramentos da iniciação cristã.
§ 1231 Quando o Batismo das crianças se tornou amplamente a forma habitual da celebração deste sacramento, esta passou a ser um único ato que integra de maneira muito resumida as etapas prévias à iniciação cristã. Por sua própria natureza, o Batismo das crianças exige um catecumenato pós-batismal. Não se trata somente da necessidade de uma instrução posterior ao Batismo, mas do desabrochar necessário da graça batismal no crescimento da pessoa. E o lugar próprio do catecismo.
§ 1232 O Concílio Vaticano II restaurou, para a Igreja latina, "o catecumenato dos adultos, distribuído em várias etapas". Encontram-se tais ritos no Ordo initiationis christianae adultorum (Ritual da iniciação cristã dos adultos). O Concílio por sua vez permitiu que, "além dos elementos de iniciação fornecidos pela tradição cristã", fossem admitidos "em terras de missão estes outros elementos de iniciação cristã, cuja prática constatamos em cada povo, na medida em que possam ser adaptados ao rito cristão".
§ 1233 Hoje em dia, portanto, em todos os ritos latinos e orientais, a iniciação cristã dos adultos começa desde a entrada deles no catecumenato, para atingir seu ponto culminante em uma única celebração dos três sacramentos: Batismo, Confirmação e Eucaristia. Nos ritos orientais a iniciação cristã das crianças começa no Batismo, seguido imediatamente pela Confirmação e pela Eucaristia, ao passo que no rito romano ela prossegue durante os anos de catequese, para terminar mais tarde com a Confirmação e a Eucaristia, ápice de sua iniciação cristã.
§ 1275 A iniciação cristã realiza-se pelo conjunto de três sacramentos: o Batismo, que é o início da vida nova; a Confirmação, que é sua consolidação e a Eucaristia, que alimenta o discípulo com o Corpo e o Sangue de Cristo em vista de sua transformação nele.
§ 1285 Juntamente com o Batismo e a Eucaristia, o sacramento da Confirmação constitui o conjunto dos "sacramentos da iniciação crista cuja unidade deve ser salvaguardada. Por isso, é preciso explicar aos fiéis que a recepção deste sacramento é necessária à consumação da graça batismal. Com efeito, "pelo sacramento da Confirmação [os fiéis] são vinculados mais perfeitamente à Igreja, enriquecidos de força especial do Espírito Santo, e assim mais estritamente obrigados à fé que, como verdadeiras testemunhas de Cristo, devem difundir e defender tanto por palavras como por obras".
§ 1306 Todo batizado ainda não confirmado pode e deve receber o sacramento da Confirmação. Pelo fato de o Batismo, a Confirmação e a Eucaristia formarem uma unidade, segue-se que "os fiéis têm a obrigação de receber tempestivamente esse sacramento", pois sem a Confirmação e a Eucaristia, o sacramento do Batismo é sem dúvida válido e eficaz, mas a iniciação cristã permanece inacabada.
§ 1318 No Oriente, este sacramento é administrado imediatamente depois do Batismo; é seguido da participação na Eucaristia, tradição que põe em destaque a unidade dos três sacramentos da iniciação cristã. Na Igreja latina administra-se este sacramento quando se atinge a idade da razão, e normalmente se reserva sua celebração ao Bispo, significando assim que este sacramento corrobora o vínculo eclesial
§ 1321 Quando a Confirmação é celebrada em separado do Batismo, sua vinculação com este e expressa, entre outras coisas, pela renovação dos compromissos batismais. A celebração da confirmação no decurso da Eucaristia contribui para sublinhar a unidade dos sacramentos da iniciação cristã.
§ 1525 Assim como os sacramentos do Batismo, da Confirmação e da Eucaristia constituem uma unidade chamada "os sacramentos da iniciação cristã", pode-se dizer que a Penitência, a Sagrada Unção e a Eucaristia como viático constituem, quando a vida cristã chega a seu término, "os sacramentos que preparam para a Pátria" ou os sacramentos que consumam a peregrinação.
§ 1533 O Batismo, a Confirmação e a Eucaristia são os sacramentos da iniciação cristã. São a base da vocação comum de todos os discípulos de Cristo, vocação à santidade e à missão de evangelizar o mundo. Conferem as graças necessárias à vida segundo Espírito nesta vida de peregrinos a caminho da Pátria.
B.2.32.4 Penitência e Batismo
§ 980 É pelo sacramento da Penitência que o batizado pode ser reconciliado com Deus e com a Igreja:
Os Padres da Igreja com razão chamavam a Penitência de "um Batismo laborioso". O sacramento da Penitência é necessário para a salvação daqueles que caíram depois do Batismo, assim como o Batismo é necessário para os que ainda não foram regenerados.
§ 1425 "Vós vos lavastes, mas fostes santificados, mas fostes justificados em nome do Senhor Jesus Cristo e pelo Espírito de nosso Deus" (1 Cor 6,11). É preciso tomar consciência da grandeza do dom de Deus que nos é oferecido nos sacramentos da iniciação cristã para compreender até que ponto o pecado é algo que deve ser excluído daquele que se "vestiu de Cristo". Mas o apóstolo São João também diz: "Se dissermos: "Não temos pecado", enganamo-nos a nós mesmos, e a verdade não está em nós" (1Jo 1,8). E o próprio Senhor nos ensinou a rezar: "Perdoa-nos os nossos pecados" (Lc 11,4), vinculando o perdão de nossas ofensas ao perdão que Deus nos conceder de nossos pecados.
§ 1446 Cristo instituiu o sacramento da Penitência para todos os membros pecadores de sua Igreja, antes de tudo para aqueles que, depois do Batismo, cometeram pecado grave e com isso perderam a graça batismal e feriram a comunhão eclesial. E a eles que o sacramento da Penitência oferece uma nova possibilidade de converter-se e de recobrar a graça da justificação. Os Padres da Igreja apresentam este sacramento como "a segunda tábua (de salvação) depois do naufrágio que é a perda da graça.
§ 1447 No curso dos séculos, a forma concreta segundo a qual a Igreja exerceu este poder recebido do Senhor variou muito. Nos primeiros séculos, a reconciliação dos cristãos que haviam cometido pecados particularmente graves depois do Batismo (por exemplo, a idolatria, o homicídio ou o adultério) estava ligada a uma disciplina bastante rigorosa, segundo a qual os penitentes deviam fazer penitência pública por seus pecados, muitas vezes durante longos anos, antes de receber a reconciliação. A esta "ordem dos penitentes" (que incluía apenas certos pecados graves) só se era admitido raramente e, em certas regiões, só uma vez na vida. No século VII, inspirados na tradição monástica do Oriente, os missionários irlandeses trouxeram para a Europa continental a prática "privada" da penitência que não mais exigia a prática pública e prolongada de obras de penitência antes de receber a reconciliação com a Igreja. O sacramento se realiza daí em diante de uma forma mais secreta entre o penitente e o presbítero. Esta nova prática previa a possibilidade da repetição, abrindo assim o caminho para uma freqüência regular a este sacramento. Permitia integrar numa única celebração sacramental o perdão dos pecados graves e dos pecados veniais. Em linhas gerais, é essa a forma de penitência praticada na Igreja até hoje
§ 2042 O primeiro mandamento da Igreja ("Participar da missa inteira nos domingos e outras festas de guarda e abster-se de ocupações de trabalho") ordena aos fiéis que santifiquem o dia em que se comemora a ressurreição do Senhor e as festas litúrgicas em honra dos mistérios do Senhor, da santíssima Virgem Maria e dos santos, em primeiro lugar participando da celebração eucarística, em que se reúne a comunidade cristã, e se abstendo de trabalhos e negócios que possam impedir tal santificação desses dias.
O segundo mandamento ("Confessar-se ao menos uma vez por ano") assegura a preparação para a Eucaristia pela recepção do sacramento da Reconciliação, que continua a obra de conversão e perdão do Batismo.
B.2.32.5 Unção dos enfermos e Batismo .
§ 1523 Uma preparação para a última passagem. Se o sacramento da Unção dos Enfermos é concedido a todos os que sofrem de doenças e enfermidades graves, com mais razão ainda cabe aos que estão às portas da morte ("in exitu vitae constituti"). Por isso, também foi chamado "sacramentum exeuntium". A Unção dos Enfermos completa nossa conformação com a Morte e Ressurreição de Cristo, como o Batismo começou a fazê-lo. E o termo das sagradas unções que acompanham toda a vida cristã: a do Batismo, que selou em nós a nova vida; a da confirmação, que nos fortificou para o combate desta vida. Esta derradeira unção fortalece o fim de nossa vida terrestre como que de um sólido baluarte para enfrentar as últimas lutas antes da entrada na casa do Pai.
B.2.33 Efeitos do Batismo
§ 1262 Os diferentes efeitos do Batismo são significados pelos elementos sensíveis do rito sacramental. O mergulho na água faz apelo ao simbolismo da morte e da purificação, mas também da regeneração e da renovação. Os dois efeitos principais são, pois, a purificação dos pecados e o novo nascimento no Espírito Santo.
B.2.33.1 Apostolado participação no múnus mediante o Batismo
§ 871 "Fiéis são os que, incorporados a Cristo pelo Batismo, foram constituídos em povo de Deus e, assim, feitos participantes, a seus modo, do múnus sacerdotal, profético e régio de Cristo, são chamados a exercer, seguindo a condição própria de cada um, a missão que Deus confiou para a Igreja cumprir no mundo."
§ 900 Uma vez que, como todos os fiéis, os leigos são encarregados por Deus do apostolado em virtude do Batismo e da Confirmação, eles têm a obrigação e gozam do direito, individualmente ou agrupados em associações, de trabalhar para que a mensagem divina da salvação seja conhecida e recebida por todos os homens e por toda a terra; esta obrigação é ainda mais presente se levarmos em conta que é somente por meio deles que os homens podem ouvir o Evangelho e conhecer a Cristo. Nas comunidades eclesiais, a ação deles é tão necessária que sem ela o apostolado dos pastores não pode, o mais das vezes, obter seu pleno efeito.
§ 1268 Os batizados tornaram-se "pedras vivas" para a "construção de um edifício espiritual, para um sacerdócio santo" (1 Pd 2,5). Pelo Batismo, participam do sacerdócio de Cristo, de sua missão profética e régia; "sois a raça eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo de sua particular propriedade, a fim de que proclameis as excelências daquele que vos chamou das trevas para sua luz maravilhosa" (1Pd 2,9). O Batismo faz participar do sacerdócio comum dos fiéis.
B.2.33.2 Batismo faz de nós membros do Corpo de Cristo
§ 537 Pelo Batismo, o cristão é sacramentalmente assimilado a Jesus, que antecipa em seu Batismo a sua Morte e a sua Ressurreição; deve entrar neste mistério de rebaixamento humilde e de arrependimento, descer à água com Jesus para subir novamente com ele, renascer da água e do Espírito para tornar-se, no Filho, filho bem-amado do Pai e "viver em uma vida nova" (Rm 6,4):
Sepultemo-nos com Cristo pelo Batismo, para ressuscitar com Ele; desçamos com Ele, para ser elevados com Ele; subamos novamente com Ele, para ser glorificados nele.
Tudo o que aconteceu com Cristo dá-nos a conhecer que, depois da imersão na água, o Espírito Santo voa sobre nós do alto do Céu e que, adotados pela Voz do Pai, nos tornamos filhos de Deus.
§ 818 Os que hoje em dia nascem em comunidades que surgiram de tais rupturas "e estão imbuídos da fé em Cristo não podem ser argüidos de pecado de separação, e a Igreja católica os abraça com fraterna reverência e amor... Justificados pela fé recebida no Batismo; estão incorporados em Cristo, e por isso com razão são honrados com o nome de cristãos e merecidamente reconhecidos pelos filhos da Igreja católica como irmãos no Senhor".
§ 871 "Fiéis são os que, incorporados a Cristo pelo Batismo, foram constituídos em povo de Deus e, assim, feitos participantes, a seus modo, do múnus sacerdotal, profético e régio de Cristo, são chamados a exercer, seguindo a condição própria de cada um, a missão que Deus confiou para a Igreja cumprir no mundo."
§ 950 A comunhão dos sacramentos. "O fruto de todos os sacramentos pertence a todos os fiéis. Com efeito, os sacramentos, e sobretudo o Batismo, que é a porta pela qual se entra na Igreja, são igualmente vínculos sagrados que os unem a todos e os incorporam a Jesus Cristo. A comunhão dos santos é a comunhão operada pelos sacramentos... O nome comunhão pode ser aplicado a cada sacramento, pois todos eles nos unem a Deus... Contudo, mais do que a qualquer outro, este nome convém à Eucaristia, porque é principalmente ela que consuma esta comunhão."
§ 985 O Batismo é o primeiro e o principal sacramento para o perdão dos pecados: une-nos a Cristo morto e ressuscitado nos dá o Espírito Santo
§ 1003 Unidos a Cristo pelo Batismo, os crentes já participam realmente na vida celeste de Cristo ressuscitado, mas esta vida permanece "escondida com Cristo em Deus" (Cl 3,3). "Com ele nos ressuscitou e fez-nos sentar nos céus, em Cristo Jesus" (Ef 2,6). Nutridos com seu Corpo na Eucaristia, já pertencemos ao Corpo de Cristo. Quando ressuscitarmos, no último dia, nós também seremos "manifestados com Ele cheios de glória" (Cl 3,3).
§ 1267 O Batismo faz-nos membros do Corpo de Cristo. "Somos membros uns dos outros" (Ef 4,25). O Batismo incorpora à Igreja. Das fontes batismais nasce o único povo de Deus da nova aliança, que supera todos os limites naturais ou humanos das nações, das culturas, das raças e dos sexos: "Fomos todos batizados num só Espírito para sermos um só corpo" (1Cor 12,13).
