Lembrai-vos

Lembrai-vos
Lembrai-Vos, ó piíssima Virgem Maria, que nunca se ouviu dizer que algum daqueles que têm recorrido à vossa proteção, implorado a vossa assistência, e reclamado o vosso socorro, fosse por Vós desamparado. Animado eu, pois, de igual confiança, a Vós, Virgem entre todas singular, como a Mãe recorro, de Vós me valho e, gemendo sob o peso dos meus pecados, me prostro aos Vossos pés. Não desprezeis as minhas súplicas, ó Mãe do Filho de Deus humanado, mas dignai-Vos de as ouvir propícia e de me alcançar o que Vos rogo. Amen.

21 Feb 2012

Clipping - O mundo visto de Roma

Uma tarefa especial com a cor do sangue e do amor
Palavras do Santo Padre durante a oração do Angelus
CIDADE DO VATICANO, domingo, 19 de fevereiro, 2012 (ZENIT.org) - "Este domingo é especialmente de festa aqui no Vaticano", disse o Papa Bento XVI, da janela do seu escritório no Palácio Apostólico Vaticano para a habitual oração dominical do Angelus .
Um festa dupla de fato é celebrada hoje na Basílica do Vaticano: a solenidade da Cátedra de Pedro, antecipada hoje porque, como explicou o Papa, o dia 22 de Fevereiro, data da festa, será quarta-feira de cinzas; mas principalmente por causa do Consistório, realizado ontem, no qual o Papa criou 22 novos cardeais.
Com eles, disse o Santo Padre: "tive o prazer esta manhã de concelebrar a Eucaristia na Basílica de São Pedro, em torno do túmulo do Apóstolo que Jesus chamou para ser a "pedra" sobre a qual construir a sua Igreja."
Antes da oração mariana, o Papa convidou todos os fiéis e peregrinos reunidos na Praça de São Pedro a unir sua oração "para estes veneráveis ​​Irmãos, agora ainda mais comprometidos em colaborar comigo na liderança da Igreja Universal e a dar testemunho do Evangelho até o sacrifício da própria vida. "

Símbolo dessa importante tarefa é a cor vermelha das suas roupas que, como explicou o Pontífice, é "a cor do sangue e do amor."
O mesmo sangue que “nesta cidade derramaram os Apóstolos Pedro e Paulo, além dos inúmeros outros mártires", acrescentou o Papa, desejando explicar este especial ministério de comunhão, de evangelização e de liderança da Igreja que corresponde ao Romano Pontífice, assistido pelos Cardeais .
"Voltamos, portanto, ao testemunho do sangue e da caridade", observou ele, referindo-se, então, como na homilia desta manhã, a Santo Inácio de Antioquia que, na sua carta aos Romanos, cumprimentava a Igreja Romana como aquela que "preside na caridade ", dando-lhe portanto um particular primado.
"A Cátedra de Pedro, representada na Basílica Vaticana por uma monumental escultura de Bernini, é símbolo da missão de Pedro e dos seus sucessores para pastorear o rebanho de Cristo, mantendo-o unido na fé e na caridade” concluiu por fim o Papa, declarando como essa seja "sim sinal de autoridade, mas daquela de Cristo, baseada na fé e no amor."
Antes de passar para a recitação do Angelus, Bento XVI confiou os novos cardeais à proteção maternal de Maria Santíssima, "para que lhes assista sempre no seu serviço eclesial e lhes sustente nas provas".
"Maria, Mãe da Igreja - orou o Papa – ajuda-me e aos meus colaboradores a trabalhar incansavelmente pela unidade do Povo de Deus e para anunciar à todos os povos a mensagem da salvação, cumprindo humildemente e corajosamente o serviço da verdade na caridade".
Salvatore Cernuzio
[Tradução Thácio Siqueira]

Até ao derramamento do sangue
Discurso de Bento XVI durante o Consistório Ordinário Público para a criação de 22 novos Cardeais
CIDADE DO VATICANO, domingo, 19 de Fevereiro de 2012 (ZENIT.org).- Publicamos o texto do discurso do Papa Bento XVI dirigido ontem aos novos cardeais durante o quarto consistório ordinário público do seu pontificado.
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«Tu es Petrus, et super hanc petram ædificabo Ecclesiam meam».

Venerados Irmãos,
Amados irmãos e irmãs!

