Lembrai-vos

Lembrai-vos
Lembrai-Vos, ó piíssima Virgem Maria, que nunca se ouviu dizer que algum daqueles que têm recorrido à vossa proteção, implorado a vossa assistência, e reclamado o vosso socorro, fosse por Vós desamparado. Animado eu, pois, de igual confiança, a Vós, Virgem entre todas singular, como a Mãe recorro, de Vós me valho e, gemendo sob o peso dos meus pecados, me prostro aos Vossos pés. Não desprezeis as minhas súplicas, ó Mãe do Filho de Deus humanado, mas dignai-Vos de as ouvir propícia e de me alcançar o que Vos rogo. Amen.

23 Feb 2012

O PORQUE DA FORMAÇÃO DO CATEQUISTA

Fonte: DNC - Diretório Nacional da Catequese
Publicação CNBB, Pág,151

3.2. Objetivos e finalidades da formação

3.2.1 Objetivos

§254. A formação de catequistas tem como objetivos:

a) Favorecer a cada catequista o seu próprio crescimento e realização, acolhendo a proposta de Deus e sentindo-se pertencente a uma comunidade;
b) capacitar os catequistas como comunicadores e no uso adequado dos meios de comunicação (jornal, TV, Internet, rádio, etc.), a fim de que "saibam transmitir o Evangelho com convicção e autenticidade, para que esta palavra viva se torne luz e fermento em meio à sociedade atual" (DGC 237);
c) preparar os catequistas para desenvolver as tarefas de iniciação, de educação e de ensino e para que sejam autênticos mistagogos da fé;
d) ajudar na busca de maior maturidade na fé, conscientizando para a importância de uma clara indentidade cristã;

e) "mostrar quem é Jesus Cristo: sua Vida, seu Ministério, e apresentar a fé cristã como seguimento de sua pessoa" (DGC 41);
f) preparar animadores que atuem em diferentes níveis: nacional, regional, diocesano e paroquial;
g) desenvolver uma educação da fé que ajude a fazer a inculturação da mensagem e a compreender as aspirações humanas dos interlocutores da catequese;
h) dar condições para que o trabalho dos catequistas desenvolva a dimensão ecumênica e o diálogo inter-religioso, com plena fidelidade à doutrina da Igreja.

É a partir deste trecho do nosso diretório que este blog foi criado. Mais um auxílio para os catequistas, catequisandos e animadores de comunidade.

Nossos textos se basearam nas seguintes fontes:

  1. Necessidade da formação catequética

A formação dos catequistas é atualmente uma das tarefas mais urgentes de nossas comunidades, pois, “o catequista é de certo modo, o intérprete da Igreja junto aos catequizandos” (DCG 35).
“Qualquer atividade pastoral que não conte para sua realização, com pessoas realmente formadas e preparadas, coloca em risco a sua qualidade” (DGC 234), portanto, é preciso contar com uma adequada pastoral de catequese que possa:

· suscitar vocações para a catequese;· distribuir melhor os catequistas entre os diversos setores;· organizar a formação dos catequistas (de base e permanente);· atender pessoal e espiritualmente os catequistas e formar um grupo de catequistas integrado à vida da comunidade.

O objetivo principal da formação do catequista é o de prepará-lo para comunicar a mensagem cristã, àqueles que desejam entregar-se a Jesus Cristo. A finalidade da formação requer, portanto, que o catequista se torne o mais capacitado possível a realizar sua missão.

2. Critérios para a formação do catequista

O Diretório Geral para a Catequese no nº 237, apresenta alguns critérios inspiradores para formação do catequista: · formar catequistas com fé profunda; clara identidade cristã e eclesial; profunda sensibilidade social;· capazes de transmitir não apenas um ensinamento, mas também uma formação cristã integral, desenvolvendo “tarefas de iniciação, de educação e de ensinamento”. São necessários catequistas que sejam ao mesmo tempo, mestres, educadores e testemunhas. Capazes de superar “tendências unilaterais divergentes” e de oferecer uma catequese plena e completa. Isto é, precisamos saber conjugar fé e vida, num sentido social e eclesial.· há também necessidade de se investir na formação específica para o leigo, grande maioria na catequese.· e, por último, o DGC aponta para a importância fundamental da formação pedagógica. “Seria muito difícil para o catequista improvisar, na sua ação, um estilo e uma sensibilidade para os quais não tivesse sido iniciado durante a sua própria formação.” (DGC 237).

3. Dimensão da formação

Além dos critérios inspiradores, a formação do catequista possui as seguintes dimensões: SER, SABER E SABER FAZER.

“A mais profunda se refere ao próprio ser do catequista, à sua dimensão humana e cristã. A formação de fato deve ajudá-lo a amadurecer, antes de mais nada, como pessoa, como fiel e como apóstolo. Depois há o que o catequista deve saber para cumprir bem a sua tarefa. (...) Enfim há a dimensão do saber fazer, já que a catequese é um ato de comunicação. A formação tende a fazer do catequista um “educador do homem e da vida do homem” (DGC 238).

O catequista precisa estar em contínua formação humana e cristã. Por isso, não bastam os cursinhos de início de ano. Estes são muito mais momentos de sensibilização para o trabalho catequético e não indicadores de que, ao participar destes encontros, o catequista esteja em condições de realizar bem a tarefa pastoral.