§ 1268 Os batizados tornaram-se "pedras vivas" para a "construção de um edifício espiritual, para um sacerdócio santo" (1 Pd 2,5). Pelo Batismo, participam do sacerdócio de Cristo, de sua missão profética e régia; "sois a raça eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo de sua particular propriedade, a fim de que proclameis as excelências daquele que vos chamou das trevas para sua luz maravilhosa" (1Pd 2,9). O Batismo faz participar do sacerdócio comum dos fiéis
§ 1269 Feito membro da Igreja, o batizado não pertence mais a si mesmo, mas àquele que morreu e ressuscitou por nós. Logo, é chamado a submeter-se aos outros, a servi-los na comunhão da Igreja, a ser "obediente e dócil" aos chefes da Igreja e a considerá-los com respeito e afeição. Assim como o Batismo é a fonte de responsabilidades e de deveres, o batizado também goza de direitos dentro da Igreja: de receber os sacramentos, de ser alimentado com a Palavra de Deus e de ser sustentado pelos outros auxílios espirituais da Igreja.
§ 1270 "Tornados filhos de Deus pela regeneração (batismal], (os batizados) são obrigados a professar diante dos homens a fé que pela Igreja receberam de Deus" e a participar da atividade apostólica e missionária do povo de Deus.
§ 1279 O fruto do Batismo ou graça batismal é uma realidade rica que comporta: a remissão do pecado original e de todos os pecados pessoais; o nascimento para a vida nova, pelo qual o homem se torna filho adotivo do Pai, membro de Cristo, templo do Espírito Santo Com isto mesmo, o batizado é incorporado à Igreja, corpo de Cristo, e se torna participante do sacerdócio de Cristo.
§ 1694 Incorporados a Cristo pelo Batismo, os cristãos estão "mortos para o pecado e vivos para Deus em Cristo Jesus", participando assim da vida do Ressuscitado. Seguindo a Cristo e em união com ele, podem procurar "tornar-se imitadores de Deus como filhos amados e andar no amor", conformando seus pensamentos, palavras e ações aos "sentimentos de Cristo to Jesus e seguindo seus exemplos".
§ 2565 Na Nova Aliança, a oração é a relação viva dos filhos de Deus com seu Pai infinitamente bom, com seu Filho, Jesus Cristo, e com o Espírito Santo. A graça do Reino é a "união de toda a Santíssima Trindade com o espírito pleno". A vida de oração desta forma consiste em estar habitualmente na presença do Deus três vezes Santo e em comunhão com Ele. Esta comunhão de vida é sempre possível, porque, pelo Batismo, nos tomamos um mesmo ser com Cristo. A oração é cristã enquanto comunhão com Cristo e cresce na Igreja que é seu Corpo. Suas dimensões são as do Amor de Cristo.
§ 2782 Podemos adorar o Pai porque Ele nos fez renascer para sua Vida, adotando-nos como filhos em seu Filho único: pelo Batismo, Ele nos incorpora no Corpo de seu Cristo e, pela Unção de seu Espírito, que se derrama da Cabeça para os membros, faz de nós "cristos" (isto é, "ungidos").
Deus, que nos predestinou à adoção de filhos, tomou-nos conformes ao Corpo glorioso de Cristo. Doravante, portanto, como participantes do Cristo, vós sois com justa razão chamados "cristos".
O homem novo, renascido e restituído a seu Deus pela graça, diz, antes de mais nada, "Pai!", porque se tornou filho.
§ 2791 Por isso, apesar das divisões dos cristãos, a oração ao "nosso" Pai continua sendo o bem comum e um apelo urgente para todos os batizados. Em comunhão mediante a fé em Cristo e mediante o Batismo, devem eles participar na oração de Jesus para a unidade de seus discípulos
§ 2798 Podemos invocar a Deus como "Pai" porque o Filho de Deus feito homem no-lo revelou, Ele, em quem, pelo Batismo, somos incorporados e adotados como filhos de Deus.
B.2.33.3 Caráter selo espiritual indelével
§ 1272 Incorporado em Cristo pelo Batismo, o batizado é configurado a Cristo. O Batismo sela o cristão com um sinal espiritual indelével ("character") de sua pertença a Cristo. Pecado algum apaga esta marca, se bem que possa impedir o Batismo de produzir frutos de salvação. Dado uma vez por todas, o Batismo não pode ser reiterado.
§ 1273 Incorporados à Igreja pelo Batismo, os fiéis receberam o caráter sacramental que os consagra para o culto religioso cristão. O selo batismal capacita e compromete os cristãos a servirem a Deus em uma participação viva na sagrada liturgia da Igreja e a exercerem seu sacerdócio batismal pelo testemunho de uma vida santa e de uma caridade eficaz.
§ 1274 O "selo do Senhor" ("Dominicus character") é o selo com o qual o Espírito Santo nos marcou "para o dia da redenção" (Ef 4,30). "O Batismo, com efeito, é o selo da vida eterna." O fiel que tiver "guardado o selo" até o fim, isto é, que tiver permanecido fiel às exigências de seu Batismo, poderá caminhar "marcado pelo sinal da fé", com a fé de seu Batismo, à espera da visão feliz de Deus - consumação da fé - e na esperança da ressurreição.
§ 1280 O Batismo imprime na alma um sinal espiritual indelével, o caráter, que consagra o batizado ao culto da religião cristã. Em razão do caráter, o Batismo não pode ser reiterado.
B.2.33.4 Comunhão com a Igreja
§ 838 Por muitos títulos a Igreja sabe-se ligada aos batizados que são ornados com o nome cristão, mas não professam na íntegra a fé ou não guardam a unidade da comunhão sob o Sucessor de Pedro." "Aqueles que crêem em Cristo e foram devidamente batizados estão constituídos em certa comunhão, embora não perfeita, com a Igreja católica." Com as Igrejas ortodoxas, esta comunhão é tão profunda "que falta bem pouco para que ela atinja a plenitude que autoriza uma celebração comum da Eucaristia do Senhor".
§ 846 Como entender esta afirmação, com freqüência repetida pelos Padres da Igreja? Formulada de maneira positiva, ela significa que toda salvação vem de Cristo-Cabeça por meio da Igreja, que é seu Corpo:
Apoiado na Sagrada Escritura e na Tradição, [o Concílio] ensina que esta Igreja peregrina é necessária para a salvação. O único mediador e caminho da salvação é Cristo, que se nos torna presente em seu Corpo, que é a Igreja. Ele, porém, inculcando com palavras expressas a necessidade da fé e do batismo, ao mesmo tempo confirmou a necessidade da Igreja, na qual os homens entram pelo Batismo, como que por uma porta. Por isso não podem salvar-se aqueles que, sabendo que a Igreja católica foi fundada por Deus por meio de Jesus Cristo como instituição necessária, apesar disso não quiserem nela entrar ou nela perseverar.
§ 1267 O Batismo faz-nos membros do Corpo de Cristo. "Somos membros uns dos outros" (Ef 4,25). O Batismo incorpora à Igreja. Das fontes batismais nasce o único povo de Deus da nova aliança, que supera todos os limites naturais ou humanos das nações, das culturas, das raças e dos sexos: "Fomos todos batizados num só Espírito para sermos um só corpo" (1Cor 12,13).
§ 1268 Os batizados tornaram-se "pedras vivas" para a "construção de um edifício espiritual, para um sacerdócio santo" (1 Pd 2,5). Pelo Batismo, participam do sacerdócio de Cristo, de sua missão profética e régia; "sois a raça eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo de sua particular propriedade, a fim de que proclameis as excelências daquele que vos chamou das trevas para sua luz maravilhosa" (1Pd 2,9). O Batismo faz participar do sacerdócio comum dos fiéis.
§ 1269 Feito membro da Igreja, o batizado não pertence mais a si mesmo, mas àquele que morreu e ressuscitou por nós. Logo, é chamado a submeter-se aos outros, a servi-los na comunhão da Igreja, a ser "obediente e dócil" aos chefes da Igreja e a considerá-los com respeito e afeição. Assim como o Batismo é a fonte de responsabilidades e de deveres, o batizado também goza de direitos dentro da Igreja: de receber os sacramentos, de ser alimentado com a Palavra de Deus e de ser sustentado pelos outros auxílios espirituais da Igreja.
§ 1270 "Tornados filhos de Deus pela regeneração (batismal], (os batizados) são obrigados a professar diante dos homens a fé que pela Igreja receberam de Deus" e a participar da atividade apostólica e missionária do povo de Deus.
§ 1273 Incorporados à Igreja pelo Batismo, os fiéis receberam o caráter sacramental que os consagra para o culto religioso cristão. O selo batismal capacita e compromete os cristãos a servirem a Deus em uma participação viva na sagrada liturgia da Igreja e a exercerem seu sacerdócio batismal pelo testemunho de uma vida santa e de uma caridade eficaz.
§ 1277 O Batismo constitui o nascimento para a vida nova em Cristo. Segundo a vontade do Senhor, ele é necessário para a salvação, como a própria Igreja, na qual o Batismo introduz.
§ 1279
O fruto do Batismo ou graça batismal é uma realidade rica que comporta: a remissão do pecado original e de todos os pecados pessoais; o nascimento para a vida nova, pelo qual o homem se torna filho adotivo do Pai, membro de Cristo, templo do Espírito Santo Com isto mesmo, o batizado é incorporado à Igreja, corpo de Cristo, e se torna participante do sacerdócio de Cristo.
B.2.33.5 Consagração para o sacerdócio santo
§ 1119 Formando com Cristo-Cabeça "como que uma única pessoa mística", a Igreja age nos sacramentos como "comunidade sacerdotal", "organicamente estruturada". Pelo Batismo e pela Confirmação, o povo sacerdotal é capacitado a celebrar a liturgia; por outro lado, certos fiéis, "revestidos de uma ordem sagrada, são instituídos em nome de Cristo para apascentar a Igreja por meio da palavra e da graça de Deus".
§ 1141 A assembléia que celebra é a comunidade dos batizados, os quais, "pela regeneração e unção do Espírito Santo, são consagrados para serem casa espiritual e sacerdócio santo e para poderem oferecer um sacrifício espiritual toda atividade humana do cristão". Este "sacerdócio comum" é o de Cristo, único sacerdote, participado por todos os seus membros:
A mãe Igreja deseja ardentemente que todos os fiéis sejam levados àquela plena, consciente e ativa participação nas celebrações litúrgicas que a própria natureza da liturgia exige e à qual, por força do batismo, o povo cristão, "geração escolhida, sacerdócio régio, gente santa, povo de conquista" (1 Pd 2,9), tem direito e obrigação.
§ 1305 O "caráter" aperfeiçoa o sacerdócio comum dos fiéis, recebido no Batismo, e "o confirmado recebe o poder de confessar a fé de Cristo publicamente, e como que em virtude de um ofício (quasi ex ofício)".
§ 1546 Cristo, sumo sacerdote e único mediador, fez da Igreja "um Reino de sacerdotes para Deus, seu Pai" (Cf Ap 1,6; 5,9-10; 1 Pd 2,5.9). Toda comunidade dos fiéis é, como tal, sacerdotal. Os fiéis exercem seu sacerdócio batismal por meio de sua participação, cada qual segundo sua própria vocação, na missão de Cristo, Sacerdote, Profeta e Rei. E pelos sacramentos do Batismo e da Confirmação que os fiéis são "consagrados para ser... um sacerdócio santo".
§ 1591 Toda a Igreja é um povo sacerdotal. Graças ao Batismo, todos os fiéis participam do sacerdócio de Cristo. Esta participação se chama "sacerdócio comum dos fiéis". Baseado nele e a seu serviço existe outra participação na missão de Cristo, a do ministério conferido pelo sacramento da Ordem, cuja tarefa é servir em nome e na pessoa de Cristo Cabeça no meio da comunidade.
B.2.33.6 Deveres e direitos provenientes do Batismo
§ 1269 Feito membro da Igreja, o batizado não pertence mais a si mesmo, mas àquele que morreu e ressuscitou por nós. Logo, é chamado a submeter-se aos outros, a servi-los na comunhão da Igreja, a ser "obediente e dócil" aos chefes da Igreja e a considerá-los com respeito e afeição. Assim como o Batismo é a fonte de responsabilidades e de deveres, o batizado também goza de direitos dentro da Igreja: de receber os sacramentos, de ser alimentado com a Palavra de Deus e de ser sustentado pelos outros auxílios espirituais da Igreja.
§ 1270 "Tornados filhos de Deus pela regeneração (batismal], (os batizados) são obrigados a professar diante dos homens a fé que pela Igreja receberam de Deus" e a participar da atividade apostólica e missionária do povo de Deus.
B.2.33.7 Dom das virtudes teologais e dons do Espírito Santo e a virtude do mérito
§ 1266 A Santíssima Trindade dá ao batizado a graça santificante, a graça da justificação, a qual
torna-o capaz de crer em Deus, de esperar nele e de amá-lo por meio das virtudes teologais;
concede-lhe o poder de viver e agir sob a moção do Espírito Santo por seus dons;
permite-lhe crescer no bem pelas virtudes morais.
Assim, todo o organismo da vida sobrenatural do cristão tem sua raiz no santo Batismo.
B.2.33.8 Dom de fé e de vida nova
§ 168 É antes de tudo a Igreja que crê e que desta forma carrega, alimenta e sustenta minha fé. E antes de tudo a Igreja que, em toda parte, confessa o Senhor ("Te per orbem terrarum sancta confitetur Ecclesia A vós por toda a terra proclama a Santa Igreja", assim cantamos no Te Deum), e com ela e nela também nós somos impulsionados e levados a confessar: "Eu creio", "nos cremos". É por intermédio da Igreja que recebemos a fé e a vida nova no Cristo pelo batismo. No "Ritual Romano", o ministro do batismo pergunta ao catecúmeno: "Que pedes à Igreja de Deus?" E a resposta: "A fé." "E que te dá a fé?" "A vida eterna."
§ 1236 O anúncio da Palavra de Deus ilumina com a verdade revelada os candidatos e a assembléia, e suscita a resposta da fé, inseparável do Batismo. Com efeito, o Batismo é de maneira especial "o sacramento da fé", uma vez que é a entrada sacramental na vida de fé.
§ 1253 O batismo é o sacramento da fé. Mas a fé tem necessidade da comunidade dos crentes. Cada um dos fiéis só pode crer dentro da fé da Igreja. A fé que se requer para o Batismo não é uma fé perfeita e madura, mas um começo, que deve desenvolver-se. Ao catecúmeno ou a seu padrinho é feita a pergunta: "Que pedis à Igreja de Deus?". E ele responde: "A fé!".