Com estas palavras do cântico de entrada, teve início o rito solene e sugestivo do Consistório Ordinário Público para a criação dos novos Cardeais, que inclui a imposição do barrete cardinalício, a entrega do anel e a atribuição do título. Trata-se das palavras com que Jesus constituiu, eficazmente, Pedro como firme alicerce da Igreja. E o factor qualificativo deste alicerce é a fé: realmente Simão torna-se Pedro – rocha – por ter professado a sua fé em Jesus, Messias e Filho de Deus. Quando anuncia Cristo, a Igreja está ligada a Pedro, e Pedro permanece colocado na Igreja como rocha; mas, quem edifica a Igreja, é o próprio Cristo, sendo Pedro um elemento particular da construção. E deve sê-lo por meio da fidelidade à sua confissão feita junto de Cesareia de Filipe, ou seja, em virtude da afirmação: «Tu és Cristo, o Filho de Deus vivo».
As palavras, que Jesus dirige a Pedro, põem claramente em destaque o carácter eclesial da celebração de hoje. De facto, através da atribuição do título duma igreja desta Cidade [de Roma] ou duma diocese suburbicária, os novos Cardeais ficam, para todos os efeitos, inseridos na Igreja de Roma guiada pelo Sucessor de Pedro, para cooperar estreitamente com ele no governo da Igreja universal. Estes dilectos Irmãos, que dentro de momentos começarão a fazer parte do Colégio Cardinalício, unir-se-ão, por vínculos novos e mais fortes, não só com o Pontífice Romano mas também com toda a comunidade dos fiéis espalhada pelo mundo inteiro. Com efeito, no desempenho do seu peculiar serviço de apoio ao ministério petrino, os neo-purpurados serão chamados a analisar e avaliar os casos, os problemas e os critérios pastorais que dizem respeito à missão da Igreja inteira. Nesta delicada tarefa, servir-lhes-á de exemplo e ajuda o testemunho de fé prestado pelo Príncipe dos Apóstolos, com a sua vida e morte, pois, por amor de Cristo, deu-se inteiramente até ao sacrifício extremo.
É com este significado que se deve entender também a imposição do barrete vermelho. Aos novos Cardeais, é confiado o serviço do amor: amor a Deus, amor à sua Igreja, amor aos irmãos com dedicação absoluta e incondicional – se for necessário – até ao derramamento do sangue, como diz a fórmula para a imposição do barrete cardinalício e como indica a cor vermelha das vestes que trazem. Além disso, é-lhes pedido que sirvam a Igreja com amor e vigor, com a clareza e a sabedoria dos mestres, com a energia e a fortaleza dos pastores, com a fidelidade e a coragem dos mártires. Trata-se de ser servidores eminentes da Igreja, que encontra em Pedro o fundamento visível da unidade.
No texto evangélico há pouco proclamado, Jesus apresenta-Se como servo, oferecendo-Se como modelo a imitar e a seguir. No cenário de fundo do terceiro anúncio da paixão, morte e ressurreição do Filho do Homem, sobressai, pelo seu clamoroso contraste, a cena dos dois filhos de Zebedeu, Tiago e João, que, ao lado de Jesus, ainda correm atrás de sonhos de glória. Pediram-Lhe: «Concede-nos que, na tua glória, nos sentemos um à tua direita e outro à tua esquerda» (Mc 10, 37). Contundente é a resposta de Jesus, e inesperada a sua pergunta: «Não sabeis o que pedis. Podeis beber o cálice que Eu bebo?» (Mc 10, 38). A alusão é claríssima: o cálice é o da paixão, que Jesus aceita para cumprir a vontade do Pai. O serviço a Deus e aos irmãos, a doação de si mesmo: esta é a lógica que a fé autêntica imprime e gera na nossa existência quotidiana, mas que está em contradição com o estilo mundano do poder e da glória. 
Com o seu pedido, Tiago e João mostram que não compreendem a lógica de vida que Jesus testemunha, aquela lógica que deve – segundo o Mestre –caracterizar o discípulo no seu espírito e nas suas acções. E a lógica errada não reside só nos dois filhos de Zebedeu, mas, segundo o evangelista, contagia também «os outros dez» apóstolos, que «começaram a indignar-se contra Tiago e João» (Mc 10, 41). Indignam-se, porque não é fácil entrar na lógica do Evangelho, deixando a do poder e da glória. São João Crisóstomo afirma que ainda eram imperfeitos os apóstolos todos: tanto os dois que procuravam obter precedência sobre os outros dez, como os dez que tinham inveja dos dois (cf. Comentário a Mateus, 65, 4: PG 58, 622). E São Cirilo de Alexandria, ao comentar passagens paralelas no Evangelho de Lucas, acrescenta: «Os discípulos caíram na fraqueza humana e puseram-se a discutir uns com os outros qual deles seria o chefe, ficando superior aos outros. (…) Isto aconteceu e foi-nos narrado para nosso proveito. (…) O que sucedeu aos santos Apóstolos pode revelar-se, para nós, um estímulo à humildade» (Comentário a Lucas, 12, 5, 24: PG 72, 912). Este episódio deu ocasião a Jesus para Se dirigir a todos os discípulos e «chamá-los a Si», de certo modo para os estreitar a Si, a fim de formarem como que um corpo único e indivisível com Ele, e indicar qual é a estrada para se chegar à verdadeira glória, a de Deus: «Sabeis como aqueles que são considerados governantes das nações fazem sentir a sua autoridade sobre elas, e como os grandes exercem o seu poder. Não deve ser assim entre vós. Quem quiser ser grande entre vós, faça-se vosso servo, e quem quiser ser o primeiro entre vós, faça-se o servo de todos» (Mc 10, 42-44).
Domínio e serviço, egoísmo e altruísmo, posse e dom, lucro e gratuidade: estas lógicas, profundamente contrastantes, defrontam-se em todo o tempo e lugar. Não há dúvida alguma sobre a estrada escolhida por Jesus: e não Se limita a indicá-la por palavras aos discípulos de ontem e de hoje, mas vive-a na sua própria carne. Efectivamente explica: «Também o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua via em resgate por muitos» (Mc 10, 45). Estas palavras iluminam, com singular intensidade, o Consistório público de hoje. Ecoam no fundo da alma e constituem um convite e um apelo, um legado e um encorajamento especialmente para vós, amados e venerados Irmãos que estais para ser incluídos no Colégio Cardinalício.
Segundo a tradição bíblica, o Filho do Homem é aquele que recebe de Deus o poder e o domínio (cf. Dn 7, 13-14). Jesus interpreta a sua missão na terra, sobrepondo à figura do Filho do Homem a imagem do Servo sofredor descrita por Isaías (cf. Is 53, 1-12). Ele recebe o poder e a glória apenas enquanto «servo»; mas é servo na medida em que assume sobre Si o destino de sofrimento e de pecado da humanidade inteira. O seu serviço realiza-se na fidelidade total e na plena responsabilidade pelos homens. Por isso, a livre aceitação da sua morte violenta torna-se o preço de libertação para muitos, torna-se o princípio e o fundamento da redenção de cada homem e de todo o género humano.
Amados Irmãos que estais para ser inscritos no Colégio Cardinalício! Que a doação total de Si mesmo, feita por Cristo na cruz, vos sirva de norma, estímulo e força para uma fé que actua na caridade. Que a vossa missão na Igreja e no mundo se situe sempre e só «em Cristo» e corresponda à sua lógica e não à do mundo, sendo iluminada pela fé e animada pela caridade que nos vem da Cruz gloriosa do Senhor. No anel que daqui a pouco vos entregarei, aparecem representados São Pedro e São Paulo e, no centro, uma estrela que evoca Nossa Senhora. Trazendo este anel, sois convidados diariamente a recordar o testemunho de Cristo que os dois Apóstolos deram até ao seu martírio aqui em Roma, tornando assim fecunda a Igreja com o seu sangue. Por sua vez a evocação da Virgem Maria constituirá para vós um convite incessante a seguir Aquela que permaneceu firme na fé e serva humilde do Senhor.
Ao concluir esta breve reflexão, quero dirigir a minha grata e cordial saudação a todos vós aqui presentes, particularmente às Delegações oficiais de diversos Países e aos Representantes de numerosas dioceses. No seu serviço, os novos Cardeais são chamados a permanecer fiéis a Cristo, deixando-se guiar unicamente pelo seu Evangelho. Amados irmãos e irmãs, rezai para que possa reflectir-se ao vivo neles o Senhor Jesus, o nosso único Pastor e Mestre e a fonte de toda a sabedoria que indica a estrada a todos. E rezai também por mim, para que sempre possa oferecer ao Povo de Deus o testemunho da doutrina segura e reger, com suave firmeza, o timão da santa Igreja.  
[© Copyright 2012 - Libreria Editrice Vaticana]