4. Elementos da formação

A formação deve levar em conta o duplo movimento de fidelidade: a Deus e ao homem.
DOUTRINAL
BÍBLICA LITÚRGICA Fidelidade a Deus
ESPIRITUAL
FORMAÇÃO
PEDAGÓGICA
ANTROPOLÓGICA SOCIOLÓGICA Fidelidade ao homem
METODOLÓGICA

A missão que o Catequista é chamado a realizar exige:
a)      intensa vida sacramental e espiritual;
b)      familiaridade com a oração;
c)      profunda admiração pela mensagem cristã;
d)     uma atitude de caridade, humildade e prudência que permita ao Espírito Santo realizar sua obra fecunda nos catequizandos.

Sendo a catequese um processo permanente de educação da fé, também a formação do catequista deve ser permanente, pois o catequista terá sempre coisas para aprender em toda a sua vida. “Além de testemunha, o catequista deve ser mestre que ensina a fé. Uma formação bíblico-teológica lhe fornecerá um conhecimento orgânico da mensagem cristã articulada a partir do mistério central da fé, que é Jesus Cristo” (DGC 240).

5. Conteúdos a serem aprofundados
O conteúdo desta formação doutrinal é exigido pelas diversas partes que compõem todo o projeto orgânico de catequese:
·         As três grandes etapas de história da salvação: Antigo Testamento, Vida de Jesus Cristo e História da Igreja;Os grandes núcleos da mensagem cristã: Símbolo, Liturgia, Vida Moral e Oração.
A Sagrada Escritura deverá ser como a alma desta formação e o Catecismo da Igreja Católica o ponto de referência doutrinal fundamental, juntamente com os materiais catequéticos publicados na Arquidiocese. Além disso, precisamos conhecer os documentos do Magistério da Igreja. A leitura e reflexão destes livros deverão estar sempre presentes na vida do catequista.
Para uma formação integral, “é necessário que o catequista entre em contato, pelo menos, com alguns elementos fundamentais da psicologia (...) As ciências sociais procuram o conhecimento do contexto sócio-cultural em que o homem vive e pelo qual é fortemente influenciado” (DGC 242).
Além destes conhecimentos, precisamos aprender alguns elementos da ciência da comunicação:
·         dinâmicas de grupo, utilização dos recursos didáticos e meios audiovisuais e também aproveitar das riquezas da informática.
·         Por fim, é importante que o catequista conheça o valor do planejamento, da avaliação e alguns princípios de metodologia.
·         Como se vê, a formação do catequista é algo complexo e dinâmico. Precisamos de humildade e entusiasmo para aprender sempre.

6. Sugestões de atividades formativas

Não podemos esquecer que a formação do catequista acontece, em primeiro lugar, na comunidade cristã. “É nesta que os catequistas experimentam a própria vocação e alimentam constantemente a própria sensibilidade apostólica”(DGC 246).

Para isso o coordenador procurará...

... motivar o grupo de catequistas para reuniões semanais de preparação dos encontros catequéticos. Deve-se ver o melhor dia e horário para cada grupo (catequese infantil, iniciação eucarística, perseverança, adultos, especial, ...), ainda que sejam em dias diferentes para cada grupo.
Daí a necessidade de haver coordenadores específicos para cada grupo.

... garantir um encontro mensal para o “grupão” de catequistas se reunir e aprofundar algum tema necessário para a sua formação integral;

... incentivar a participação dos catequistas em cursos de outras paróquias, ou em encontros formativos da região, vicariato e arquidiocese.

Vamos aprender a trabalhar com representatividade? Se não der para enviar todos, insista para que, ao menos um catequista esteja presente nestes momentos e torne-se agente multiplicador na comunidade.

... não esquecer dos auxiliares e também de catequistas de outros núcleos (capelas, condomínios, escolas,...). Ainda que realizem a catequese em lugares diferentes, todos trabalham na mesma paróquia e merecem a mesma qualidade de formação.

... incentivar a participação dos catequistas nas Escolas de Fé e Catequese da Arquidiocese, especialmente o “Luz e Vida”, seguido da “Mater Ecclesiae”.

"Formar os formadores", este deve ser uma meta constante da equipe de coordenação da catequese. Logo, a formação “possibilitará o crescimento do catequista no equilíbrio afetivo, no senso crítico, na unidade interior, na capacidade de relações e de diálogo, no espírito construtivo e no trabalho de grupo” (DGC 239). É necessário “integrar o conhecimento numa vida correta, inspirada pelos valores do Evangelho para anunciar a Palavra de Deus, é a meta do catequista” (Me. Ma. Helena Cavalcanti).

7. Conclusão:
Ninguém nasce catequista. Aqueles que são chamados a esta missão tornam-se bons catequistas através da prática, da reflexão e da preparação adequada. Para colaborar na formação de discípulos de Cristo, o catequista deve ser, em primeiro lugar, um discípulo amoroso, humilde, alegre e fiel.
A fé foi colocada por Deus no coração do homem. A tarefa do catequista é a de cultivar este Dom, alimentá-lo e ajudá-lo a crescer primeiro em seu coração para que deixe transbordar esta experiência de vida cristã para os irmãos.

Siglas utilizadas:

DCG – Diretório Catequético Geral, Sagrada Congregação para o Clero, 1971.
DGC – Diretório Geral para a Catequese, Sagrada Congregação para o Clero, 1997.

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