§ 1254 Em todos os batizados, crianças ou adultos, a fé deve crescer após o Batismo. E por isso que a Igreja celebra cada ano, na noite pascal, a renovação das promessas batismais. A preparação para o Batismo leva apenas ao limiar da vida nova. O Batismo é a fonte da vida nova em Cristo, fonte esta da qual brota toda a vida cristã.
§ 1255 Para que a graça batismal possa desenvolver-se, é importante a ajuda dos pais. Este é também o papel do padrinho ou da madrinha, que devem ser cristãos firmes, capazes e prontos a ajudar o novo batizado, criança ou adulto, em sua caminhada na vida cristã. A tarefa deles é uma verdadeira função eclesial ("officium"). A comunidade eclesial inteira tem uma parcela de responsabilidade no desenvolvimento e na conservação da graça recebida no Batismo.
B.2.33.9 Efeito vivificante da palavra de Deus
§ 1228 O Batismo é, pois, um banho de água no qual "a semente incorruptível" da Palavra de Deus produz seu efeito vivificante. Santo Agostinho dirá do Batismo: "Accedit verbum ad elementum, et fit Sacramentum - Une-se a palavra ao elemento, e acontece o sacramento".
B.2.33.10 Ingresso na Igreja no povo de Deus
§ 782 O Povo de Deus tem características que o distinguem nitidamente de todos os agrupamentos religiosos, étnicos, políticos ou culturais da história:
Ele é o Povo de Deus: Deus não pertence, como propriedade, a nenhum povo. Mas adquiriu para si um povo dentre os que outrora não eram um povo: "Uma raça eleita, um sacerdócio régio, uma nação santa" (1Pd 2,9).
A pessoa torna-se membro deste povo não pelo nascimento físico, mas pelo "nascimento do alto", "da água e do Espírito" (Jo 3,3-5), isto é, pela fé em Cristo e pelo Batismo.
Este povo tem por Chefe (Cabeça) Jesus Cristo (Ungido, Messias); pelo fato de a mesma Unção, o Espírito Santo, fluir da Cabeça para o Corpo, ele é "o Povo messiânico".
A condição deste povo é a dignidade da liberdade dos filhos de Deus: nos corações deles, como em um templo, reside o Espírito Santo
"Sua lei é o mandamento novo de amar como Cristo mesmo nos amou.". É a lei "nova" do Espírito Santo.
Sua missão é ser o sal da terra e a luz do mundo. "Ele constitui para todo o gênero humano o mais forte germe de unidade, esperança e salvação."
Finalmente, sua meta é "o Reino de Deus, iniciado na terra por Deus mesmo, Reino a ser estendido mais e mais, até que, no fim dos tempos, seja consumado por Deus mesmo".
§ 784 Ao entrar no Povo de Deus pela fé e pelo Batismo, recebe-se participação na vocação única deste povo, em sua vocação sacerdotal: "Cristo Senhor, Pontífice tomado dentre os homens, fez do novo povo 'um reino e sacerdotes para Deus Pai'. Pois os batizados, pela regeneração e unção do Espírito Santo, são consagrados para ser uma morada espiritual e sacerdócio santo.
§ 804 Ingressa-se no Povo de Deus pela fé e pelo Batismo. "Todos os homens são chamados a fazer parte do Povo de Deus", a fim de que, em Cristo, "os homens constituam uma só família e um só Povo de Deus".
§ 846 Como entender esta afirmação, com freqüência repetida pelos Padres da Igreja? Formulada de maneira positiva, ela significa que toda salvação vem de Cristo-Cabeça por meio da Igreja, que é seu Corpo:
Apoiado na Sagrada Escritura e na Tradição, [o Concílio] ensina que esta Igreja peregrina é necessária para a salvação. O único mediador e caminho da salvação é Cristo, que se nos torna presente em seu Corpo, que é a Igreja. Ele, porém, inculcando com palavras expressas a necessidade da fé e do batismo, ao mesmo tempo confirmou a necessidade da Igreja, na qual os homens entram pelo Batismo, como que por uma porta. Por isso não podem salvar-se aqueles que, sabendo que a Igreja católica foi fundada por Deus por meio de Jesus Cristo como instituição necessária, apesar disso não quiserem nela entrar ou nela perseverar.
§ 950 A comunhão dos sacramentos. "O fruto de todos os sacramentos pertence a todos os fiéis. Com efeito, os sacramentos, e sobretudo o Batismo, que é a porta pela qual se entra na Igreja, são igualmente vínculos sagrados que os unem a todos e os incorporam a Jesus Cristo. A comunhão dos santos é a comunhão operada pelos sacramentos... O nome comunhão pode ser aplicado a cada sacramento, pois todos eles nos unem a Deus... Contudo, mais do que a qualquer outro, este nome convém à Eucaristia, porque é principalmente ela que consuma esta comunhão."
§ 1185 O congraçamento do povo de Deus começa pelo Batismo; por isso, a igreja deve ter um lugar para a celebração do Batismo (batistério) e fazer com que o povo lembre as promessas feitas na celebração do Batismo. (O persignar-se com água benta faz lembrar o Batismo.)
A renovação da vida batismal exige a penitência. Por isso, a Igreja deve prestar-se à expressão do arrependimento e ao recebimento do perdão, o que exige um lugar apropriado para acolher os penitentes.
A igreja deve também ser um espaço que convide ao recolhimento e à oração silenciosa, que prolongue e interiorize a grande oração da Eucaristia.
§ 1277 O Batismo constitui o nascimento para a vida nova em Cristo. Segundo a vontade do Senhor, ele é necessário para a salvação, como a própria Igreja, na qual o Batismo introduz.
B.2.33.11 Justificação e Batismo
§ 1987 A graça do Espírito Santo tem o poder de nos justificar, isto é, purificar-nos de nossos pecados e comunicar-nos "a justiça de Deus pela fé em Jesus Cristo" e pelo batismo.
Mas, se morremos com Cristo, temos fé de que também viveremos com Ele, sabendo que Cristo, uma vez ressuscitado dentre os mortos, já não morre, a morte não tem mais domínio sobre Ele. Porque, morrendo, Ele morreu para o pecado uma vez por todas; vivendo, Ele vive para Deus. Assim também vós considerai-vos mortos para o pecado e vivos para Deus em Cristo Jesus (Rm 6,8-11).
§ 1992 A justificação nos foi merecida pela paixão de Cristo, que se ofereceu na cruz como hóstia viva, santa e agradável a Deus, e cujo sangue se tornou instrumento de propiciação pelos pecados de toda a humanidade. A justificação é concedida pelo Batismo, sacramento da fé. Toma-nos conformes à justiça de Deus, que nos faz interiormente justos pelo poder de sua misericórdia. Tem como alvo a glória de Deus e de Cristo, e o dom da vida eterna:
Agora, porém, independentemente da lei, se manifestou a justiça de Deus, testemunhada pela lei e pelos profetas, justiça de Deus que opera pela fé em Jesus Cristo, em favor de todos os que crêem pois não há diferença, sendo que todos pecaram e todos estão privados da glória de Deus e são justificados gratuitamente, por sua graça, em virtude da redenção realizada em Cristo Jesus. Deus o expôs como instrumento de propiciação, por seu próprio sangue, mediante a fé. Ele queria assim manifestar sua justiça, pelo fato de ter deixado sem punição os pecados de outrora, no tempo da paciência de Deus; ele queria manifestar sua justiça no tempo presente, para mostrar-se justo e para justificar aquele que tem fé em Jesus (Rm 3,21-26).
§ 2020 A justificação nos foi merecida pela Paixão de Cristo e nos é concedida por meio do Batismo. Faz-nos conformes à justiça de Deus, que nos torna justos. Tem como meta a glória de Deus e de Cristo e o dom da Vida Eterna. É a obra mais excelente da misericórdia de Deus.
§ 2813 Na água do Batismo fomos "lavados, santificados, justificados em nome do Senhor Jesus Cristo e pelo Espírito de nosso Deus" (1 Cor 6,11). Durante toda nossa vida, nosso Pai "nos chama à santidade" (l Ts 4,7). E, já que é "por ele que vós sois em Cristo Jesus, que se tornou para nós santificação" (1 Cor 1,30), contribui para sua Glória e para nossa vida o fato de seu nome ser santificado em nós e por nós. Essa é a urgência de nosso primeiro pedido.
Quem poderia santificar a Deus, já que é Ele mesmo quem santifica? Mas, inspirando-nos nesta palavra: "Sede santos porque eu sou Santo" (Lv 11,44), nós pedimos que, santificado pelo Batismo, perseveremos naquilo que começamos a ser. pedimo-lo todos os dias, porque cometemos faltas todos os dia e devemos purificar-nos de nossos pecados por uma santificação retomada sem cessar... Recorremos, portanto, à oração para esta santidade permaneça em nós.
B.2.33.12 Nova criatura nascida no Espírito
§ 168 É antes de tudo a Igreja que crê e que desta forma carrega, alimenta e sustenta minha fé. E antes de tudo a Igreja que, em toda parte, confessa o Senhor ("Te per orbem terrarum sancta confitetur Ecclesia A vós por toda a terra proclama a Santa Igreja", assim cantamos no Te Deum), e com ela e nela também nós somos impulsionados e levados a confessar: "Eu creio", "nos cremos". É por intermédio da Igreja que recebemos a fé e a vida nova no Cristo pelo batismo. No "Ritual Romano", o ministro do batismo pergunta ao catecúmeno: "Que pedes à Igreja de Deus?" E a resposta: "A fé." "E que te dá a fé?" "A vida eterna."
§ 507 Maria é ao mesmo tempo Virgem e Mãe por ser a figura e a mais perfeita realização da Igreja "A Igreja... torna-se também ela Mãe por meio da palavra de Deus que ela recebe na fé, pois pela pregação e pelo Batismo ela gera para a vida nova e imortal os filhos concebidos do Espírito Santo e nascidos de Deus. Ela é também a virgem que guarda, íntegra e puramente, a fé dada a seu Esposo."
§ 683 "Ninguém pode dizer ‘Jesus é Senhor’ a não ser no Espírito Santo" (1Cor 12,3). "Deus enviou a nossos corações o Espírito de seu Filho que clama: Abbá, Pai!" (Gl 4,6). Este conhecimento de fé só é possível no Espírito Santo Para estar em contato com Cristo, é preciso primeiro ter sido tocado pelo Espírito Santo É ele que nos precede e suscita em nós a fé. Por nosso Batismo, primeiro sacramento da fé, a Vida, que tem sua fonte no Pai e nos é oferecida no Filho, nos é comunicada intimamente e pessoalmente pelo Espírito Santo na Igreja:
O Batismo nos concede a graça do novo nascimento em Deus Pai por meio de seu Filho no Espírito Santo Pois os que têm o Espírito de Deus são conduzidos ao Verbo, isto é, ao Filho; mas o Filho os apresenta ao Pai, e o Pai lhes concede a incorruptibilidade. Portanto, sem o Espírito não é possível ver o Filho de Deus, e sem o Filho ninguém pode aproximar-se do Pai, pois o conhecimento do Pai é o Filho, e o conhecimento do Filho de Deus se faz pelo Espírito Santo.
§ 1010 Graças a Cristo, a morte cristã tem um sentido positivo. "Para mim, a vida é Cristo, e morrer é lucro" (Fl 1,21). "Fiel é esta palavra: se com Ele morremos, com Ele viveremos" (2Tm 1,11). A novidade essencial da morte cristã está nisto: pelo Batismo, o cristão já está sacramentalmente "morto com Cristo", para Viver de uma vida nova; e, se morrermos na graça de Cristo, a morte física consuma este "morrer com Cristo" e completa, assim, nossa incorporação a ele em seu ato redentor:
É bom para mim morrer em ("eis") Cristo Jesus, melhor do que reinar até as extremidades da terra. É a Ele que procuro, Ele que morreu por nós: é Ele que quero, Ele que ressuscitou por nós. Meu nascimento aproxima-se. (...) Deixai-me receber a pura luz; quando tiver chegado lá, serei homem.
§ 1227 Segundo o apóstolo São Paulo, pelo Batismo o crente comunga na morte de Cristo; é sepultado e ressuscita com ele:
Batizados em Cristo Jesus, em sua morte é que fomos batizados. Portanto, pelo Batismo fomos sepultados com ele na morte para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também nós vivamos vida nova (Rm 6,3-4). Os batizados "vestiram-se de Cristo". Pelo Espírito Santo, o Batismo é um banho que purifica, santifica e justifica.
§ 1262 Os diferentes efeitos do Batismo são significados pelos elementos sensíveis do rito sacramental. O mergulho na água faz apelo ao simbolismo da morte e da purificação, mas também da regeneração e da renovação. Os dois efeitos principais são, pois, a purificação dos pecados e o novo nascimento no Espírito Santo.
§ 1265 O Batismo não somente purifica de todos os pecados, mas também faz do neófito "uma criatura nova", um filho adotivo de Deus que se tornou "participante da natureza divina", membro de Cristo e co-herdeiro com ele, templo do Espírito Santo.
§ 1266
A Santíssima Trindade dá ao batizado a graça santificante, a graça da justificação, a qual
torna-o capaz de crer em Deus, de esperar nele e de amá-lo por meio das virtudes teologais;
concede-lhe o poder de viver e agir sob a moção do Espírito Santo por seus dons;
permite-lhe crescer no bem pelas virtudes morais.
Assim, todo o organismo da vida sobrenatural do cristão tem sua raiz no santo Batismo.
§ 1277 O Batismo constitui o nascimento para a vida nova em Cristo. Segundo a vontade do Senhor, ele é necessário para a salvação, como a própria Igreja, na qual o Batismo introduz.
§ 1279 O fruto do Batismo ou graça batismal é uma realidade rica que comporta: a remissão do pecado original e de todos os pecados pessoais; o nascimento para a vida nova, pelo qual o homem se torna filho adotivo do Pai, membro de Cristo, templo do Espírito Santo Com isto mesmo, o batizado é incorporado à Igreja, corpo de Cristo, e se torna participante do sacerdócio de Cristo.
B.2.33.13 Participação da vida da Trindade
§ 265 Pela graça do Batismo "em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo" (Mt 28,19) somos chamados a compartilhar da vida da Santíssima Trindade, aqui na terra, na obscuridade da fé, e para além da morte, na luz eterna.