A Igreja não existe para si mesma
Homilia de Bento XVI durante a concelebração eucarística com os 22 novos cardeais
CIDADE DO VATICANO, domingo, 19 de Fevereiro de 2012 (ZENIT.org).- Publicamos a homilia pronunciada hoje, Solenidade da Cátedra de São Pedro, na Basílica Vaticana do Santo Padre durante a concelebração eucarística com os 22 novos Cardeais.
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Senhores Cardeais,
Venerados Irmãos no episcopado e no sacerdócio,
Amados Irmãos e Irmãs!

Na solenidade da Cátedra de São Pedro Apóstolo, temos a alegria de nos reunir à volta do altar do Senhor, juntamente com os novos Cardeais que ontem agreguei ao Colégio Cardinalício. Para eles, em primeiro lugar, vai a minha cordial saudação, agradecendo ao Cardeal Fernando Filoni as amáveis palavras que me dirigiu em nome de todos. Estendo a minha saudação aos outros Purpurados e a todos os Bispos presentes, como também às ilustres Autoridades, aos senhores Embaixadores, aos sacerdotes, aos religiosos e a todos os fiéis, vindos de várias partes do mundo para esta feliz ocasião, que se reveste de um carácter especial de universalidade.
Na segunda leitura, há pouco proclamada, o apóstolo Pedro exorta os «presbíteros» da Igreja a serem pastores zelosos e solícitos do rebanho de Cristo (cf. 1 Ped 5, 1-2). Estas palavras são dirigidas antes de mais nada a vós, amados e venerados Irmãos, que sois reconhecidos no meio do Povo de Deus pelos vossos méritos na obra generosa e sábia do ministério pastoral em dioceses relevantes, ou na direcção dos dicastérios da Cúria Romana, ou ainda no serviço eclesial do estudo e do ensino. A nova dignidade que vos foi conferida pretende manifestar o apreço pelo vosso trabalho fiel na vinha do Senhor, homenagear as comunidades e nações donde provindes e de que sois dignos representantes na Igreja, investir-vos de novas e mais importantes responsabilidades eclesiais e, enfim, pedir-vos um suplemento de disponibilidade para Cristo e para a comunidade cristã inteira. Esta disponibilidade para o serviço do Evangelho está fundada firmemente na certeza da fé. De facto, sabemos que Deus é fiel às suas promessas e aguardamos, na esperança, a realização destas palavras do apóstolo Pedro: «E, quando o supremo Pastor Se manifestar, então recebereis a coroa imperecível da glória» (1 Ped 5, 4).
O texto evangélico de hoje apresenta Pedro que, movido por uma inspiração divina, exprime firmemente a sua fé em Jesus, o Filho de Deus e o Messias prometido. Respondendo a esta profissão clara de fé, que Pedro faz também em nome dos outros Apóstolos, Cristo revela-lhe a missão que pensa confiar-lhe: ser a «pedra», a «rocha», o alicerce visível sobre o qual será construído todo o edifício espiritual da Igreja (cf. Mt 16, 16-19). Esta denominação de «rocha-pedra» não alude ao carácter da pessoa, mas só é compreensível a partir dum aspecto mais profundo, a partir do mistério: através do encargo que Jesus lhe confere, Simão Pedro tornar-se-á aquilo que ele não é mediante «a carne e o sangue». O exegeta Joachim Jeremias mostrou que aqui está presente, como cenário de fundo, a linguagem simbólica da «rocha santa». A propósito, pode ajudar-nos um texto rabínico onde se afirma: «O Senhor disse: “Como posso criar o mundo, sabendo que hão-de surgir estes sem-Deus que se revoltarão contra Mim?” Mas, quando Deus viu que devia nascer Abraão, disse: “Vê! Encontrei uma rocha, sobre a qual posso construir e assentar o mundo”. Por isso, Ele chamou Abraão uma rocha». O profeta Isaías alude a isto mesmo, quando recorda ao povo: «Considerai a rocha de que fostes talhados (…). Olhai para Abraão, vosso pai» (51, 1-2). Pela sua fé, Abraão, o pai dos crentes, é visto como a rocha que sustenta a criação. Simão, o primeiro que confessou Jesus como o Cristo e também a primeira testemunha da ressurreição, torna-se agora, com a sua fé renovada, a rocha que se opõe às forças destruidoras do mal.
Amados irmãos e irmãs! Este episódio evangélico, que escutámos, encontra subsequente e mais eloquente explicação num elemento artístico muito conhecido, que enriquece esta Basílica Vaticana: o altar da Cátedra. Quando, depois de percorrer a grandiosa nave central e ultrapassar o transepto, se chega à abside, encontramo-nos perante um trono de bronze enorme, que parece suspenso em voo mas na realidade está sustentado por quatro estátuas de grandes Padres da Igreja do Oriente e do Ocidente. E na janela oval, por cima do trono, resplandece a glória do Espírito Santo, envolvida por um triunfo de anjos suspensos no ar. Que nos diz este conjunto escultório, nascido do génio de Bernini? Representa uma visão da essência da Igreja e, no seio dela, do magistério petrino.
A janela da abside abre a Igreja para o exterior, para a criação inteira, enquanto a imagem da pomba do Espírito Santo mostra Deus como a fonte da luz. Mas há ainda outro aspecto a evidenciar: de facto, a própria Igreja é como que uma janela, o lugar onde Deus Se faz próximo, vem ao encontro do nosso mundo. A Igreja não existe para si mesma, não é o ponto de chegada, mas deve apontar para além de si, para o alto, acima de nós. A Igreja é verdadeiramente o que deve ser, na medida em que deixa transparecer o Outro – com o “O” grande – do qual provém e para o qual conduz. A Igreja é o lugar onde Deus «chega» a nós e donde nós «partimos» para Ele; a este mundo que tende a fechar-se em si próprio, a Igreja tem a missão de o abrir para além de si mesmo e levar-lhe a luz que vem do Alto e sem a qual se tornaria inabitável.
