Fungo: esporão do centeio
Algumas fiéis da Santo Espírito de Campobasso, na região central da Itália, abraçaram o crucifixo, outras começaram a ter visões de santos. Outras, por sua vez, começaram a bater no padre e gritar: “Você é o demônio”.
Toda essa confusão no último domingo (19) aconteceu porque as hóstias foram feitas com uma farinha alucinógena em vez da farinha comum. Trata-se de um caso de “ergotismo”, uma intoxicação alimentar causada por farinhas de cereais contaminadas por esclerócios que atingem a safra do grão.
Esses organismos microscópicos contêm uma grande quantidade de fungos, perigosos para a saúde, entre os quais costumam encontrar-se muitos agentes psicotrópicos, parecidos com o ácido lisérgico, ou LSD.
Assustado, o padre da Igreja de Campobasso foi obrigado a se esconder na sacristia à espera da polícia. A retirada dos fiéis foi confusa, lembrando os protestos antiglobalização ocorridos na cúpula do G-8.
Segundo o Wikipédia, o ergotismo, também conhecido por envenenamento por Ergot, envenenamento por cravagem e Fogo de Santo Antônio é uma intoxicação causada pela ingestão de produtos contaminados pelo esporão-do-centeio (Claviceps purpurea), um fungo contaminante comum do centeio e outros cereais, ou pelo uso excessivo ou mal orientado de drogas derivadas da ergolina.
O fungo biossintetiza uma classe de metabolitos secundários alcaloides derivados da ergolina, e dependendo de suas estruturas químicas, exercem actividade no sistema nervoso central e/ou vasoconstrição.
Os sintomas de ergotismo se caracterizam por depressão e confusão mental, hipertensão, bradicardia, vasoespasmos (com perda de consciência e cefaleia), cianose periférica (mãos e pés pálidos) com claudicação, podendo ainda levar ao coma e morte.
Repórter de Cristo
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