B.2.33.14 Perdão dos pecados
§ 403 Na linha de São Paulo, a Igreja sempre ensinou que a imensa miséria que oprime os homens e sua inclinação para o mal e para a morte são incompreensíveis, a não ser referindo-se ao pecado de Adão e sem o fato de que este nos transmitiu um pecado que por nascença nos afeta a todos e é "morte da alma". Em razão desta certeza de fé, a Igreja ministra o batismo para a remissão dos pecados mesmo às crianças que não cometeram pecado pessoal.
§ 405 Embora próprio a cada um, o pecado original não tem, em nenhum descendente de Adão, um caráter de falta pessoal. É a privação da santidade e da justiça originais, mas a natureza humana não é totalmente corrompida: ela é lesada em suas próprias forças naturais, submetida à ignorância, ao sofrimento e ao império da morte, e inclinada ao pecado (esta propensão ao mal é chamada "concupiscência"). O Batismo, ao conferir a vida da graça de Cristo, apaga o pecado original e faz o homem voltar para Deus. Porém, as conseqüências de tal pecado sobre a natureza, enfraquecida e inclinada ao mal, permanecem no homem e o incitam ao combate espiritual.
§ 628 O Batismo, cujo sinal original e pleno é a imersão, significa eficazmente a descida ao túmulo do cristão que morre para o pecado com Cristo em vista de uma vida nova: "Pelo Batismo nós fomos sepultados com Cristo na morte, a fim de que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também nós vivamos vida nova" (Rm 6,4).
§ 977 Nosso Senhor ligou o perdão dos pecados à fé e ao Batismo: "Ide por todo o mundo e proclamai o Evangelho a toda criatura. Aquele que crer e for batizado será salvo" (Mc 16,15.16). O Batismo é o primeiro e principal sacramento do perdão dos pecados, porque nos une a Cristo morto por nossos pecados, ressuscitado para nossa justificação, para que "também vivamos vida nova" (Rm 6,4).
§ 978 "No momento em que fazemos nossa primeira profissão de fé, recebendo o santo Batismo que nos purifica, o perdão que recebemos é tão pleno e tão completo que não nos resta absolutamente nada a apagar, seja do pecado original, seja dos pecados cometidos por nossa própria vontade, nem nenhuma pena a sofrer para expiá-los. (...) Contudo, a graça do Batismo não livra ninguém de todas as fraquezas da natureza. Pelo contrário, ainda temos de combater os movimentos da concupiscência, que não cessam de arrastar-nos para o mal."
§ 979 Neste combate contra a inclinação para o mal, quem seria suficientemente forte e vigilante para evitar toda ferida do pecado? "Se, portanto, era necessário que a Igreja tivesse o poder de perdoar os pecados, também era preciso que o Batismo não fosse para ela o único meio de servir-se dessas chaves do Reino dos Céus, que havia recebido de Jesus Cristo; era preciso que ela fosse capaz de perdoar as faltas a todos os penitentes, ainda que tivessem pecado até o último instante de sua vida."
§ 980 É pelo sacramento da Penitência que o batizado pode ser reconciliado com Deus e com a Igreja:
Os Padres da Igreja com razão chamavam a Penitência de "um Batismo laborioso". O sacramento da Penitência é necessário para a salvação daqueles que caíram depois do Batismo, assim como o Batismo é necessário para os que ainda não foram regenerados.
§ 981 Depois de sua Ressurreição, Cristo enviou seus Apóstolos para "anunciar a todas as nações o arrependimento em seu Nome, em vista da remissão dos pecados" (Lc 24,47). Este "ministério da reconciliação" (2Cor 5,18) os Apóstolos e seus sucessores não o exercem somente anunciando aos homens o perdão de Deus merecido para nós por Cristo e chamando-os à conversão e à fé, mas também comunicando-lhes a remissão dos pecados pelo Batismo e reconciliando-os com Deus e com a Igreja graças ao poder das chaves recebido de Cristo:
A Igreja recebeu as chaves do Reino dos Céus para que se opere nela a remissão dos pecados pelo sangue de Cristo pela ação do Espírito Santo É nesta Igreja que a alma revive, ela que estava morta pelos pecados, a fim de viver com Cristo, cuja graça nos [a1] salvou.
§ 985 O Batismo é o primeiro e o principal sacramento para o perdão dos pecados: une-nos a Cristo morto e ressuscitado nos dá o Espírito Santo
§ 1213 O santo Batismo é o fundamento de toda a vida cristã, a porta da vida no Espírito ("vitae spiritualis janua") e a porta que abre o acesso aos demais sacramentos. Pelo Batismo somos libertados do pecado e regenerados como filhos de Deus, tornamo-os membros de Cristo, somos incorporados à Igreja e feitos participantes de sua missão: "Baptismus está sacramentum regenerationis per aquam in verbo O Batismo é o sacramento da regeneração pela água na Palavra"
§ 1216 "Este banho é chamado iluminação, porque aqueles que recebem este ensinamento [catequético] têm o espírito iluminado..." Depois de receber no Batismo o Verbo, "a luz verdadeira que ilumina todo homem" (Jo 1,9), o batizado, "após ter sido iluminado", se converte em "filho da luz" e em "luz" ele mesmo (Ef 5,8):
O Batismo é o mais belo e o mais magnífico dom de Deus. (...) chamamo-lo de dom, graça, unção, iluminação, veste de incorruptibilidade, banho de regeneração, selo, e tudo o que existe de mais precioso. Dom, porque é conferido àqueles que nada trazem; graça, porque é dado até a culpados; Batismo, porque o pecado é sepultado na água; unção, porque é sagrado e régio (tais são os que são ungidos); iluminação, porque é luz resplandecente; veste, porque cobre nossa vergonha; banho, porque lava; selo, porque nos guarda e é o sinal do senhorio de Deus.
§ 1262 Os diferentes efeitos do Batismo são significados pelos elementos sensíveis do rito sacramental. O mergulho na água faz apelo ao simbolismo da morte e da purificação, mas também da regeneração e da renovação. Os dois efeitos principais são, pois, a purificação dos pecados e o novo nascimento no Espírito Santo.
§ 1263 Pelo Batismo, todos os pecados são perdoados: o pecado original e todos os pecados pessoais, bem como todas as penas do pecado. Com efeito, naqueles que foram regenerados não resta nada que os impeça de entrar no Reino de Deus: nem o pecado de Adão, nem o pecado pessoal, nem as seqüelas do pecado, das quais a mais grave é a separação de Deus
§ 1264 No batizado, porém, certas conseqüências temporais do pecado permanecem, tais como os sofrimentos, a doença, a morte ou as fragilidades inerentes à vida, como as fraquezas de caráter etc., assim como a propensão ao pecado, que a Tradição chama de concupiscência ou, metaforicamente, o "incentivo do pecado" (fomes peccati"): "Deixada para os nossos combates, a concupiscência não é capaz de prejudicar aqueles que, não consentindo nela, resistem com coragem pela graça de Cristo. Mais ainda: 'um atleta não recebe a coroa se não lutou segundo as regras' (2Tm 2,5).
§ 1265 O Batismo não somente purifica de todos os pecados, mas também faz do neófito "uma criatura nova", um filho adotivo de Deus que se tornou "participante da natureza divina", membro de Cristo e co-herdeiro com ele, templo do Espírito Santo.
§ 1266 A Santíssima Trindade dá ao batizado a graça santificante, a graça da justificação, a qual torna-o capaz de crer em Deus, de esperar nele e de amá-lo por meio das virtudes teologais; concede-lhe o poder de viver e agir sob a moção do Espírito Santo por seus dons; permite-lhe crescer no bem pelas virtudes morais.
Assim, todo o organismo da vida sobrenatural do cristão tem sua raiz no santo Batismo.
§ 1279 O fruto do Batismo ou graça batismal é uma realidade rica que comporta: a remissão do pecado original e de todos os pecados pessoais; o nascimento para a vida nova, pelo qual o homem se torna filho adotivo do Pai, membro de Cristo, templo do Espírito Santo Com isto mesmo, o batizado é incorporado à Igreja, corpo de Cristo, e se torna participante do sacerdócio de Cristo.
§ 1334 Na antiga aliança, o pão e o vinho são oferecidos em sacrifício entre as primícias da terra, em sinal de reconhecimento ao Criador. Mas eles recebem também um novo significado no contexto do êxodo: os pães ázimos que Israel come cada ano na Páscoa comemoram a pressa da partida libertadora do Egito; a recordação do maná do deserto há de lembrar sempre a Israel que ele vive do pão da Palavra de Deus. Finalmente, o pão de todos os dias é o fruto da Terra Prometida, penhor da fidelidade de Deus às suas promessas. O "cálice de bênção" (1Cor 10,16), no fim da refeição pascal dos judeus, acrescenta à alegria festiva do vinho uma dimensão escatológica: da espera messiânica do restabelecimento de Jerusalém. Jesus instituiu sua Eucaristia dando um sentido novo e definitivo à bênção do Pão e do Cálice.
§ 1694 Incorporados a Cristo pelo Batismo, os cristãos estão "mortos para o pecado e vivos para Deus em Cristo Jesus", participando assim da vida do Ressuscitado. Seguindo a Cristo e em união com ele, podem procurar "tornar-se imitadores de Deus como filhos amados e andar no amor", conformando seus pensamentos, palavras e ações aos "sentimentos de Cristo to Jesus e seguindo seus exemplos".
§ 2520 O Batismo confere àquele que o recebe a graça da purificação de todos os pecados. Mas o batizado deve continuar a lutar contra a concupiscência da carne e as cobiças desordenadas. Com a graça de Deus, alcançará a pureza de coração: pela virtude e pelo dom da castidade, pois a castidade permite amar com um coração reto e indiviso; pela pureza de intenção, que consiste em ter em vista o fim verdadeiro do homem; com uma atitude simples, o batizado procura encontrar e realizar a vontade de Deus em todas as coisas; pela pureza do olhar, exterior e interior; pela disciplina dos sentimentos e da imaginação; pela recusa de toda complacência nos pensamentos impuros que tendem a desviar do caminho dos mandamentos divinos: "A desperta a paixão dos insensatos" (Sb 15,5); pela oração:Eu julgava que a continência dependia de minhas próprias forças... forças que eu não conhecia em mim. E eu era tão insensato que não sabia que ninguém pode ser continente, se vos lho concedeis. E sem dúvida mo teríeis concedido, se com gemidos interiores vos ferisse os ouvidos e, com firme fé, pusesse em vós minha preocupação.
B.2.33.15 Salvação final e Batismo
§ 1023 Os que morrem na graça e na amizade de Deus, e que estão totalmente purificados, vivem para sempre com Cristo. São para sempre semelhantes a Deus, porque o vêem "tal como ele é" (1Jo 3,2), face a face (1Cor 13,12):
Com nossa autoridade apostólica definimos que, segundo a disposição geral de Deus, as almas de todos os santos mortos antes da Paixão de Cristo (...) e de todos os outros fiéis mortos depois de receberem o santo Batismo de Cristo, nos quais não houve nada a purificar quando morreram, (...) ou ainda, se houve ou há algo a purificar, quando, depois de sua morte, tiverem acabado de fazê-lo, (...) antes mesmo da ressurreição em seus corpos e do juízo geral, e isto desde a ascensão do Senhor e Salvador Jesus Cristo ao céu, estiveram, estão e estarão no Céu, no Reino dos Céus e no paraíso celeste com Cristo, admitidos na sociedade dos santos anjos. Desde a paixão e a morte de Nosso Senhor Jesus Cristo, viram e vêem a essência divina com uma visão intuitiva e até face a face, sem a mediação de nenhuma criatura.
§ 2068 O Concílio de Trento ensina que os dez mandamentos obrigam os cristãos e que o homem justificado ainda está obrigado a observá-los. E o Concílio Vaticano II afirma a mesma doutrina:
"Como sucessores dos Apóstolos, os Bispos recebem do Senhor (...)a missão de ensinar a todos os povos e pregar o Evangelho a toda criatura, a fim de que os homens todos, pela fé, pelo Batismo e pela observância dos mandamentos, alcancem a salvação"
B.2.33.16 Santificação e Batismo
§ 2813 Na água do Batismo fomos "lavados, santificados, justificados em nome do Senhor Jesus Cristo e pelo Espírito de nosso Deus" (1 Cor 6,11). Durante toda nossa vida, nosso Pai "nos chama à santidade" (l Ts 4,7). E, já que é "por ele que vós sois em Cristo Jesus, que se tornou para nós santificação" (1 Cor 1,30), contribui para sua Glória e para nossa vida o fato de seu nome ser santificado em nós e por nós. Essa é a urgência de nosso primeiro pedido.
Quem poderia santificar a Deus, já que é Ele mesmo quem santifica? Mas, inspirando-nos nesta palavra: "Sede santos porque eu sou Santo" (Lv 11,44), nós pedimos que, santificado pelo Batismo, perseveremos naquilo que começamos a ser. pedimo-lo todos os dias, porque cometemos faltas todos os dia e devemos purificar-nos de nossos pecados por uma santificação retomada sem cessar... Recorremos, portanto, à oração para esta santidade permaneça em nós.
B.2.33.17 União com Cristo morto no Batismo
§ 790 Os crentes que respondem à Palavra de Deus e se tornam membros do Corpo de Cristo ficam estreitamente unidos a Cristo: "Neste corpo, a vida de Cristo se difunde por meio dos crentes que os sacramentos, de forma misteriosa e real, unem a Cristo sofredor e glorificado" Isto é particularmente verdade com relação ao Batismo, pelo qual somos unidos à morte e à Ressurreição de Cristo, e com relação à Eucaristia, pela qual, "participando realmente do Corpo de Cristo", "somos elevados à comunhão com ele e entre nós"
§ 1002 Se é verdade que Cristo nos ressuscitará "no último dia", também que, de certo modo, já ressuscitamos com Cristo. Pois, graças ao Espírito Santo, a vida cristã é, já agora na terra, uma participação na morte e na ressurreição de Cristo:
Fostes sepultados com Ele no Batismo, também com Ele ressuscitastes, pela fé no poder de Deus, que o ressuscitou dos mortos. (...) Se, pois, ressuscitastes com Cristo, procurai as coisas do alto, onde Cristo está sentado à direita de Deus (Cl 2,12;3,1).