A grande cátedra de bronze contém dentro dela uma cadeira em madeira, do século IX, que foi considerada durante muito tempo a cátedra do apóstolo Pedro e, precisamente pelo seu alto valor simbólico, colocada neste altar monumental. Na realidade, exprime a presença permanente do Apóstolo no magistério dos seus sucessores. Podemos dizer que a cadeira de São Pedro é o trono da verdade, cuja origem está no mandato de Cristo depois da confissão em Cesareia de Filipe. A cadeira magistral renova em nós também a lembrança das seguintes palavras dirigidas pelo Senhor a Pedro no Cenáculo: «Eu roguei por ti, para que a tua fé não desapareça. E tu, uma vez convertido, fortalece os teus irmãos» (Lc 22, 32).
A cátedra de Pedro evoca outra recordação: a conhecida expressão de Santo Inácio de Antioquia, que, na sua Carta aos Romanos, designa a Igreja de Roma como «aquela que preside à caridade» (Inscr.: PG 5, 801). Com efeito, o facto de presidir na fé está inseparavelmente ligado à presidência no amor. Uma fé sem amor deixaria de ser uma fé cristã autêntica. Mas as palavras de Santo Inácio contêm ainda outro aspecto, muito mais concreto: de facto, o termo «caridade» era usado pela Igreja primitiva para indicar também a Eucaristia. Efectivamente a Eucaristia é Sacramentum caritatis Christi, por meio do qual Ele continua a atrair a Si todos nós, como fez do alto da cruz (cf. Jo 12, 32). Portanto, «presidir à caridade» significa atrair os homens num abraço eucarístico – o abraço de Cristo – que supera toda a barreira e estranheza, criando a comunhão entre as múltiplas diferenças. Por conseguinte, o ministério petrino é primado no amor em sentido eucarístico, ou seja, solicitude pela comunhão universal da Igreja em Cristo. E a Eucaristia é forma e medida desta comunhão, e garantia de que a Igreja se mantém fiel ao critério da tradição da fé.
A grande Cátedra é sustentada pelos Padres da Igreja. Os dois mestres do Oriente, São João Crisóstomo e Santo Atanásio, juntamente com os latinos, Santo Ambrósio e Santo Agostinho, representam a totalidade da tradição e, consequentemente, a riqueza da expressão da verdadeira fé na santa e única Igreja. Este elemento do altar diz-nos que o amor apoia-se sobre a fé. O amor desfaz-se, se o homem deixa de confiar em Deus e obedecer-Lhe. Na Igreja, tudo se apoia na fé: os sacramentos, a liturgia, a evangelização, a caridade. Mesmo o direito e a própria autoridade na Igreja assentam na fé. A Igreja não se auto-regula, não confere a si mesma o seu próprio ordenamento, mas recebe-o da Palavra de Deus, que escuta na fé e procura compreender e viver. Na comunidade eclesial, os Padres da Igreja têm a função de garantes da fidelidade à Sagrada Escritura. Asseguram uma exegese fidedigna, segura, capaz de formar um conjunto estável e unitário com a cátedra de Pedro. As Sagradas Escrituras, interpretadas com autoridade pelo Magistério à luz dos Padres, iluminam o caminho da Igreja no tempo, assegurando-lhe um fundamento estável no meio das transformações da história.
Depois de termos considerado os diversos elementos do altar da Cátedra, lancemos um olhar ao seu conjunto. Vemos que é atravessado por um duplo movimento: de subida e de descida. Trata-se da reciprocidade entre a fé e o amor. A Cátedra aparece em grande destaque neste lugar, não só porque está aqui o túmulo do apóstolo Pedro, mas também porque ela encaminha para o amor de Deus. Com efeito, a fé orienta-se para o amor. Uma fé egoísta seria uma fé não-verdadeira. Quem crê em Jesus Cristo e entra no dinamismo de amor que encontra a sua fonte na Eucaristia, descobre a verdadeira alegria e torna-se, por sua vez, capaz de viver segundo a lógica deste dom. A verdadeira fé é iluminada pelo amor e conduz ao amor, conduz para o alto, como o altar da Cátedra nos eleva para a janela luminosa, para a glória do Espírito Santo, que constitui o verdadeiro ponto focal que atrai o olhar do peregrino quando cruza o limiar da Basílica Vaticana. O triunfo dos anjos e os grandes raios dourados conferem àquela janela o máximo destaque, com um sentido de transbordante plenitude que exprime a riqueza da comunhão com Deus. Deus não é solidão, mas amor glorioso e feliz, irradiante e luminoso.
Amados irmãos e irmãs, a nós, a cada cristão, está confiado o dom deste amor: um dom que deve ser oferecido com o testemunho da nossa vida. Esta é de modo particular a vossa missão, venerados Irmãos Cardeais: testemunhar a alegria do amor de Cristo. À Virgem Maria, presente na comunidade apostólica reunida em oração à espera do Espírito Santo (cf.Act 1, 14), confiamos agora o vosso novo serviço eclesial. Que Ela, Mãe do Verbo Encarnado, proteja o caminho da Igreja, sustente com a sua intercessão a obra dos Pastores e acolha sob o seu manto todo o Colégio Cardinalício. Amen!
[© Copyright 2012 - Libreria Editrice Vaticana]