§ 1010 Graças a Cristo, a morte cristã tem um sentido positivo. "Para mim, a vida é Cristo, e morrer é lucro" (Fl 1,21). "Fiel é esta palavra: se com Ele morremos, com Ele viveremos" (2Tm 1,11). A novidade essencial da morte cristã está nisto: pelo Batismo, o cristão já está sacramentalmente "morto com Cristo", para Viver de uma vida nova; e, se morrermos na graça de Cristo, a morte física consuma este "morrer com Cristo" e completa, assim, nossa incorporação a ele em seu ato redentor:
É bom para mim morrer em ("eis") Cristo Jesus, melhor do que reinar até as extremidades da terra. É a Ele que procuro, Ele que morreu por nós: é Ele que quero, Ele que ressuscitou por nós. Meu nascimento aproxima-se. (...) Deixai-me receber a pura luz; quando tiver chegado lá, serei homem.
§ 1227 Segundo o apóstolo São Paulo, pelo Batismo o crente comunga na morte de Cristo; é sepultado e ressuscita com ele:
Batizados em Cristo Jesus, em sua morte é que fomos batizados. Portanto, pelo Batismo fomos sepultados com ele na morte para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também nós vivamos vida nova (Rm 6,3-4). Os batizados "vestiram-se de Cristo". Pelo Espírito Santo, o Batismo é um banho que purifica, santifica e justifica.
B.3 BATISTÉRIO .
§ 1185 O congraçamento do povo de Deus começa pelo Batismo; por isso, a igreja deve ter um lugar para a celebração do Batismo (batistério) e fazer com que o povo lembre as promessas feitas na celebração do Batismo. (O persignar-se com água benta faz lembrar o Batismo.)
A renovação da vida batismal exige a penitência. Por isso, a Igreja deve prestar-se à expressão do arrependimento e ao recebimento do perdão, o que exige um lugar apropriado para acolher os penitentes.
A igreja deve também ser um espaço que convide ao recolhimento e à oração silenciosa, que prolongue e interiorize a grande oração da Eucaristia.
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Com o batismo Jesus nos ensina o caminho da Salvação
Por Antonio Gaspari
CIDADE DO VATICANO, (ZENIT.org) - Com o batismo e a oração “Jesus, sem pecado, faz visível a sua solidariedade com aqueles que reconhecem os seus próprios pecados, escolhem se arrepender e mudar de vida; Dá a entender que ser parte do povo de Deus significa entrar numa ótica de novidade de vida, de vida segundo Deus" -
disse o Papa Bento XVI, na Audiência Geral realizada hoje, 30 de novembro, na sala Paulo VI, no Vaticano.
Dentro da série de catequeses sobre a oração começadas no passado dia quatro de maio, o Santo Padre Bento XVI focalizou a meditação sobre a oração na vida de Jesus.
Para o Papa a oração atravessa toda a vida de Jesus "como um canal secreto que irriga a existência, os relacionamentos, os gestos e que o guia, com progressiva firmeza, ao dom total de si, de acordo com o plano de amor de Deus Pai".
O Papa se perguntou porquê Jesus, que não conheceu pecado, submeteu-se voluntariamente ao batismo de penitência e de conversão?, e respondeu que neste gesto “Jesus antecipa a cruz, começa o seu trabalho tomando o lugar dos pecadores, carregando nos seus ombros o peso da culpa de toda a humanidade, cumprindo a vontade do Pai".
"Recolhendo-se em oração, - acrescentou - Jesus mostra a relação íntima com o Pai do Céu, experimenta sua paternidade, capta a beleza exigente do seu amor, e nas conversas com o Pai recebe a confirmação da sua missão".
Bento XVI explicou que "No relato evangélico, os diversos ambientes da oração de Jesus sempre se colocam na encruzilhada entre a inclusão na tradição de seu povo e a novidade de uma relação pessoal única com Deus."
Por isso, desejou que "mesmo na nossa oração, nós devemos aprender, mais e mais, a entrar nesta história de salvação que tem Jesus como o ápice, renovar diante de Deus a nossa decisão pessoal de abrir-nos à sua vontade, pedir a ele a força para conformar a nossa vontade à Sua, ao longo de nossas vidas, em obediência ao seu plano de amor para nós. "
O Papa, então, colocou uma série de perguntas: Olhando para a oração de Jesus, deve surgir em nós uma pergunta: Como faço para orar? como nós rezamos? Quanto tempo dedico para o relacionamento com Deus? Hoje se faz uma suficiente educação e formação para a oração? E quem pode ser o mestre? Na Exortação Apostólica Verbum Domini eu falei sobre a importância da leitura orante da Sagrada Escritura.
E indicou as respostas afirmando que "na amizade profunda com Jesus e vivendo nele e com Ele a relação filial com o Pai, através da nossa oração fiel e constante, podemos abrir as janelas para o céu de Deus".
"Na verdade, - enfatizou - no caminho da oração, independente do ser humano, podemos ajudar os outros a segui-lo: ainda que para a oração cristã é verdade que, caminhando, abre-se caminhos".
O Santo Padre concluiu a audiência convidando a todos à uma relação com Deus intensa, a "uma oração que não seja inconstante, mas constante, cheia de confiança, capaz de iluminar as nossas vidas, como Jesus nos ensina.E peçamos a Ele que possamos comunicar às pessoas que estão perto, àqueles que encontramos ao longo de nosso caminho, a alegria do encontro com o Senhor, luz para a nossa existência".
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Sacramento - BATISMO
Iranilsa da Silva Ferreira solicita a nossa Paróquia dicas. Portanto segue o que ela disse: "Faço parte da pastoral do batismo na comunidade de Santa Maria diocese de Campos dos Goytacazes. gostaria de ter novas experiências para ministrar o curso de batismo,por isso peço algumas dicas a vocês".
Segue dicas sobre conteúdo e assim articular uma nova metodologia que você poderá usar durante o curso. Conteúdo; Normas e Planejamento.
1- SACRAMENTO DO BATISMO
Deus ao criar o homem, além da vida natural, concedeu-lhe uma vida sobrenatural. A graça sobrenatural ia ser a herança que todos os homens transmitiram a sua posteridade. Mas o homem rechaçou a Deus cometendo o primeiro pecado, perdendo assim a Graça Santificante e a união com Deus.
O próprio Deus, na pessoa de Jesus Cristo, ofereceu a reparação infinita pela ingratidão do homem. Jesus iluminou o abismo que havia entre a divindade e a humanidade. O homem, por si só, não teria força para ligar a humanidade a Deus, somente um ser Divino poderia: Jesus Cristo, o nosso Salvador.
Para restaurar na alma a graça perdida, Jesus instituiu o Sacramento do Batismo. Através do Batismo a alma passa a participar da própria vida de Deus e a essa participação chamamos Graça Santificante.
Batizar quer dizer lavar, mergulhar. É o ponto de partida da vida de cristão. É o primeiro sacramento que recebemos. É o sinal que nos indica qual é o nosso compromisso. O batismo tem significado para o cristão, na medida em que assume os compromissos que dele derivam. Ao receber o batismo o cristão recebe vida nova. Essa nova vida é o compromisso que ele deve vivenciar na família e na comunidade. Sem uma vivência o batismo de nada valerá.
O Batismo exige uma nova maneira de viver e colocar em prática o compromisso cristão; · Precisamos fazer parte de uma comunidade. Só assim o batismo tem valor; · O Batismo pede de nós atitudes concretas e coerentes.
Todos os Sacramentos produz em nós seus efeitos.
Efeitos do Batismo.
1º) Paga a dívida que o homem tem com Deus ao nascer.Dívida essa contraída pelos nossos primeiros pais, através da desobediência para com Deus.
2º) O Batismo nos torna filhos de Deus, irmãos de Jesus Cristos e templos do Espírito Santo. Nós nos tornamos habitação da Santíssima Trindade. "Viremos a ele e nele faremos nossa morada". Jo14, 23.
3º) Infunde em nós as três virtudes teologais: Fé, esperança e caridade. Essas virtudes são infundidas em nós em forma de semente. Compete a nós, através da frequência aos Sacramentos, orações, leitura da Bíblia e boas obras, fazer com que essa semente germine, cresça e dê bons frutos.
4º) Nos faz herdeiros de Deus. Se somos filhos de Deus também somos herdeiros. E a noss herança é o céu.
5º)É o princípio.É a porta de entrada para os outros Sacramentos. Sem o batismo não podemos receber nenhum outro Sacramento.
6º) Nos faz cristãos. Quer dizer, somos de Cristo. Aqui está nossa vocação cristã, tornamo-nos seguidores de Cristo. Parecidos com Cristo, pelas nossas obras, pela nossa conduta.
7º) Introduz à Igreja. O Batismo nos incorpora à Igreja, nos faz ser Igreja. Faz de nós membros vivos e comprometidos com a Igreja. A Igreja somo nós.
8º) Imprime carater de Cristão. Se depois de batizados pecamos mortalmente, cortamos a nossa união com Deus e o fluxo da sua graça; perdemos a graça santificante, mas não o carater batismal, que transformou a nossa alma para sempre.
Símbolos da celebração do Batismo
Sinal da Cruz: é traçado no peito e na testa da pessoa, para significar que pelo batismo, ela participa da morte e ressurreição libertadora de Cristo. Ela vai viver a Boa Nova de Jesus preparando-se para enfrentar a perseguição e o sofrimento que poderão vir.
Água: significa purificação e fonte de vida. Ninguém pode viver sem água.
Vela acesa: significa a vinda do Espírito Santo sobre os apóstolos. É sinal da presença do Espírito na vida da pessoa.
Óleo: se uma gota de óleo cair na roupa logo se espalha no tecido. O Espírito de Cristo deve penetrar na vida do cristão e fortalecê-lo na luta contra as forças do mal. Como o óleo penetra na pele da criança, assim Cristo penetra na vida da pessoa.
Veste Branca: símbolo de que o cristão foi revestido de Cristo. Veste de graça.
Jo 3, 5Mc 16, 15s Mt 28, 19s At 8, 36ss Gal 3, 26ss
Fonte: catequisar.com
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NORMAS PARA O BATISMO
Do batismo:
1) Normas e Leis exigidas pelo Direito Canônico Cân. 849 - O batismo, porta dos sacramentos, necessário na realidade ou ao menos em desejo para a salvação, e pelo qual os homens se libertam do pecado, se regeneram tornando-se filhos de Deus, e se incorporam à Igreja configurados com Cristo mediante caráter inedelével, só se administra validamente através da ablução com água verdadeira, usando-se a devida fórmula das palavras: (N) Eu te batizo em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Da celebração:
2) Cân. 850 - O batismo se administra segundo o ritual prescrito nos livros litúrgicos aprovados, exceto em caso de urgente necessidade, em que se deve observar apenas o que é exigido para a validade do sacramento.
3) Cân. 851 - A celebração do batismo seja bem preparada. O adulto que pretende receber o batismo seja preparado convenientemente. No caso do batismo de crianças que os pais e padrinhos sejam preparados pelo pároco ou pessoas por ele delegados. Daí a importância dos nossos Cursos para pais e padrinhos aprovados pela CNBB.
4) Cân. 853 A água a ser utilizada na administração do batismo, exceto em caso de necessidade, deve ser benzida segundo as prescrições dos livros litúrgicos.
5) Cân. 854 O batismo seja conferido por imersão ou por infusão, observando-se as prescrições da Conferência dos Bispos.
6) Cân. 855 - Cuidem os pais, padrinhos e pároco que não se imponham nomes alheios ao uso cristão. Que os nomes sejam cristãos, recordando pessoas santas ou que deram um verdadeiro testemunho de vida. Que estejam de acordo com nossa cultura brasileira ou latino-americana. Os pais escolhem nomes que nem eles sabem pronunciar. Temos tantos nomes simples e bonitos dentro da nossa cultura cristã.
7) Não se pode negar o Batismo a ninguém. Quando pai e mãe, vivendo juntos, não são casados religiosamente e não tenham impedimento para se casarem, é importante o empenho da Comunidade em levá-los ao matrimônio, dando assim valor à vivência sacramental. Quando for pedido o batismo para filhos de pais que não podem se casar e de pais e mães solteiros(as), é importante uma especial atenção pastoral, caso por caso. O ministro e a comunidade dêem atendimento caridoso ao acompanhamento pastoral dos batizandos e seus pais.
8) Cân. 856 - Embora o batismo possa ser celebrado em qualquer dia, recomenda-se, porém, que ordinariamente seja celebrado no domingo ou, se for possível, na vigília da Páscoa.
9) Cân. 857 - Exceto em caso de necessidade, o lugar próprio para o batismo é a igreja ou oratório. Tanto o adulto quanto a criança devem ser batizados na igreja paroquial onde residem os pais. Se por motivo afetivo ou devocional os pais desejam batizar e outra paróquia, devem solicitar autorização, por escrito, do seu pároco. A transferência será concedida mediante a participação do curso de pais e padrinhos.
10) Cân. 858 - §1. Toda a igreja paroquial tenha sua pia batismal, salvo direito cumulativo já adquirido por outras igrejas. § 2. Para comodidade dos fiéis, o Ordinário local, tendo ouvido o pároco do lugar, pode permitir ou mandar que haja pia batismal também noutra igreja ou oratório dentro dos limites da paróquia.
11) Cân. 859 - Por causa da distância ou de outras circunstâncias, se o batizando não puder ir ou ser levado, sem grave incômodo, à igreja paroquial ou a outra igreja ou oratório, mencionados no cân. 858, § 2, o batismo pode e deve ser conferido em outra igreja ou oratório mais perto, ou mesmo em outro lugar conveniente.
12) Cân. 860 - Exceto em caso de necessidade, o batismo não seja conferido em casas particulares, salvo permissão do Ordinário local, por justa causa, por exemplo, doença. - Não se celebre o batismo em hospitais, salvo determinação contrária do Bispo diocesano. Se por motivo de doença, a criança for batizada em casa ou no hospital, uma vez recuperada a saúde, ela deve ser apresentada na igreja paroquial para a complementação do batismo (óleos e demais ritos) e registro nos devidos livros de batizados.
13) Sempre se registre o Batismo na Paróquia ou Comunidade onde for realizado. Que se ofereça uma lembrança ou certidão.