Angelus


A Cátedra de Pedro é sinal de autoridade, mas de autoridade de Cristo
Palavras do Papa durante a oração do ângelus no VII domingo do Tempo ordinário
CIDADE DO VATICANO, domingo, 19 de fevereiro de 2012 (ZENIT.org).- Publicamos as palavras do Papa hoje, solenidade da Cátedra de São Pedro, durante a oração do Ângelus do Santo Padre dirigida aos fiéis reunidos na praça de São Pedro.
[Antes do Ângelus]
Queridos irmãos e irmãs!

Este domingo é particularmente festivo aqui no Vaticano, por causa do Consistório, que aconteceu ontem, no qual criei 22 novos cardeiais. Com eles, tive a alegria, esta manhã, de concelebrar a Eucaristia na Basílica de São Pedro, ao redor da Tumba do Apóstolo que Jesus chamou para ser a "pedra" sobre a qual construir a sua Igreja (Mt 16,18).Por isso, convido todos vocês a unirem também a vossa oração por esses veneráveis irmãos, que agora estão ainda mais empenhados em colaborar comigo na direção da Igreja Universal e a dar testemunho ao Evangelho até o fim da própria vida. Isto significa a cor vermelha das vestes deles: a cor do sangue e do amor. Alguns deles trabalharão em Roma, a serviço da Santa Sé; outros são pastores importantes nas Igrejas diocesanas; outros são distintos pela longa e importante atividade de estudo e ensino. Agora fazem parte do Colégio que mais diretamente auxilia o Papa no seu ministério de comunhão e de evangelização: os acolhemos com alegria, recordando aquilo que disse Jesus aos doze apóstolos: "Quem quer ser o primeiro entre vós, será servidor de todos. Também o Filho do Homem de fato, não veio para ser servido, mas para servir e dar a própria vida para o resgate de muitos" (Mc 10,44-45).


Este evento eclesial se coloca-se na festa da Cátedra de São Pedro, antecipada para hoje, porque no dia 22 de fevereiro, data da festa, será a quarta-feira de cinzas, início da Quaresma. A cátedra é a poltrona reservada ao bispo, da qual é derivado o nome catedral, a igreja na qual o bispo preside a liturgia e ensina o povo. A Cátedra de São Pedro, representada no fundo da Basílica Vaticana por uma monumental escutura de Bernini, é simbolo da especial missão de Pedro e dos seus Sucessores de pastorear o rebanho de Cristo conduzindo-o unido na fé e na caridade. Desde o inicio do segundo século, Santo Inácio de Antioquia atribuia à Igreja de Roma um singular primado, saudando-a, na sua carta aos romanos, como aquela que "preside a caridade". Tal especial papel de serviço atribuido à Igreja Romana e ao seu bispo provém do fato que nesta cidade foi derramado o sangue dos Apóstolos Pedro e Paulo, além de numerosos mártires. Retornemos, assim, ao testemunho do sangue e da caridade. A Cátedra de Pedro, portanto, é sinal de autoridade, mas daquela de Cristo, baseada sobre a fé e sobre o amor.