14) É obrigatória a participação de pais e padrinhos, no curso de Batismo.
Ministros do Batismo:
15) Cân. 861 - Ministro ordinário do batismo é o Bispo, o presbítero e o diácono, mantendo- se a prescrição do cân. 530, n. 1. § 2. Na ausência ou impedimento do ministro ordinário, o catequista ou outra pessoa para isso designada pelo Ordinário local pode licitamente batizar; em caso de necessidade, qualquer pessoa movida por reta intenção; os pastores de almas, principalmente o pároco, sejam solícitos para que os fiéis aprendam o modo certo de batizar.
16) Cân. 862 - Exceto em caso de necessidade, a ninguém é lícito, sem a devida licença, conferir o batismo em território alheio, nem mesmo aos próprios súditos.
Dos Batizandos:
17) Cân. 864 - É capaz de receber o batismo toda pessoa ainda não batizada, e somente ela.
18) Cân. 865 - Para o adulto ser batizado, requer-se: manifesta a vontade de ser batizado; seja instruído sobre as verdades da fé e suas obrigações; se arrependa dos seus pecados. O adulto, em perigo de morte, uma vez manifestado o desejo de ser batizado, conheça as principais verdades da fé, prometa observar os mandamentos, pode ser batizado. Em situações especiais, tais como: filhos de mães solteiras, pais amasiados, separados ou divorciados ou que não têm a mesma religião, sejam tratados com caridade pastoral e zelo apostólico pelo Pároco e equipe de Batismo. O Batismo de seus filhos não pode ser negado.
19) Cân. 868 - Para que uma criança seja licitamente batizada, é necessário que:
1º - os pais, ou ao menos um deles ou quem legitimamente faz as suas vezes, consintam;
2º - haja fundada esperança de que será educada na religião católica; se faltar essa esperança, o batismo seja adiado.
3º - Em perigo de morte, a criança filha de pais católicos, e mesmo não-católicos, é licitamente batizada mesmo contra a vontade dos pais.
20) - Os pais tenham vivência cristã comprovada pela prática dos sacramentos (Batismo, Confirmação, Eucaristia) e tenha recebido e vivam o Sacramento do Matrimônio
21) - Evite-se batizar a criança antes de ser registrada no civil. Deve ser entregue aos pais uma certidão ou lembrança do Batismo realizado como sinal de pertencer a uma comunidade cristã e seja registrado no livro de batizados, em sintonia com o registro civil. Os pais guardem esta certidão, porque facilitará a sua busca na paróquia, quando for necessário
22) Cân. 869 - Havendo dúvida se alguém foi batizado ou se o batismo foi conferido validamente, e a dúvida permanece depois de séria investigação, o batismo lhe será conferido sob condição. Aqueles que foram batizados em comunidade eclesial não-católica não devem ser batizados sob condição, a não ser que haja séria razão para duvidar da validade do batismo.
23) Cân. 870 - A criança exposta ou achada, seja batizada, a não ser que, após cuidadosa investigação, conste de seu batismo.
24) Cân. 871 - Os fetos abortivos, se estiverem vivos, sejam batizados, enquanto possível.
25) De acordo com o Diretório Ecumênico “Ad totam Ecclesiam” e estudos complementares do Secretariado Nacional de Teologia, sobre o modo de conferir o batismo nas comunidades acatólicas atuantes em nosso país, conclui-se o seguinte:
A- Igrejas que batizam, sem dúvida, validamente; os cristãos nelas batizados não podem ser rebatizados, nem sob condição. São elas:
a) Igrejas Orientais ( Ortodoxas, que não estão em comunhão plena com a Igreja católico-romana, das quais, pelo menos, seis se encontram presentes no Brasil);
b) Igreja véterocatólica;
c) Igreja Episcopal do Brasil ( Anglicanos);
d) Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB);
e) Igreja Evangélica Luterana no Brasil ( IELB);
f) Igreja Metodista.
B- Há diversas Igrejas nas quais, devido à concepção teológica que têm do batismo, não há reserva quanto ao rito batismal prescrito, não se pode rebatizar, nem sob condição. São elas:
a) Igrejas presbiterianas;
b) Igrejas batistas;
c) Igrejas congrecionais;
d) Igrejas adventistas;
e) A maioria das Igrejas pentecostais (Assembléia de Deus, Congregação Cristã do Brasil, Igreja do Evangelho Quadrangular, Igreja Deus é Amor, Igreja Evangélica Pentecostal “O Brasil para Cristo”);
f) Exército da Salvação ( este grupo não costuma batizar, mas quando o faz, realiza-o de modo válido quanto ao rito).
C- Há Igrejas de cujo batismo se pode prudentemente duvidar, por essa razão requer-se um novo batismo, sob condição. São elas:
a) Igreja Pentecostal Unida do Brasil ( esta Igreja batiza apenas em nome do Senhor Jesus, e não em nome da SS.Trindade);
b) Igrejas Brasileiras (embora não se possa levantar nenhuma objeção quanto à matéria ou à forma empregadas por elas, contudo, pode-se e deve-se duvidar da intenção de seus ministros;
c) Mórmons (negam a divindade de Cristo, no sentido autêntico e, conseqüentemente, o seu papel redentor).
D) Com certeza batizam invalidamente:
a) Testemunhas de Jeová (negam a fé na Trindade);
b) Ciência Cristã ( o rito que pratica, sob o nome de batismo, tem matéria e forma certamente inválidas. Algo semelhante se pode dizer de certos ritos que, sob o nome de batismo, são praticados por alguns grupos religiosos não-cristãos, como a Umbanda).
Da idade
26) Crianças, até 8 anos, não precisam de preparação.
27) Crianças, dos 9 a 12 anos, façam juntamente a catequese de preparação para a primeira Eucaristia.
28) Para jovens e adultos, a preparação seja adaptada às suas circunstâncias e idades, em maior profundidade, com a participação na Comunidade e se atenda à preparação completa para todo o Rito da Iniciação Cristã.
29) O batismo de adolescentes, jovens e adultos, é de toda a conveniência que se faça na Vigília Pascal, com o rito próprio, incentivando, assim a liturgia e a vivência pascal.
Dos Padrinhos e pais:
30) Quando um dos dois, pai ou mãe, não for católico, tenha-se o cuidado, na preparação, do respeito à sua posição religiosa, ao amadurecimento de sua opção, à liberdade no pedido e assumência do batismo dos filhos, numa abertura à vida da Comunidade.
31) Cân. 872 - Ao batizando, enquanto possível, seja dado um padrinho a quem cabe acompanhar o batizando adulto na iniciação cristã e, junto com os pais, apresentar ao batismo o batizando criança. Cabe também a ele ajudar que o batizado leve uma vida de acordo com o batismo e cumpra com fidelidade as obrigações inerentes.
32) Cân. 873 - Admite-se apenas um padrinho ou uma só madrinha, ou também um padrinho e uma madrinha
33) Cân. 874 - Para que alguém seja admitido para assumir o encargo de padrinho, é necessário que:
1º - Seja designado pelo próprio batizando, por seus pais ou por quem lhes faz as vezes, ou, na falta deles, pelo próprio pároco ou ministro e tenha aptidão e intenção de cumprir esse encargo;
2º- Tenha completado dezesseis anos de idade, a não ser que outra idade tenha sido determinada pelo Bispo diocesano, ou pareça ao pároco ou ministro que se deva admitir uma exeção por justa causa;
3º - Seja católico, confirmado, já tenha recebido a Primeira Eucaristia e leve uma vida de acordo com a fé e o encargo que vai assumir;
4º - Não tenha sido atingido por nenhuma pena canônica legitimamente irrogada ou declarada;
5º - Não seja pai ou mãe do batizando.
§ 2 – Quem é batizado e pertence a uma comunidade eclesial não-católica só seja admitido junto com um padrinho católico, o qual será apenas testemunha do batismo.
Do curso de preparação
34) Aviso à comunidade onde os cursos serão promovidos, local, dia e horário. Especificar se há execão para quais meses do calendário anual.
35) Todos os que estiverem aptos (conforme as orientações anteriores) poderão participar do curso de preparação.
36) A pessoa interessada deverá ir pessoalmente na secretaria paroquial ou telefonar para fazer o agendamento de sua participação no curso.
37) Antes do curso, todos os participantes deverão preencher a ficha de participação.
Fonte: Divino Pai Eterno
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PLANEJAMENTO - CURSO DE BATISMO
1- IDENTIFICAÇÃO
Turma:
Dia da semana:
Horário:
Local:
Equipe:
Coordenação:
2- CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
2.1 – O Sacramento do Batismo
2.1.1 – Introdução
2.1.2 – Efeitos do batismo
2.1.3 – Símbolos da celebração
2.1.4 – Normas para batismo
3- MÉTODO – Participativo
4- METODOLOGIA
4.1.– Acolhimento e motivação do grupo;
4.2 – Trabalhar a temática abrangendo aspectos vivenciais dos pais e padrinhos;
4.3 – Escuta, diálogo e interiorização a cada atividade realizada;
4.4 – Oração;
4.5 – Animação e compromisso;
4.6 – Avaliação.
5- TÉCNICAS
5.1 – Painel
5.2 – Teatro
5.3 – Áudio visual
6- RECURSOS MATERIAIS
6.1 – Bíblia
6.2 – Papel pardo
6.3 – filmes
6.4 – Cola branca
6.5 – Canetinha colorida
6.6 – Giz de cera
6.7 – Lápis de cor
6.8 – Revista para cortar
6.9 – Chamequinho
6.10 – Pasta elástica
6.11 – Multimidia
6.12 – Som
6.13 – Tesoura sem ponta
6.14 – Barbante
6.15 – CDs musicais que falam sobre batismo
7- PREPARAÇÃO DO ENCONTRO – ASPECTOS IMPORTANTES
7.1– Conhecer o grupo
7.2 – Escolher o tema
7.3 – O conteúdo
7.4 – Objetivos
7.5 – Os recursos
8- REALIZAÇÃO DO ENCONTRO
8.1– Acolhida e Motivação
8.2 – Recordar
8.3 – Aprofundar o tema
8.4 – Interiorização escuta diálogo e atividades
8.5 – Animação para uma vida de fé e compromisso
8.6 – Oração
8.7 – Avaliação
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Batismos: Por que Batizar as Crianças?
Não raramente somos questionados a respeito do senti¬do de batizar crianças, que ainda não podem escolher sua religião. A resposta é importante, pois há muitas pessoas que se inquietam diante desse impasse.
O costume de batizar as crianças começou quando os adultos, abraçando o cristianismo, queriam que também seus filhos participassem da comunidade e aprendessem, desde cedo, a conhecer e amar Jesus. Mais tarde a prática do batismo de crianças se tornou geral. A criança não recebe o batismo sem fé, porque ela é batizada na fé da Igreja, encarregada de educá-la no cristianismo através de seus pais e padrinhos. O batismo de crianças não é um atentado à liberdade, porque a liberdade humana está sempre condicionada, e a criança, como nos de¬mais níveis de vida, depende de seus pais a respeito da fé e do batismo. Afinal, o batismo de crianças exemplifica melhor a gratuidade da salvação e o amor de Deus para com todos. Mais tarde, a mesma criança terá o momento oportuno de fazer a confirmação da fé por ocasião da crisma.
No batismo de crianças se reconhece que, desde cedo, a pessoa já faz parte da família de Deus e pelo batismo é acolhida na comunidade dos seguidores de Jesus Cristo. Nessa comunidade ela vai aprender a amar e a conhecer Jesus. Os pais e padrinhos, junto com a comunidade estão comprometidos na missão de alimentar e sustentar a fé da criança.
A Igreja recebeu dos apóstolos a tradição de administrar o batismo também às crianças. Assim, se tem a confirmação de que, no início da Igreja, desde o século II, havia o batismo de crianças, ainda que fosse em raras ocasiões. Recordemos que, no tempo da pregação apostólica, casas inteiras eram batizadas, o que nos leva a pensar que também as crianças recebiam o sacramento no lar cristão.
Uma vez que as crianças nascem já com a natureza humana marcada pelo pecado original, é necessário que recebam o batismo. Os pais cristãos não esperam que elas cresçam para receber as graças que o batismo confere, por isso, desde longa tradição, as crianças recebem o batismo. A Igreja e os pais impediriam as crianças da graça de ser filhos de Deus, se não administrassem o batismo pouco depois do nascimento; assim se entende a necessidade de batizar as crianças o quanto antes.
Na linha de São Paulo, a Igreja sempre ensinou que a imensa miséria que oprime os homens e sua inclinação para o mal e para a morte são incompreensíveis, a não ser referindo-se ao pecado de Adão e sem o fato de que este nos transmitiu um pecado que por nascença nos afeta a todos e é ‘morte da alma’. Em razão dessa certeza de fé, a Igreja ministra o batismo para a remissão dos pecados, mesmo às crianças que não cometeram pecado pessoal.
Evidentemente, o batismo realizado em crianças supõe uma catequese pós-batismal, para que a pessoa entenda a graça recebida e cresça em sua vida espiritual.
Ibidem, 403.
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Batismos: Não Batizar nas Casas
Em algumas regiões do Brasil, há o costume do batismo em casa. No passado, essa prática se justificava pela dificuldade da falta de sacerdotes para atender todas as comunidades. As pessoas, então, sabendo que o batismo pode ser feito validamente por um cristão, que use água e a fórmula trinitária, realizavam a celebração nos lares. Quando o padre passava, meses ou anos depois, apenas registrava e confirmava o que já havia sido feito.
Hoje a situação mudou, especialmente com a facilidade dos meios de locomoção. O costume, porém, permaneceu. Há quem batize em casa, com padrinhos, água e a fórmula, e depois quer batizar a criança na Igreja. Ora, o batismo se recebe uma só vez, por isso pode ser válido o primeiro batismo, realizado em casa, que não é o lugar ideal. O sacramento do batismo é essencialmente comunitário e, por isso, deve ser feito na igreja. Somente em perigo de morte permite-se a exceção.
Em consequência, exceto em caso de necessidade (perigo de morte da criança), o batismo não seja administrado em casas particulares, a não ser que o Bispo local autorize em razão de causa grave.
Código de Direito Canônico, cânone 860, §1.