Caros amigos, confiemos os novos cardeais à materna proteção de Maria Santíssima, para que os assista sempre no seu serviço eclesial e os sustente nas provas. Maria, Mãe da Igreja, ajude a mim e aos meus colaboradores a trabalhar incansavelmente pela unidade do Povo de Deus e para anunciar a todas as gentes a mensagem de salvação, cumprindo humildemente e corajosamente o serviço da verdade na caridade.
[Tradução CN]

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RIIBRA: a rede que conectará toda a Igreja do Brasil
O Conselho Pontifício para as Comunicações foca no gigante emergente
ROMA, segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012 (ZENIT.org) - Quinze anos depois da criação da Rede Informática da Igreja na América Latina (RIIAL), cujo sucesso é reconhecido em vários setores, o Conselho Pontifício para as Comunicações Sociais propôs melhorar a comunicação interna da Igreja brasileira através da criação da Rede Informática da Igreja no Brasil (RIIBRA). As atividades começarão ainda neste ano.
Com a expansão da RIIBRA, atende-se um desejo manifestado ao longo de muitos anos pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNNB), e que a Santa Sé vem procurando realizar há três anos. Parte deste esforço foi concretizada na recente incorporação de uma oficial brasileira ao dicastério, com o objetivo de reforçar os assuntos de língua portuguesa e de ser um ponto de referência da RIIBRA e da RIIAL.
Na CNNB, o projeto está sendo coordenado pelo padre Clóvis Andrade de Melo, que tem longa experiência em mídia no país. Melo já trabalhou na Canção Nova, gigante dos meios de comunicação católicos, que cobre quase todo o território brasileiro.
Segundo o informativo Signis, o padre Clóvis promete que o trabalho da RIIBRA oferecerá encontros de formação em comunicação, para ajudar os sacerdotes a usarem as ferramentas já existentes e disponíveis, como as redes sociais, os sistemas interativos e a inclusão digital.
A meta, de acordo com ele, é inserir de vez a Igreja do Brasil na rede. A RIIBRA procurará, para isto, chegar a todas as paróquias, comunidades, movimentos pastorais, instituições religiosas e iniciativas de evangelização.

Santa Sé


Advogado que denunciou o papa não apresenta provas e arquiva o caso
Depois do escândalo midiático, a imprensa silencia diante da retirada da acusação
ROMA, segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012 (ZENIT.org) - A denúncia do advogado norte-americano Jeff Anderson contra Bento XVI pretendia até mesmo que o papa fosse convocado a depor nos Estados Unidos, mas terminou com a retirada do processo por parte do próprio Anderson.
O caso "John Doe 16 contra a Santa Sé" foi apresentado em abril de 2010 e provocou grande escândalo na mídia. O papa e o Vaticano eram acusados de ter encoberto o padre Lawrence Murphy, de Wisconsin, que havia abusado sexualmente de centenas de menores entre 1950 e 1974, em uma escola para surdos em Milwaukee.
Quando os advogados da Santa Sé pediram que as provas fossem apresentadas, Jeff Anderson considerou mais prudente retirar a denúncia. No último 10 de fevereiro, ele apresentou um pedido de arquivamento da ação, que tem efeito “imediato e sem que seja necessária uma sentença da corte”, explicou o advogado da Santa Sé, Jeffry S. Lena.
O advogado da Igreja afirma que o processo pretendia que a Santa Sé e o seu líder, o papa, fossem responsabilizados por todas as ações dos quatrocentos mil sacerdotes que existem no mundo. Mesmo que a responsabilidade penal não fosse individual, esses clérigos dependem primeiramente dos próprios bispos ou superiores religiosos, e não do Vaticano 
Os advogados da parte acusadora "retiraram o caso porque sabiam que iriam perder se prosseguissem", declarou Lena à agência de notícias ACI Prensa. A mesma agência informa que, em cada processo que ganhou contra a Igreja, Anderson embolsou de 25 e 40% do montante definido nos acordos. 
Jeff Anderson não é novo em casos desse tipo. Ele apresentou em sua vida profissional mais de 1.500 processos contra instituições eclesiásticas.
A Rádio Vaticano recordou o enfático anúncio que Anderson fizera, avisando que tinha informações que provavam a existência de “uma ação conjunta de nível mundial” dentro da Igreja, conectada aos abusos sexuais e dirigida diretamente pelo Vaticano. 
O advogado da Santa Sé considera que a teoria da acusação foi cuidadosamente montada para levantar um escândalo midiático. “Em cima de uma teoria tão velha quanto desmentida, foi criada para os meios de comunicação uma sequência de eventos que transformou um fato gravíssimo, que é a violência sexual contra um menor, num instrumento de falsidade sobre a suposta responsabilidade da Santa Sé”.
O representante vaticano lembra ainda o empenho da Igreja na luta contra os abusos: “Foi principalmente o direito canônico, e não o civil, que instituiu a obrigação da denúncia”. E considerou que o caso “não passa de mera instrumentalização”.
“Não temos que esquecer”, completa o advogado de defesa, “que, muitos anos atrás, John Doe 16, um jovem indefeso e com necessidades especiais, foi objeto de terríveis abusos. E que Bento XVI deixou claro que cada abuso, seja em uma instituição pública ou privada, cometido por qualquer pessoa, do credo ou da afiliação religiosa que for, é um pecado e um crime”.