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Batismos: Igrejas e Batismos: Válidos e Inválidos
Batismo válido com certeza
Diversas Igrejas batizam, sem dúvida, validamente; por esta razão, um cristão batizado numa delas não pode ser normalmente rebatizado, nem sequer sob condição. Essas Igrejas são:
o Igrejas Orientais (as Ortodoxas, que não estão em comunhão plena com a Igreja católica romana, das quais, pelo menos, seis se encontram presentes no Brasil);
o Igreja Vétero-Católica;
o Igreja Episcopal do Brasil (Anglicana);
o Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB);
o Igreja Evangélica Luterana do Brasil (IELB);
o Igreja Metodista.
Batismo válido, apesar de ressalvas
Há diversas Igrejas nas quais, embora não se justifique nenhuma reserva quanto ao rito batismal prescrito, há, contudo ressalvas devido à concepção teológica que têm do batismo. Por exemplo, que o batismo não justifica e, por isso, não é tão necessário. Alguns de seus pastores, segundo parece, não manifestam sempre urgência em batizar seus fiéis ou em seguir exatamente o rito batismal prescrito. Também nesses casos, quando há garantias de que a pessoa foi batizada segundo o rito dessas Igrejas, não se pode rebatizar, nem sob condição.
Essas Igrejas são:
• Igrejas presbiterianas;
• Igrejas batistas;
• Igrejas congregacionistas;
• Igrejas adventistas;
• A maioria das Igrejas pentecostais (Assembléia de Deus, Congregação Cristã do Brasil, Igreja do Evangelho Quadrangular, Igreja Deus é Amor, Igreja Evangélica Pentecostal O Brasil para Cristo);
• Exército da Salvação (este grupo não costuma batizar, mas quando o faz, realiza-o de modo válido quanto ao rito.
Batismo duvidoso que requer novo batismo sob condição
Há Igrejas de cujo batismo se pode prudentemente duvidar e, por essa razão, requer-se, como norma geral, a administração de um novo batismo, sob condição. Essas Igrejas são:
• Igreja Pentecostal Unida do Brasil (esta Igreja batiza apenas “em nome do Senhor Jesus” e não em nome da Santíssima Trindade);
• “Igrejas Brasileiras”;
• Mórmons (negam a divindade de Cristo, no sentido autêntico e, consequentemente, o seu papel redentor).
Batismo inválido e, portanto, é preciso batizar
Com certeza, batizam invalidamente:
• Testemunhas de Jeová (negam a fé na Trindade);
• Ciência Cristã (o rito que pratica, sob o nome de batismo, tem matéria e forma certamente inválidas. Algo semelhante se pode dizer de certos ritos que, sob o nome de batismo, são praticados por alguns grupos religiosos não-cristãos, como a Umbanda).
Fonte: http://www.catedraldecaxias.org.br/batismo_igrejas.php
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Sacramento - BATISMO
Iranilsa da Silva Ferreira solicita a nossa Paróquia dicas. Portanto segue o que ela disse: "Faço parte da pastoral do batismo na comunidade de Santa Maria diocese de Campos dos Goytacazes. gostaria de ter novas experiências para ministrar o curso de batismo,por isso peço algumas dicas a vocês".
Segue dicas sobre conteúdo e assim articular uma nova metodologia que você poderá usar durante o curso. Conteúdo; Normas e Planejamento.
1- SACRAMENTO DO BATISMO
Deus ao criar o homem, além da vida natural, concedeu-lhe uma vida sobrenatural. A graça sobrenatural ia ser a herança que todos os homens transmitiram a sua posteridade. Mas o homem rechaçou a Deus cometendo o primeiro pecado, perdendo assim a Graça Santificante e a união com Deus.
O próprio Deus, na pessoa de Jesus Cristo, ofereceu a reparação infinita pela ingratidão do homem. Jesus iluminou o abismo que havia entre a divindade e a humanidade. O homem, por si só, não teria força para ligar a humanidade a Deus, somente um ser Divino poderia: Jesus Cristo, o nosso Salvador.
Para restaurar na alma a graça perdida, Jesus instituiu o Sacramento do Batismo. Através do Batismo a alma passa a participar da própria vida de Deus e a essa participação chamamos Graça Santificante.
Batizar quer dizer lavar, mergulhar. É o ponto de partida da vida de cristão. É o primeiro sacramento que recebemos. É o sinal que nos indica qual é o nosso compromisso. O batismo tem significado para o cristão, na medida em que assume os compromissos que dele derivam. Ao receber o batismo o cristão recebe vida nova. Essa nova vida é o compromisso que ele deve vivenciar na família e na comunidade. Sem uma vivência o batismo de nada valerá.
O Batismo exige uma nova maneira de viver e colocar em prática o compromisso cristão; · Precisamos fazer parte de uma comunidade. Só assim o batismo tem valor; · O Batismo pede de nós atitudes concretas e coerentes.
Todos os Sacramentos produz em nós seus efeitos.
Efeitos do Batismo.
1º) Paga a dívida que o homem tem com Deus ao nascer.Dívida essa contraída pelos nossos primeiros pais, através da desobediência para com Deus.
2º) O Batismo nos torna filhos de Deus, irmãos de Jesus Cristos e templos do Espírito Santo. Nós nos tornamos habitação da Santíssima Trindade. "Viremos a ele e nele faremos nossa morada". Jo14, 23.
3º) Infunde em nós as três virtudes teologais: Fé, esperança e caridade. Essas virtudes são infundidas em nós em forma de semente. Compete a nós, através da frequência aos Sacramentos, orações, leitura da Bíblia e boas obras, fazer com que essa semente germine, cresça e dê bons frutos.
4º) Nos faz herdeiros de Deus. Se somos filhos de Deus também somos herdeiros. E a noss herança é o céu.
5º)É o princípio.É a porta de entrada para os outros Sacramentos. Sem o batismo não podemos receber nenhum outro Sacramento.
6º) Nos faz cristãos. Quer dizer, somos de Cristo. Aqui está nossa vocação cristã, tornamo-nos seguidores de Cristo. Parecidos com Cristo, pelas nossas obras, pela nossa conduta.
7º) Introduz à Igreja. O Batismo nos incorpora à Igreja, nos faz ser Igreja. Faz de nós membros vivos e comprometidos com a Igreja. A Igreja somo nós.
8º) Imprime carater de Cristão. Se depois de batizados pecamos mortalmente, cortamos a nossa união com Deus e o fluxo da sua graça; perdemos a graça santificante, mas não o carater batismal, que transformou a nossa alma para sempre.
Símbolos da celebração do Batismo
Sinal da Cruz: é traçado no peito e na testa da pessoa, para significar que pelo batismo, ela participa da morte e ressurreição libertadora de Cristo. Ela vai viver a Boa Nova de Jesus preparando-se para enfrentar a perseguição e o sofrimento que poderão vir.
Água: significa purificação e fonte de vida. Ninguém pode viver sem água.
Vela acesa: significa a vinda do Espírito Santo sobre os apóstolos. É sinal da presença do Espírito na vida da pessoa.
Óleo: se uma gota de óleo cair na roupa logo se espalha no tecido. O Espírito de Cristo deve penetrar na vida do cristão e fortalecê-lo na luta contra as forças do mal. Como o óleo penetra na pele da criança, assim Cristo penetra na vida da pessoa.
Veste Branca: símbolo de que o cristão foi revestido de Cristo. Veste de graça.
Jo 3, 5Mc 16, 15s Mt 28, 19s At 8, 36ss Gal 3, 26ss
Fonte: catequisar.com
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NORMAS PARA O BATISMO
Do batismo:
1) Normas e Leis exigidas pelo Direito Canônico Cân. 849 - O batismo, porta dos sacramentos, necessário na realidade ou ao menos em desejo para a salvação, e pelo qual os homens se libertam do pecado, se regeneram tornando-se filhos de Deus, e se incorporam à Igreja configurados com Cristo mediante caráter inedelével, só se administra validamente através da ablução com água verdadeira, usando-se a devida fórmula das palavras: (N) Eu te batizo em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Da celebração:
2) Cân. 850 - O batismo se administra segundo o ritual prescrito nos livros litúrgicos aprovados, exceto em caso de urgente necessidade, em que se deve observar apenas o que é exigido para a validade do sacramento.
3) Cân. 851 - A celebração do batismo seja bem preparada. O adulto que pretende receber o batismo seja preparado convenientemente. No caso do batismo de crianças que os pais e padrinhos sejam preparados pelo pároco ou pessoas por ele delegados. Daí a importância dos nossos Cursos para pais e padrinhos aprovados pela CNBB.
4) Cân. 853 A água a ser utilizada na administração do batismo, exceto em caso de necessidade, deve ser benzida segundo as prescrições dos livros litúrgicos.
5) Cân. 854 O batismo seja conferido por imersão ou por infusão, observando-se as prescrições da Conferência dos Bispos.
6) Cân. 855 - Cuidem os pais, padrinhos e pároco que não se imponham nomes alheios ao uso cristão. Que os nomes sejam cristãos, recordando pessoas santas ou que deram um verdadeiro testemunho de vida. Que estejam de acordo com nossa cultura brasileira ou latino-americana. Os pais escolhem nomes que nem eles sabem pronunciar. Temos tantos nomes simples e bonitos dentro da nossa cultura cristã.
7) Não se pode negar o Batismo a ninguém. Quando pai e mãe, vivendo juntos, não são casados religiosamente e não tenham impedimento para se casarem, é importante o empenho da Comunidade em levá-los ao matrimônio, dando assim valor à vivência sacramental. Quando for pedido o batismo para filhos de pais que não podem se casar e de pais e mães solteiros(as), é importante uma especial atenção pastoral, caso por caso. O ministro e a comunidade dêem atendimento caridoso ao acompanhamento pastoral dos batizandos e seus pais.
8) Cân. 856 - Embora o batismo possa ser celebrado em qualquer dia, recomenda-se, porém, que ordinariamente seja celebrado no domingo ou, se for possível, na vigília da Páscoa.
9) Cân. 857 - Exceto em caso de necessidade, o lugar próprio para o batismo é a igreja ou oratório. Tanto o adulto quanto a criança devem ser batizados na igreja paroquial onde residem os pais. Se por motivo afetivo ou devocional os pais desejam batizar e outra paróquia, devem solicitar autorização, por escrito, do seu pároco. A transferência será concedida mediante a participação do curso de pais e padrinhos.
10) Cân. 858 - §1. Toda a igreja paroquial tenha sua pia batismal, salvo direito cumulativo já adquirido por outras igrejas. § 2. Para comodidade dos fiéis, o Ordinário local, tendo ouvido o pároco do lugar, pode permitir ou mandar que haja pia batismal também noutra igreja ou oratório dentro dos limites da paróquia.
11) Cân. 859 - Por causa da distância ou de outras circunstâncias, se o batizando não puder ir ou ser levado, sem grave incômodo, à igreja paroquial ou a outra igreja ou oratório, mencionados no cân. 858, § 2, o batismo pode e deve ser conferido em outra igreja ou oratório mais perto, ou mesmo em outro lugar conveniente.
12) Cân. 860 - Exceto em caso de necessidade, o batismo não seja conferido em casas particulares, salvo permissão do Ordinário local, por justa causa, por exemplo, doença. - Não se celebre o batismo em hospitais, salvo determinação contrária do Bispo diocesano. Se por motivo de doença, a criança for batizada em casa ou no hospital, uma vez recuperada a saúde, ela deve ser apresentada na igreja paroquial para a complementação do batismo (óleos e demais ritos) e registro nos devidos livros de batizados.
13) Sempre se registre o Batismo na Paróquia ou Comunidade onde for realizado. Que se ofereça uma lembrança ou certidão.
14) É obrigatória a participação de pais e padrinhos, no curso de Batismo.
Ministros do Batismo:
15) Cân. 861 - Ministro ordinário do batismo é o Bispo, o presbítero e o diácono, mantendo- se a prescrição do cân. 530, n. 1. § 2. Na ausência ou impedimento do ministro ordinário, o catequista ou outra pessoa para isso designada pelo Ordinário local pode licitamente batizar; em caso de necessidade, qualquer pessoa movida por reta intenção; os pastores de almas, principalmente o pároco, sejam solícitos para que os fiéis aprendam o modo certo de batizar.
16) Cân. 862 - Exceto em caso de necessidade, a ninguém é lícito, sem a devida licença, conferir o batismo em território alheio, nem mesmo aos próprios súditos.
Dos Batizandos:
17) Cân. 864 - É capaz de receber o batismo toda pessoa ainda não batizada, e somente ela.
18) Cân. 865 - Para o adulto ser batizado, requer-se: manifesta a vontade de ser batizado; seja instruído sobre as verdades da fé e suas obrigações; se arrependa dos seus pecados. O adulto, em perigo de morte, uma vez manifestado o desejo de ser batizado, conheça as principais verdades da fé, prometa observar os mandamentos, pode ser batizado. Em situações especiais, tais como: filhos de mães solteiras, pais amasiados, separados ou divorciados ou que não têm a mesma religião, sejam tratados com caridade pastoral e zelo apostólico pelo Pároco e equipe de Batismo. O Batismo de seus filhos não pode ser negado.
19) Cân. 868 - Para que uma criança seja licitamente batizada, é necessário que:
1º - os pais, ou ao menos um deles ou quem legitimamente faz as suas vezes, consintam;
2º - haja fundada esperança de que será educada na religião católica; se faltar essa esperança, o batismo seja adiado.
3º - Em perigo de morte, a criança filha de pais católicos, e mesmo não-católicos, é licitamente batizada mesmo contra a vontade dos pais.
20) - Os pais tenham vivência cristã comprovada pela prática dos sacramentos (Batismo, Confirmação, Eucaristia) e tenha recebido e vivam o Sacramento do Matrimônio
21) - Evite-se batizar a criança antes de ser registrada no civil. Deve ser entregue aos pais uma certidão ou lembrança do Batismo realizado como sinal de pertencer a uma comunidade cristã e seja registrado no livro de batizados, em sintonia com o registro civil. Os pais guardem esta certidão, porque facilitará a sua busca na paróquia, quando for necessário
22) Cân. 869 - Havendo dúvida se alguém foi batizado ou se o batismo foi conferido validamente, e a dúvida permanece depois de séria investigação, o batismo lhe será conferido sob condição. Aqueles que foram batizados em comunidade eclesial não-católica não devem ser batizados sob condição, a não ser que haja séria razão para duvidar da validade do batismo.