"A Unidade da Igreja é um dom divino"
Bento XVI recebe em audiência os novos cardeais, acompanhados pelos familiares e pelos fiéis das suas dioceses
CIDADE DO VATICANO, segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012 (ZENIT.org) - As cerimônias relativas ao Consistório terminaram hoje, com a Audiência, na qual o Papa Bento XVI recebeu os 22 novos cardeais, acompanhados pelos seus familiares e pelos fiéis das suas dioceses.
"Com grande alegria me encontro convosco, parentes e amigos dos neo-Cardeais, no dia depois das solenes celebrações do Consistório, na qual esses vossos amados Pastores foram chamados à fazer parte do Colégio Cardinalício”, exortou o Santo Padre.
"Tenho assim - continuou o Pontífice- a possibilidade de oferecer de forma mais direta e mais íntima as minhas cordiais saudações a todos e, em particular, os meus parabéns e meus melhores desejos para os novos Cardeais."
O Papa esperou portanto que o evento "tão importante e sugestivo" do Consistório possa representar uma oportunidade de expressar afeto e espírito de cooperação com os novos cardeais.
"Sintam-se ainda mais perto dos seus corações e dos seus anseios apostólicos; ouçam com viva esperança as suas Palavas de Pais e Mestres. Estejam unidos a eles e entre vocês na fé e na caridade, para serem sempre mais testemunhas fervorosas e corajosas de Cristo ", disse o Santo Padre, dirigindo-se aos parentes e aos fiéis.
Em seguida, Bento XVI dirigiu sua própria saudação aos novos cardeais nas várias línguas maternas. Aos cardeias de língua portuguesa, disse: "Saúdo os novos Cardeais de língua portuguesa, com seus familiares, amigos e colaboradores, e ainda os diversos representantes da comunidade eclesial e civil, para quem redunda também a honra que acaba de ser conferida ao Cardeal João Braz de Aviz, que guia a Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, e ao Cardeal Manuel Monteiro de Castro, que preside à Penitenciaria Apostólica. À Virgem Mãe, confio vossas vidas devotadas ao serviço da unidade e da santidade do Povo de Deus.".
A criação dos novos cardeais foi indicada pelo Papa como uma "oportunidade para refletir sobre a missão universal da Igreja na história da humanidade." Embora os acontecimentos humanos sejam muitas vezes "tumultuados e conflituosos," a Igreja é "sempre viva e presente, trazendo Cristo, luz e esperança para toda a humanidade."
"Permanecer unidos à Igreja e à mensagem de salvação que ela transmite, significa ancorar-se à Verdade, fortalecer o sentido dos verdadeiros valores, estar calmos diante de todos os acontecimentos ", continuou Bento XVI dirigindo-se aos cardeais e a todos os presentes.
Antes de transmitir a sua bênção apostólica, e confiar à proteção de Maria os novos Cardeais e os fiéis presentes com eles, o Papa os exortou a permanecer "sempre unidos aos seus Pastores, bem como com os novos Cardeais, para estar em comunhão com a Igreja" .
"A unidade na Igreja é um dom divino que deve ser defendido e aumentado", concluiu.
[Tradução Thácio Siqueira]

Mundo


Monsenhor Prosper Grech criado Cardeal
A alegria do padre Robert F. Prevost, prior geral da Ordem de Santo Agostinho
ROMA, segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012 (ZENIT.org). – Publicamos um comunicado divulgado pela Cúria Geral Agostiniana, na qual o Prior Geral da Ordem de Santo Agostinho, Padre Robert F. Prevost, expressou a sua alegria pela criação cardinalícia do notável erudito e teólogo maltese Prosper Grech, co-fundador do Institutum Patristicum Augustinianum.
***
Monsenhor Dom Prosper Grech, agostiniano, arcebispo titular de San Leone, foi criado Cardeal da diaconia de Santa Maria Goretti neste sábado 18 fevereiro: recebeu do Papa o barrete cardinalício e o anel representando os santos Pedro e Paulo tendo no centro uma estrela que evoca Nossa Senhora. "Levando este anel", disse Bento XVI dirigindo-se aos novos cardeais durante seu discurso "vocês estão chamados todos os dias a lembrar o testemunho de que os dois Apóstolos deram de Cristo até a morte pelo martírio aqui em Roma, fecundando assim a Igreja com o seu sangue. E a referência à Virgem Maria será sempre um convite para seguir aquela que foi firme na fé e humilde serva do Senhor".
A grande alegria com que a Ordem Agostiniana tem experimentado o dom do ingresso no Colégio Cardinalício, depois de 111 anos, de um dos seus membros foi evidenciado pelas mensagens de felicitações que vieram de todo o mundo e de muitas pessoas que cumprimentaram pessoalmente o cardeal Prosper Grech durante a "visita de calor" no Átrio da Sala Paulo VI na tarde do sábado: muitas autoridades intervieram entre as quais o Cardeal Secretário de Estado Tarcisio Bertone e o Presidente da República de Malta, George Abela, presente na manhã de sábado, na Basílica de São Pedro no Vaticano durante o consistório com uma delegação oficial, mas também muitos religiosos, estudantes, bispos, cardeais e fiéis comuns quiseram cumprimentar o novo cardeal.
"Hoje é um dia de grande alegria para toda a ordem", comentou no final do Consistório, o Prior Geral da Ordem de Santo Agostinho Padre Robert F. Prevost "Recebi muitas mensagens de felicitações e alegria dos confrades agostinianos do mundo e dos membros da família agostiniana, de tantas outras pessoas que conhecem o Padre Prosper Grech, agora Sua Eminência o Cardeal Próspero Grech, pessoas que conhecem o seu trabalho e o seu serviço à Igreja, o serviço intelectual realizado no Augustinianum do qual foi o co -fundador. A outorga da púrpura ao Cardeal Prosper Grech é também um reconhecimento, por meio do seu trabalho científico, do trabalho e serviço que o Instituto Patrístico Augustinianum desenvolve na contribuição aos estudos ao serviço da Igreja, no carisma da formação intelectual que os Agostinianos desenvolvem aqui. Todos nós estamos felizes e agradecidos ao Santo Padre por este reconhecimento a um membro da Ordem que se junta ao Colégio dos Cardeais, depois de mais de um século."
O Prior Geral destaca um aspecto do discurso do Santo Padre durante o Consistório de sábado: "O Papa falou da fidelidade à Igreja e da coragem de proclamar a palavra de Deus. Santo Agostinho é imagem dessa coragem para pregar e ensinar a verdade. O cardeal está chamado de uma maneira especial para cuidar desta necessidade pastoral em união com o ministério do Santo Padre e da Igreja inteira. Todos nós agostinianos somos chamados a compartilhar esta mensagem no nosso apostolado. "
*
Ordem de Santo Agostinho
A Ordem de Santo Agostinho tem como padre espiritual o santo bispo Agostinho de Hipona (354-430) e foi criada em 1244 para viver e promover o espírito de comunidade tal como era vivida pela comunidade cristã primitiva (cf. At 4,32-35). A Ordem Agostiniana constitui-se de pessoas, homens e mulheres, que seguem os ensinamentos da regra que professam: "viver juntos em harmonia, com uma só mente e um só coração voltados a Deus." Somos cristãos que, atraídos pelo exemplo e pelo ensinamento de Santo Agostinho, caminhamos juntos, para construir a nossa casa sobre Cristo e servir o Povo de Deus.
[Tradução Thácio Siqueira]