23) Cân. 870 - A criança exposta ou achada, seja batizada, a não ser que, após cuidadosa investigação, conste de seu batismo.
24) Cân. 871 - Os fetos abortivos, se estiverem vivos, sejam batizados, enquanto possível.
25) De acordo com o Diretório Ecumênico “Ad totam Ecclesiam” e estudos complementares do Secretariado Nacional de Teologia, sobre o modo de conferir o batismo nas comunidades acatólicas atuantes em nosso país, conclui-se o seguinte:
A- Igrejas que batizam, sem dúvida, validamente; os cristãos nelas batizados não podem ser rebatizados, nem sob condição. São elas:
a) Igrejas Orientais ( Ortodoxas, que não estão em comunhão plena com a Igreja católico-romana, das quais, pelo menos, seis se encontram presentes no Brasil);
b) Igreja véterocatólica;
c) Igreja Episcopal do Brasil ( Anglicanos);
d) Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB);
e) Igreja Evangélica Luterana no Brasil ( IELB);
f) Igreja Metodista.
B- Há diversas Igrejas nas quais, devido à concepção teológica que têm do batismo, não há reserva quanto ao rito batismal prescrito, não se pode rebatizar, nem sob condição. São elas:
a) Igrejas presbiterianas;
b) Igrejas batistas;
c) Igrejas congrecionais;
d) Igrejas adventistas;
e) A maioria das Igrejas pentecostais (Assembléia de Deus, Congregação Cristã do Brasil, Igreja do Evangelho Quadrangular, Igreja Deus é Amor, Igreja Evangélica Pentecostal “O Brasil para Cristo”);
f) Exército da Salvação ( este grupo não costuma batizar, mas quando o faz, realiza-o de modo válido quanto ao rito).
C- Há Igrejas de cujo batismo se pode prudentemente duvidar, por essa razão requer-se um novo batismo, sob condição. São elas:
a) Igreja Pentecostal Unida do Brasil ( esta Igreja batiza apenas em nome do Senhor Jesus, e não em nome da SS.Trindade);
b) Igrejas Brasileiras (embora não se possa levantar nenhuma objeção quanto à matéria ou à forma empregadas por elas, contudo, pode-se e deve-se duvidar da intenção de seus ministros;
c) Mórmons (negam a divindade de Cristo, no sentido autêntico e, conseqüentemente, o seu papel redentor).
D) Com certeza batizam invalidamente:
a) Testemunhas de Jeová (negam a fé na Trindade);
b) Ciência Cristã ( o rito que pratica, sob o nome de batismo, tem matéria e forma certamente inválidas. Algo semelhante se pode dizer de certos ritos que, sob o nome de batismo, são praticados por alguns grupos religiosos não-cristãos, como a Umbanda).
Da idade
26) Crianças, até 8 anos, não precisam de preparação.
27) Crianças, dos 9 a 12 anos, façam juntamente a catequese de preparação para a primeira Eucaristia.
28) Para jovens e adultos, a preparação seja adaptada às suas circunstâncias e idades, em maior profundidade, com a participação na Comunidade e se atenda à preparação completa para todo o Rito da Iniciação Cristã.
29) O batismo de adolescentes, jovens e adultos, é de toda a conveniência que se faça na Vigília Pascal, com o rito próprio, incentivando, assim a liturgia e a vivência pascal.
Dos Padrinhos e pais:
30) Quando um dos dois, pai ou mãe, não for católico, tenha-se o cuidado, na preparação, do respeito à sua posição religiosa, ao amadurecimento de sua opção, à liberdade no pedido e assumência do batismo dos filhos, numa abertura à vida da Comunidade.
31) Cân. 872 - Ao batizando, enquanto possível, seja dado um padrinho a quem cabe acompanhar o batizando adulto na iniciação cristã e, junto com os pais, apresentar ao batismo o batizando criança. Cabe também a ele ajudar que o batizado leve uma vida de acordo com o batismo e cumpra com fidelidade as obrigações inerentes.
32) Cân. 873 - Admite-se apenas um padrinho ou uma só madrinha, ou também um padrinho e uma madrinha
33) Cân. 874 - Para que alguém seja admitido para assumir o encargo de padrinho, é necessário que:
1º - Seja designado pelo próprio batizando, por seus pais ou por quem lhes faz as vezes, ou, na falta deles, pelo próprio pároco ou ministro e tenha aptidão e intenção de cumprir esse encargo;
2º- Tenha completado dezesseis anos de idade, a não ser que outra idade tenha sido determinada pelo Bispo diocesano, ou pareça ao pároco ou ministro que se deva admitir uma exeção por justa causa;
3º - Seja católico, confirmado, já tenha recebido a Primeira Eucaristia e leve uma vida de acordo com a fé e o encargo que vai assumir;
4º - Não tenha sido atingido por nenhuma pena canônica legitimamente irrogada ou declarada;
5º - Não seja pai ou mãe do batizando.
§ 2 – Quem é batizado e pertence a uma comunidade eclesial não-católica só seja admitido junto com um padrinho católico, o qual será apenas testemunha do batismo.
Do curso de preparação
34) Aviso à comunidade onde os cursos serão promovidos, local, dia e horário. Especificar se há execão para quais meses do calendário anual.
35) Todos os que estiverem aptos (conforme as orientações anteriores) poderão participar do curso de preparação.
36) A pessoa interessada deverá ir pessoalmente na secretaria paroquial ou telefonar para fazer o agendamento de sua participação no curso.
37) Antes do curso, todos os participantes deverão preencher a ficha de participação.
Fonte: Divino Pai Eterno
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PLANEJAMENTO - CURSO DE BATISMO
1- IDENTIFICAÇÃO
Turma:
Dia da semana:
Horário:
Local:
Equipe:
Coordenação:
2- CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
2.1 – O Sacramento do Batismo
2.1.1 – Introdução
2.1.2 – Efeitos do batismo
2.1.3 – Símbolos da celebração
2.1.4 – Normas para batismo
3- MÉTODO – Participativo
4- METODOLOGIA
4.1.– Acolhimento e motivação do grupo;
4.2 – Trabalhar a temática abrangendo aspectos vivenciais dos pais e padrinhos;
4.3 – Escuta, diálogo e interiorização a cada atividade realizada;
4.4 – Oração;
4.5 – Animação e compromisso;
4.6 – Avaliação.
5- TÉCNICAS
5.1 – Painel
5.2 – Teatro
5.3 – Áudio visual
6- RECURSOS MATERIAIS
6.1 – Bíblia
6.2 – Papel pardo
6.3 – filmes
6.4 – Cola branca
6.5 – Canetinha colorida
6.6 – Giz de cera
6.7 – Lápis de cor
6.8 – Revista para cortar
6.9 – Chamequinho
6.10 – Pasta elástica
6.11 – Multimidia
6.12 – Som
6.13 – Tesoura sem ponta
6.14 – Barbante
6.15 – CDs musicais que falam sobre batismo
7- PREPARAÇÃO DO ENCONTRO – ASPECTOS IMPORTANTES
7.1– Conhecer o grupo
7.2 – Escolher o tema
7.3 – O conteúdo
7.4 – Objetivos
7.5 – Os recursos
8- REALIZAÇÃO DO ENCONTRO
8.1– Acolhida e Motivação
8.2 – Recordar
8.3 – Aprofundar o tema
8.4 – Interiorização escuta diálogo e atividades
8.5 – Animação para uma vida de fé e compromisso
8.6 – Oração
8.7 – Avaliação
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Batismos: Por que Batizar as Crianças?
Não raramente somos questionados a respeito do senti¬do de batizar crianças, que ainda não podem escolher sua religião. A resposta é importante, pois há muitas pessoas que se inquietam diante desse impasse.
O costume de batizar as crianças começou quando os adultos, abraçando o cristianismo, queriam que também seus filhos participassem da comunidade e aprendessem, desde cedo, a conhecer e amar Jesus. Mais tarde a prática do batismo de crianças se tornou geral. A criança não recebe o batismo sem fé, porque ela é batizada na fé da Igreja, encarregada de educá-la no cristianismo através de seus pais e padrinhos. O batismo de crianças não é um atentado à liberdade, porque a liberdade humana está sempre condicionada, e a criança, como nos de¬mais níveis de vida, depende de seus pais a respeito da fé e do batismo. Afinal, o batismo de crianças exemplifica melhor a gratuidade da salvação e o amor de Deus para com todos. Mais tarde, a mesma criança terá o momento oportuno de fazer a confirmação da fé por ocasião da crisma.
No batismo de crianças se reconhece que, desde cedo, a pessoa já faz parte da família de Deus e pelo batismo é acolhida na comunidade dos seguidores de Jesus Cristo. Nessa comunidade ela vai aprender a amar e a conhecer Jesus. Os pais e padrinhos, junto com a comunidade estão comprometidos na missão de alimentar e sustentar a fé da criança.
A Igreja recebeu dos apóstolos a tradição de administrar o batismo também às crianças. Assim, se tem a confirmação de que, no início da Igreja, desde o século II, havia o batismo de crianças, ainda que fosse em raras ocasiões. Recordemos que, no tempo da pregação apostólica, casas inteiras eram batizadas, o que nos leva a pensar que também as crianças recebiam o sacramento no lar cristão.
Uma vez que as crianças nascem já com a natureza humana marcada pelo pecado original, é necessário que recebam o batismo. Os pais cristãos não esperam que elas cresçam para receber as graças que o batismo confere, por isso, desde longa tradição, as crianças recebem o batismo. A Igreja e os pais impediriam as crianças da graça de ser filhos de Deus, se não administrassem o batismo pouco depois do nascimento; assim se entende a necessidade de batizar as crianças o quanto antes.
Na linha de São Paulo, a Igreja sempre ensinou que a imensa miséria que oprime os homens e sua inclinação para o mal e para a morte são incompreensíveis, a não ser referindo-se ao pecado de Adão e sem o fato de que este nos transmitiu um pecado que por nascença nos afeta a todos e é ‘morte da alma’. Em razão dessa certeza de fé, a Igreja ministra o batismo para a remissão dos pecados, mesmo às crianças que não cometeram pecado pessoal.
Evidentemente, o batismo realizado em crianças supõe uma catequese pós-batismal, para que a pessoa entenda a graça recebida e cresça em sua vida espiritual.
Ibidem, 403.
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Batismos: Não Batizar nas Casas
Em algumas regiões do Brasil, há o costume do batismo em casa. No passado, essa prática se justificava pela dificuldade da falta de sacerdotes para atender todas as comunidades. As pessoas, então, sabendo que o batismo pode ser feito validamente por um cristão, que use água e a fórmula trinitária, realizavam a celebração nos lares. Quando o padre passava, meses ou anos depois, apenas registrava e confirmava o que já havia sido feito.
Hoje a situação mudou, especialmente com a facilidade dos meios de locomoção. O costume, porém, permaneceu. Há quem batize em casa, com padrinhos, água e a fórmula, e depois quer batizar a criança na Igreja. Ora, o batismo se recebe uma só vez, por isso pode ser válido o primeiro batismo, realizado em casa, que não é o lugar ideal. O sacramento do batismo é essencialmente comunitário e, por isso, deve ser feito na igreja. Somente em perigo de morte permite-se a exceção.
Em consequência, exceto em caso de necessidade (perigo de morte da criança), o batismo não seja administrado em casas particulares, a não ser que o Bispo local autorize em razão de causa grave.
Código de Direito Canônico, cânone 860, §1.
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Batismos: Igrejas e Batismos: Válidos e Inválidos
Batismo válido com certeza
Diversas Igrejas batizam, sem dúvida, validamente; por esta razão, um cristão batizado numa delas não pode ser normalmente rebatizado, nem sequer sob condição. Essas Igrejas são:
o Igrejas Orientais (as Ortodoxas, que não estão em comunhão plena com a Igreja católica romana, das quais, pelo menos, seis se encontram presentes no Brasil);
o Igreja Vétero-Católica;
o Igreja Episcopal do Brasil (Anglicana);
o Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB);
o Igreja Evangélica Luterana do Brasil (IELB);
o Igreja Metodista.
Batismo válido, apesar de ressalvas
Há diversas Igrejas nas quais, embora não se justifique nenhuma reserva quanto ao rito batismal prescrito, há, contudo ressalvas devido à concepção teológica que têm do batismo. Por exemplo, que o batismo não justifica e, por isso, não é tão necessário. Alguns de seus pastores, segundo parece, não manifestam sempre urgência em batizar seus fiéis ou em seguir exatamente o rito batismal prescrito. Também nesses casos, quando há garantias de que a pessoa foi batizada segundo o rito dessas Igrejas, não se pode rebatizar, nem sob condição.
Essas Igrejas são:
• Igrejas presbiterianas;
• Igrejas batistas;
• Igrejas congregacionistas;
• Igrejas adventistas;
• A maioria das Igrejas pentecostais (Assembléia de Deus, Congregação Cristã do Brasil, Igreja do Evangelho Quadrangular, Igreja Deus é Amor, Igreja Evangélica Pentecostal O Brasil para Cristo);
• Exército da Salvação (este grupo não costuma batizar, mas quando o faz, realiza-o de modo válido quanto ao rito.
Batismo duvidoso que requer novo batismo sob condição
Há Igrejas de cujo batismo se pode prudentemente duvidar e, por essa razão, requer-se, como norma geral, a administração de um novo batismo, sob condição. Essas Igrejas são:
• Igreja Pentecostal Unida do Brasil (esta Igreja batiza apenas “em nome do Senhor Jesus” e não em nome da Santíssima Trindade);
• “Igrejas Brasileiras”;
• Mórmons (negam a divindade de Cristo, no sentido autêntico e, consequentemente, o seu papel redentor).
Batismo inválido e, portanto, é preciso batizar
Com certeza, batizam invalidamente:
• Testemunhas de Jeová (negam a fé na Trindade);
• Ciência Cristã (o rito que pratica, sob o nome de batismo, tem matéria e forma certamente inválidas. Algo semelhante se pode dizer de certos ritos que, sob o nome de batismo, são praticados por alguns grupos religiosos não-cristãos, como a Umbanda).
Fonte: http://www.catedraldecaxias.org.br/batismo_igrejas.php
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