Nomeado o novo Vigário Geral da Legião de Cristo
O alemão Sylvester Heereman LC
ROMA, segunda-feira 20 de fevereiro de 2012 (ZENIT.org).- O padre Sylvester Heereman LC é o novo vigário geral da Legião de Cristo. O delegado pontifício para a congregação e para o movimento Regnum Christi, cardeal Velasio De Paolis, formalizou a nomeação na semana passada, designando também como segundo conselheiro geral da Legião a pessoa do sacerdote brasileiro padre Deomar De Guedes LC.
Heereman e De Guedes substituem respectivamente os padres Luis Garza Medina LC e Francisco Mateos Gil LC, que tinham anunciado sua demissão nos últimos meses.
O padre Sylvester Heereman LC nasceu em Bad Neustadt an der Saale, Alemanha, em 1974. Entrou no noviciado dos Legionários de Cristo em 1994, fez a profissão religiosa perpétua em 1999.
Foi ordenado sacerdote no 2006. Em 2007 foi nomeado diretor territorial da Alemanha e, após a ligação deste território com o da França, foi nomeado diretor territorial da Europa Ocidental e Central em 2011.
O padre Deomar De Guedes LC nasceu em Santo Ângelo, Rio Grande do Sul, Brasil, em 1961. Entrou no noviciado em 1992, fez os votos perpétuos em 1997 e foi ordenado sacerdote em 2000.
As novidades se estendem também aos consagrados e consagradas do Regnum Christi. A esses o Cardeal De Paolis enviou uma carta que estabelece algumas disposições após a visita apostólica realizada a este setor do movimento, e que acabou em setembro passado e que, de acordo com o delegado pontifício", revelou muitas coisas boas, e também observou não poucas para corrigir ou melhorar. "
O Cardeal De Paolis recebeu a renúncia de Malén Oriol, como assistente geral das consagradas, ainda depois de uma tentativa inicial de “induzi-la a desistir." Ainda assim Oriol permanecerá como membro do terceiro grau, ou seja consagrada, do Movimento Regnum Christi.


Flash


Publicada uma história da Associação Católica de Propagandistas
Com documentos inéditos do Arquivo Secreto Vaticano
MADRI, segunda-feira 20 de fevereiro de 2012 (ZENIT.org). - A Associação Católica de Propagandistas, seus homens e suas obras no Arquivo Secreto Vaticano (1908-1939) é uma publicação recente de Francisco Glicério Conde Mora, com alguns documentos em grande parte inéditos do Arquivo Secreto Vaticano.
O livro da Associação Católica de Propagandistas, seus homens e suas obras no Arquivo Secreto do Vaticano (1908-1939), CEU-edições, de autoria de Francisco Glicerio Conde Mora, analisa a história da Associação Católica de Propagandistas entre 1908 e 1939, através de uma documentação em grande parte inédita conservada no Arquivo Secreto Vaticano.
Três foram as fontes utilizadas pelo autor no presente trabalho, dentro do Arquivo Secreto Vaticano: Nunciatura de Madri (NM), Trabalhos Eclesiásticos Extraordinários (Affari Eclesiastici Straordinari) (AES) e Secretaria de Estado (SS).
As nunciaturas de monsenhor Antonio Vico, desde o 16 de dezembro de 1907 até 22 de novembro de 1912, a de monsenhor Francesco Ragonesi, do 9 de fevereiro de 1913 até o 7 de marco de 1921, e a de monsenhor Federico Tedeschini, nomeado em 31 de março de 1921 cuja nunciatura abrange até 1936, tem sido de grande utilidade para a recuperação de documentos inéditos.
Nos Arquivos da nunciatura de Madri, o autor encontrou a documentação gerada pelos representantes de Sua Santidade na Espanha entre 1908 e 1939.
Custodiada no Arquivo Vaticano, tem sido a base para a redação do presente estudo, sendo a mais interessante e abrangente da nunciatura de Tedeschini, que abarca o regime liberal de Alfonso XIII (1902-1923), a ditadura de Primo de Rivera (1923-1930), os últimos governos ​de Alfonso XIII (1930-1931) e o período republicano (1931-1936).
A segunda parte dos fundos que alimenta esta obra é o Arquivo da Sagrada Congregação dos Assuntos Eclesiásticos Extraordinários. Esta coleção de documentos procede de um dicastério da Cúria Romana responsável pelas questões políticas e diplomáticas entre a Santa Sé e os vários estados. Finalmente, há o Arquivo da Secretaria de Estado, onde o autor encontrou correspondência do fundadora da Associação Católica de Propagandistas, o padre Ángel Ayala SJ, e o primeiro presidente, o servo de Deus Ángel Herrera Oria com o núncio Dom Vico.
[Tradução Thácio Siqueira]

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